Sétima Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 2
Chuva de Prata


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!!



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>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
— Quer ajuda com essa estante?
— Não precisa, aqui esta sob controle
Pelo menos era o que eu acreditava, até eu escorregar a mão e a estante cair na minha cabeça. No mesmo instante Elena apareceu do meu lado, eu havia caído no chão e coloquei a mao na cabeça. Ela se aproximou e agachou no meu lado.
— Você esta bem?
— Acho que eu nao tinha tanto controle assim
Nós duas rimos, até que ele olhou para minha testa
— Você esta...
Eu coloquei a mão na testa e havia sangue
— Droga!
Eu levantei e fui em direção ao banheiro
— Você nao tem pavor de sangue né?
Ouvi a voz da Elena da sala
— Mais ou menos
Lavei a testa e coloquei um band aid, voltei para sala sorrindo
— Ótimo jeito de estar para conhecer pessoas novas
Elena riu e foi catar a estante e eu fui buscar as caixas de livros que iriam ali. Depois que ela conseguiu encaixar perfeitamente, ficou me olhando arrumar ou livros, já que estavam em uma ordem que ela nao entenderia.
— O que eu faço agora?
Eu sorri e olhei para ela por cima do ombro
— Não tem mais nada, a maioria das coisas minha irmã já havia deixado pronto...
Arrumei um livro e continuei
— O que tinha, nós fizemos estranhamente rápido
— Com duas é mais fácil
— Claro, já que você parece três pessoas trabalhando ao mesmo tempo
Nós rimos, mas ela ficou meio envergonhada
— Já que terminamos antes do esperado, eu vou ir para casa trocar de roupa e depois volto com os rapazes
Eu me virei e coloquei o cabelo para atrás
— Tudo bem, boa ideia. Eu vou terminar aqui e começar a cozinhar
Ela assentiu e me deu um beijinho, saiu de casa e eu voltei a atenção aos livros. Vamos checar a lista, longe da família? Certo! Casa nova e arrumada? Certo! Amigos novos? Certo! Vida nova? Certo!
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> STEFAN NARRANDO
— Você pode parar de tentar me convencer?
— Não. Eu acho que você deveria fazer isso, não importa quem eles são, eles tambem a amavam
— Não me importo com eles, estou sofrendo o meu luto
— E eles nem sabem que precisam estar de luto
Eu revirei os olhos mais um vez, nao importava o que eu dissesse, Damon nao me deixava sair daquela conversa. Graças a Elena, o assunto cessou, já que ela nao sabia. Ela veio na nossa direção no sofá, beijou o Damon e eu encarei suas mãos vazias
— Que tipo de peixe você trouxe? O que nao existe?
Ela revirou os olhos e se aproximou de mim
— Trouxe algo melhor, um convite para jantar
— Se nao for na cama do meu quarto, eu dispenso
Eu tentei levantar, mas a Elena me segurou ao seu lado e me abraçou
— Temos pessoas novas na cidade, que nao conhecem a história desse lugar. Podemos ser pessoas normais, pelo menos com eles
Damon estava sorrindo com a animação da Elena e eu estava mais desanimado do que nunca, mas sabia que não conseguiria fugir.
— Ela nos chamou para jantar daqui uma hora, dá tempo de nos arrumarmos e até ajudarmos ela
— Como ela se chama?
Sério que precisávamos ir?
— Catherine
Elena deu um sorriso amarelo, e mesmo que o nome se pronunciasse diferente, ele ainda lembrava a Katherine. Ela percebeu a preocupação nos nossos olhos e tentou acalmar
— Relaxem, ela não é nem um pouco parecida com a Katherine, é totalmente normal, não tem motivo para nos preocupar.
Damon assentiu e eu me levantei
— Onde vai?
— Tomar um banho
— Você vai ir?
— Eu tenho opção?
— Não
Ela sorriu e eu dei de ombros, subi as escadas e fui para o meu quarto. Seria uma longa noite.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
Eu já tinha limpado o peixe e o colocado no forno, estava fazendo alguns tipos de molhos quando o telefone tocou. Corri para sala e atendi, mesmo com a mão suja.
— Alo?
Encaixei o telefone na orelha e no ombro e voltei para o fogão
— Filha?
— Oi mãe, como esta?
