Coração de Dragão escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 7
Uma nova chance




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Passei a noite em claro tentando entender qual o significado disso, eu nunca havia me encontrado com aquele homem antes, mas era como se o conhecesse, pois tudo nele era-me familiar, seu cheiro, seu calor, seu toque, os olhos, e depois dele mesmo ter dito que eu não mudei, não restavam dúvidas de que nos conhecíamos, mas como?
Perguntei-lhe e ele não quis me dizer, apenas sorriu e meu pai nos interrompeu querendo lhe mostrar os seus aposentos, então não o vi mais.
Estou a horas tentando pegar no sono, mas seus olhos verdes esmeralda não saem da minha cabeça, e esse aperto no peito, será um aviso que não devo confiar nele, ou é o contrário?
Perdi a hora do momento que consegui fechar os olhos e pelo cansaço finalmente dormir, mas meus sonhos foram tão angustiantes quanto meus pensamentos, eu estava na floresta correndo e mesmo estando tão silencioso eu sabia que tinham pessoas atrás de mim, pois eu corria o mais rápido que conseguia, era escuro e não havia uma luz sequer do luar, apenas pequenos fechos de luz da própria noite, tudo estava tão quieto e apavorante, então eu parei de correr virando-me para trás e assim que percebi movimentação na mata tentei corre novamente mas tropecei e rolei barranco a baixo, assim que parei, senti dor por estar esfolada e arranhada, mas consegui me levantar e assim senti a pressão em meu peito fazendo com que eu me abaixasse de novo, e dessa vez uma sombra tão grande apareceu em minha frente, era os traços de um fera enorme como os dragões, e havia duas esmeraldas no lugar de seus olhos, o rugido fez com que eu me abaixasse colocando minhas mãos em cima da cabeça como se fosse me proteger.
—Ahhh... – acordei com um salto do travesseiro e fiz Juvia saltar para longe também.
—Jesus. – Juvia acabou caindo no chão e assim que conseguiu se erguer veio até mim, colocou a mão em minha testa e viu que eu estava soando frio. – o que aconteceu Lucy? Um pesadelo?
Respirei fundo e tentei me acalmar.
—Foi só um sonho estranho. – coloquei a mão em minha própria testa em busca de me acalmar.
—Lucy precisa de um médico? – Juvia olhava preocupada para mim.
—Não Juvia, não precisa. – sorri para ela, me levantei e fui até o banheiro dizendo a mim mesma que precisava de respostas.
Quando pronta vesti meu mesmo vestido do jantar e desci para o café, estava tão acostumada em ir direto ao jardim que fui até lá, chegando lá não havia ninguém então me lembrei que Gray havia voltado ao seu reino em busca de um médico para a mãe de Juvia.
—É um belo jardim. – Levei um susto, Natsu apareceu de repente ao meu lado. – Era da sua mãe não é?
—Como sabe? – perguntei curiosa, não lembro-me de ter dito isso a ele.
—Você mesma me contou, não se lembra? – ele sorriu de canto para mim então desceu os degraus e foi até o chafariz, que ainda faltava consertar.
—Senhor Dragneel? – desci e fui atrás dele.
—Por favor me chame apenas de Natsu. – ele fechou os olhos e sentou-se ali mesmo na terra.
—Natsu. – sentei ao lado dele não me importando com a sujeira. – Ontem o senhor não me respondeu sobre os dragões. Você os mata mesmo?
—Por que se importa? – ele pediu olhando-me nos olhos, quando as esmeraldas me encararam foi como estar no meu sonho.
—Eu... eu...- por que eu queria tanto saber, ele iria embora tão logo e sumir da minha vida, por que eu queria saber tanto sobre ele? – Eu amo os dragões.
Ele ergueu um sobrancelha. Mas ao mesmo tempo sorriu de canto e voltou a atenção a fonte parada.
