Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 13
Remedy (part two)


Notas iniciais do capítulo

[Remédio (parte dois)]

Ah monamours, aproveitem a parte dois, ficou bem fofinha e emocionante, queria deixar bem claro o amor da Sam pelo Freddie, então leiam com alguns lencinhos... Apoio checarem as traduções das músicas apresentadas, todas elas nesse capítulo significam muito para o nosso casal Seddie na fic..



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707025/chapter/13

Povs Samantha:

A manhã foi maravilhosa com o Freddie (e coloque maravilhosa nisso). Depois do sexo, tomamos um banho juntos, nos vestimos juntos e depois assistimos O Chamado juntos. Já mencionei que fizemos isso juntos? Estar com ele é perfeito, como um balde de frango frito, não canso de ficar abraçada com ele.

Estou usando uma camisa regata amarela e um shorts jeans azul, o clima daqui é extremamente quente para usar mais do que isso.

Decido fazer o almoço, mas primeiro pego o meu celular para ver se tem alguma mensagem da Carly. Vou para a cozinha e Freddie me segue, depois se senta na mesma cadeira que estava quando eu acordei e volta a mexer no Pearbook. Pego meu celular e desbloqueio, 100 mensagens da Carly, rolo meus olhos. Abro o aplicativo e entendo porque deu 100 mensagens, ela mandou uma frase ou palavra por linha. Leio todas elas e respondo que agora vou comer, mando ela ir comprar uns comprimidos para ansiedade e que conto tudo depois. Deixo meu celular na bancada e abro a geladeira. Opto por fazer um espaguete com almôndegas, já que comemos muito peixe nas últimas semanas. Tiro a carne moída de dentro do congelador e deixo ao lado da tábua de cortar encima do mármore perfeito ao lado da pia. Pego uns legumes na geladeira entre outras coisas e vou colocando na bancada de mármore. Meu celular apita e não acredito que seja a Carly. Me viro para pegar meu celular e vejo Freddie me olhando sorrindo, depois ele vira o rosto pra tela de novo. Olho pro meu celular e vejo que tem um email, abro e leio.

 

 

De: Freddward Benson

Assunto: Faminto

21 de junho de 2016 13:24p.m

Para: Samantha Puckett

Gostaria de informar que me sinto extremamente relaxado após nossos esforços matinais, mas infelizmente, isso me deixou com fome, o que irá preparar para mim?

Freddward Benson CEO, Benson's Lifes Invander Participações e Empreendimentos Inc.

 

 

Olho para ele pensando em dizer alguma coisa, mas decido enviar um email como resposta.

 

 

De: Samantha Puckett

Assunto: É o que?

21 de junho de 2016 13:26p.m

Para: Freddward Benson

Primeiro de tudo, o que aconteceu com a velha comunicação verbal? Será que vivemos em mundo constipado pelos computadores? Estou na sua frente baby.

E em segundo, também me sinto relaxada após nossos interessantes esforços matinais. Irei fazer um espaguete com almôndegas para o almoço, espero que isso seja suficiente para deixa-lo feliz.

Em terceiro, por que estamos bancando Anastásia e Christian Grey trocando emails?

Samantha Puckett

 

 

Largo o celular na bancada rindo dessa situação e volto a preparar o almoço, corto os vegetais e junto em uma vasilha, tempero a carne e meu celular toca de novo. Lavo as mãos e vou ver o que Freddie me mandou.

 

 

De: Freddward Benson

Assunto: Primeiro de tudo...

21 de junho de 2016 13:30p.m

Para: Samantha Puckett

...Constipado? Você engoliu um dicionário? Não lembro muito o significado disso, mas aprecio sua eloquência.

Espaguete com almôndegas parece ótimo pra mim, na verdade qualquer coisa que você fizer eu aprecio. Eu poderia citar uma lista de coisas que eu aprecio em você, mas prefiro mostrá-las na cama de noite.

Referente a Ana e o Christian, gosto da comunicação entre eles, talvez, devêssemos utiliza-la mais vezes.

Prossiga com seus afazeres enquanto continuo com os meus. Amo observar você pela cozinha. Ah e óbvio, amo você.

Freddward Benson CEO e apaixonado, Benson's Lifes Invander Participações e Empreendimentos Inc.

