I Also Take Care of You escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 1
~ Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, caros leitores!! :D

Puxa, faz tempo que eu não aparecia aqui com uma one-shot... Na verdade eu nem devia estar postando essa porque tenho duas fics pra escrever.
Mas graças à Iniciativa OTP Challenge, o evento que tem como meta floodar a categoria com LuNa, ZoRobin e Saboala, tomei coragem e dei uma pausa nas minhas fics para poder escrever essa ideia, que já estava esperando no fundo do baú há um bom tempo.
Essa one é inspirada na fic da Marima-chan, Álcool Não Combina com Desafios. Espero que goste, amiga :)


Espero que gostem e boa leitura ^-^



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Todos nós sabemos como são os festejos sem sentido aparente dos Chapéus de Palha, com muita música, comida e a tripulação inteira se divertindo junta. Mas o que não sabemos, é como o Sunny Go e seus tripulantes ficam depois dessas festas.

                A luz da lua cheia iluminava o Thousand Sunny, deixando bem à vista o convés imundo, com pratos sujos e canecos de saquê jogados por todos os lados. Outra coisa esparramada pelo convés era a própria tripulação, que adormeceu – ou melhor, desmaiou - por todos os cantos. Somente alguns, como Sanji e Robin, tinham conseguido rumar para seus quartos, os outros estavam pelo chão, por cima de caixotes ou abraçados a garrafas de cola ou ossos de carne.

                Tudo estaria no maior silêncio se não fosse por alguns roncos e pelo sonho falado de Luffy, que continuava a murmurar “niku... niku...” enquanto lambia o osso já sem qualquer resquício de carne no qual se agarrava. E acreditem, ele poderia continuar com isso a noite toda se não fosse por certo barulho de saltos batendo na madeira.

                Luffy não era o tipo de pessoa que acordava com tão pouco (nem com muito mais que isso também), mas quando o som de uma conhecida risada se juntou ao barulho dos passos, ele na hora foi puxado do mundo dos sonhos.

Seus olhos rapidamente se acostumaram à escuridão e ele olhou em volta, procurando entre seus companheiros a dona daquela risada.

Não, ela não estava perto de Usopp, deitado de barriga pra cima num caixote; muito menos recostada no mastro junto a Brook e Chopper. Também não estava em um canto perto da cabeça do Sunny com Franky e ele não conseguiu ver nem a ela nem a Zoro – que provavelmente tinha ido para o ninho da gávea.

Mas Luffy ainda ouvia a risada dela, então ele levantou-se, deu uma encarada no osso que tinha em mão e após conferir para ver se não havia sobrado mesmo nada de carne ali, largou o osso no chão e seguiu aquele som tão familiar, mas estranhamente pastoso.

Ele foi se aproximando das laranjeiras de Nami e lá encontrou justamente sua navegadora, a dona da risada, andando cambaleante de um lado para o outro enquanto descascava uma de suas laranjas.

— Nami?

A ruiva atendeu ao chamado e ao ver seu capitão ali, lhe sorriu e acenou bobamente.

— Oi, Luffy, achei que ‘tava dormindo. Quer uma laranja?

— Sim! — O tempo para a resposta sair de seus lábios foi o mesmo para chegar até Nami e pegar a fruta meio descascada de suas mãos, mandando-a goela abaixo.

Enquanto ainda aproveitava o sabor delicioso que tinham as laranjas de sua navegadora, a ficha de que algo muito estranho acabara de acontecer caiu para Luffy. Nami tinha acabado de lhe oferecer uma de suas preciosas laranjas e não fez nenhum comentário por ele ter engolido a fruta de uma vez!

Engolindo em seco, ele passou a analisar a ruiva, que tinha voltado a rir e agora cantarolava, pegando mais uma laranja do pé. A voz dela estava nitidamente embriagada; as bochechas coradas; e ela estava mais feliz do que quando fazia compras. Para finalizar e transformar suas suspeitas em realidade, Luffy viu uma garrafa de bebida quase vazia, caída perto das laranjeiras.

Seu rosto se tornou sério e um pouco cansado.

