O melhor amigo da minha ex-namorada escrita por Sirukyps
Marco queria morrer. Seguia junto às duas amigas, assustando-se casualmente diante o cenário de horror.
Ao contrário da festa a fantasia que havia frequentado e dançado com a Star, esta era horripilante como um Halloween expulso de um terrível filme de terror antigo. Pessoas presas e torturadas, chamas, gritos, música pesada e, o mais estranho, todos aparentavam se divertir.
Queria fugir dali, mas nada conhecia. As meninas entravam em apostas e ele hesitava procurando o demônio no meio da multidão.
Recuando de um flerte, sem graça, o troll se mostrava insistente. Percebendo o incidente, as meninas retornaram e o monstro se afastou.
— Que péssima ideia. – Resmungava, levantando o vestido bufante para caminhar quase pisando na barra.
— Desculpe, Coisa da Terra. – A cabeça de pônei tentava segurar o sorriso junto ao olhar cúmplice com a Star. – O meu convite só permitia levar as meninas da escola, pois elas entendem de festa.
— Isto não vai dar certo.
— Você é muito pessimista. Rosa é a sua cor, se é que me entende. – Comentou Star compartilhando gritinhos felizes com a amiga. Tendo uma repentina ideia, ergueu a varinha, pronta para enfeitiçá-lo. – É só...
— Não! Não! Não! – Exclamou apreensivo, levando as mãos até o rosado bastão, impedindo um aumento do desastre. Só precisava esperar pelo final daquilo e retornaria para casa. – Eu vou tomar um ar...
Afastando-se para o hall do grande salão, sentia-se deslocado naquele bufante vestido rosa comprido e rabo de cavalo. Escorando-se contra a madeira da grande porta longe da alta música, suspirou tristonho.
Abaixando um pouco a luva improvisada para disfarçar a marca, maleou a cabeça em negativo. Precisava esquecê-lo. Precisava parar de perder o sono. Precisava seguir em frente. Precisava... Conhecia aquela voz que trocava sorrisos e gargalhadas.
Espionando o casal sob a pouca luz da lua, terno negro, gravata frouxa e camisa social com a gola desabotoada não deixavam dúvidas de quem seria. Todavia, quem era a suposta garota de cabeleira azul e assanhada.
Um aperto no peito. Embora eles não tivessem nenhum relacionamento, Marco não compreendia porque tal sentimento desagradável. Tentando espionar, Marco terminou derrubando um vaso ornamental e chamando a atenção do casal.
Desorientado por Tom perceber, induzido pelo medo em ser descoberto, correu sem direção para o jardim.
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