 

 

Quase derrubo o celular ao ler "mas prefiro mostrá-las na cama de noite." Não respondo seu email, só fico sorrindo enquanto eu termino de fazer o almoço.

Sirvo o que eu preparei para mim e para o Freddie. Temos uma conversa bem calma sobre curiosidades da ilha e ele diz que gostaria de ir surfar mais tarde. Aproveito isso e digo que ele deveria ir sozinho já que quero utilizar o Pearbook dele pra conversar com a Carly pelo Skype. Freddie desconfia um pouco por eu querer ficar sozinha, mas aceita sem discutir. Após escovarmos, os dentes, lavamos e guardarmos a louça. Colocamos os lençóis para lavar e depois ficamos deitados no sofá, assistindo: Unbreakable Kimmy Schmidt na Netflix. Freddie fez cafuné no meu cabelo e ele começou a falar sobre como as personagens ficaram 15 anos dentro de um abrigo e nunca notaram que tinha algo errado, então explico que é uma série e por isso não tem uma obrigatoriedade de ter coesão com a realidade. O que fez ele se levantar e decidir ir surfar. Freddie pegou uma prancha na casinha nos fundos da casa. Eu pedi a ele que me trouxesse uma concha Ni'ihau e que não voltasse pra casa sem ela. Freddie concordou e prometeu trazer duas, lhe dei um sorriso forçado e um beijo no rosto. É quase impossível conseguir uma, imagina duas. Assim que ele me deixa a sós, corro para a cozinha e pego seu Pearbook, mando mensagem pra Carly no celular e mando ela conectar no Skype. Passasse uns 5 minutos e finalmente ela manda mensagem avisando que está conectada ao Skype.

— Saaaaaaam! - ela berra na tela.

— Oi Carly - cumprimento sorrindo, olho atrás dela e vejo que está na sacada do hotel.

— Você parece ótima - Carly comenta mas seu olhar não está focado em mim.

— Vou dar um rolé pela casa para te mostrar - me levanto com o Pearbook, sei que é isso que ela quer ver.

— Ok - ela fica olhando com atenção. Mostro a cozinha e a sala pra ela, depois vou ao lado de fora.

— Gostou?- pergunto virando o Pearbook para o mar

— Aaaaaaaaa - escuto Carly gritar - É tudo lindo e cheiroso.

— Realmente tenho que admitir - volto a camera do Pearbook para mim e sento-me na areia.

— Então... - ela ergue as sobrancelhas duas vezes.

— Sim Carly, aconteceu - respondo por fim e ela bate palmas, omito a parte que foram três vezes.

— Como foi pra você? - a inquisição Shay começa.

— Bom, realmente gostei - começo a desenhar na areia com a mão esquerda.

— Ele foi gentil? Carinhoso? O negócio é grande? - Carly pergunta sem parar.

— Sim, sim e credo Carly.  - faço uma cara feia pra ela, mas acabo por rir -   Sim é.

— Hummmm - murmura.

— Era a primeira vez dele também. - menciono a ela.

— Sério? Nossa, se casem logo então.

Reviro os olhos com o seu comentário.

— Falando nisso, quando eu acordei de manhã e fui conversar com ele, Freddie disse que não tocaria em mim de novo até nos casarmos, eu fiquei tipo é o que? - meu sorrisso ferra essa parte da história.

— Tem coisa ai - Carly percebe - Ele prosseguiu com o que disse? - coro imediatamente e solto um riso.

— Não - volta na minha mente nossos "esforços matinais".

— Quantas vezes vocês já... - ela balança a cabeça para que eu responda.

— Três - suspiro envergonhada.

— Sam, não precisa ficar assim, é normal querer fazer de novo, vocês tem plena certeza de que se amam, então não tem problema terem esse tipo de relação. - Carly me acalma e vejo que tem algo errado acontecendo com ela.

— Qual é o problema?- questiono estreitando os olhos, meu sensor de melhor amiga dispara na escala Richter.

— O que decidiu com o Freddie?- uau, mudança rápida de direção.

— Estamos oficialmente namorando - digo rapidamente- Agora senhorita Shay, o que tem de errado?

— Problemas com ex - ela bufa meio chateada.

