Sétima Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 10
Morte é Inevitável


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!!



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>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
Eu estava arrumando a minha mochila, com poucas coisas. Eu nao iria ficar lá, era perigoso para todos da minha família. Damon não gostou muito do meu pedido, por ficar preocupado com a Elena. Mas eu sei que ela vai entender. Só espero que o Stefan nao insista. Desci as escadas e ouvi uma discussão vindo do quarto. Damon parecia irritado
— Eu sei que você quer ir junto, mas ela pediu pra irmos sozinhos
— E porque? Por acaso ela esta planejando algo?
— Você esta ficando neurótica Elena, eu e ela somos apenas amigos, assim como você e o Stefan.
— Não esta parecendo isso. Eu nao quero que você vá
— Eu já prometi a ela que vou
Eu ouvi passos, então desci correndo as escadas e fiquei na sala esperando. Alguns segundos depois Damon desceu e Elena continuou lá em cima, apenas me olhando.
— Vamos?
Eu assenti e virei as costas em direção a porta. Nós entramos no carro e quando me virei para colocar o cinto vi o Stefan do lado da casa. Do mesmo jeito da primeira vez que nos beijamos, sem camisa, com o machado nas mãos e suado. Mas desta vez, ele estava decepcionado. Parecia uma mistura de tristeza e raiva. Eu virei os olhos rapidamente para rua e senti que ele ainda me encarava. Eu e o Damon estávamos em silencio no começo da viagem, eu tinha perdido o meu celular no dia que me transformei. Então nao havia recebido noticias da mina família, minha mãe provavelmente esteve me ligando ontem e hoje. Eu estava olhando para as arvores passando rápido ao meu lado, quando o Damon me tirou do devaneio.
— Você ouviu a nossa discussão...
Eu virei para olha-lo
— Isso foi uma pergunta?
Ele quase cochichou
— Não...
Seu rosto estava fixo na rua, ele parecia estar pensando em muitas outras coisas
— Desculpa, não vou dizer que não queria ter ouvido, se não eu teria seguido para a sala
Voltei a olhar para a rua
— Eu estou cansado
Voltei a olha-lo
— Quer que eu dirija?
Ele deu um meio sorriso
— Não esse tipo de cansaço
Eu fiquei em silencio esperando que ele continuasse
— Estou cansado da Elena esperar que eu seja uma pessoa que não sou
— Como assim?
Ele respirou fundo
— Primeiro é esse problema da cura...
Eu interrompi
— Cura do que?
Ele me olhou de relance e voltou os olhos para a rua
— Existe uma cura do vampirismo, e nós recebemos algumas dicas de onde ela esta... Mas eu nao estou me esforçando para achar
— Porque você nao quer usar
Ele me olhou e analisou meu rosto por segundos, antes de virar o carro na esquina
— Isso
— E você já disse isso a ela?
Ele suspirou
— Não tem como, Elena acha que se eu nao tomar a cura, eu nao a amo
Eu mordi a bochecha, isso era realmente complicado e ele continuou
— Ela conheceu e namorou um vampiro que queria ser humano, que gostaria de ter uma vida humana ao lado dela... E ela espera o mesmo de mim, sendo que eu não quero. Eu não pedi para ser vampiro, mas aprendi a viver assim, e eu me aceito como sou. Não quero ser mortal novamente...
— Acho que esperar mais do que o parceiro pode oferecer faz parte de relacionamentos
— Esta falando de mim ou de você?
— Nós dois
Ele riu
— Agora você esta em um relacionamento  com o Stefan?
— Por ele já estaríamos casados
Ele riu ainda mais e eu soltei uma risada abafada
— Meu irmãozinho pode ser bem frenético quando quer
Dessa vez eu suspirei
— Eu sei...E por incrível que pareça isso nao me afastou, durante esses dias que ficamos "namorando" escondido de vocês, foi divertido, excitante e bom. Eu me senti bem com ele, nós sabemos conversar e nos dar prazer...
— Sem detalhes por favor
Eu ri e continuei
— Mas parece que nada é o suficiente para ele
— Elena e Stefan podem ser bem parecidos quando querem
Eu respirei fundo
— Isso te assusta?
Ele me olhou
— Me apavora
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> STEFAN NARRANDO
Eu já estava com a mão no vivo, eu estava derrubando as arvores com o machado. Eu estava com muita raiva, eu queria quebrar tudo, matar alguém, porque a Catherine quis meu irmão na viagem e não eu? Parece que o Damon gosta de conquistar o que é meu. Tantos xingamentos e palavrões voando na minha cabeça. Eu estava com muito ódio. Me assustei e parei quando ouvi um grito vindo da porta da cozinha. Virei e vi a Elena
— Estou te chamando um tempão, venha tomar uma agua
— Não estou com sede
— Não estou pedindo
Eu revirei os olhos e joguei o machado no chão, sequei a testa no braço e fui para dentro da casa. Ela me deu um copo de agua e ficou me olhando
— Esta esperando a mão cair?