—Sua mãe não foi morta por um? – ele pediu sem demonstrar muita preocupação.
—Eu sinceramente acredito que não foi um dragão. – acabei de contar a ele sobre meu mais profundo pensamento, eu sempre pensei nisso, mas nunca, nunca havia contado a ninguém. Por que ele tinha esse poder? Eu simplesmente confiava a ele minha vida, tinha a sensação que ele me protegeria de tudo.
—Não Lucy, eu não posso lhe responder esta pergunta, você não entenderia. – ele explicou e se levantou. – agora se me dá licença, eu preciso ir até a floresta começar minhas pesquisas.
—Espere...
—Por favor não insista nesta pergunta, eu não sou obrigado a responder. – ele disse me dando as costas.
—Espere... – ele parou esperando. – O que você pretende encontrar na floresta?
—Não se preocupe, não há nenhum dragão lá há seis anos. – dito isto ele retomou a caminhada. – até o jantar.
Como ele sabe disso? Uma pequena fagulha de esperança havia surgido em meu coração quando liguei uma informação a outra, ele é um caçador de dragões, e quer explorar a floresta, que era o habitat de um dragão a exatos seis anos. Mas ele simplesmente negou-me essa esperança, ele não havia viajado até aqui por um dragão, havia outro motivo, mas qual?
Eu comecei a segui-lo até a porta de entrada do palácio, ele estava saindo a pé mesmo, depois virou a esquerda e começou a subir a colina por onde eu fugi aquela vez. Fui até o lugar onde havia aquele buraco no murro, haviam muitos guardas, mas consegui despistá-los falando que um animal feroz estava no castelo, rapidamente o lugar ficou limpo para que eu pudesse passar.
Fazendo isto, corri em direção à floresta, eu não saía a muitos anos do castelo, mas a curiosidade era mais forte do que meu bom senso, sei que Gray pediu que eu ficasse longe de Natsu, mas ele escondia algo e eu queria saber o que era.
Ao pisar na grama, ela fazia um barulhinho de amassada tão bom de ouvir e era tão macio de andar, calmamente tirei meus sapatos e fiquei descalça na grama, a sensação de cócegas e o frescor geladinho da grama com a umidade matinal era delicioso, eu poderia ficar ali o dia inteiro, mas precisava de respostas, então fui até a orla da floresta e com determinação entrei.
Desta vez fui mais devagar e tentei ouvir os passos de alguém por ali, mas ouvia apenas o vento e os grilos. Para onde ele foi?
—Arrrrrrghhhh.... – um rugido repentino faz com que todos os pelos do meu braço se arrepiem e os passarinhos da floresta levantem vôo.
O que foi isso? Um dragão? Rapidamente comecei a correr em direção ao barulho, tão rápido que mal podia respirar, pisei em pedras que machucaram meus pés, galhos se enroscavam em meu cabelo desfazendo meu penteado e meu vestido azul estava sujo de folhas e terra, logo a frente pude ver uma clareira, fui até lá e então parei quando vi um homem parado de joelhos sob a terra. Natsu estava diante de alguns ossos gigantescos, seu manto vermelho estava sob o que presumia ser o crânio de um dragão adulto.
—Natsu? – fui até ele, seus olhos esmeralda estavam derramando lágrimas de tristeza e culpa, não pude evitar, quando percebi o estava abraçando fortemente, me ajoelhei junto a ele e fechei meus olhos, pegando pra mim a sua tristeza, queria arrancá-la dele para não vê-lo chorar, por que me importava tanto, não sei.
Um tempo se passou e estávamos ali parados abraçados um em frente ao outro. Apenas sentindo o batimento do coração e ouvindo a respiração ritmada que tínhamos.
—Lucy... – ele desfez o abraço e virou para o lado para secar o rosto. – o que veio fazer aqui?
—Eu...eu o segui Natsu... – confessei envergonhada.
