No...Please Do Not Thank Me escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oii!! Gente essa One é uma continuação de outra: https://fanfiction.com.br/historia/700211/The_Surest_Accident_of_My_Life/
Estou postando hoje dia 18 de agosto por que é o aniversario do lindo do Percy!!! e o que melhor do que uma fanfic para comemorar?
Espero que gostem ♥



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No... Please Do Not Thank.

(Não... por favor, não me agradeça.)

Passei as mãos pelos cabelos exasperada, tentando manter a calma, mas estava falhando, já que meus olhos queimavam pelas lágrimas.

Mas engoli o choro, puxei a alça da mochila para cima, enquanto apertava o passo para chegar o mais rápido possível onde queria.

Por que o caminho até praia parecia longo demais?

— Não me venha com essa história de responsabilidades! Você não é responsável por mim - gritou Malcolm - A única responsável por mim está morta e por sua culpa!

Ele se levantou da mesa, enquanto eu não conseguia nem ao menos respirar, ouvi o som de seus passos pesados pela escada e o baque da porta se fechando com força.

Malcolm nunca tinha falado assim, nunca tinha me culpado, mesmo eu sabendo que era tudo culpa minha.

Ele nunca tinha falado com todas as palavras e nem indicado que achava isso. Doía mais do que eu achava que iria doer.

A única coisa que eu precisava agora era estar na praia dela, da minha mãe, mas assim que cheguei, vi o carro do intruso ali.

Toda vez que eu via que ele estava ali, dava meia volta e ia para casa.

Simples.

Mas não queria ir para casa hoje, nunca me importei por ele estar ali, mas hoje ele não devia estar na praia.

Eu precisava de um local para esquecer de tudo, e ali era o único lugar que me ajudaria agora.

Outra vez eu mantenho o seu espaço, hoje terá que me aturar— pensei.

Abri o caminho entre as árvores, até chegar na praia, o alívio foi quase instantâneo.

Vi o intruso surfando, então me sentei de modo que ele não me visse facilmente e coloquei um dos fones de ouvido, logo Dark Paradise da Lana Del Rey começou a tocar baixinho, de modo que ainda podia escutar as ondas do mar quebrando na areia.

O mar estava bem revolto, com uma massa acinzentada encobrindo o sol, fechei os olhos sentindo a brisa em meu rosto.

Me desculpe, mãe— pedi sentindo as lágrimas caírem.

 

— Onde estamos? - perguntei para minha mãe quando finalmente o carro parou.

— Vem. - ela se levantou com dificuldade pela grande barriga, atravessou o carro e abriu a minha porta - Já chegamos.

— Chegamos onde? - perguntei novamente fazendo a rir.

— Você já vai ver.

Bufei e assenti contrariada.

Ela pegou minha mão guiando-me até uma pequena entrada.

— Que lugar lindo. - falei, a paisagem era incrível, parecia aqueles lugares de conto de fadas, a água era limpa e a areia fofa, pensei nos lápis que tinha deixado em casa, queria ter trazido eles para desenhar-la.

— Sabia que adoraria aqui - disse tirando os sapatos.

A imagem de meu pai veio a minha mente, o que ele acharia desse lugar? Eu queria que ele voltasse, não tinha se passado muito tempo desde que ele tinha ido embora, mas sentia falta de sua companhia quando ele me levava para a escola.

— Por que o papai foi embora mamãe? - perguntei, o rosto alegre da minha mãe escureceu um pouco, seus olhos cinzas ficaram feridos.- Papai não gosta do meu irmãozinho? - perguntei-me lembrando de quanto tinha visto meus pais brigarem depois que minha mãe havia me dito que eu teria um irmãozinho.

— Eu não sei, filha. - respondeu - Seu pai e eu já não nos dávamos bem.

— Não foi sua culpa - disse e ela riu negando com a cabeça.

— Eu sei - falou passando a mão pela barriga.

— Meu pai quis viver com outra familia, não é? - aquilo estava em minha cabeça a algum tempo, minha mãe assentiu com os olhos tristes.

— Você é muito esperta, sempre foi e vocês dois são os meus tesouros, nada vai me separar de vocês.