— O Peter fez alguma coisa?

— Não, é... - ela tenta explicar mas Gibby aparece na frente da câmera.

— Miss Seattle - Gibby me cumprimenta - Como anda as coisas no paraíso?

— Vão bem - afirmo mas tento focar na Carly.

— Cadê o Freddward?- ele pergunta observando coisas atrás de mim - Tenho uma proposta pra ele. - seu olhar fica frio por alguma razão.

— Ain amor, não vai querer tratar de negócios durante as férias né? - Carly fica emburrada.

— Ele está surfando na costa leste da ilha - respondo ao Gibby.

— Surfando? - Gibby parece incrédulo- Tem certeza que ele não está navegando na internet? - ele faz as aspas em navegando e ri da sua própria piada.

— Que piada horrível - Carly empurra seu ombro - Bem Sam, eu tenho que sair com o Gibby.

— Nós temos? - Gibby faz uma expressão confusa - Au! - protesta e acho que olha pro próprio pé - É, nós temos.

— Claro vão nessa - não me convenço.

— Shay desligando - Carly acena e cancela a chamada de vídeo.

Permaneço fitando a tela sem compreender o problema da Carly e anoto mentalmente para me lembrar de questioná-la sobre isso mais tarde. Agora tenho um ambiente para decorar.

Entro para dentro da casa e deixo o computador do Freddie na sala. Ando pelos cômodos procurando coisas para utilizar no jantar, eu deveria ter perguntando a Carly o que eu deveria preparar, mas talvez seja algo que tenho que fazer por mim mesma. Freddie tinha mencionado algo sobre uma casinha onde guardam algumas coisas, saio pelos fundos da casa e vou até lá pensando no que posso utilizar.

Observo a casinha, ela é feita de algum tronco fino de árvore, tipo daqueles que vemos em filmes, o telhado é do mesmo material, e não parece ser muito espaçosa. Quando abro a porta e puxo uma cordinha para acender a luz, eu retiro tudo o que eu disse. O ambiente parece grande, só meio apertado pela quantidade de coisas presentes, o chão é forrado por um tapete marrom, ele faz barulho quando pisa encima. Surpreendo-me com um monte de caixas empilhadas, pranchas de surf, roupas de mergulho, galões de oxigênio, um caiaque amarelo, remos e mais umas coisas que não sei o que são. Reviro uma das caixas a procura de algo útil, acho um conjunto de lâmpadas parecidas com as de natal, porém são amarelas, são semelhantes as que estavam iluminando a água. Já fico com a caixa inteira e procuro nas outras. Encontro velas brancas finas, e vermelhas e pretas grossas, olho para as duas últimas com certo desgosto, se eu colocar uma galinha na mesa, junto com essas velas, vai parecer que estou fazendo macumba ou sei lá. Pego somente as brancas e jogo na caixa com as luzes. Reviro mais algumas coisas e acho uma toalha de mesa cheia de corações e flores, o tipo de coisa que antigamente eu desejaria evitar. Mas hoje, como a mulher apaixonada que eu sou, essa toalha vai cair bem,

Pego o necessário e saio da casinha com a caixa na mão, encosto a porta e contorno a casa para entrar pela cozinha. Ao adentrar coloco a caixa na bancada, tiro a toalha de dentro e vou até a janela para balançar ela e retirar a poeira. Forro a mesa com ela e verifico se está certa, em seguida vou para a sala deixar umas músicas tocando enquanto preparo o jantar. Ativo o Bluetooth do meu celular com a intenção de transferir algumas músicas para o aparelho de som. Deixo tocando Safe and Sound do Capital Cities e retorno para a cozinha animadamente.

Abros os armários procurando um livro de receitas e encontro alguns que me parecem interessantes. Folheio as páginas em busca de algo que me agrade, mas não sou uma cozinheira experiente como a Carly. Uma receita me chama atenção, tem carne, ela se chama Costeleta à moda de Hilo escolho essa mesma e inicio a preparação desse prato. Primeiro oro a Deus pedindo direcionamento, porque sei que alguma coisa vai dar errado e peço que não cause uma indigestão no Freddie.