—Por que? – ele continuava olhando para o lado não permitindo-me que visse seu rosto cheio de tristeza.
—Eu não sei, queria saber o que você escondia. – contei. – Olhe para mim.
Ele virou-se devagar e em seu olhar havia uma história de quem havia sofrido muito, passado por muita coisa, meu peito se contraía só de imaginar.
—Deixe-me te ajudar. – o abracei novamente não me contendo, ele soltou um som de surpresa.
—Lucy....
—Eu não sei bem o porque, mas quero ajudar você, eu não entendo, mas meu coração diz que você precisa de mim, que você precisa de ajuda, eu sinto essa necessidade de ficar perto de você... eu... tenho certeza que já te conheço, mas também tenho certeza que nunca o vi... por que isso? – falei tão rápido meus sentimentos a ele que estava ofegante. – Então por favor deixe-me ajudar você...
—Lucy... – ele encostou suas mãos em meu rosto fazendo com que olhasse para ele, diretamente em seus olhos verdes, ele se aproximou e sua testa encostou na minha, nossos olhares estavam em profundo transe, o cheiro da grama que emanava dele, o calor, tudo me fazia querer estar mais perto, era tudo tão familiar, mas não me importava agora de onde nos conhecíamos, eu só queria estar perto dele e ajuda-lo. – você já me ajudou tanto.
Eu coloquei minhas mãos em cima das mãos dele, eram quentes e aconchegantes, segurei com força e as abaixei, de joelho um pro outro, frente a frente, de mãos dadas e testas grudadas.
—Por favor, me deixe ajudá-lo mais então. – pedi a ele.
Ele sorriu de canto e levantou a cabeça, depois com o apoio das pernas se pôs de pé e ajudou-me a levantar.
—Me ajude a enterrar esses ossos com dignidade então. – ele olhou para mim. – Já que insiste me ajudar.
Olhei para os ossos e tive certeza que eram de um dragão, a forma da coluna que ia até a calda, as garras e os chifres, um belo dragão adulto.
—Você o achou? – perguntei.
—Sim. – respondeu prontamente. – na verdade eu sabia que estava neste local, mas queria me certificar que tivesse um enterro digno, por isso quis vir até aqui.
—Isso é tudo o que você queria na floresta? – questionei ajudando a jogar terra em cima dos ossos.
—Sim. – ele respondeu sem delongas.
—Então não precisa de um mês, e nem precisava ter pagado ao meu pai para vir aqui. – falei olhando para ele. – o que mais você está escondendo? E por que se importa com o cadáver de um dragão.
—É sim, eu tenho outros assuntos a tratar com o rei, por isso pedi um mês, e sim, há muita coisa que eu escondo de você e de muitas outras pessoas. – ele falou calmamente. – Por que acha que contaria todos os meus segredos a alguém que mal conheço?
Indignada com a resposta eu joguei a terra que ia jogar nos ossos nele.
—Eu confio em você, contei tudo e mesmo se não contasse, você parece saber tudo sobre mim, então porque não mereço o mesmo? – exigi uma explicação.
—Você é estranha, isso não é problema meu. – Natsu limpava o rosto cheio de terra. – Foi você que veio atrás de mim, foi você que correu pra floresta.
—Corri por que eu sabia que escondia alguma coisa. – argumentei. – Eu queria respostas e ainda quero.
—Por que? – ele perguntou. – Por que se importa tanto?
—Eu já disse que não sei, tem algo... uma conexão entre nós... – explique. – Você não sente?
Ele franziu o cenho e jogou a terra em cima dos ossos e saiu correndo pela floresta. Estranhei sua atitude mas terminei de fazer o trabalho que ele me pediu antes de voltar para o palácio.
Já quase noite consegui achar o castelo e então entrei escondida e fui até meu quarto me arrumar, mas que droga, além de não responder nenhuma das minhas perguntas ele ainda me deixa pra trás sozinha na floresta.
