Malandramente escrita por giovanacanedo


Capítulo 2
A escolha de Rose.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente sz ♥



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Lily Luna Potter: 

(...) Casa dos Potters, 12:30.

    Gina Weasley subiu as escadas, irada. Já passava da meio dia e nenhum de seus filhos haviam acordado. Ela os chamou sete horas, oito horas, nove horas e por aí vai, mas nenhum deles sequer demonstrou estar acordados ou vivos. A ruiva subiu as escadas furiosa, pisando forte. Na sala, seu marido abafou um riso. Para Harry não havia problema em seus filhos dormirem até meio dia, mas como em quase tudo era o total oposto do que Gina pensava. Ela abriu a porta do quarto dos meninos. O quarto estava uma zona, como de costume. Mal conhecera Scorpius e já sabia que seria mais um desorganizado na casa, mas isso não a irritava já que o pior em organização era sua própria cria. Ela prendeu a respiração ao ver os controles do vídeo-game espalhados, salgadinhos no chão, camisas espalhadas por toda parte e livros jogados por todas as partes do quarto. Estremeceu ao ver o gato em cima da cabeça de seu filho. Só que... Eles não tinham gato. Foi o fim. A ruiva desceu as escadas e pegou um balde na área de limpeza. Ao passar pela sala, Harry a acompanhou até lá em cima. Ela tinha colocado gelo? Tinha. Quando Gina jogou água nos garotos eles gritaram e seu marido faltou rolar no chão de tanto dar risada.

— Isso é culpa sua, Potter! - Esbravejou a mulher. - São seus genes ruins!

  Harry não conseguia responder a esposa por estar chorando de tanto rir. Alvo xingava algo baixinho, tomando cuidado para a mãe não ouvir. Scorpius parecia mais o coelho de Alice no país das maravilhas - Só que molhado e em choque. Rose e Lily encostaram na porta do quarto, assutadas.

— Aí meu Deus! - Riu Lily alto enquanto tirava uma foto da cena. - Vou me lembrar disso pro resto da vida.

— VOCÊ NÃO SE ATREVERIA! - Gritou Alvo, correndo atrás da irmã pela casa. O peso dos músculos do irmão faziam com que seus passos rápidos mais parecessem trovões. Gina jogou o balde para Harry, furiosa e saiu do quarto depois de dizer:

— Você vai resolver a briga dos seus filhos que eu tenho mais o que fazer, Potter!

— Limpem essa bagunça. - Falou o senhor Potter sério. Apontou o dedo para Rose. - Dê um jeito neles para nós Rose, já íamos sair.

  A ruiva assentiu enquanto o tio deixava o quarto, provavelmente para tentar conversar com a esposa. Rose suspirou, cansada. Era típico de Alvo e Lily nunca arrumarem nada que faziam para ficar brigando. Em anos Rose não se lembrava de uma noite que dormira na casa dos dois que eles não tivessem brigado feio pelo menos duas vezes(sem contar com as farpas.). Scorpius sentou na cama do amigo e passou a mão pelos cabelos loiros e molhados, arqueando a sobrancelha para Rose, que sorriu de solslaio e balançou os ombros, caminhando até os controles de vídeo game.

— É sempre assim? - Perguntou Scorpius, antes de levantar-se e começar dobrar as cobertas que havia usado. Rose respondeu sem olhar para ele enquanto enrolava um controle.

— Não lembro de uma vez que tivesse sido diferente.

 Ele bufou. Ficaram em silêncio por uns vinte minutos, conseguindo ouvir os gritos de Lily e Alvo do quintal. Ao que parece Lily jogou um capacete no irmão antes de gritar "imbecil!". Scorpius arregalou os olhos e Rose abafou uma risada.

— Não é melhor a gente intervir? - Disse quando ouviu o amigo gritar e cair na piscina. Rose o encarou como se ele fosse um doente mental ou algo do tipo. - Não? - Rose arqueou as sobrancelhas. - É, tudo bem. - Ele guardou os cobertores no armário do amigo e olhou para a ruiva que estava colocando o gato no telhado. Inquieto, falou:

— É... Scorpius Malfoy. - Ele caminhou até a janela onde tinham uma vista panorâmica de uma briga na piscina. Scorpius imaginou se o amigo já havia se esquecido da foto, já que o celular da irmã estava na cadeira de sol enquanto os dois brigavam enquanto saiam da piscina. O rapaz estendeu a mão para Rose que olhou da mão do rapaz para o rosto dele. - É só uma mão, Weasley. Apesar de gorda e grande ela não vai matar você.

— Eu sei. - Disse ela depois de alguns segundos com firmeza. A ruiva apertou a mão do rapaz e deu um sorriso mínimo. Scorpius se perguntou se ele estava fedendo ou se ela era daquela forma extremamente introvertida mesmo. - Rose Weasley. Desculpa, é que geralmente eu odeio pessoas como você.

— Como eu como? - Perguntou, perplexo. Rose se limitou a olha-lo de cima a baixo como se a resposta fosse óbvia e respondeu irônica. - Do tipo que ganha prêmio de nerd do ano.