Finalmente termino de preparar o jantar e começo a arrumar a mesa. Coloco o prato do Freddie na ponta da mesa e o meu ao lado esquerdo, assim ficará melhor para conversarmos, coloco a panela com Costeleta à moda de Hilo encima de um suporte de madeira sobre a mesa e vou posicionando as velas. Pego as luzes nas caixa e vou colocando em volta da cozinha, ligo as na tomada e se acendem majestosamente. Procuro o interruptor da luz da cozinha e vejo que dá para regular, rodo o botão no último e só deixo as do teto encima da mesa levemente acesas. Acendo as velas e o ambiente muda totalmente. O que falta? Oh, sim, o vinho. Dou um tapa na minha testa e corro até a adega no final do corredor, sei que Freddie gosta de vinhos franceses, então pesquiso no navegador do meu celular um nome de vinho irlandês e acho um chamado Saikouk Médoc. Olho para os vinhos da adega e o acho, sua cor é um roxo muito profundo, talvez carmim. Levo ele para a cozinha e coloco na mesa junto com as melhores taças que encontrei. Sorrio para meu trabalho bem feito, tomara que o Freddie goste. Agora me sinto como ele, nervoso por preparar algo tão incrível e ter quer aguardar a opinião de alguém a respeito. Dou uma última checada na decoração da cozinha e ando até a sala, agora tenho que preparar uma playlist descente para o jantar.

Retiro o pendrive do Freddie que estava no som e coloco no Pearbook, tiro algumas músicas e seleciono outras, noto a quantidade de música clássica que o Freddie tem, coloco algumas como Rigoletto la donna e mobile e algumas peças de Bach esperando que ele goste. Depois pego um cabo USB e conecto na outra entrada do Pearbook, passo algumas músicas do meu celular para o Pen drive e verifico com cuidado cada uma delas. A lista ficou dessa maneira:

A Thousand Years - Christina Perri

True Love - Coldplay

Turning Page - Sleeping at last

Fix You - Coldplay

Crazy in love (remix 2014) - Beyoncé

My love - Sia

Remedy - Adele

Unconditionally - Katy Perry

Amazing Day - Coldplay

Não precisa tocar todas, mas elas são perfeitas. Cada uma com um significado, todas com uma mensagem bem clara, que eu o amo, espero que isso deixe tudo equilibrado entre nós.

Me olho no espelho da sala verificando se estou apresentável, coloquei mais um dos vestidos que trouxe, ele é rosa pálido, curto o bastante para mostrar minhas coxas e muito mais quando me sentar, mas gosto do jeito que ele molda o meu corpo. Respiro fundo e fito meus olhos azuis no espelho, fiz tudo com muita dedicação, não importa se algo der errado. Eu tentei, se nunca tentasse, eu nunca saberia qual é o meu valor. Não precisei da Carly dessa vez, precisei só de mim mesma e do sentimento mais puro que existe na terra, o amor. Passo um rímel, e um batom, minhas bochechas já tem cor suficiente para passar mais alguma coisa. Olho em volta verificando cada detalhe e meu trabalho está terminado. Ok, vamos lá.

Me sento no sofá e aguardo o Freddie chegar, ja está escuro e assistir O Chamado pela manhã não me fez bem. Um arrepio me percorre e aumento o som para me acalmar. Finalmente escuto um assobio e Freddie entra pela porta, está usando uma roupa de mergulho e invade a casa com a enorme prancha vermelha e branca.

— Querida, cheguei - ele me avisa e observa minha roupa - O que é isso?

— Uma surpresa - respondo a ele - Agora vai tomar um banho para vê-la.

— Tudo bem - ele encosta a prancha na parede e pega algo no bolso de trás - Demorei mas encontrei - Freddie me entrega duas conchas e abro a boca sem palavras - Seja lá o motivo que me fez ficar fora a tarde toda eu vou adorar - ele pega meu rosto e me da um selinho - Senti sua falta.

— Eu também - me distancio dele - banho por favor.

— Com sua permissão milady- Freddie acaricia meu rosto e vai pro corredor.

Olho para as conchas maravilhadas, ele realmemte trouxe! Meu jantar até parece ofuscado diante de mais uma de suas demonstrações de amor. Não se fico feliz ou triste. Deixo as conchas na mesinha da sala e coloco A Thousand Years na espera, irei apertar o play assim que o Freddie retornar.