 

Escutei ao longe um estrondo me tirando das minhas lembranças, era um barulho estranho como se algo estivesse se quebrando, olhei em volta, mas nada tinha mudado, foi então que percebi o que tinha acontecido.

Havia duas metades de prancha no meio do mar, mas nada do intruso.

{...}

—Annabeth... Acorda....

Gruni, me remexendo, incomodada por me tirarem do sono.

— Não... - sussurrei, cobrindo a cabeça com o edredom.

— Vai se atrasar! - assegurou-me.

Resmunguei mais uma vez, me sentando na cama, quando abri os olhos vi Percy na minha frente, ele estava usando uma bermuda jeans e uma camiseta, aquelas típicas camisetas de surfista.

— Por que está com essa roupa? – perguntei coçando os olhos com a voz meio grogue ainda– Vamos para a praia?

— Bem tirando que hoje é uma terça feira - disse, sorrindo torto – e que eu e você trabalhamos, seria bom mesmo irmos para a praia.

Arregalei os olhos com a menção do trabalho, tinha ficado até bem tarde na biblioteca da faculdade, na noite anterior, fazendo uma pesquisa para um trabalho que teria que entregar na próxima semana, por causa do cansaço nem me lembrei de colocar o despertador.

— E Malcolm? – perguntei me levantando rapidamente.

— Ele já saiu para a escola. – respondeu – Por isso que vim, eu liguei e Malcolm atendeu, ele disse que você voltou muito tarde ontem, então vim fazer o favor de te levar ao trabalho para que você pudesse dormir um pouco mais, Annie você devia dormir mais, não faz bem ficar madrugando do jeito que está fazendo.

— Você sabe que o meu trabalho é bem distante do seu não é? – falei brava e ignorando sua preocupação extrema – Percy, você não precisava fazer isso, eu vou a pé todo dia.

— E você sabe que eu poderia te levar lá todo dia se deixasse, não ia ser um grande sacrifício.

— E você sabe que eu não ligo e não aceito sua carona, obrigada.

— Você é impossível – falou bufando e eu sorri vitoriosa, mas meu sorriso murchou assim que vi o horário, eu estava muito atrasada  provavelmente se eu fosse a pé chegaria no meio do expediente, olhei para Percy que estava emburrado, parecendo mais uma criança que não tinha ganhado doce da mãe, sorri um pouco com a cena.

— Mas hoje eu abro uma exceção. - falei omitindo a parte que teria que precisar de qualquer forma de uma carona dele, eu nunca entendi a mania dele de querer me levar em todos os lugares, já tinha deixado claro que eu não precisava disso, mas parecia que essa informação não entrava em sua cabeça - Espera um minuto, vou me arrumar

Percy sorriu e assentiu com a cabeça.

Senti minhas bochechas queimarem de vergonha quando percebi que ainda estava o olhando, fazia algum tempo que eu ja tinha me conformado que era impossível não se apaixonar por Perseu Jackson.

Eu tentava ao máximo esconder isso, afinal éramos só amigos, nada além disso.

Mesmo ele me irriando muito, Percy tinha se tornado um grande amigo, em tão pouco tempo em que nós nos conhecíamos, eu sentia que ele me entendia, não apenas na questão da minha família ou da financeira, mas com ele eu podia ser apenas Annabeth.

Peguei uma blusa branca e uma calça jeans e o meu costumeiro all star vermelho e fui na direção do banheiro.

Depois de alguns minutos, sai de lá e encontrei Percy sentado em minha cama com um dos meus livros em suas mãos.

— Você lendo? - perguntei retoricamente - Que bicho te mordeu?

— Rárá- disse focando seus olhos em mim novamente e colocando o livro ao seu lado - está linda.

— Obrigada - falei com o rosto corado - já tomou café? - perguntei tentando mudar de assunto.

— Ainda não, podemos passar no Starbucks no caminho - sugeriu.

Peguei tudo que precisava rapidamente e saímos de casa, o carro de Percy era bem confortável e limpo, até os CDs estavam enfileirados por nome, me admirei pela organização de Percy, me debrucei para frente olhando cada titulo que tinha.

— Born to die? – perguntei confusa – Você gosta?

— Um pouco – respondeu sem tirar os olhos da estrada – não é o meu CD favorito, mas eu gosto.