Estendi as palmas das mãos para ela, e vimos minhas mãos se restaurar. Eu levantei as sobrancelhas
— Vai ficar derrubando as arvores até a Catherine voltar?
— Talvez até quando ela voltar
Ela me jogou um pano para me secar, eu dei um meio sorriso
— Quer saber? Não vamos parecer os idiotas ciumentos que ficam contando os segundos para eles voltarem.
Eu fiquei encarando ela e a Elena continuou
— Vai tomar um banho, vamos ir para um barzinho
Eu nao sabia ao certo se queria ou nao, mas acabei aceitando. Tomei um banho e troquei de roupa. Quando desci as escadas a Bonnie, Elena e Enzo estavam arrumados me esperando.
— E o casal?
Caroline apareceu do nada atrás de mim
— Vamos ter um momento família, as meninas querem ver um filme e nós precisamos decidir os últimos detalhes do casamento. Falta pouco
Ela deu um sorriso enorme e pulinhos de alegria. Eu ri do entusiasmo dela e segui em direção a porta. Abri ela e esperei eles passarem
— Vamos beber então?
Enzo saiu levanto a Bonnie, enquanto dava pulinhos. Elena passou na minha frente rindo e puxou meu braço.
— Vamos!
Eu sorri e entramos no carro. Não era longe e nem tão grande, mas nós poderíamos dançar e beber. Assim que descemos a Bonnie e a Elena correram para a entrada. Enzo ficou perto de mim
— Eu e a Bonnie nos resolvemos
Ele deu um sorriso entusiasmado
— Que bom!
— Eu disse que poderíamos casar, assim fugi da obrigação de tomar a cura
Eu ri
— Engraçado como para alguns a cura é uma maldição e para outros é um alivio
Ele deu um meio sorriso e fomos atrás das mulheres. Assim que entramos a Bonnie puxou o Enzo para a pista, eu tentei avistar a Elena, até que ela apareceu do meu lado com dois copos cheios.
— Pra você
Ela sorriu e eu peguei o copo
— Vamos nos divertir
Eu assenti e fazia muito tempo que eu nao via aquele olhar, os olhos brilhosos e carentes da primeira vez que esbarrei com ela no colégio. Bateu uma longa nostalgia
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
— Como será que eles estão?
— Provavelmente vendo algum filme
Eu ri, me abaixei para desamarrar os sapatos
— Você se importa que eu durma?
— Eu paro em um hotel
— Não precisa, assim chegamos mais rápido
— Eu preciso descansar
Encarei ele descrente
— Preciso descansar a mente e estou com fome
Ri e coloquei os sapatos novamente
— A parte da fome me convenceu
Ele nao pareceu achar graça, senti sua mão segurar a minha
— Você sabe que eu nunca te machucaria não é?
Ele estava me encarando, por alguns segundos vi a preocupação da minha resposta em seu olhar. Eu sorri sinceramente e virei o rosto dele para frente com a ponta dos dedos
— Presta atenção na estrada...
Vi que ele já imaginou qual era a minha resposta, então conclui
— Você nunca me machucaria, se não eu acabaria com a tua raça
Continuei olhando para janela, mas vi ele me olhar no retrovisor e sorrir. Chegamos em um hotel bem meia boca, já estava tarde. Mas ainda estávamos longe. Pegamos um quarto e fomos com nossas mochilas quarto a dentro. Ela uma mobília antiga, mas bem arrumado. Joguei a mochila em cima da cama perto da janela
— Se alguém arrombar a porta, pega você primeiro
Ri para ele e o Damon sentou na sua cama
— E se alguém arrombar a janela, pegam você primeiro
Eu levantei as sobrancelhas e fui até as cortinas e abri, mostrando-lhe as grades que cobriam a janela
— Touché
Ele riu e eu amarrei o cabelo
— E mesmo que não tivesse grades, você nao deixaria ninguém me machucar
Sorri e ele assentiu
— O pior, é que isso é verdade
Senti minhas bochechas ficarem rosadas, talvez pelo fato do Damon estar me encarando mais tempo do que deveria. Nós dois respiramos fundo e nos viramos
— Eu vou tomar um banho
— Eu vou... Sair um pouco
Eu tomei meu banho e tentei relaxar com as gotas quentes em minha pele, quando sai o Damon tinha acabado de entrar com uma sacola
— Me diga que isso é comida
Ele sorriu
— Imaginei que você estaria com fome
Corri até ele que me estendeu a sacola e eu abri, haviam sanduiches lá. Nós sentamos na cama e comemos os sanduiches com algumas cervejas do frigobar. Nós ficamos conversando sobre momentos constrangedores, rindo e brincando. Eu quase cuspi a comida de tanto rir. Depois de comermos, o Damon sentou na minha cama e ficamos tentando acertar o lixo com bolinhas de papel. Ele acertava todas e eu nenhuma
— Vamos, você é péssima nisso
— Cala a boca, você esta me desconcentrando
— Mesmo que você estivesse sozinha, não iria acertar
Eu empurrei ele com o ombro e me concentrei, mas errei de novo. Ele começou a rir muito
— Depois vem me culpar
— Vai logo
Ele pegou a bolinha e se preparou
— Agora o mestre vai jogar
— Vamos ver se assim você consegue
Eu fiquei de joelho e comecei a fazer cocegas nele
— Ei, nao vale
Ele começou a rir muito e tentar me segurar, ele começou a cair na cama rindo e fui pra cima dele.