Eu tinha esquecido de ligar para minha mãe hoje, já era um costume, que ela me cobrava todos os dias se eu esquecesse
— Você nao me ligou
— Eu esqueci, fiquei ocupada arrumando a casa hoje e agora estou praticando o prato que vou entregar amanha
— Sua irmã deveria ter ficado para te ajudar
— Claro que nao mãe, ela tem uma família, uma casa. A vida dela já ficou bagunçada apenas com essa semana que ela ficou aqui
— Não sei porque, o marido dela nao faz nada da vida
— Mamãe
— Tudo bem, eu liguei pra falar de você. Como esta indo na cidade nova?
— Muito bem, por incrível que pareça. Recebi ajuda de uma moça aqui na cidade, e ela e uns amigos vão vir jantar aqui em casa
— Que moça?
— Você nao conhece mãe
— Como é o sobrenome dela? Eu sei a história de algumas pessoas de Mystic Falls
— É Gilbert, uma das famílias fundadoras
— Já que é uma moça, creio que seja Elena Gilbert
Eu larguei a colher
— Como você sabe?
— Eu sei de muitas coisas filha, como por exemplo que ela perdeu os pais em um acidente de carro. E que ficou apenas com o irmão e a tia, que ele sumiu misteriosamente e ela morreu sem ninguém saber o real motivo
— E eu posso sabe porque sabe de tudo isso?
Tirei a panela do fogão
— Eu gosto de pesquisar sobre as pessoas
— Sei
A campainha tocou
— Mãe preciso desligar, eles chegaram
— Tudo bem filha, apenas fique de olho e nao confie em qualquer um
— Eu sei me cuidar mãe
Desliguei o telefone e fui até a porta, era a Elena. Ela me abraçou e estendeu um vinho que estava na sua mão
— Stefan disse que esse comina com peixe
Eu peguei e olhei o nome
— Acho que vou me dar bem com esse tal de Stefan
Nós rimos e ela entrou. Eu voltei para a bancada da cozinha
— Eu estou quase terminando, apenas fazendo o recheio do peixe agora. Cadê os rapazes?
Ela estava tirando o casaco e pendurando, enquanto eu cortava alguns legumes
— Estão no carro
Eu sorri e continuei cortando e colocando na panela, até que ouvi uma voz vindo da porta
— Posso entrar?
Levantei os olhos e era uma rapaz alto e moreno, extremamente atraente. Eu limpei as mãos e as levantei no ar
— Até parece que preciso ficar convidando
Eu sorri, mas os dois pareceram ficar receosos. A Elena deu um sorrio tímido
— Eles são extremamente educados Cath
Eu achei aquilo estranho
— Hã... Tudo bem, podem entrar, fiquem a vontade
O rapaz na porta pareceu respirar aliviado e eu fui até ele e nos cumprimentamos
— Damon, prazer
— Catherine, vocês até parecem vampiros
Eu ri, mas eles pareceram nervosos. Até que ouvi uma voz vindo da porta, mas nao vi quem era, pois o Damon estava na minha frente.
— E você acredita em vampiros?
Eu virei o rosto pra enxergar quem era e era o mesmo rapaz do mercado, ele pareceu supresso ao me reconhecer tambem
— Você
Elena falou
— Vocês se conhecem?
— Ele é o rapaz mal humorado que te falei mais cedo
O Damon colocou a mão sob o meu ombro
— Ele nao esta nos melhores dias
Eu ri e encarei o rapaz na porta
— Entre
Ele passou pela porta e veio até mim, estendeu a mão
— Stefan
Eu sorri e apertei sua mão
— Catherine, e respondendo a sua pergunta. Eu nao acredito em nada, sou totalmente cética
Virei as costas e voltei para cozinha, e Elena sentou no sofá
— Não acredita em nada místico?
Continuei mexendo o molho, mas olhei para ela
— Vampiros, deuses, fadas, unicórnios, qualquer coisa, pra mim é só historia. Acredito em pessoas boas e ruins, na morte e na vida. E nas escolhas que fazemos, mas nao acredito que existam monstros além dos próprios humanos e nem alguma força superior que obrigue você a fazer certas coisas
Eu sorri e eles retribuíram, menos o Stefan. Eu peguei um faca e apontei para o Stefan
— Você, vem me ajudar a cortar os legumes
Ele hesitou antes de vir, mas quando o Damon sentou ao lado da Elena e ficou encarando ele. Stefan revirou os olhos e veio ao meu lado
— O que você precisa?