— Você está bêbada, não está? — Foi uma pergunta retórica, mas mesmo assim Nami respondeu com outra pergunta:

— Bêbada, eu? — Ela questionou como se ele falasse o maior dos absurdos antes de dar uma sonora gargalhada. — Que bobagem! Você sabe que eu sou a mais resistente ao álcool deste navio. – E tendo dito isso, comeu um gomo da laranja.

— Ah, claro. — Luffy revirou os olhos.

Sim, Nami era muito resistente ao álcool e até tinha ganhado de Zoro algumas vezes nas competições de bebidas, mas isso não quer dizer que ela não ficava bêbada. Sem falar que especialmente hoje ela havia exagerado. Luffy havia prestado atenção em sua navegadora durante a festa e mesmo sem competição, ela tinha bebido muito mais que o normal, e até teve mais para tomar já que Zoro havia desaparecido por um tempo durante a festa, assim como Robin. Os dois estavam muito sumidos ultimamente.

— Não acredita em mim, capitão? — Nami fez um bico fingido, que não durou nem dois segundos, pois sua vontade de rir era maior. — Alguém bêbado conseguiria fazer isso?

A garota de repente largou a fruta que tinha em mãos e correu até a amurada do navio, ameaçando subir nela. Seu plano era de se equilibrar ali para provar seu ponto a Luffy.

— Tá bem, tá bem, acredito em você! - O capitão quase gritou, segurando a ruiva e puxando-a para si antes que ela fizesse uma besteira e se machucasse. — Vem, vou te levar pro seu quarto.

Nami arregalou os olhos por um instante, mas logo seu sorriso mudou para um mais malicioso.

— Ah, sei. – Ela venceu a distância que sobrara entre ela e Luffy, colando seu corpo ao do moreno. – E você vai ficar lá comigo, capitão? – Perguntou num tom que, mesmo embriagado, não deixava de ser provocante. Manteve os olhos grudados nos orbes negros de Luffy, enquanto sua mão deslizava pelo tórax do mesmo.

Tanto a voz quanto o toque enviaram agradáveis arrepios pelo corpo de Luffy, mas ele conseguiu se controlar e ainda segurou a mão de Nami antes que ela alcançasse uma área mais ao sul.

— Não. – Ele respondeu num tom forte, encarando de modo sério sua navegadora. – Posso ficar com você até dormir se quiser, mas não para isso.

— Ah. – Nami se afastou no mesmo instante, cruzando os braços e fazendo um bico, como uma criança cujo doce foi-lhe arrancado. – Se é assim, prefiro ficar aqui mesmo. – Foi até a garrafa de saquê que estava no chão e virou-a, tomando as duas últimas gotas que havia nela. – Hm, será que sobrou saquê na cozinha?

— Nem pensar! – Luffy mais uma vez segurou a ruiva pelo braço, fazendo-a virar-se para ele. – Você não vai beber ainda mais, tá doida?

— Você disse que tinha acreditado em mim, seu idiota!! – O grito de Nami só não foi mais forte que o soco que ela deu em Luffy com a outra mão. – Se eu nem tô bêbada, claro que eu posso beber mais! E você não vai me impedir, seu idiota, bobo, chato, crianção! Barulhento!!

— Para de gritar, assim você vai acordar os outros! – Luffy reclamou entredentes.

Mas não adiantou de nada, Nami continuou xingando-o de todos os nomes possíveis e a Luffy só restou dar um longo suspiro. Ele já sabia que, quando sua navegadora estava assim, palavras não adiantavam, então só lhe restava agir.

— Você não vai mais beber hoje e nós vamos pro seu quarto agora mesmo! – Ele decretou em um tom que não dava aberturas para nenhum mas, e num movimento único, pegou Nami nos braços e jogou-a por cima de um de seus ombros, como se ela fosse um saco de batatas.

— Ei! – a navegadora reclamou e até tentou se debater, mas mesmo com seu cérebro todo bagunçado, ela sabia que Luffy era muito mais forte que ela.

O capitão soltou a respiração, aliviado, quando sentiu a mulher em seus braços se aquietar, pensando que ela finalmente tinha cedido – ou desmaiado pelo excesso álcool. Ele já estava no meio do convés quando sentiu algo apertar seus glúteos, o fazendo ter um sobressalto.

