- Qual o plano, Aline?

- Muito simples Cláudia. Nos passamos por alunas do primeiro ano e, na primeira oportunidade, o raptamos.

- Mas nós não. VOCÊ se passa por aluna.

- Droga!Sempre eu!

- A idéia foi tua.

- Quê??? A idéia foi NOSSA.

- Tá... Mas seja como for, chispa!

***

 (2 de setembro,aposentos do Mestre de poções.)

Snape sentou-se confortavelmente na poltrona, mas para seu desapontamento....

TOC TOC TOC!

Com um suspiro, Snape se levanta e abre a porta. Uma aluna do primeiro ano, vestindo o uniforme da Sonserina, sorriu:

- Olá, prof. Snape!!

- O que quer, Srta...? (tom irritado)

Mas antes que Snape possa fazer qualquer coisa, a aluna misteriosa o pega pelo braço.

- Mas o q...

Num piscar de olhos, estava numa bonita sala de estar com decoração Sonserina (cortina cheia de cobrinhas, parede verde, etc.). Percebeu que uma mulher baixinha, ruiva, falava num tom autoritário, enquanto a "aluna misteriosa" tirava a peruca loira e a maquiagem, revelando uma menina de 12 anos, cabelos negros e oleosos até o ombro, olhos negros ligeiramente puxados:

- Muito bem, Sevvie. Trouxemos suas coisas. Nem tente aparatar: esta casa está coberta de um feitiço anti-aparatamento.

- Que? Mas... Como conseguiram aparatar lá em Hogwarts? Quem são vocês, e quem pensam que são, pra fazer isso?! (ríspido)

- Meu nome é Cláudia! Essa daí que ta rindo é Aline. O resto vamos pular, Sevvie.

- Quem te deu direito de me chamar assim?

- Olha... Nós te seqüestramos! Não está nem um pouco intimidado?

- E por que estaria?

- Droga! Cláudia, eu te disse para usar a fantasia de Dementador! - resmungou Aline, contrariada.

- Seja como for, eu vou estuporá-las e..... Cadê minha varinha?!

- Nós a pegamos, Sevvie! Está intimidado agora?

Snape abriu e fechou os punhos, fazendo cara de quem ia avançar.

- Ih, o cara tá espumando de raiva!

- Agora sou eu que estou com medo!

Antes que elas pudessem dizer algo mais inútil, o mestre de poções, que agora estava mais pra mestre de karatê, pegou Cláudia (no bom sentido) pelo braço, girou-a no ar (isso seria legal em filme) e jogou-a com tudo. Mas como toda mocinha, teve sorte e caiu no sofá. Aline dava soquinhos nas costas de Snape:

- Sevvie-tem-que-se-controlar!

E deu uma forte joelhada no "você-sabe-aonde" de Snape. Ele caiu de joelhos no chão, se dobrando de dor. Aline se aproximou de Snape:

- Sevvie? Você está bem? Desculpe, eu achei que...

Snape se levantou rapidamente a saiu correndo atrás de Aline. Antes que a alcançasse, Aline estalou os dedos (plec!).

Imediatamente Snape foi amarrado ao sofá.

- Háháhá! Indefeso, Sevvie?

Snape parecia um pouco mais calmo, mas se tivesse a varinha, ia estuporá-las:

- Por que vocês me seqüestraram?

- Ah, que bom que perguntou, Sevvie! Sou sua FÃ! A Cláudia não é sua fã, mas ela quer se divertir um pouco também. E a gente sabe um jeito só nosso de aparatar em qualquer lugar.

- "Se divertir"?! O que vão fazer comigo?!

- Nada que não possa ser lido por menores de 18 anos, posso garantir.

Agora as duas riam feito duas retardadas. Snape sentia seu rosto arder de constrangimento.

- Ei, parem de rir.

- Aaaaah.......Taí um ponto fraco do nosso mestre de poções! Ele é muito sério, lógico. Nunca deixa as pessoas rirem livremente. ELE NÃO GOSTA QUE RIAM! Pois é agora que eu rio mesmo! Quiá Quiá quiá!!

- Eu queria saber o que mais pretendem fazer comigo!

- Olha só o Sevvie curioso! Contamos, Cláudia?

- Sim... Chega de suspense inútil...

- Sevvie, você vai fazer tudo que a gente mandar. E só vamos devolver a varinha quando formos te libertar.

- Olha, eu tenho muitos galeões lá em Gringotes e.....

