Capítulo 17

Pov Bella

O quanto grande pode ser a dor? Desde pequena você passa avida fazendo planos e incluindo todos os que ama neles, mas por um passe de mágica trágico todos vão sumindo. Hoje o dia amanheceu mais cinza, o tempo fechou e levou o riso de todos. O prefeito decretou luto e a cidade toda parou, a morte da jovem Ângela Weber não saia da boca do povo.

Estamos todos aqui, na pequena igreja da cidade de forks sentados no terceiro bando da fileira esquerda e encarando o caixão fechado que ao lado tem uma foto de minha amiga sorridente. O pastor Weber, pai de minha amiga, começou a celebração, mas nem ele mesmo parecia acreditar no que dizia.

—Gostaria de convidar ao altar Isabella Swan- disse o Pastor e eu me levantei caminhando em sua direção.

—Bom dia a todos- comecei colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha- A senhora Weber me pediu para dizer umas palavras sobre a Angela, juro que passei a madrugada toda tento escrever em um papel o que eu estava sentindo, o como é perder uma amiga? - suspirei- Eu conhecia Angela Weber praticamente desde o útero, mas fui embora e acabamos perdendo contato e quando voltei para Forks reencontrar meus velhos amigos foi incrível. Em três meses vamos nos formar e seguir para as faculdades, a Ang já havia até planejado como seria o quarto que ela iria dividir com a Bonnie e com a Caroline, a parede da lareira seria Azul Tiffany- disse rindo tristemente e vi que todos me acompanharam- Depois de 4 anos fazendo psicologia, ela apresentaria seu grande trabalho “Como compreender a mente de Damon Salvatore, Emmett Cullen e Mike Newnton”- vi os meninos rirem e continuei-Ontem a noite eu só me lembra de um texto que ela me mostrou uma vez do William Penn, ele é mais ou menos assim:” A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos, que atravessam o mar, e permanecem vivos uns nos outros. Porque sentem necessidades de estar presentes, para amar e viver o que é onipresente. Nesse espelho divino, vêem-se face a face; e sua conversa é livre e pura. Este é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem, sua amizade e convívio estão, no melhor sentido, sempre presentes, porque são imortais”.-disse esboçando um sorriso.- Para mim ela sempre será imortal, obrigada senhora Weber por permitir essa despedida.

Desci do altar abracei os todos da família de Ângela e caminhei em direção a minha família. Damon veio em minha direção e eu para fugir me agarrei em Stefan e em Edward, ele me olhou e foi embora. Não demorou muito para ver meu pai chegar a igreja de uniforme e ele veio assustado em nossa direção:

—O conselho está aprontando alguma- disse meu pai e Carlisle olhou serio

—Somos os únicos vampiros aqui e nenhum saiu na hora do velório- disse Edward, claro que ele já sabia o assunto.

—Pai, o que aconteceu? -Perguntei preocupada.

—Emily Young foi encontrada morta- disse ele. -Mas desconfio que não é um vampiro, o corpo está muito pior que o de Ângela.

—A gente precisa...- comecei a dizer mais fui interrompida por meu pai.

—A gente não Bella, você e Jeremmy vão para casa- disse ele me olhando serio.

—Vamos Bella- disse Edward segurando minha mão.

Caminhamos até o volvo e ele abriu a porta para mim, eu agradeci e entrei. Não demorou muito para Edward estar dentro do carro e dar partida correndo como um louco.

—Edward?-chamei

—Oi- disse ele com os olhos fixos na estrada

—Você acha que foi o Damon?-perguntei olhando a paisagem pela janela e depois virei o encarando.

—Não sei Bella- disse ele- Damon não faria isso, ele sabe que iria lhe decepcionar e você não sabe como doi.

—Como assim, eu não sei como doi?-perguntei confusa.

—Você não sabe como doi saber que te magou,não sabe como é sufocante te ver chorar e não sabe como...- disse ele com um voz de dor e virou para a estrada novamente -Deixa para lá...

—Não sabe como o que, Edward?!-gritei puxando seu rosto para mim.

Ele freou o carro bruscamente e tocou meu rosto:

—Você não sabe como dói te amar, como dói cada átomo do meu corpo te amar tanto, mas tanto Bella e você não sabe o quanto eu me arrependi de ser um babaca com você.

