Solangelo Moments escrita por Junebug


Capítulo 13
What I See


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaahhh, a fic ganhou uma recomendação!! ♥ Obrigadaaaa, Laurinha!! :D =* ♥ ♥ ♥

Sobre o capítulo:
"- Você não tem medo dele?" Will pondera sobre a pergunta de seu irmão em relação a Nico.

Descobri esse textinho que já estava praticamente pronto no meu pc e resolvi ajeitar para postar porque tô sem tempo de escrever algo novo... Provas, provas, provas T_T... Talvez eu fique um tempinho sem postar por causa delas, mas eu volto! ;)



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Era um dia calmo na enfermaria. Austin estava escalado para ajudar, mas não havia o que fazer, então ele tirava notas no saxofone sentado num leito. Will tinha os pés apoiados sobre a mesa numa posição que seria relaxada não fosse a agitação com que os pés mexiam e ele olhava de vez em quando para o relógio, um estado inquieto nada comum no filho de Apolo.

— Nico disse que viria ajudar a cortar ataduras... – ele comentou não pela primeira vez.

Austin afastou o saxofone e suspirou, revirando ligeiramente os olhos. Não adiantava argumentar que já não precisavam de mais ataduras cortadas ou querer saber que jeito especial Nico di Angelo tinha para cortá-las que justificasse ele estar sempre ali na enfermaria com essa desculpa. Austin sabia muito bem que era só uma desculpa mesmo, embora os dois bobões não admitissem ainda.

O garoto só não conseguia entender muito bem como os dois tinham se tornado tão próximos. Era quase literalmente como o dia e a noite se unindo. Aquele garoto Nico...

— Você não tem medo dele? – A pergunta escapou de repente antes que pudesse contê-la, tamanha era sua curiosidade. Achou que ia ouvir um sermão de seu irmão mais velho sobre julgar as pessoas pela aparência e blá, blá, blá, mas Will pareceu considerar a respeito.

A agitação de Will parou enquanto assumia um ar pensativo. Antes de dar uma resposta pronta, ele realmente ponderou sobre a questão, tentando entender seu fundamento. Em vez do olhar intimidador de Nico, suas frases cortantes e seus poderes sombrios, o que veio à cabeça de Will foi o jeito como as bochechas do filho de Hades ganhavam um tom de vermelho com algumas coisas que Will falava, e ele tentava inutilmente esconder isso com uma carranca. As vezes em que se sentira tão próximo dele quando confidenciavam momentos difíceis da vida de semideus. O jeito como os olhos de Nico brilhavam quando gostava de alguma música que Will lhe apresentava, e as vezes em que Will o pegara cantando sem perceber que era ouvido. Will se lembrou de quando convenceu Nico a ir ao “cinema” dos filhos de Hefesto no chalé 9, e Nico passou o filme de terror inteiro rindo (isso mesmo, dando risada. Nico di Angelo dando risada!)... Will pensou em como os traços do rosto de Nico podiam se mostrar marcantes de um jeito bonito se a pessoa conseguisse enxergar além daquilo que todos viam...

— Não, Austin, eu não tenho medo dele – Will disse por fim.

Austin estava meio assustado com o tamanho do sorriso sonhador que ia crescendo no rosto de Will. Voltou ao seu saxofone depois de mais um suspiro e um dar de ombros. Seu irmão agora era um caso perdido. Talvez só Afrodite fosse capaz de explicar.


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