Regnum Viperarum - Interativa escrita por Lu au Andromedus


Capítulo 8
Capítulo 7 - O Estratagema


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!! Desculpa pela demora. Esse capítulo ficou bem curtinho mas é que eu queria que ele fosse focado unicamente nos rebeldes. Assim aumenta o drama kk.

Ele é narrado pelo Lukas, um personagem que não dava as caras desde o prólogo. Então caso não lembrem quem é ele é só voltarem lá.

Espero que gostem e boa leitura!!



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Capítulo 7

O Estratagema

 

Os rostos dos homens que o cercavam estavam todos encobertos por sombras. Lukas não conseguia distinguir suas feições, seus semblantes. A escuridão reinava suprema na sala, interrompida apenas por uma pequena lâmpada enferrujada que não servia para iluminar nada além do que estava diretamente abaixo dela, um enorme mapa retratando detalhadamente o planisfério terrestre, e debruçado sobre ele, Ares.

Ninguém falava. O silêncio era completo enquanto todos esperavam Ares terminar de ler a carta que um oficial havia lhe entregado. Era uma carta longa, e logo as pernas de Lukas começaram a doer. Sentia os efeitos de seu duro treinamento, das longas horas de corrida por Nova York. Mas seria hipocrisia reclamar. Ser um filho de Ares lhe garantia comida, companhia e um teto sobre sua cabeça, coisas muito bem-vindas principalmente quando comparadas a como vivia antes. O desespero constante, a completa incerteza se estaria vivo dali a algumas horas eram a bagagem que carregava antes de se juntar a Ares.

Poderia ser considerado presunção alguém se intitular com o nome do deus grego da guerra, mas tal título combinava com Ares. Ele era um homem imponente, os cabelos escuros cortados rentes a cabeça, extremamente alto, com mais de 1,90 de altura, e com uma ampla cicatriz que perpassava seu olho direito. Suas feições eram duras, as de um homem que vira demais e sofrera demais. Os dedos calejados apertavam o papel da carta firmemente, devorando as palavras ali escritas com fervor.

Lukas imaginava o que ela continha. Alguma coisa referente ao forte kenning provavelmente, o próximo objetivo dos filhos de Ares. O abrigo antibomba onde estavam era eficiente. Extremamente seguro, a pesada escotilha de ferro e as dezenas de camadas de terra em cima deles isolando-os da desolação que era a cidade de Nova York. Mas também era úmido, escuro e cheirava constantemente a ferrugem. Com o forte kenning não teriam esses problemas, e ele era igualmente seguro por ser isolado, localizado no cume de uma montanha em uma floresta de pinheiros.  

Ares baixou finalmente a carta e todos os olhos se voltaram para ele, atentos.

— Houve uma mudança de planos – anunciou ele – Quero nossos submarinos prontos para submergir em dois dias, no máximo.

— Submarinos? – perguntou Fitchner, o braço direito de Ares – Por que precisamos de submarinos para invadir o forte kenning?

— Não vamos invadir o forte kenning. O mais cedo possível estaremos navegando para a Europa.

Os soldados trocaram olhares. Todos sabiam que seu destino final era a Europa, quando lutariam para derrubar as monarquias europeias, mas tratavam isso como num futuro distante, no qual estariam mais bem armados e mais bem treinados para realizar tal feito.

— Senhor – disse Fitchner – Estamos longe de estar preparados para uma invasão direta a Europa. Temos menos de 500 soldados e nossos armamentos não são suficientes para todos eles.

— Você não precisa me lembrar disso – falou Ares, com rispidez – Que tipo de líder eu seria se não soubesse dessas coisas? Nossa situação exige algo mais inteligente que uma invasão direta. Aquela carta – ele apontou para os papeis repousados a sua frente – Me deixou diante de informações extremamente interessantes. De acordo com meus informantes, o rei inglês foi convidado a uma reunião com os monarcas franceses. E sendo a inimizade entre esses dois países óbvia, duvido que Lucius irá viajar com um pequeno número de guardas, pelo contrário. E isso irá deixar a Inglaterra consideravelmente menos protegida. Mas as boas notícias não param por aí. O herdeiro inglês, aproveitando a saída do pai, convidou as selecionadas para irem com ele para um dos castelos no interior da Inglaterra. Deduzam o que é mais fácil. Ataca-lo enquanto está em um palácio fortificado no centro de Londres ou em um castelo isolado e cercado por natureza. Em menos de uma semana teremos a cabeça do príncipe Caius em uma bandeja, pronta para ser exibida ao pai.

— Entendo que é uma oportunidade e tanto, mas ainda assim extremamente arriscada – argumentou Fitchner – Se atacarmos Caius estaremos declarando guerra contra a Inglaterra.

— Sem dúvida. Mas não precisamos declarar guerra em nosso nome. Quero todo mundo que saiba manejar uma agulha minimamente bem focado unicamente em modificar nossos uniformes para que imitem os dos soldados da guarda real francesa.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Sugestões e críticas são muito bem vindas, assim como elogios (claro kk). A ação começa definitivamente no próximo capítulo, que vai ser narrado pelo Caius. Bjoos e até os comentários.

E sim, Ares quer desencadear uma guerra entre os franceses e os ingleses.

Ah!! E feliz ano novo para vocês!!



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