Peguei o CD e o coloquei no rádio, logo a melodia de Blue Jeans começou a tocar.

A melodia era calma e lenta, começei a cantar baixinho, Lana Del Rey era uma das minhas cantoras favoritas, nunca gostei muito de músicas agitadas e quase sem letras.

— Parece que você também gosta. - comentou, e eu sorri em resposta.

Assim que parou o carro na frente do Starbucks, entrei sozinha e pedi dois capuccinos e duas rosquinhas de chocolate para a viagem, já que estavamos sem tempo para sentar e comer lá mesmo.

Depois de os dois terem tomado seu café da manhã, Percy me deixou no trabalho, eu trabalhava em uma lanchonete não muito grande na periferia, como atendente de balcão, o salário não era muito alto, mas era o suficiente para pagar as contas e conseguir sustentar a mim e a Malcolm.

Nunca me envergonhei pelo trabalho que exercia, era a única coisa em que eu podia trabalhar sem ter um diploma.

Mas não era como se eu gostasse de verdade de trabalhar ali, as vezes os clientes podiam incomodar bastante.

Assim que acabou o meu turno, fui até a faculdade, o bom era que ela era a apenas cinco quadras de distância, o que facilitava muito a minha vida.

Eu amo arquitetura, até mesmo quando era criança já sonhava em ser uma grande arquiteta, mas quando tive que começar a trabalhar, eu pensei que esse sonho tivesse perdido, mas nunca desisti, fiz o impossível para conseguir alguma bolsa de estudos.

E consegui 100% em umas das faculdades mais concorridas de Los Angeles.

As aulas prestei atenção em todas as aulas, anotando tudo que o professor falava, as horas passaram rápido, quando fui ver já estava na hora de ir embora, me despedi de Clarisse e segui para a saída, mas assim que cheguei lá, parei por um momento.

Lá estava Percy, encostado em seu carro, ele parecia bem desolado ali, mesmo sendo apenas 2 anos mais velho que eu, Percy parecia bem mais velho, principalmente quando ele deixava sua barba um pouco rala, que era uma dessas ocasiões.

— Por que ainda me surpreendo com você? - perguntei retoricamente, sorrindo para ele.

— Devia ter se acostumado. - comentou correspondendo ao sorriso - E não adianta brigar, você disse que hoje abriria uma exceção.

Tentei me lembrar se tinha dito isso mesmo, não me lembrava de ter falado isso exatamente, mas decidi que não iria contrariar.

— Vamos logo Percy. - falei revirando os olhos.

{...}

Eu até podia ter nos trazido para cá, mas não quer dizer que estava gostando mesmo. Clarisse, minha unica amiga da faculdade, sempre me falava que gostava dessas festas, sabe festas de faculdade, então eu acabei criando uma certa curiosidade sobre elas,jáj que ela sempre dizia o quando tinha sido legal e de como eu devia tentar ir á uma, mas sabia que se eu viesse com ela acabaria atrapalhando a ela e seu namorado.

Então eu preferia ficar em casa, lendo um livro ou vendo um filme.

Mas agora tinha Percy e eu pensei por que não?

parecia uma boa ideia, eu não teria as últimas aulas de sexta então não perderia nenhuma delas e também não teria que ir trabalhar no outro dia, já que era sábado.

Só Percy tinha me deixado nervosa com essa festa, pelo que ele tinha me dito, festas de faculdade eram horríveis, a pior perda de tempo, mesmo eu achando que ele tinha grande probabilidade de estar certo, já tinha visto em vários filmes e nunca tinha achado exatamente “legal” esse tipo de festas eu queria ir, mesmo antes da morte de minha mãe eu nunca fui muito de sair, ficava em casa praticamente o dia todo, mas depois de sua morte eu passei a pensar de outra maneira, a vida era feita de momentos e oportunidades, e se a deixassemos passar elas não voltariam.

Foi por isso que naquele dia na praia eu aceitei a carona de Percy, não que entrasse em carros de estranhos continuamente, na verdade eu nunca tinha feito isso antes, mas eu confiava no meu intruso, mesmo eu tendo achado irritante o fato de que quando eu ia até lá e ele estava na praia eu tinha que ir embora, eu sabia que ele era uma boa pessoa.