Entreguei a faca para ele e as cenouras
— Pique por favor
Ele começou a cortar bem devagar, eu sorri por ver a concentração dele. Peguei a salsinha e comecei a cortar rapidamente e ele viu como eu cortava
— Eu cozinho apenas em casa como hobbie, nao faço as coisas rápido
Eu olhei para ele e sorri
— Não estou pedindo para que seja rápido, esse é o meu costume. Trabalho em restaurantes, se você nao for rápido...
Peguei a cenoura e cortei rápido
— ...Você morre
Eu pisquei para ele e vi que um sorriso apareceu no canto da sua boca, e logo em seguida ele ficou sério de novo. Eu tirei o peixe do forno e falei um pouco mais alto para Elena me ouvir
— Ele é sempre sério desse jeito?
Quem respondeu foi o Damon
— Ele já foi pior, mas agora esta ficando até chato
A Elena completou
— Ele perdeu a namorada, por isso esta desse jeito
O Stefan entrou na conversa
— Vocês podem parar de falar de mim como se eu nao estivesse aqui?
Eu empurrei o ombro dele
— Então fale você, é sempre sério desse jeito?
Ele me encarou por alguns segundos e depois voltou os olhos para a panela que estava mexendo
— Apenas digo que se apaixonar é uma desgraça
Eu sorri e passei por trás dele para levar os pratos a mesa
— Isso eu concordo com você
Damon falou
— Tambem tem alguma história ruim de amor Catherine?
— Pode me chamar de Cath, e sim. Acho que todo mundo já teve
Elena falou
— Não é meio triste dizer que todo mundo já teve?
Eu sorri
— Parece triste, mas são as nossas histórias, tudo aquilo que nos faz ser que somos.
Eu e o Stefan colocamos a comida na mesa e nos sentamos. Cada um se serviu e eu servi o vinho.
— Damon, seja o primeiro a nos contar uma historia de amor que nao deu certo
Elena e o Damon se encararam, então ele começou a falar
— Bem, já começou errado porque eu e meu irmão gostávamos dela. Para resumir a longa historia, ela apenas me usava e quem ela realmente amava era o Stefan.
— Quanto tempo você ficou apaixonado?
— Pareceram séculos
Eu assenti
— Viu só, isso te ajudou a ser quem você é. Ela foi uma vadia, mas pelo menos com essa experiência, eu tenho certeza que você e seu irmão se aproximaram mais
Ele assentiu, e todos riram. Talvez pelo que eu tinha falado da garota que nem conhecia. Elena terminou de mastigar e me olhou
— Da onde você era Cath?
— Caroline do Norte
Damon falou
— Cidade pequena
— Até demais
Elena continuou
— Porque saiu de lá?
Eu respirei fundo e me preparei para contar a minha história
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> STEFAN NARRANDO
Essa garota era muito estranha, extremamente feliz e simpatica, cética e confiante. Cidade errada para ela se mudar. Ela parecia estar dando em cima de mim o tempo todo, mas era bom ela perceber que nada iria acontecer. Eu nao vou me envolver com ninguém, por muitos séculos. Me manter sério e distante, vai ajudar nisso. Ela hesitou bastante antes de começar a explicar porque tinha vindo para Mystic Falls. Não parecia uma história fácil de se contar, mas mesmo assim ela continuava sorrindo
— Eu nasci na Carolina do Norte, eu nunca fui para outro lugar além de lá. Cidade pequena, aconchegante e fofoqueira. Essa é a base daquele lugar, você conhece todo mundo e todos sabem da vida um do outro. Aos meus 14 anos eu comecei a namorar com um garoto da minha sala, depois de cinco anos de namoro ele me pediu em casamento. Ela já tinha uma casa, eu estava na faculdade de culinária e ele na empresa do pai. Nós estávamos prontos para casar, aparentemente nos amávamos, era a famosa história de um felizes para sempre...
Ela parou para verificar se estávamos prestando atenção, e nenhum de nós três sequer piscávamos
— ... Planejamos o casamento durante um ano. Eu iria casar com 20 anos, o dia estava perfeito, tudo dando certo. Eu estava pronta, todos haviam ido. Pra acelerar a história, na hora que eu fui entrar na igreja ele estava parado ao lado do pastor, mas nao sorria. Tinha algo errado, pois ele sempre foi bem animado assim como eu. Quando eu estava no meio do caminho ele veio até mim, diferente de como ensaiamos. Ele me pediu perdão e saiu da igreja, eu o chamei mas ele apenas continuou andando...