— Nami! – Repreendeu-a.

A ruiva apenas se ergueu o máximo que conseguia para fitar o capitão, lhe dando um sorriso abobalhado.

— Que foi? Você deixou na minha mira.

Luffy soltou um bufo, olhando em volta rapidamente para conferir se todos os seus companheiros continuavam dormindo.

Ou pelo menos fingiam dormir, como era o caso de Usopp e Chopper, que acabaram acordando graças aos gritos de Nami. Mas nenhum dos dois se pronunciaria, não queriam se envolver com a navegadora bêbada, e muito menos quando Luffy já estava cuidando do caso. Não era a primeira vez que uma situação dessas acontecia e eles já haviam aprendido que o melhor a se fazer nelas era fingir que não tinham visto nada e participar o menos possível.

Vendo que seus nakamas continuavam de olhos fechados, Luffy mudou rapidamente a posição de Nami em seus braços, segurando-a agora como se ela fosse uma princesa. Ou um bebê, pelo bocejo que a ruiva deu logo em seguida. Pelo jeito o cansaço estava começando a bater.

Graças a isso, o restante do caminho até o quarto foi tranquilo. Nami agora apenas traçava de leve a cicatriz em seu peito, o que não lhe fazia mais do que um agradável carinho.

— Meu amor, me bota no chão, isso é clichê demais. – Ela murmurou quando eles enfim chegaram ao quarto; a voz embriagada pelo álcool e pelo sono. Luffy ignorou seus protestos e entrou no quarto carregando-a na posição que já estava.

— Clichê ou não, você não aguentaria andar sozinha agora. - Tomou cuidado para não discordar nem questionar nada do que ela falava diretamente.

Luffy já havia aprendido a lidar com a Nami bêbada, melhor até do que com a Nami sóbria. Claro, pois com a Nami bêbada, era ele quem precisava ser o responsável, o compreensivo, o paciente. Se não fosse assim, ela acabaria se machucando ou se metendo em alguma encrenca e isso ele nunca permitiria - a não ser que ele a metesse nessa encrenca. Cuidar de uma Nami bêbada era como cuidar de uma criança, barulhenta e inconsequente. Do mesmo modo que ela o acusava de ser quando estava sóbria.

Ah, o universo e suas ironias.

— Prontinho. – Disse Luffy, ao deitar a navegadora em sua cama, que fez um pequeno muxoxo ao ver-se sem o calor dos braços de seu capitão.

Ele deu uma rápida olhada em volta. O quarto estava escuro, mas a luz da lua que entrava pela janela era o suficiente para iluminar o ambiente. E graças a isso Luffy conseguiu ver que a cama ao lado, que pertencia a Robin, estava vazia. Estranho. Mas não era com isso que o moreno estava preocupado agora:

— Vejamos, eu deveria te dar um banho agora. – Luffy pensou em voz alta. Os olhos de Nami brilharam com aquela probabilidade. – Mas acho que você já está muito cansada pra isso.

— Não! – A navegadora sentou-se na mesma hora, mirando seu capitão nos olhos. – Eu estou bem, não estou cansada! – Ela tentou comprovar o que dizia se levantando sozinha, mas suas pernas repentinamente pareceram ficar moles e sua cabeça girou, provavelmente por ter se erguido rápido demais.

Luffy foi rápido, conseguiu segurá-la e sentou-a com cuidado de volta na cama. Ocupada como estava com as dores de cabeça, Nami não conseguiu conter um bocejo.

— Viu só? Você não está bem agora. – O tom de Luffy era único, calmo e amoroso como poucos já o ouviram falar. Pois a única pessoa com quem ele usava esse tom, era ela.

Aquele era um tom especial de Luffy, reservado e usado apenas para Nami; assim como o olhar sereno que ele também dirigia a ela nesse momento. Esses gestos mostravam todo o amor e carinho que Luffy sentia por sua navegadora.

— Então você não vai me dar banho? – Nami perguntou fazendo bico, sem forças para protestar de novo.