Me lembro de quando o salvei da água, tinha sido horrível, quando vi que ele não recobraria a consciência e que ele podia morrer, eu entrei em desespero, tinha muito medo de que ele morresse, mas me abriguei a ficar calma, felizmente ele só tinha saído com fraturas do acidente nem gostava de pensar no que podia ter ocorrido se algo acontecesse a ele.

Ouvi Percy bufar ao meu lado, olhei em sua direção,sua expressão era quase carrancuda, seu olhar mostrando o quanto não queria estar aqui.

— Você podia tentar parecer que queria estar aqui – falei brincando.

— Como se isso fosse possível – disse no mesmo tom – então era o que esperava?

Olhei em volta, estávamos em um cômodo espaçoso, que á luz do dia podia ser bem agradável, mas agora eu tinha que admitir que era extremamente desconfortável, a luz era baixa ao contrário da música que parecia tão alta que não conseguia ouvir meus pensamentos, mesmo estando o mais longe da pista de dança que podíamos, bem perto um do outro para que pudéssemos conversar sem gritar.

— Não sei – admiti – não tenho idéia do que esperava, mas acho que já tinha noção do que seria.

— E aquela sua amiga? Está aqui? - perguntou, olhei mais uma vez em volta, mas não encontrei nem vestígio de Clarisse nem do namorado dela em nenhum lugar.

— Acho que não, ela não tinha confirmado que vinha.

— Estão foi bom eu ter vindo, você sozinha aqui seria um desastre - disse me tom de brincadeira.

— Eu não sou uma princesa para ser resgatada. - respondi em tom falso de ofensa - Estou mais para... Thea Queen.

— Ela não é uma super-heroína, só a Canário era.

— É claro que ela era! Ela tomou o lugar do namorado dela!

— Ela foi treinada por um vilão, morreu e ainda foi ressuscitada por uma água do mal, isso é ser do mal!

— Sei - falei sarcasticamente - E Missy é vilã apenas por ser reencarnação do mestre.

Assim que terminei de falar, olhamos um para o outro e começamos a rir pela nosso "briga" pelos personagens de séries de Tv.

Continuamos a conversar mais alguns tempo, era incrível que sempre tinhamos mais e mais assunto para conversar, o calor ali parecia cada vez maior, e as pessoas continuavam a dançar, não sei como eles conseguiam ficar tanto tempo dançando.

Procurei em minha bolsa até achar alguma coisa para prender o cabelo, mas assim que tirei ele da bolça, ele já não estava nas minhas mãos.

Olhei para Percy, que colocava minha xuxinha em seu pulso.

— Você não vai prender o cabelo. - respondeu a minha pergunta não verbalizada.

— Não quero ficar com o cabelo solto – reclamei – está quente de mais aqui.

— Mas eu acho você linda com o cabelo solto – rebateu, fazendo meu rosto esquentar, ele passou as mãos nos cabelos nervosamente –Quer dizer... é... eu...

Ri da sua tentativa falha de se explicar, abaixei um pouco a cabeça pensando que assim meu rubor sairia despercebido.

A lembrança da terça-feira passada veio a minha mente, eu não sabia de onde tinha vindo aquela coragem para segurar sua mão daquela forma e depois ainda teve o beijo, não tinha sido um beijo exatamente, mas mesmo assim, aquilo não saia da minha mente, o que me desconcentrou muitas vezes durantes os outros dias, as vezes era uma droga ter uma mente apaixonada.

— Annabeth – gritou uma voz atrás de mim, me virei, sendo surpreendida com um abraço.

Quando a pessoa me soltou eu fiquei mais chocada ainda, a menina era Calipso, eu nunca tinha falado com ela, até fiquei surpresa por ela saber o meu nome, ela era uma daquelas garotas que todos conheciam, apenas por ser bonica e rica.

Eu não gostava dela, mesmo nunca tendo nem falado com ela, o que tornava a situação mais estranha ainda, afinal o que ela queria comigo?

— Olá! Annabeth nunca tinha te visto aqui! O que te trouxe a essa festa? - disso sorrindo - Sabe eu pensava que você não curtia esse tipo de festa...

Ela não parava de falar, nem para mim responder as perguntas então eu passei a apenas assentir com a cabeça e fingir que o que seja que ela estava falando estava totalmente certo.