Ele se aproximou do meu rosto, seus lábios estavam a centímetros dos meus. Eramos como imas se atraindo, quando nossas bocas iam se encontrar me lembrei dos olhos azuis de Damon e o empurrei. Tirei o sinto de segurança e saltei no meio da estrada, não demorou muito para ouvir Edward gritando meu nome e logo senti suas mãos gélidas em meu braço.

—O que você está fazendo?

—Eu estou com o Damon e você sabe disse- disse olhando no fundo dos seus olhos verdes.

—Me desculpa Bella, eu só não consigo controlar- disse ele- Eu amo você.

—Você sabe que eu te amo, mas não pensou nisso quando engravidou a Tânya- disse com raiva.

—Vamos voltar para o carro vai chover- disse ele preocupado e segurando meu braço.

—Eu tô pouco ligando para a chuva- gritei puxando meu braço e voltando a caminhar.

Em um instante não senti mais meus pés no chão, Edward me carregava em suas costas e isso me deixou com muita raiva:

—O que você esta fazendo?

—Levando você para o carro- disse ele rindo

—Me deixa descer- disse batendo em suas costas

Chegamos no carro , ele me prendeu com o sinto de segurança  entrou novamente no carro.

—Você é um babaca- disse com raiva ,ele riu e começou a me fazer cosquinhas me fazendo gargalhar...

POV BONNIE

(Musica)

Eu nunca pensei que esse presságio do mal seria verdade, mas tudo o que vem acontecendo mostra o quanto ele é verdadeiro. Depois que sai do velório de Ângela vim direto para minha casa e fixei meu olhar no meu mural de fotos, em todas eu estava com meus amigos e todos sorriamos. Lá estava ela, Ângela Weber abraçada ao Ben e sorrindo muito, como alguém pode matar uma pessoa tão boa? Alguém batendo na porta do meu quarto me tirou dos meus pensamentos, gritei entre e a porta abriu revelando uma Elena triste e pálida.

—Como você está?-perguntou sentando ao meu lado  e me dando um beijo no rosto.

—Vamos superar- disse segurando sua mão.

—Bonnie, preciso falar com você- disse ele nervosa- Não é um bom momento, mas eu não tenho muito tempo.

—Elena, o que foi?- perguntei encarando seus olhos cheios de lagrimas.

—Eu vou voltar para New York, daqui a duas horas- disse ela limpando seu rosto- Tio Charlie acha mais seguro, me desculpa meu amor.

Ela levantou de minha cama e caminhou ate a porta, eu a segui e segurei seu braço:

—Você não pode fazer isso!- gritei entre lagrimas

—Eu não tenho escolha, me perdoa meu amor- disse ela beijando minha testa e eu a soltei.

—Posso te pedir uma coisa?-perguntei e ela assentiu- Me abraça.

Ela me envolveu em seus braços e nos deixamos chorar por um momento.

—Adeus Bonnie- disse ela saindo do meu quarto...

POV JEREMY

Eu não quis ir ao enterro de Angela, não aguento mais coisas ruins na minha vida  e então decidi vir a biblioteca, estudar sobre uns delírios estranhos que eu estava tento. As vezes quando me olho no espelho vejo uma tatuagem em meu corpo, um símbolo estranho que nunca vi, resolvi pesquisar sobre ele na área do sobrenatural.

Não havia ninguém lá, apenas eu. A senhora Dargos me deixou sozinha aqui e me deu as chaves. Estava lendo sobre uma criatura mística, uma espécie de anjo que se alimenta de humanos e estraçalha seus corpos os deixando irreconhecíveis, eram chamados na idade média de Darth’s. As características batiam com os assassinatos na cidade, peguei o livro e decidi levá-lo para casa. Tranquei a biblioteca e caminhei em direção ao meu carro, uma moça passou correndo ao meu lado e parou em frente a biblioteca tentando abrir a porta.

—Droga- esbravejou ela. Caminhei em sua direção e fiquei atrás dela, ela se virou rápido e gritou.- Céus! Você me assustou!

—Posso ajudar?-perguntei

—Eu queria fazer uma pesquisa na biblioteca, mas já fechou.- disse ela triste.

—O prefeito decretou luto, está tudo fechado hoje- disse para ela- Mas se você quiser posso te ajudar, eu tenho as chaves. -Disse abrindo a porta e ela sorriu- A proposito sou o Jeremy.

—Aaba—disse ela sorrindo

—É um prazer lhe conhecer- disse sorrindo e entrando na biblioteca com ela...