- Mas nós não queremos resgate! Queremos o seu coração.

- Hein???

- Mais tarde, você vai entender.

- Parece o Dumbledore falando.....

- Nossa, sete e meia....O que quer para o jantar, Sevvie?

- Para um refém, acho que estou sendo tratado como visita. (sarcástico)

- É, mas depois não vai achar isso. O que quer?

- Hum....Tem comida italiana?

- Há há há! Cláudia, não falei que ele gostava?

***

- Estava muito bom....

- Hm, obrigada.....(Cláudia recolhe os pratos, meio surpresa com o elogio inesperado)

- Você seria um professor mais querido em Hogwarts se fizesse um elogio como esse aos alunos, Sevvie - observou Aline.

- Humpt. Eu gosto de ser como sou.

- Agora, vá escovar os dentes! (autoritária)

- O quê?!

- Você tem que nos obedecer, senão nunca te libertamos. Vai logo!

- Tá, já escovei....Parem de me tratar como uma criança!

- Pois saiba, Sevvie, que você é meu bebezinho, tchuchukinho, fofuxinho....

- Aline, controle-se!

- Ops, foi mal!

Cláudia traz várias peças de roupa.

- Vista um por um, Sevvie.

- QUÊ?!?!?!

- ISSO MESMO. Senão, transformo a fic em um slash entre você e o Harry Potter.

- Vocês não podem fazer isso.....

- Eu posso tudo! Sou autora de alguns slashs! Agora, vista-se!!

Snape pensou em dar um [i]cruciatus[/i] nas duas. Mas se lembrou que estava sem a varinha, e, xingando Deus e mundo, tirou a capa. De repente, olhou desconfiado para as duas tarad...Hã, garotas:

- Não está faltando nada, não?

- Aah...Você percebeu, que droga....Plec! (estalo de dedos).

Uma cabine para trocar de roupa apareceu do nada. Snape entrou nela. Aline resmungou:

- Eu pensei que ele não ia reparar...

Uns minutos depois, a cabine abre sozinha (esta cabine mágica abre instantaneamente quando detecta que o usuário já trocou de roupa! Ligue agora para 0800-1234 e peça a sua!), e as duas viram a coisa mais anormal do mundo. Snape estava usando uma camiseta vermelha escrito "sou da Grifinoria" e uma calça jeans igualzinho do Potter. As duas riram por longos minutos, que parecia horas para Snape, que pensava em se matar de vergonha.

- Já posso vestir as vestes negras? - falava com os dentes cerrados, para reprimir a fúria.

- Não. Próxima roupa......Aaaaaaarn....Olhe sóóó....Vista isso.

Claudia tinha nas mãos uma camiseta rosa-choque-chocante com os dizeres "power puff girls", uma saia rosa-claro na altura do joelho e uma bota rosa de cano alto. Snape estava horrorizado demais para falar. Aline riu diabolicamente:

- Olhe só....É do seu número!

Snape finalmente recuperou a fala:

- EU NÃO VOU VESTIR ISSO!!!!

- Vai sim. Senão, vai fazer coisa pior!

- O que pode ser pior do que vestir isso?

- Imitar a "lacraia", dançando Eguinha Pocotó....

Snape disse um palavrão em mente e desapareceu atrás da cabine com o conjuntinho rosa na mão. Uns minutos depois, a cabine se abre.

Aline chorava de rir. Cláudia chegou a ficar com cólicas. Snape cobria o rosto com as mãos, prestes a perder a sanidade. Depois de mais uns 5 conjuntinhos experimentados, e uma infinidade de gargalhadas, elas o deixaram vestir a roupa preta habitual. Aline ainda não estava satisfeita:

- Estou com muito sono para andar. Leve-me até a cama (deitando-se no chão).

- O QUÊ??????!

- Cláudia, se ele não me levar no colo, o que a gente faz?

- Que tal pintarmos o cabelo dele de roxo?

Vendo que não tinha opção, o mestre de poções, muito sem jeito e constrangido pegou Aline no colo (ela estava sem fôlego de tanto rir) e a levou para cama (não pensem besteira, por favor!). Cláudia guiou Snape até uma suíte com um guarda-roupa e uma cama de casal com uma colcha vermelha e dourada, escrito "Eternamente Grifinoria".Para desapontamento de Cláudia, ele nem ligou. Estava exausto. Ela foi para o seu quarto pensando em outras formas de judiar o pobre Snape.