O Deus da Escuridão escrita por AnnaGrandchamp007


Capítulo 7
Começando a ficar ferrados.


Notas iniciais do capítulo

Fala Serumaninhos! Então amados Gafanhotos, obrigada por continuar lendo, espero que gostem... BOA LEITURA!!!!!!!
PS; Quem narra é o sr. Gafanhoto que vocês já conhecem... GALE!!



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Cara, não faço a menor ideia do que aconteceu; Me perdi totalmente no momento em que a fumaça verde saiu da boca de Rachel.

Depois disso, Quiron pediu aos campistas que voltassem aos Chalés. Léo ficou lá, na ideia de “apaziguar” a multidão e ajudar quem ficasse meio perdido. Ele disse que viria para a Casa Grande quando terminasse ali, mas, com tantas pessoas e tantas perguntas vindas de cada uma delas, eu duvidava que ele fosse cumprir o que ele havia dito. Apenas os "campistas-chefes" foram a casa grande, sem contar comigo, Maya, Jason e Rachel (Pensando melhor, até que foi mais gente mesmo). Quando chegamos a mesa e todos se sentaram, notei que não havia visto o Nico na fogueira e nem Will. Mas os dois estavam lá, e aparentemente discutiam. Clarisse limpava o sangue de uma espada com um pedaço afiado de pedra. Meu irmão ficava olhando para mim e Maya, perturbado. Rachel e Quiron conversavam. Percy e Annabeth estavam abraçados, e os olhos da loira estavam vermelhos. Jason observava o teto, e parecia rezar. Outros campistas que eu não me recordo o nome estavam assustados demais para falar, se entreolhando ou cochichando. Já eu fiz o que faço de melhor. Observo em silêncio e tento desaparecer no meio das pessoas. Maya estava sentada ao meu lado, e desta vez eu fico de olho para ela não fugir outra vez, principalmente agora que preciso de sua ajuda mais do que nunca. Apesar disso, parte de mim quer encoraja-la a correr. É minha culpa estarmos nessa situação. Eu a convenci a vir para cá. Ela estaria obviamente mais segura longe daqui. Mas lá vamos nós, nos metendo em problemas sérios para salvar os Deuses (Porque eles mesmos não se levantam de seus tronos e se salvam, jamais saberemos. Fala serio, eles são Deuses!). E mesmo que seja muita cara de pau a minha, estamos unidos agora. Ela se tornou minha parceira, por algum motivo que eu não compreendo ainda.

— Bem temos uma missão! Ou melhor eles tem! - Eu ouço alguém gritar. Era Clarisse La Rue, que novidade. Menina mais barulhenta. Ela encara Maya, mas não vejo o usual ódio em seus olhos. Só um misto de pena e curiosidade. - E então? Quem irá na missão, além de Maya e Nico?

Maya estremece e seus punhos se fecham ao meu lado. Ela olhava para o chão, parecendo perdida, confusa e muito assustada. Will para de discutir e encara Clarisse. A primeiro momento eu achei que ele fosse calmo e um pouco gatuno. Agora, vejo de perto seu lado receoso. Tenho o ímpeto de procurar uma câmera para registrar o momento histórico.

— E-Eles não podem ir. É quase como se a gente os mandasse para a morte! Não há como um semideus fazer qualquer coisa contra... Contra... - Ele engole em seco. Mas todos (Tirando eu, sabe como é...) entendem o que ele queria dizer. Maya levanta o rosto de repente. Ela parecia decidida de alguma coisa, mas no exato momento em que ia revelar, Nico a interrompe (Valeu Nico, por interromper o momento histórico em que Maya revela algo).

— Não tenho problema nenhum em ir. - Will faz uma careta, mas Nico só franze a testa. Desconfio que ele ganhou a discussão. - Na luta contra Gaia, as coisas também pareceram impossíveis, e foi perigoso, mas estamos aqui para contar a história, certo? Quer dizer que também temos uma micro chance contra Ele.

— Ok então. - Diz a garota do chalé de Deméter cujo nome eu não vou me lembrar agora mais nem ferrando (Ah, é verdade, já estamos ferrados). - Só precisamos de uma terceira pessoa agora. Isso deve ser decisão da Maya, já que ela que recebeu a profecia.

— Não. - Diz Percy se soltando de Annabeth. - Ela não tem que fazer isso, ir nessa missão. É uma decisão dela.

— Tem razão. - Diz Annabeth, os olhos vermelhos de chorar e a voz fraca. - Nós já o vimos, frente a frente. É suicídio manda-los. É suicídio mandar qualquer um. Não é como os gigantes e Gaia. Não tem como derrota-lo.

— Eu quero ir. - Diz Maya surpreendendo a todos (de novo). - Vocês me salvaram, e eu quero... Eu tenho que retribuir.

Quiron e Rachel se aproximam. Todos ficam paralisados. Inclusive eu. Essa garota chama mais atenção do que a briga dos professores da minha escola.

— Para. Você não tem que fazer isso. - Argumenta Jason, quebrando o silêncio.