Depois de alguns minutos dessa forma Percy que estava mexendo em seu celular distraidamente sussurrou em meu ouvido que iria pegar algo para beber, eu não queria ficar sozinha com Calipso, mas eu apenas fiquei ali por pura educação.

— Quem é ele? - perguntou.

— O que?

— Ele. - disse indicando com a cabeça para onde Percy tinha ido - É algum aluno novo?

— Não - respondi - eu chamei ele.

Calipso sorriu maliciosamente, me deixando mais confusa ainda.

—Dê isso aqui para ele - disse me entregando um pedaço de papel.

Agora tinha entendido tudo, ela estava afim de Percy, não sei como não tinha percebido isso antes, agora pensando melhor enquanto ela falava sem parar, seu olhar sempre escorregava para Percy.

Senti meu rosto esquentar, mas era de raiva, queria faze-la engolir o papel em minha mão, era claro que Percy não tinha percebido o interesse dela, fiquei até surpresa por eu não ter percebido, mas me perguntei se ele ficaria com ela se soubesse desse fato, senti o meu estômago revirar com essa hipótese, então logo afastei esse pensamento.

— Ele não vai te ligar - falei tentando conter a raiva em minha voz, coloquei o papel em eu meu bolço, sabendo que nunca daria isso a Percy.

—Só entregue a ele, okay? - disse meio impaciente.

— Ele já tem namorada. - eu não sabia o que estava fazendo, nunca gostei de mentir, mas antes que eu pudesse ver já tinha falado.

— Tenho certeza que ela não vai se importar - estava prestes a responder da forma mais mal educada possível quando apareceram mais duas pessoas ao nosso lado, um deles era alto, com cabelos cor de areia e olhos azuis, ele era bonito até, mas seu rosto me dava medo.

Já o outro era totalmente diferente, era bem mais musculoso que o loiro, seu cabelo em um tom de castanhos como os seus olhos.

Notei que quando percebeu a chegada dele, sua expressão tornou um pouco carrancuda, como se a presença dele ali tivesse estragado toda a sua diversão.

— Quem é sua amiga, Calipso? - perguntou o loiro, seu olhar não saia de mim nem por um segundo.

— Essa é a Annabeth - respondeu - pensava que não vinha hoje Luke.

— Decidi vir.

— Eu.. Já vou indo - falei sem esperar por resposta alguma, começei a me afastar, mas uma mão segurou meu ombro.

— Para onde esta indo? - perguntou Luke, senti cheiro de álcool tão forte vindo dele que torci o nariz - Vem comigo.

Me arrepiei, tentando soltar minha mão que agora ele segurava enquanto me puxava em direção a parte de cima da casa.

— Me solta. - pedi.

—Só quero falar com você sem ninguém por perto - falou sorrindo maliciosamente.

Assim que chegamos no segundo andar, Luke se virou para mim.

— Voce é muito bonita sabia? - falou, mas não era como Percy me elogiava, eu não queria estar aqui, queria estar com Percy.

— Meu amigo deve estar esperando por mim.

— Ele pode esperar mais um pouco. - entao ele me beijou.

Tentei me soltar dele, mas suas mãos seguravam as minhas na parede.

Eu estava desesperada, tinha que sair dali - era a única coisa que eu pensava, mas não sabia como.

Então senti Luke ser puxado para longe, e logo depois vi Percy, vê-lo me acalmou um pouco, mas logo depois Percy começou a bater em Luke que estava despreparado, ele nem conseguia se defender direito.

— Percy! - gritei tentando pará-lo antes que algo pior acontecesse - Por favor Perseu, por favor Perseu, Vamos embora, por favor.

Ele finalmente pareceu a voltar a si, pegou o meu braço e começou a me levar embora dali, me deixei ser levada por ele, eu não via para onde estavamos indo, já que as lágrimas impossibilitavam qualquer coisa, eu me sentia muito burra, devia ter ficado em casa, podia ter ficado vendo algum filme com Malcolm ou estudando, por que eu quis mesmo ir nessa festa?

{...}

— Percy, tem certeza podemos estar aqui? – perguntei fungando – É melhor irmos para casa, você estava certo foi uma idéia idiota irmos para a festa.

— Eu não queria estar.– falou ainda me puxando.