Fico andando de um lado para o outro e finalmente Freddie retorna, usando uma calça jeans preta, uma camisa social preta também e uma gravata. Não, espera. Não é só uma gravata. É a gravata que peguei para mim, sorrio me perguntando, porque achei que seria a unica coisa que eu teria dele. Agora o tenho por inteiro e nada poderá nos separar. Aperto o botão no controle e a música preenche o ambiente.

— Pronto?- sussurro.

— Sim - Freddie caminha até mim e pego sua mão, ando com ele para a cozinha e ele observa tudo com atenção, até mesmo com uma expressão de surpresa. Aponto para o lugar que ele tem que se sentar, mas ele puxa minha cadeira para que eu me sente. Depois de eu me acomodar ele empurra minha cadeira e senta na dele.

— Fiz , segura na mão de Deus e vai - lhe informo e Freddie ri docemente.

— Deve estar bom - ele abre a panela para colocar mas seguro sua mão.

— Eu vou te servir - tiro a tampa da sua mão e coloco na mesa, pego uma espumadeira e ponho um pouco de Costeleta à moda de Hilo em seu prato, seu estômago ronca e não resisto em rir.

— Obrigado - Freddie agradece pegando o garfo e a faca.

— Disponha - murmuro e sirvo um pouco pra mim. Abro o vinho e despejo nas nossas taças, Freddie olha com apreciação para tudo, leva o garfo até a boca mas para na metade do caminho, ele fica focado em algum som, acho que é na letra da música.

— Realmente será por mil anos Sam? - ele sussurra me olhando nos olhos.

— Não - afirmo sincera - Será para sempre.

— Bom... - ele sorri e leva o garfo até a boca, o observo mastigar lentamente e por fim engole - O gosto é excelente.

— Amém - suspiro aliviada e tomo um gole de vinho. Começamos a comer e inicio as perguntas - Como você iniciou sua empresa?

— Quando me formei no ensino médio, minha mãe queria me colocar pra fazer ciência da computação, mas eu sabia que podia mais do que isso. - ele bebe um pouco - Então, optei por iniciar uma pequena empresa de tecnologia com o Gibby, demos o nome de Life's Promarket, o pai do Gibby investiu nisso e tivemos um grande sucesso. Nossa aérea era só investimento em aplicativos, acessórios para celular, ajudar pessoas com suas ideias e tal. - Freddie suspira e seu tom muda, fica mais melancólico - Foi quando Gibby e eu dividimos a empresa.

— Por que? - me concentro para entender o que aconteceu.

— Eu queria expandir, entrar em diversas áreas, setor econômico, agrícola, industrial, tanto nacional como multinacional. Mas ele não queria, ele foi egoísta de mais para querer expandir a ideia de tecnologia para outras coisas. E eu fui egoísta de mais para querer abrir mão dessa ideia e ficar só no setor tecnológico, acabamos por discutir. Lembro que ele quis alugar um novo prédio e levou metade dos funcionários com ele, isso ocorreu um anoa após fundarmos a Life's Promarket. Ai teve toda a correria para mudar o nome da empresa, que hoje ficou Lifes Invaders e Gibson's Promarket. E é tudo. - Freddie conclui.

— Mudança de tópico- balanço minha taça de leve - Não foi meio caro alugar essa casa?

— Sam, eu ganho em torno de 50 mil dólares por hora - por um momento achei que ia cair da cadeira ao ouvir isso - Até mesmo de férias eu continuo lucrando, a limousine, o barco, essa casa e tudo mais - ele balança a mão - não significam nada, e mesmo se fosse difícil por questão de dinheiro, valeriam a pena, porque eu estaria fazendo essas coisas por você.

— Nossa... - sussurro surpresa - Hum, bem - pigarreio tentando esquecer "5o mil dólares por hora" - E sua mãe como ela está? - dou o pior sorriso forçado que o planeta já viu.

— Ela vai bem - Freddie diz secamente, mas não foi minha pergunta que o incomodou.

— O que houve?

— Comecei a achar, que ela passou todos esses anos escondendo algo de mim - Freddie desvia o olhar do meu rosto para as velas.

— O que ela esconde? - subo uma oitava na voz, a conversa ficou interessante.

