Ébano, Neve e Sangue escrita por Claudia Carvalho


Capítulo 1
Soneto XXIX




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William Shakespeare

 

Quando, malquisto da fortuna e do homem,

Comigo a sós lamento o meu estado,

E lanço aos céus os ais que me consomem,

E olhando para mim maldigo o fado;

Vendo outro ser mais rico de esperança,

Invejando seu porte e os seus amigos;

Se invejo de um a arte, outro a bonança,

Descontente dos sonhos mais antigos;

Se, desprezado e cheio de amargura,

Penso um momento em vós logo, feliz,

Como a ave que abre as asas para a altura,

Esqueço a lama que o meu ser maldiz:

Pois tão doce é lembrar o que valeis

Que está sorte eu não troco nem com reis.

(Tradutor desconhecido)


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