— Está achando que sou burro? - Scorpius deu o seu sorriso mais reluzente. O rapaz não era acostumado com a desaprovação das pessoas. Onde quer que fosse, era o mais querido, o mais bonito e esperto. Talvez não o mais inteligente, mas com certeza o atleta mais inteligente. As crianças o adoravam, os adolescentes ou queriam ele ou queriam ser como ele e os adultos o queriam por perto. Rose Weasley por algum motivo demonstrava um certo tipo de desconfiança sobre ele, como se ele fosse um ladrão ou coisa do tipo e isso o deixava com o ego ferido. Jamais imaginaria que seu ego era tão frágil mas olhando nos olhos azuis da pequena Weasley, percebeu que seu ego era de vidro e algo lhe dizia que rose era um atirador compulsivo.

— Não. - Disse simplesmente. - Esquece, eu sou esquisita mesmo. Pra que escola você vai?

— Eu vou à Hogwarts School. - Falou ele. - Último ano. Ano que vem faculdade. Ano cheio.

— É. - Rose suspirou. - Eu me lembro do meu primeiro dia no jardim como se fosse ontem e em um ano estarei me formando e indo pra alguma faculdade. Que loucura.

******

(...) Casa dos Weasley, 16:30.

   Rose e Lily sentaram no sofá da casa de Rose. Lily estava com arranhões da piscina no braço e Rose passava remédio em cima.

— O que acontece com você e seu irmão, Lily? - Perguntou Rose enquanto passava meitcholate em um pequeno corte no antebraço da prima. - Sabe qual é a diferença entre lobos selvagens e vocês dois? Os lobos sabem quando parar. Isso aqui foi da piscina? Parece grave.

— Do prato. - Murmurou Lily, fechando os olhos. Rose deu um salto do sofá como um gato.

— Vocês jogaram pratos um no outro? - Rose arregalou os olhos, abismada.

— Foram só três!! - Explicou a castanha.

— Vocês são doentes. - Rose saiu de perto da amiga e se sentou na frente do computador da sala de estar. - Falei com o amigo do seu irmão enquanto torcia pra vocês não se matarem.

— Sério? - Lily encarou a amiga meio chocada. - E como ele é?

    Rose tombou a cabeça ruiva para o lado, tentando pensar no assunto. Tudo o que ela sabia sobre Scorpius Malfoy era que: (A) Ele era o tipo de cara que não consegue ficar em uma sala em silêncio e (B)Ele era até que legal, lembrara até o sobrenome dele. Conversou mais com ele do que conversava com alguns primos o que era perturbador e ao mesmo tempo, cômico. 

— Ele era legal. E eu devo 50 pratas para ele. 

     A campainha tocou e Lily levantou para abrir a porta. Ashley Patil e Blair Longbotton. Ashley estava com seu cabelo castanho escuro solto e perfeitamente arrumado e sua maquigem leve e natural. Ela usava uma meio laranja com detalhes vermelhos que tinha um laço na gola e sua saia meio marrom laranja um pouco curta, pouco comprida. Seu relógio de ouro da sorte no pulso e sua sapatilha confortável e elegante. Parecia uma política, uma empresária, mas nunca uma adolescente de 17 anos indo para uma noite das garotas. Por outro lado, Blair quebrava totalmente o estilo de Ashley com sua saia curta de couro e sua blusa de banda. As medeichas loira da garota corriam como briga com os fios negros que ela colocou e caiam sobre o casaco fino e preto. Sua meia calça rasgada e a botinha com um salto salto e grosso jamais poderiam expressar que a loira era filha de dois pais calmos, conservadores e fofos. Ela parecia ter sido criada por lobos rebeldes e era assim que se comportava. 

     Lily deu passagem e as duas entraram. Blair pegou as coxinhas que estavam na mesa da sala e sentou no chão. 

— Esbarramos com suas primas no caminho. - Falou ela. - Ouvimos que elas vão pra uma festa.

— Festa? - Perguntou Rose. 

— Festa. - Concluiu Ashley com um tom de voz desafiador. - E... Acho que deveríamos ir.

  Rose engoliu seco, incerta se deveria mesmo ir. Ela era o tipo de garota que não frequentava esses lugares, mas imaginou se não seria exatamente por isso que as pessoas a tratassem diferente, como se ela não fosse mulher, mas uma menina de 5 anos. Ela estava farta daquela situação, mas estava mas não queria perder sua identidade. Que mal tem em ser "santinha"? Mas que bem tem também? Ela só beijara uma vez e ainda por cima fora seu primo, em uma brincadeira de criança. Ou seja - Não valia. Suas primas todas já tiveram namorados, perderam a virgindade, mas ela não. Ela continuava sempre ali, afundada nos livros de poesia e fantasia, lendo sobre o beijo da mocinha do livro e imaginando se um dia isso aconteceria com ela também. Esse lance de se apaixonar era como viajar para Marte para Rose e ela já estava cansada de se acovardar em pilhas de livros. Agora, como sempre, a escolha estava nas mãos dela. Ir ou não ir, ser ou não ser. Tudo dependia de Rose.

— Nós... Vamos. - Disse, por fim.

   

 SCORPIUS MALFOY

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Será que a Rose vai? comenteeeeeem



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