— É perigoso demais! - Diz Will, exasperado.

— Eu não ligo! É o que tem que ser feito! 

— Ela está certa. - Diz Rachel. - Profecias são feitas por algum motivo. Elas dão aos heróis as missões que eles tem que realizar para construir o futuro, e vencer os monstros.

— Rachel tem razão. - Continua Quiron. - Mas as coisas realmente são diferentes, mais mortais. A escolha é sua Maya.

— Eu vou. - Ela rebate prontamente. Não pude deixar de perceber como ela e Nico evitavam se olhar. Como eles iriam sair em uma missão juntos, eu não faço a menor ideia. A não ser que...

— Eu vou com você. - Digo rapidamente, com medo que mudassem de assunto. Acho que esse problema de mudar de assunto só acontece comigo mesmo. - Nós chegamos até aqui juntos. Somos uma boa dupla, não acha? A não ser que você escolha outra pessoa, mas mesmo assim, é o que eu acho mais certo.

Maya me encara, seus olhos vibrando de culpa. Eu não compreendo o motivo, mas ela desvia o olhar antes que eu pudesse descobrir.

— T-Tem certeza, Gale? - Ela me pergunta. O tremor em sua voz me fez pensar que ela talvez quisesse me perguntar outra coisa.

— Claro! - Exibo um sorriso que eu espero que não tenha parecido tão forçado quanto foi para mim faze-lo. - Quero te ajudar, quero ajudar o acampamento! E acho que salvar o mundo inclui isso, não é?

— Você não faz ideia de nada mesmo... - Resmunga Clarisse. Meu irmão abre um sorriso encorajador.

— É isso aí! - Ele me diz.

— E então Maya? - Pergunta Quiron. - A decisão de tudo é sua.

A garota morde o lábio, pensativa. Ela me observa de rabo de olho, com raiva. Depois seus olhar se suaviza e ela se volta para Quiron.

— O Gale pode vir, se ele realmente quiser. Quando saímos?

Nico dá um sorrisinho e finalmente encara Maya. Ela retribui o olhar, e naquele momento, sinto a temperatura cair uns dez graus.  Os dois possuíam sim, alguma semelhança. Os olhos tinham o mesmo brilho tão intenso, que era quase intimidador. Os cabelos dos dois eram negros e compridos (Claro que o de Maya era mais comprido, né... É maneira de falar). Eles eram pálidos e pareciam muito mais da Grécia antiga do que todos nós juntos, os “americanizados”. Por uns instantes eu esperei o quebra-pau que tem nos filmes de velho oeste. Maya e Nico se encarando com uma música daquelas de fundo (Sabe, aquela que tem um assovio de fundo, e tal), e sacando as armas e... Ok chega. Até eu sei que a coisa estava séria. Maya o observa até que desvia os olhos para o chão. Nico vira-se para Will e o velho oeste se torna novamente a sala de reuniões do Acampamento.

— Saíram logo. – Promete Quiron. – Amanhã de manhã, depois do almoço. É melhor assim, já que terão tempo de conversar com quem for mais experiente, reunir armas, formular um plano... Peguem o que for preciso.

— Mas a profecia não explica onde devemos ir. – Retruco.

Nico fica olhando para cima, pensativo.

— Acho que tenho uma ideia. Mas seria uma longa, longa viagem.

— Tenho uma ideia. – Diz Jason. – E se vocês fossem se encontrar com o pessoal do acampamento Júpiter? Talvez, eles já tenham alguma ideia, ou um mapa... Não sei... Algo que possa ajudar. – Ele conclui.

— Muito bem então. Amanhã, depois do almoço, venham vocês três me encontrar. Quero ter certeza de que estão realmente prontos. – Diz Quiron para mim, Maya e Nico. Depois disso, algumas pessoas começam a sair. Antes de partirmos, Clarisse passou perto de nós e chamou Maya. Eu fico pensando nas histórias das coisas que Clarisse fazia com os novatos. Tenho uma vontade louca de ir ver se ela ainda estava viva, quando a vejo com a filha de Ares voltando enquanto conversava normalmente. Arregalo os olhos para a cena.

— Então, eu poderia emprestar o polidor do Chris. Ele não ia se importar, afinal, seu punhal é muito importante! Uma obra rara. – Dizia a psicopata da Clarisse, com uma suavidade sobre-humana.

— Eu agradeceria muito mesmo. – Responde Maya. – Mas eu não tenho como te retribuir por todas as dicas e nem pelo polidor.

— Não sei do que você está falando. Você precisa disso, é o mínimo que eu posso fazer. – Retruca Clarisse, fazendo um gesto despreocupado com as mãos. Eu levanto uma sobrancelha. Rachel (que surgira de repente do meu lado) e eu nos entreolhamos. – E alias, foi um presente! Você tem que cuidar bem dele.

Maya dá um sorriso triste e agradecido. Ela deseja boa noite á Clarisse e esta vai marchando para o Chalé de Ares.

Você amiguinha de Clarisse La Rue? Sério mesmo? – Comento rindo.

— E daí? – Rebate Maya. – Ela é legal.