Arfei assim que vi o aquário, era lindo, a água iluminada com tantos peixes coloridos em todo lugar, agora entendia por que Percy gostava tanto de trabalhar ali, mesmo não gostando tanto do mar, trabalharia ali só para ver essa imagem todo dia.

— É lindo! – sussurrei. – Obriga...

— Por favor, não me agradeça- falou, me lembrei de quando tinha encontrado ele depois do seu acidente, eu sempre evito pensar no que poderia ter acontecido com ele, já não imaginava minha vida sem ele ao meu lado - eu faria isso por qualquer pessoa, não seria justo deixar alguém na situação em que você se encontrava.

Sorri com sua citação, e dei um pegueno peteleco em sua cabeça.

— Não me imite! – Reclamei– Você... Não tem medo do mar? De se afogar de novo?

— Não. – respondeu, eu mordi o lábio confusa, eu tinha quase certeza que se tivesse acontecido isso comigo, nunca mais iria chegar perto do mar novamente, mas Percy nunca mostrou medo quando estávamos na praia – Nunca poderia ter medo de algo que só me ajudou.

— Como assim?

— Aquele incidente foi o incidente mais certo da minha vida,se eu não estivesse lá exatamente naquele dia, e se aquela onda não tivesse vindo, eu talvez nunca teria te conhecido e você é a melhor coisa que já me aconteceu, Annabeth, então não consigo ficar com medo de algo que trouxe você para a minha vida – Meu coração batia fortemente, suas palavras ainda não tinham sido digeridas pela minha mente, Percy chegou mais perto de mim, nossas respirações se misturando.

Esperei que ele acabasse logo com isso, mas ele só ficou ali, esperando alguma coisa.

Passei meus braços pelo seu pescoço e o puxei para mim.

Não conseguia acreditar que estavamos nos beijando, parecia quase inacreditável depois de tanto lutar para esconder esse sentimento, queria poder ficar ali, em nossa bolha particular, onde não tinha problemas, apenas Percy e eu, mas o ar nos faltou, fazendo com que tivéssemos que nos separar.

Ficamos ali com as testas encostadas uma na outra, enquanto recuperávamos o ar.

Eu entendia o que Percy tinha dito, afinal ir a festa tinha traziado Percy para mim, como o seu acidente nos fez nos conhecermos, eram coisas ruim que valiam a pena, pelo que havia no final.

— Você é mais forte que eu – falei– depois de hoje definitivamente tenho medo de festas da faculdade mesmo ela tendo me trago algo bom.

{...}

Bocejei, sentindo a mão de Percy em meus cabelos, fazendo um cafune ali, eu estava deitada na areia com a cabeça em seu colo enquanto apenas curtiamos o momento juntos, mas estava quase dormindo com seu carinho.

Ouvi Percy rir, por conta do meu estado sonolendo.

— Dormiu tarde novamente? - perguntou.

— As provas estão chegando - expliquei.

Em todas as noites dessa semana eu passava boa parte estudando para as provas finais da faculdade, então dormir mais parece uma bênção do que qualquer outra coisa, mas não iria dormir agora, nessa semana eu proibi Percy de ir em casa já que ele conseguia ser uma poça de distração quando queria, ainda mais depois que começármos a namorar, já que toda vez que ele me beijava eu esquecia de tudo que estava fazendo uns momentos antes.

Depois daquele dia da terrível festa da faculdade passei a deixar ele me levar para o trabalho já que ele insistia tanto para isso, era diferente estardessa forma com alguém, mas era bom, muito bom na verdade.

— Uma moeda pelos seus pensamentos - falou, corei como se tivesse sido pega no flagra.

—Só uma moeda? - falei sarcasticamente.

— Por que está corada? No que estava pensando Srta. Chase?

— Estava pensando em dar um mergulho.

— Pode dormir Annie. - disse sorrindo torto - Sei que esta cansada.

— Não - falei me levantando - Eu estou bem.

Percy negou com a cabeça ainda sorrindo e se levantou também.

— Voce é muito teimosa, sabia? - eu ri e o beijei, e aquela sensação de que estava tudo perfeitamente bem voltou, não importava o que acontecesse, apenas que estavamos juntos.


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Notas finais do capítulo

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