— Eu... Eu acho que tenho... - ele respira com força - Acho que tenho uma irmã. - finalmente consegue dizer e arregalo os meus olhos.

— O que?- falo praticamente inaudível, minha voz sumiu e A Thousand Years termina.

Freddie coloca os braços encima da mesa e passa a mão no rosto, noto sua expressão estranha quando não sente sua barba.

— Quando meu pai nos deixou, eu tinha por volta de 4 ou 5 anos. E eu posso jurar Sam, aqui e agora, que tinha mais alguém com ele naquele dia.

Franzo a testa em dúvida.

— Por que ele deixou sua mãe e você?

— Não me lembro, eu era muito pequeno, mas acho que isso justifica o jeito que minha mãe me trata, sou o único filho dela, talvez ela tenha medo de me perder, nunca se sabe se meu pai pode ter fugido com a minha irmã ou coisa assim. - Freddie desabafa e parece aliviado.

— Compreendo - murmuro - É sobre isso seus pesadelos? - percebo na hora.

— Sim - ele admite sem pestanejar- Sobre o que são os seus? - ah não, esse assunto não pode vir parar em mim.

— Sobre... - tento dizer mas palavras me faltam.

Freddie trinca os dentes.

— Tem haver com ele, não precisa me contar, já dá pra ter uma noção. - ele empurra o prato e por um momento acho que vai se levantar, mas foi só para pegar as minhas mãos - Como vai a sua família? Tipo, a sua irmã e a sua mãe?

— A Melanie está muito bem, se formou em direito - acaricio seus dedos - E adivinha - uso sarcasmo- Minha mãe deve ter ficado orgulhosa dela, enquanto eu poderia ter virado presidente e ela não acharia suficiente.

— Quer falar sobre ela?

Abaixo a cabeça como forma de dizer não.

— Não acho um assunto muito adequado para o momento.

— Entendo - Freddie respeita meu espaço emocional - E seu pai? Descobriu quem é?

— É mais fácil conversarmos sobre a minha mãe - oscilo no temperamento.

— Sarcasmo? - ele ri e aproxima o rosto do meu.

— É a forma mais baixa de humor, mas é útil em situações controvérsias. - dou de ombros querendo fugir desse assunto.

— Ah sim - Freddie me rouba um selinho - O jantar estava maravilhoso, esse momento foi perfeito Sam, a comida, a decoração, as músicas principalmente... - ele se interrompe - Essa música True Love, é muito profunda - Freddie comenta e tem uma expressão triste - O eulírico, derrama totalmente sua alma nela, está tão desesperado por alguém - ele faz uma pausa para cantar -  Então diga que você me ama, se você não me ama, minta para mim - Freddie me olha tentando entender a música - A que ponto o amor pode chegar?

— Não sei, o amor nos muda totalmente, renunciamos quem somos para ser quem a pessoa que amamos é - digo tentando ser romântica e Freddie se surpreende. True Love se encerra e Turning Page começa.

Freddie se levanta e puxa minha mão.

— Dançe comigo - ele pede com uma voz cheia de emoção.

Eu aceito e fico em pé na sua frente. Deixo meu braço direito levantado com minha mão na sua, enquanto minha mão esquerda fica no seu ombro direito, Freddie mantém a mão direita nas minhas costas e nos balança lentamente.

É quando aprecio a letra da música com ele, cada palavra, cada verso, cada estrofe, nos enchem de paixão. Freddie me gira e pega nos seus braços de volta, ele canta baixinho no meu ouvido algumas partes e sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

Eu renuncio a quem eu tenho sido para ser quem você é... - sussurro cantando com a voz pesada de lágrimas não derramadas.

Nada me torna mais forte do que seu coração frágil — Freddie completa cantando docemente e as lágrimas fluem pelo meu rosto - Hey Sam, não era pra você estar chorando - ele enxuga meu rosto como se pudesse pegar cada lágrima e joga-las pra longe.

— É que eu te amo tanto - falo alto e claro - Você é minha vida Freddie Benson, você é como o ar que eu respiro, eu vou te amar incondicionalmente, não a medo agora, só aceite isso e seja livre, porque eu vou te amar para sempre. Aceitação é a chave para isso funcionar, você faria isso por mim? Aceitaria que eu realmente te amo e que não falta nada nisso tudo?