Ela respirou fundo e aquilo estava me cortando o coração
— ... Todos ficaram me olhando e eu parada ali, acabado de ser deixada no altar. Eu me escondi em casa durante um ano inteiro. Fiz a faculdade a distancia, e nao falava com ninguém a nao ser os meus pais, minha irmã e minha sobrinha. Depois de um ano que me recompus, voltei a sorrir e me sentir melhor, decidi sair de casa. Mas a poeira ainda nao tinha abaixado, todos ainda falavam de mim, quando me viam na rua cochichavam, faziam cara de dó ou tiravam sarro. Eu tentei conviver com isso durante um ano, mas eu nao conseguia mais. Eu estava ficando maluca com aquilo, foi quando decidi me mudar. Descobri que havia uma cidade que estava deserta, e as casas estavam sendo reabertas a venda. Era a minha chance de começar de novo
Ela sorriu tão sinceramente, como se tivesse acabado de nos contar uma história feliz. Elena pegou em sua mao
— Eu sinto muito, nem imagino como seria
— E nem quero, só contei porque acho que realmente estamos criando uma amizade aqui
Damon sorriu para ela
— É incrível como você continua sendo tão feliz depois de tudo isso
Ela sorriu e encarou o Damon
— Damon, não vou dizer que foi fácil. Eu pensei em tanta merda, em me matar, em matar ele. Em muitas coisas, mas eu percebi que quem perdeu foi ele, eu sou uma pessoa feliz, carismática, meio atrapalhada, mas nao sou difícil para confiar ou fazer amizade. Então nao tem porque eu nao ser feliz, se eu apenas perdi um peso que iria me afundar
Damon sorriu para ela e Elena concordou
— Agora só basta achar a pessoa certa
Cath quase engasgou rindo
— Isso não, eu quero ser feliz, mas nao vou me envolver com ninguém nunca mais. Não fui feita para casar ou ter filhos, nao quero correr riscos de novo
Os dois riram e concordaram, eu fiquei meio estático. Se ela nao quer se envolver, isso significa que ela nao estava dando em cima de mim. Eu que estava vendo coisas. Terminamos de comer e ficamos conversando por mais um tempo, sobre historias antigas e coisas da cidade. Já estava muito tarde e quem percebeu isso foi a Elena.
— Meu Deus, já são duas da manha
Catherine olhou no relógio da parede para confirmar
— Terei seis horas para dormir
Ela riu, mas Elena se sentiu culpada
— Nossa, eu esqueci completamente. Você deveria ter me lembrado
Ela pareceu achar ainda mais graça
— Fica tranquila, nao gosto de dormir e amanha eu vou passar a tarde inteira em casa sem fazer nada. Posso dormir
Elena e Damon se levantaram e eu acompanhei.
— Vocês tem certeza que já vão?
Damon foi se despedir
— Marcamos outro dia, vamos descansar agora
Ela assentiu e eles se abraçaram, logo atrás Elena a abraçou.
— Podemos marcar uma noite de filmes, posso fazer nachos
Elena se animou
— Ótima ideia
Elas se abraçaram e Catherine ficou me olhando, eu nao sabia como cumprimenta-la. Não me senti tão a vontade para abraça-la, mas ela nao se importou
— Vem cá
Ela se aproximou e me abraçou, eu fiquei nervoso, mas ainda bem que foi rápido. Damon e Elena estavam rindo. Fomos até o carro e entramos, a Cath ficou encostada na porta nos olhando e sorrindo, para variar. Damon ligou o carro e deu a volta na rua, quando estávamos saindo Elena e ela trocaram acenos e sorrisos. Quando chegamos na esquina, olhei ela entrando em casa. Elena foi a primeira a falar
— Amei ela
Damon sorriu e concordou
— A dose humana que precisamos para as nossas vidas
Eu falei rabugento
— Claro, só se for para mata-la ou transforma-la
Elena virou o pescoço para mim
— Nós seremos normais com ela, me prometa isso
Eu dei de ombros e meu celular começou a tocar, Damon brincou
— É a Cath? Ela quer que voltemos?
— Eu nao dei o meu numero para ela
Peguei o celular e olhei o nome na tela e paralisei
— Quem é?
Eu respirei fundo e senti a tempestade vindo em nossa direção
— É o Niklaus


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!!



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