— Super. – Digo (Sarcasmo: ON). – Sorte que vamos sair amanhã, se não, eu estava é frito na mão dela!

Rachel dá uma gargalhada sincera. Ela estende a mão para Maya, com uma certa curiosidade.

— Ah, eu sou Rachel Elizabeth Dare, prazer.

Maya aperta a mão dela.

— Maya Carrow. Você é o Oraculo? Não pensaria isso só olhando nem em um milhão de anos.

Não sei por que Maya fica extrovertida em um momento e fala o que pensa, e de uma hora para a outra, se retrai toda e fica acuada. Ela é tão estranha quanto eu, vamos combinar. Mas gosto quando ela fala o que pensa, pois normalmente me faz parecer menos insolente e anormal. Pena que Nico acabou com esse lado dela (de novo, aaah).

— Como vai? – Ele pergunta, surgindo do nada.

— Por aí. – Diz Maya, se fechando novamente.

— Você sabe usar todos os seus poderes?

A pergunta a pegou de surpresa. Ela responde pensando.

— Alguns.

— Sabe viajar pelas sombras?

Ela discorda com a cabeça.

— Bem, se você quiser que eu te ensine... É que quanto mais soubermos sobre as habilidades uns dos outros, mais fácil vai ser na hora das lutas.

— Ahã. Podemos conversar disso amanhã. Eu... Preciso descansar.

Ele concorda.

— Claro. Hã... Vamos? Ao Chalé.

— Ah, sim. Verdade. – Ela se vira para mim e Rachel. – Até amanhã... Acho. Quer dizer, hã...

— Até. – Dizemos (eu e Rachel), simultaneamente.

Ela me dá um ultimo sorrisinho e um tchau com um gesto. Depois, ela e Nico saem andando em silêncio.

A noite foi o pior, acho. Tive pesadelos horríveis. E muito vividos, diga-se de passagem. Acabei acordando de madrugada e pensando se o que fiz foi certo. Eu não sou um herói, só um moleque maltrapilho que fugiu da casa dos avós e é apaixonado por bacon. Não sei se realmente pertenço a esse novo mundo. Não sei nem se consigo fazer com que meu pai saiba que eu existo; Ele é um dos deuses que mais tem filhos. Muitos devem ser heróis, ou ter habilidades e feitos fantásticos. Onde eu me encaixo nisso? Sou um nada. Permaneço acordado até de manhã. Vou tomar café morrendo de sono. Mas logo isso passa, quando vejo Nico e Maya acenando para que eu fosse à mesa deles. Eu o faço e me surpreendo dos dois ainda não terem se matado. Algumas pessoas passavam e falavam coisas á eles. Os dois agradeciam e as pessoas voltavam aos seus lugares. Assim que eu me sento ali, Nico se vira para mim.

— E então? Como passou a noite? Algum plano ou ideia?

— Não... – Eu balanço a cabeça, me livrando do sono. – Quer dizer, eu mal dormi. Hiperatividade é um saco.

— Concordo. – Diz Maya com uma calma estranha. – Mesmo assim, você tem certeza que quer ir?

— Claro! – Eu me adianto para dizer. Ela fica com uma expressão de contentamento por alguns instantes. Depois a esconde e eu fico olhando para o chão, um pouco envergonhado. Nico interrompe meus pensamentos.

— Todos que estiveram no Argo II querem vir nos dar uns conselhos. Acho que pode ser bem útil, afinal, foram eles que derrotaram Gaia que também é uma Deusa Primordial.

— O que? Então vamos ter que derrotar um Deus Primordial? – Eu quase arrebento a mesa com um soco. Mas consigo desacelerar um pouco a batida, e o que se arrebenta é minha mão. Um “meme” falando “Parabéns” passa na minha cabeça.

— É. – Responde Maya, sua mão tremendo um pouco. Ela pega a xicara cheia de café e toma o conteúdo todo com poucos goles. – Mas desta vez será pior. Não seremos só nós que sairemos em uma missão.

— Por que será pior? – Tenho medo da resposta.

— Porque achamos que se Tártaro despertar, ele atiçara Gaia a acordar também. Todo o esforço que tivemos para fazê-la dormir seria em vão.

— E com os dois acordados – Continua Maya. – Eles poderiam despertar algo um pouco pior.

— O que poderia ser pior do que dois deuses primordiais andando por aí? – Novamente eu perguntando o que eu não quero que respondam. Nico e Maya se entreolham, compartilhando uma rede de pensamentos que eu nunca entenderia.

— O Caos. – Diz Nico.


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Notas finais do capítulo

Lindos de minha vida, obrigada por ler. Queria pedir perdão por escrever taantoooo. Mesmo assim, se puderem comentar o que gostaram, o que detestaram ou qualquer coisa do tipo iriam me fazer uma Gafanhota feliz... Zueira, façam o que quiserem, mas se pudessem comentar ia ser bom para eu ter uma ideia se vocês estão gostando. Recomendem e favoritem (se quiserem) e acompanhem se estiverem gostando. Beijus e até a próxima.



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