— Eu já aceitei Sam - Freddie sorri mas vejo que também está emocionado - Aceitei no momento que passei por aquela porta e vi você me esperando.

— Ah meu Deus - suspiro e o beijo, um beijo molhado pelas minhas lágrimas, tiro meus lábios do seus - Quando a dor cortá-lo profundamente, quando a noite o impedir de dormir, quando o mundo parecer tão cruel e se seu coração fizer você se sentir como um tolo, eu prometo que você vai ver, que eu serei o seu remédio. - recito outra canção e o afundo meu rosto no seu peito, começo a chorar sabendo o quanto o amo, que ele sabe disso, meu choro é incontrolável. Ele esperou tanto por mim e aqui estamos.

— Oh Sam - Freddie sussurra e afunda o nariz no meu cabelo - Não chore, por favor, eu também te amo, e Deus sabe o quanto eu te amo.

— Freddie, você e eu fomos feitos um para outro - falo tentando segurar as lágrimas mas sem sucesso.

— Sim, nós fomos - ele me aperta - Eu consertei você Sam e ninguém vai quebra-la de novo.

— Quero ficar com você, até o dia que meu coração parar de bater - pronuncio e tiro minha cabeça do seu peito para olhar no seus olhos.

— Para sempre - ele entoa.

— Para sempre - eu concordo e o beijo.

Ficamos nos beijando com tudo o que temos a oferecer, puxo seu rosto para o seu, e ele segura minha cabeça com força, em seguida Fix You se iniciou, então interrompemos o beijo para ficarmos abraçados escutando nossa canção.

Sim. Eu viveria tudo isso de novo só para saber que chegaríamos aqui. Não importa em que música mais nos emocionamos, se somos loucamente apaixonados, se esse foi um dia incrível, se demos tudo um ao outro, se nos amaríamos por mil anos, se nosso amor é incondicional, ou se cada beijo é uma linha cursiva... A única que importa é a que nos define.

Luzes nos guiaram para cá, incendiaram nossos ossos, até o mais profundo da nossa alma, e no fim, nos consertamos.

O toque final da guitarra revela os últimos acordes de Fix You, a nossa música, a nossa vida, o nosso amor. Dessa vez, as lágrimas não escorrem do nosso rosto porque perdemos algo insubstituível, e sim escorrem, porque encontramos alguém que amamos e isso não irá se desperdiçar. Para sempre entoo a mim mesma novamente. Mas... Realmente para sempre?

 

—------------------------------------------------------------------------

Povs Autor:

O telefone da garota toca, ela resmunga algo, sentasse na cama e leva o celular ao ouvido meio nervosa.

— Esse fuso horário - a morena reclama.

É o único momento em que posso conversar, aproveito que Lou está no trabalho— a voz masculina explica.

— Sei sei - ela fica exasperada.

Resumo agora ou depois?— o garoto pergunta.

— Provavelmente eu ganhei lindinho - ela admite sincera.

Eu não sei porque me sinto surpreso, já era de se esperar— sua voz está triste.

— Idem - a voz da garota está normal, ela olha o namorado que dorme - Tenho que desligar.

Me mantenha informado, um deslize dele e eu estarei aqui esperando para agir.— agora está determinado.

— Não se preocupe, te ligo se algo acontecer, beijos - ela se deita novamente.

Assim espero— ele desliga e ela fecha os olhos.

Ela mal sabe que seu namorado só fingia dormir. Ele mal sabe o que irá descobrir. Os dois mal sabem o que estão prestes a fazer.

To be continued...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E tantan, foi isso que passei 3 dias escrevendo para ficar dessa maneira, até eu to no chão, antes de eu ir embora e deixar vcs darem a sua opinião quero mandar um beijo para a leitora nova Viic Salvatore McCall, são pessoas como vc que me fazem continuar, bem lindos e lindas é só isso, escolham o lacre em forma de opção e see you soon!

OPÇÃO 1: Próximo capítulo mostra o que Gibby está passando com a Carly e o que ele descobre sobre o telefonema.

OPÇÃO 2: Carly lida com um problema que ela mesmo fez e tenta esconder do Gibby o que está acontecendo.