—Lucy? – Juvia já me esperava no quarto. – Onde esteve?
Ela reparou no meu estado, não tinha como esconder dela.
—Eu estava na floresta. – respondi indo me lavar.
—Mas por que Lucy foi até lá? – ela pediu.
—Bem, eu segui Natsu. – contei tudo sobre ele e esperei Juvia tirar suas conclusões.
—Lucy e Natsu devem ser almas gêmeas. – ela sorriu juntando as mãos.
—O que? – perguntei indignada com a conclusão dela. – não isso não existe.
—Por que não? – ela questionou.
—Por que não, isso é coisa de conto de fadas. – respondi a ela.
—Juvia acredita. – ela pareceu triste.
—Ah. Me desculpe Juvia, tá tudo bem acreditar está bem? – ela assentiu. – cada um é livre pra acreditar naquilo que quiser, mas nem todos acreditam nisso.
Juvia ajudou-me a me arrumar e assim desci as escadas para o jantar.
—Boa noite! – entrei fazendo uma reverência para todos e me sentei no lugar de sempre, mas é claro que Natsu estava no lugar próximo ao meu onde sentou ontem.
—Lucy. – meu pai se direcionou a mim. – por que não compareceu para o almoço hoje?
—Eu..
—Ela estava comigo. – Natsu respondeu prontamente.
—O que? – Zeref pareceu não gostar.
—E onde vocês estavam? – novamente meu pai me questionou.
—Passeando. – Natsu respondeu piscando para o rei.
—Como assim? – Zeref interferiu na conversa.
—Desculpe, mas quem é você? – Natsu perguntou irritado para o mago negro.
—Como é? – Zeref se levantou batendo as mãos na mesa.
—ZEREF! – Meu pai chamou atenção do mago para calar-se. – sente-se. Me desculpe senhor Dragneel, mas lord Zeref se sentiu incomodado que minha filha tenha passado o tempo com um visitante por que ela está noiva do aprendiz dele.
—Entendo. – Natsu sorriu com a explicação. – Mas não é dever de uma princesa fazer com os convidados se sintam bem? E mesmo se não fosse, eu acredito que esse seja um assunto fora dos interesses do conselheiro do Rei, estou certo? A educação da princesa é responsabilidade do rei não de um mero conselheiro.
—Está certo senhor Dragneel. – o rei estava irritadíssimo com o mago negro. – Perdoe-me pelo meu conselheiro lhe fazer se sentir ofendido, ele deve saber o lugar dele.
—O que? – Zeref olhava indignado para o rei, eu também, pois nunca em meus anos de vida vi meu pai contrariar a palavra de Zeref, admito estava feliz e satisfeita com isso.
Quando olho para Natsu, ele olhava pra mim com aquele sorriso de canto, pelo jeito percebeu que eu gostei do que ele fez.
—Meu rei, se me permite, eu poderia convidar a princesa para um passeio pelo jardim? – Natsu sorria para provocar Zeref.
—Sim, claro, como quiser. – Meu pai sorriu e pôs-se a comer de novo.
—Vamos? – Natsu me mostrou a mão me convidando a levantar-me. Segurei e fui com ele até o jardim.
—Eu nem sei como lhe agradecer. – falei sorridente.
—Pelo o que? – ele olhou para mim com dúvida.
—Por deixar o Zeref tão envergonhado assim, meu pai nunca foi contra ele, e eu não o suporto. – expliquei.
—Tudo bem, eu gostei de fazer isso, dá pra perceber que ele é uma má pessoa. – ele disse. – Se não se importa, por que vai casar com o aprendiz dele?
—Bem... – cocei meu pescoço mostrando um pouco de desconforto. – No começo me fiz a mesma pergunta, mas depois que o conheci ele se mostrou uma pessoa bem bacana, inclusive viajou pra conseguir um médico para uma amiga.
—Mas ele não vai ser controlado pelo Zeref? – Natsu pediu.