— Não, mas vou até a enfermaria pegar um comprimido para dor de cabeça pra você. – Ele pousou uma mão no topo dos fios alaranjados e fez um leve cafune. – Vai precisar amanhã de manhã. – Completou, dando um beijo lento e carinhoso em sua testa.

Contemplou Nami se deitando e fechando os olhos, com um sorriso besta por causa do carinho, antes de ir do quarto para a enfermaria.

Geralmente, ele não saberia onde ficava nada ali e precisaria da ajuda de Chopper, que ficaria louco ao ver a bagunça do lugar, já que o capitão só pensaria em lhe pedir ajuda depois de revirar o quarto todo.

Mas quando se tratavam dos comprimidos para dor de cabeça, Luffy já sabia de memória onde esses se encontravam. Abriu a portinha esquerda do armário de remédios. De baixo para cima, mirou a terceira fileira. E bem ali, entre um pote de ervas medicinal e uma pomada, estavam os comprimidos que ele necessitava.

Luffy pegou dois comprimidos da cartela e saiu da enfermaria para a cozinha, onde serviu um copo de água fresca para Nami tomar com os remédios – além de pegar uma ou duas fatias de carne que havia sobrado na geladeira.

Quando voltou ao quarto, lambendo os dedos de uma mão e segurando o copo e os remédios na outra, ele encontrou Nami dormindo tranquilamente. Um sorriso brotou em seu rosto, feliz e aliviado por ter dado tudo certo. Até que essa vez não foi tão ruim.

Luffy deixou as coisas na cômoda ao lado da cama e se preparou para sair do quarto, mas foi apenas se afastar da cômoda para sentir algo segurar a barra de seu colete. Girou a cabeça para olhar pra trás e deparou-se com Nami, que tinha os olhos levemente abertos e uma mão em seu colete, impedindo-o de sair dali.

— Fica comigo. – O pedido murmurado dela saiu antes que o garoto pudesse dizer qualquer coisa.

Luffy conteve um gemido de desgosto, estava indo tudo tão bem. Não que ele tivesse algo contra dormir ficar ali com Nami ou mesmo deitar-se junto com ela, afinal, como tudo o que estava acontecendo esta noite, não seria a primeira vez.

— Por favor. – A ruiva completou. E se o capitão tinha alguma resistência para negar um pedido dela, essa sumiu completamente ao fitar os olhos castanhos de cachorrinho que ela fazia.

— Tá bem. – Ele se rendeu dando um suspiro e sentou-se ao lado dela na cama. Mas Nami continuou puxando a barra de seu colete. E ele acabou cedendo e se deitando com ela - seu chapéu, deixado na cômoda.

Nami não perdeu tempo, passou os braços ao redor de Luffy, abraçando-o e enterrando o rosto em seu peito.

“Controle-se, Luffy, ela tá bêbada!”— Repetia para si mesmo, se segurando ao sentir o corpo de sua navegadora grudado ao seu.

Passaram-se alguns segundos e ele finalmente achou que ela tinha dormido de vez, por causa da respiração, lenta e ritmada.

— Luffy... – Entretanto essa ideia foi logo quebrada pela voz suave da ruiva. – Me á um beijo?

O corpo dele ficou totalmente tenso. Beijo? Agora?! Quer dizer, ele queria, mas não naquelas condições!

— Hm, Nami... Lembra do que a gente já conversou? Sabe, das outras vezes em que você me acordou a tapas por ter dormido na sua cama?

— Mas eu quero um beijinho. – Afastou o rosto do peito do capitão para poder fita-lo.

Bem nessa hora, a luz da lua refletiu em seus olhos castanhos, dando a Luffy uma das visões mais lindas de sua vida. Ele engoliu em seco.

— Por favor, Luffy. - Pediu em tom manhoso.

Ela começou a se aproximar e ele tentou se afastar, juro que tentou, mas a visão daqueles lábios o deixava imóvel. E a lembrança de sua maciez só fazia com que quisesse juntá-los com os seus o mais rápido possível.

— Eu prometo não ficar brava amanhã. – Foi a última coisa que saiu da boca de Nami, em um sussurro, antes de beijar seu capitão.