— Desisto, desisto...
Nós estávamos ofegantes e muito perto um do outro, eu sabia que ficaríamos envergonhados ali. Então eu levantei e bati no seu peito
— Viu, não aguenta nada
— Você me pegou desprevenido
Ele percebeu o que eu tinha feito e pareceu gostar, foi tomar um banho e eu limpar as coisas. Assim que ele saiu, fomos nos arrumar para dormir. Eu estava tão cansada que capotei na cama, mas nao demorou muito para os pesadelos chegarem, sangue, corpos, garras, dor, tudo de ruim acontecendo comigo. Eu acordei gritando e chorando
— NÃO! NÃO!
— Catherine?
Eu me debatia na cama, até que senti as mãos quentes do Damon nos meus braços
— Cath, calma
Eu abri os olhos assustada e vi ele, levantei as mãos correndo e segurei firme em seus braços.
— O que aconteceu?
Eu respirei fundo e expliquei tudo que eu havia sonhado
— Você esta sonhando com isso faz tempo?
— Desde aquela noite...
Ele colocou meu cabelo atrás da orelha
— Esta mais calma agora?
Eu assenti e fui abrindo os dedos lentamente, para que o Damon se afastasse
— Você quer que eu fique aqui?
Eu dei um meio sorriso
— Eu gostaria muito
Ele sorriu e se ajeitou ao meu lado, puxou o lençol em cima das suas pernas e eu deitei em seu peito. Damon me abraçou forte e beijou o topo da minha cabeça, assim que dormi descansei e relaxei.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> STEFAN NARRANDO
A Bonnie e o Enzo foram embora fazia um tempo, o local estava fechando. Mas eu hipnotizei o dono do bar para que fechasse o local e ficasse só para nós dois. Assim que terminei de beber, me virei e vi a Elena. Sozinha na pista, dançando devagar. Com os olhos fechados e com os braços soltos. Os cabelos dela balançavam de um lado ao outro batendo nos ombros. Fui até e fiquei na sua frente, ela abriu os olhos e sorriu. As luzes diminuíram e nós ficamos dançando muito perto um do outro, eu estava um pouco bêbado e ela tambem. Senti sua mão encostar na sua, assim que virei a palma da mão para segurar a dela Elena encarou os meus olhos, sua respiração estava pesada. Ela nao se afastou e eu não sei porque fiz isso, talvez a raiva, a tristeza, a bebida, o local. Mas não importa o que era, foi errado. Nao deveríamos, mas nenhum dos dois se afastou quando nossos lábios se tocaram.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> CATHARINE NARRANDO
Acordamos noutro dia prontos para por o pé na estrada, assim que fechamos a porta vi um telefone do lado da recepção.
— Ei, vou ligar para minha mãe
Damon assentiu e pegou a mochila da minha mão. Fui em direção ao telefone e liguei para ela. Demorou um pouco para atender, mas assim que ouvi sua voz senti que ela estava cansada
— Filha? O que houve com o seu celular? Estou te ligando o tempo todo
— Eu perdi o celular mãe, só agora achei um telefone público
— Vai comprar um novo?
— Depois eu vejo isso, como vocês estão? E a Elli?
— Eu estou bem, sua irmã ganhou uma promoção no trabalho e Elli esta muito animada com a escolinha
— Que ótimo, e o papai? Como esta?
Ela respirou fundo
— O que aconteceu mamãe?
— Fica calma filha, eu tentei te ligar mas você nao atendia...
— Mãe. O que aconteceu?
Ela respirou fundo antes de responder, meu coração estava quase parando, minha respiração estava parada. Eu olhava o Damon a distancia, que estava me encarando.
— Seu pai teve um derrame...
Eu parei de respirar, vi Damon se virar na minha direção
— Ele esta internado, em caso grave
Minha mão ficou mole e o telefone caiu, vi o Damon correndo até mim. Se meu pai morresse, não existiria mais nada que importasse aqui


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!!



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