Kisses and Guns escrita por Nina Arik


Capítulo 45
O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos, e cada pequena ausência é uma eternidade. - John Dryden


Notas iniciais do capítulo

Tô achando esse titulo tãaaaaaaaaaao apropriado!
Vem Danteee



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— Vejo que sentiram nossa falta. – Lorenzo diz. Ele e Harley estão a poucos passos longe de Dante que se ergue como um rei liderando uma batalha. Ele sempre pareceu assim para mim, como uma majestade e eu como uma mera súdita a sua merce.  – Eu realmente já esperava isso de você Amélia. Por que é o que crianças mimadas fazem. Ela fogem. – Amélia ainda está atrás de mim escondendo seu corpo claramente gravido. Sinto ela endurecer, mas ela não diz nada.

Dante dá um passo em minha direção.

— Não se atreva a se aproximar! Eu vou atirar! Eu não estou brincando porra! – digo duramente.

— Não você não vai. – ele diz com confiança. Por que Dante é assim. Toda confiança no mundo parece emanar dele. Ele é a fonte da arrogância e o poder. Ele parece ter o mundo nas mãos. Parece capaz de controlar tudo. Inclusive eu. – Você vai me escutar. – ele afirma.

— Eu vou? Parece que você está me subestimando, outra vez. – digo com desprezo.

— Eu não mandei matarem você. 

— Não? – Eu rio. Minhas emoções estão a flor da pele. – Acha mesmo que eu vou cair nessa Dante? Você disse que ia fazer isso desde a primeira vez que nós nos vimos! Você deixou claro que iria me matar. Era só uma questão de tempo! – eu grito.

— Alexandra. – ele diz como se fosse um aviso. – Eu não mandei matar você. Eu disse que se fosse fazer, eu mesmo o faria. E eu não minto. 

— Então que merda você está esperando? – eu grito. – Saque sua arma. Vamos fazer como no faroeste. Quem atirar primeiro é o sortudo! Só que dessa vez faça o serviço direito! Atire na porra do meu coração, por que se me sobrar um suspiro Dante, um único suspiro, eu não vou hesitar! Eu mato você!

— Viu, como eu disse. Você fodeu ela. – Harley diz. Harley está mais sombrio do que eu me lembrava. Ele está serio e seus olhos azuis não parecem brilhantes. Ah uma sombra de barba em seu rosto. 

— A ultimas vez que tivemos essa conversa as coisas não saíram bem Harley, então eu sugiro que você cale sua maldita boca.

— Alex tem coragem. Ao contrario de certas pessoas. – Lorenzo diz com sarcasmo. Meu coração se parte um pouco por Amélia.

— E eu sugiro que vocês saiam. – Digo destravando a arma.

— Alexandra... Precisamos conversar.

— Não precisamos! – digo. Eu quero chorar. Mas, engulo seco. – Você perdeu essa chace Dante quando eu fiquei em um chão frio imundo sangrando até a morte, quando eu fiquei de coma por duas semanas! Quando eu estava indefesa e sozinha! Quando tudo que eu queria era uma vida tranquila e pacata em algum lugar!  Quando eu pensei que estivesse morta, rezei para estar morta finalmente. – Dante empalidece o que me deixa confusa.

— Como é?

— Oh, você não sabia? O que você pensou? Que ia mandar me matarem e eles iam me deixar ir? Eles só foram incompetentes! E uns merdas sem pontaria! Eu estou viva!

— Graças ao Céus. Cookie. Abaixe a arma. – seguro a arma mais forte. Dante está falando comigo suavemente. Sua voz rouca soa como seda na minha pele. Eu estremeço.

— Isso não vai acontecer.

— Foda-se. Eu tentei. – ele diz um segundo antes de atravessar a pequena sala em dois passos. É muito rápido. Aperto o gatilho, mas é tarde. Ele ergue meu braço e me desarma. O tiro atinge o teto. Em seguida estou sobre seus ombros. – Vamos conversar no tom que você entende Cookie. – ele diz sombriamente. 

— Que porra é essa? – Ouço a voz de Lorenzo. Dante para por um segundo. Para olhar para trás. Amélia está lá com todos os olhares em cima dela. Ela tinha vestido um vestido cinza claro justo, que delineava sua barriga perfeitamente redonda. Pequenos saltos estavam em seus pés com laços nos tornozelos. Seus cabelos agora ruivos estavam presos em uma trança elegante que eu ainda não sabia como ela era capaz de elaborar. Pouca maquiagem estava em seus rosto. E ela poderia estar em uma revista de alta moda. De gravidas. – Que inferno você fez Amélia? - Lorenzo grita levantando e indo para ela. Dante se endurece.

— Não se atreva a tocar ela! – eu grito, mesmo que eu estava presa de cabeça para baixo sobre Dante.

— Amélia... – Harley sussurra. – Pimpolha... Alguém machucou você? – Ela arregala seus olhos azuis.

— O que? Não! – ela coloca a mão protetora sobre sua barriga. – Não! Ninguém me machucou!

— Isso significa que você deixou um puto qualquer foder você e fazer isso? – Lorenzo olha para ela e ele também não é o Lorenzo que conheci. Seu rosto está cheio de desprezo.  E um ódio descomunal. Que eu espero que não seja dirigido a Amélia. Ela não merece isso. – Deus! – ele ri. Uma risada gelada que esfria meu ossos. Ele está a um passo dela. Olhando em seus olhos. Ela engole seco. – Sabe o que acontece quando você dá muito de um doce para uma criança? Ela se lambuza! Isso é exatamente o que você fez! – Ele ri outra vez. – Soltou da mão da sua mãe mais não sabe nem andar! – Vejo ela piscar e seus olhos estão cheios de lágrimas. Lágrimas que são constantes nos últimos meses. Por que eu ouvi a noite, quando ela pensou que eu estava dormindo. O choro baixo. O soluço mal disfarçado. O desespero. E meu coração se quebrou por ela dia após dia. 

— Já chega Lorenzo.

— Tudo bem Harley. – ela diz. Sua cabeça se ergue ligeiramente. Eu vejo a mudança. A ausência de luz em seus olhos. Oh não... – Eu não preciso que ninguém me defenda. Ao contrario do que você pensa Lorenzo eu não sou uma criança, eu sou uma mulher adulta. Uma mulher grávida. É melhor que você veja isso.

— Como eu não iria ver Amélia? Dá pra todo mundo ver que você está fodida. – O som do tapa enche a sala.

— Nunca mais fale assim comigo. – ela diz entre dentes.

— Bem, bem. Eu vi o suficiente. – Dante diz me dando um tapinha no traseiro e adentrando o corredor.

Oh Deus! Por um momento. Envolvida no drama, eu mesma esqueci que eu estava na merda. Dante veio. Dante me pegou.

E Deus me dê forças....


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