Luffy fechou os olhos no mesmo instante, se entregando àquele beijo e correspondendo-o no mesmo instante. Seus lábios se concentravam em saborear os da ruiva enquanto suas mãos foram para a cintura dela, colando seus corpos o máximo possível.

Sem conseguir pensar no que fazia, ele passou a língua pelos lábios da garota, pedindo passagem. Mas assim que o fez, um gosto horrível invadiu seu paladar, o que livrou sua mente do torpor em que estava e permitiu ao moreno quebrar aquele beijo. Antes que as coisas fossem longe demais.

Abrindo os olhos devagar, com a respiração um pouco acelerada, Luffy deparou-se com a visão do rosto de Nami, corado – porém não por causa do álcool –, com alguns fios alaranjados caindo sobre os olhos e ofegante como ele.

Se não fosse pela lembrança daquele abominável gosto, ele teria voltado a beijá-la. O moreno nunca pensou que diria isso, mas: Bendita bebida! Era nessas horas que ele agradecia a si mesmo por não gostar de álcool.

— Luffy~ – Nami praticamente miou, voltando a enterrar seu rosto no pescoço do capitão. Aquele cheiro de carne e água do mar a deixava embriagada, mas de um jeito bom. Um sorriso nasceu em seu rosto; agora estava satisfeita, relaxada e nos braços do homem que amava. E já que o amava, porque não dizer? – Eu te amo.

E lá estava ela, novamente, pela quinta ou sexta vez, se declarando para ele. Bêbada.

Taí outra coisa que Luffy deveria agradecer à bebida, porque se não fosse por esses raros exageros no álcool, Nami não teria se declarado para ele há dois meses e talvez ele nunca tivesse descoberto, após uma longa conversa com Robin, que aquele sentimento a mais que ele tinha pela navegadora desde Arlong Park também era amor.

A relação deles conturbou um pouco pela declaração ter acontecido durante uma bebedeira, já que Nami ficou envergonhada por dias e evitava seu capitão o máximo possível. Luffy, por outro lado, depois de desvendar o que sentia, só queria ter sua navegadora por perto.

Levou mais de uma semana para eles se resolverem e agora estavam no meio de uma relação não muito definida, mas que agradava aos dois e – apesar de alguns protestos de Sanji – era aceita pela tripulação.

O único ponto negativo, para Luffy, era que ele só ouvia essa frase capaz de lhe acalmar a alma quando Nami estava bêbada. Ela ainda não havia se declarado para ele tendo plena consciência de suas ações e isso o entristecia um pouco.

Porém, por outro lado, isso só tornava a frase mais especial quando ela dizia.

E por esse motivo, ele resolveu aproveitar o momento.

Envolveu Nami num abraço carinhoso, enterrando o nariz nos fios alaranjados, apreciando aquele cheiro de laranjas, tinta de caneta e do vento antes de uma tempestade, como se fosse a antecipação para uma nova aventura.

— Eu te amo, Nami.

E com essa declaração, ambos dormiram.

—*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

— O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO AQUI, SEU IDIOTA?!

O navio inteiro foi chacoalhado pelo grito da Nami naquela manhã, chamando a atenção daqueles que já estavam acordados e acordando aqueles que não estavam. Contudo, ninguém se incomodou em ver o que estava acontecendo, todos já sabiam o que era e que o melhor era não se intrometer.

No quarto das garotas, caído ao lado da cama de Nami e esfregando um galo em sua cabeça, estava Luffy; enquanto a ruiva, sentada na cama, tentava se situar, lembrar o que tinha acontecido noite passada e porque havia acordado nos braços de seu capitão.

— Au... – Uma forte dor de cabeça a atingiu pelo esforço. Ressaca, o único ponto negativo de beber.

Ao ouvir o praguejo de Nami, Luffy se levantou rapidamente e pegou o copo e os comprimidos que estavam na cômoda, entregando-os para a navegadora.

Nami tomou um comprimido por vez e após terminar de beber a água, ela voltou-se para Luffy, que simplesmente lhe dava seu característico sorriso.

— O que é tão engraçado?

Luffy riu um pouco e, como o bobo alegre que ela conhecia, comentou:

— Eu também cuido de você, Nami.


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