Por Violetta

Abri minha bolsa, peguei meu livro e me acomodei em uma poltrona. Abrir um livro é como abrir uma porta para um universo onde você pode ser quem quiser. Eu não entendo como essas coisinhas tem poder... Uma das melhores coisas a serem inventadas. O tempo passou rápido e eu me perdi no meio da história, até que algo chamou minha atenção.

León: Achei que você gostaria – ele empurrou um xícara de café na mesinha ao lado da poltrona.

Violetta: Obrigada – ele sorriu.

Não foi um simples sorriso, acho que ele daria um bom modelo de pasta de dente com o sorriso perfeito... O que é que eu estou dizendo?...

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Quando me dei conta já se passava das duas da tarde, eu poderia ter ficado ali o dia todo, mas uma coisa chamada estômago, inventou de reclamar. Fechei o meu livro e me dirigi a saída, mas acabei trombando com alguém.

xXx: Me desculpa – era a morena do outro dia.

León: Atrasada! – ele gritou de trás do balcão.

xXx: Não enche! – ela respondeu – Me desculpa mais uma vez.

Apenas balancei a cabeça e continuei o meu trajeto... Por que eu sempre acabo batendo de frente com as pessoas? Talvez seja porque eu ando olhando pro chão... Isso é meio que um abito, mas tem as suas vantagens, encontrar vinte reais no chão não é pra qualquer um.

Maria: Pegue suas coisas, já estamos indo para casa.

Quando cheguei ao hotel eles já estavam na recepção.

Violetta: Eu não vou demorar muito... Não sei se lembram, mas eu.perdi.minha.mala.

Germán: Achei que já tivesse comprado roupas novas.

Violetta: Roupas novas? Eu ainda não superei minha perdas literárias – ele riu.

Germán: Acharam sua mala.

Violetta: Sério? Muito obrigado santo deus dos livros...

Não demorou muito e já estávamos em casa, os móveis estavam espalhados e embrulhados, uma imagem que significava trabalho... Meu quarto por outro lado levaria apenas um dia dependendo da trilha sonora. Uma dica, se você quer diminuir o seu trabalho, coloque música. Bom, tecnicamente o trabalho vai continuar o mesmo, mas mentalmente você estará em cima de um palco cantando e dançando para uma multidão...

Dois meses depois*

Os últimos meses foram... difíceis. Eu continuei indo a livraria, na verdade era o único lugar que eu tinha para ir, e como sempre o lugar nunca estava cheio, muitas vezes era apenas León e eu. Eu também não me aproximei muito dele, não sei quem é o esquisito de nós dois. Quando eu crio coragem para falar com ele, ele foge... Quando ele vem em minha direção eu me escondo atrás das pilhas de livros criando uma muralha entre nós dois.

Minhas noites se tornaram horário de reflexão e choro... É estranho se sentir sozinha, se sentir perdida. Eu não sei o que acontece comigo...

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Trailer do imagine: https://www.youtube.com/watch?v=wNFeKEz5yeA