—Eu espero que não. – olhei para baixo sem mais respostas.
—Entendi. – Natsu suspirou sorrindo. – Você está sendo forçada a casar-se com ele, mas está com medo pelo reino.
—Por que você parece feliz com isso? – perguntei levantando uma sobrancelha.
—Por que eu achei que você amasse esse rapaz. – ele disse e então olhou para mim, eu não entendo, e o que isso mudaria para ele? – Bem, me desculpe por deixa-la sozinha hoje na floresta, eu voltei depois pra lhe buscar mas você já havia ido embora e deixado o serviço completo.
—Tudo bem... – olhei para o jardim. – Me desculpe pressioná-lo para que me contasse seus segredos, eu estava preocupada se você apresentava algum perigo para o reino, eu entendo, todos tem seus segredos e eu o forcei, me desculpe, eu entendo complemente, você tem seus motivos para estar na floresta, pode ficar o tempo que quiser aqui no castelo, eu lhe convido a ficar para o meu casamento também, será uma honra.
O sorriso no rosto de Natsu desapareceu aos poucos.
—Éh... bem... – ele mostrou-se desconfortável e não sabendo o que falar.
—Falei algo que o magoou? – perguntei.
—Ah, é... mas não se preocupe, eu sou um tonto... – ele olhou para mim fazendo-me sentir entregue a ele novamente. – preciso ir, estou cansado, vou me deitar mais cedo.
—Natsu... – tentei impedi-lo, mas ele correu para dentro do castelo.
Fiquei um tempo olhando para o jardim, recebendo um pouco de tranquilidade do vento da noite, hoje a lua estava cheia e luminosa, as flores que Gray e eu plantamos estavam recebendo a luz do luar fazendo com que ficassem tão mais lindas.
Me virei e fui para dentro do castelo, subi as escadas e fui até meu quarto, hoje eu havia dispensado Juvia também, pois eu sabia a situação de sua mãe, queria que ficasse com ela.
Esta noite foi mais tranquila, mas as esmeraldas continuavam ali, presentes nos meus pensamentos, nos meus sonhos, como se me seguissem para onde eu ia.
Logo chegou a manhã e me levantei mais disposta, Juvia ainda não havia chegado, espero que esteja tudo bem. Fui me levantando, me lavando e assim me vesti sozinha.
Quando abri as portas do meu quarto, Natsu estava escorado dormindo nelas e perdeu o apoio então caiu de costas sob meus pés.
—Aii. – ele reclamou passando a mão na cabeça. – Ah bom dia Lucy.
—Natsu. – ele se levantou. – o que fazia dormindo na porta do meu quarto.
—Ah. - Ele se aproximou de mim muito perto, meu coração quase pulou pra fora pela garganta, então ele sussurrou no meu ouvido arrepiando-me inteira. – Eu estava preocupado se Zeref viesse lhe fazer algum mal pelo que falei ontem a ele, então fiquei de guarda aqui a noite inteira, mas acabei pegando no sono.
—Bem, obrigada. – agradeci envergonhada, tanto pela proximidade quanto pela preocupação. – vamos tomar café?
—Sim, mas antes quero lhe mostrar algo. – ele pegou em minha mão e me arrastou até o jardim. – Veja.
O chafariz estava funcionando, ele havia consertado, jorrava água cristalina e as pequenas gotículas faziam o ar ficar mais fresco e as flores brilharem mais, Natsu deu o toque final de vida ao jardim de minha mãe.
—Obrigada! – o abracei fortemente.
—Não foi nada, eu sabia que isso é importante pra você e você já fez tanto por mim. – ele sorriu.
—Eu não entendo, você sempre fala isso, mas o que fiz por você? – perguntei curiosa.
—Hum... – ele sorriu de canto e então se aproximou mais de mim, novamente meu corpo estava sob o controle dele. – Você me salvou. Você me deu uma nova chance!


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