Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 21
Capítulo XXI - Tempestade a Caminho


Notas iniciais do capítulo

Hello, heroes!! Já era para eu ter postado esse capítulo há séculos, mas pensei em esperar para que todos conseguissem ler o último primeiro e acabei esquecendo de postar :v

Espero que gostem desse capítulo, com uma visão dos planos dos vilões!!



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— Uau, é a primeira vez que venho na Lexcorp. Tudo aqui parece incrível! — Logan disse enquanto o grupo seguia Amanda pelos corredores da empresa. — Posso tirar fotos?

— Cala a boca, Snart, não estou com paciência para lidar com você hoje — a Luthor respondeu. 

— Eu posso quebrar o pescoço dele pra fazer ele calar a boca pra sempre — Zeus disse, dando uma risada ao ver o colega ficar pálido. 

— Essa reunião é para explicar como a Shinigami foi morta durante uma missão que nem sabíamos que aconteceria? — Wolf perguntou, com certo desdém ao falar da morte da colega de equipe. 

— Crane convocou a reunião, eu não faço ideia sobre o que ela será. Agora, se todos já encheram o meu saco o suficiente com perguntas estúpidas, vamos logo — a loira entrou em um dos elevadores e usou seu cartão para fazê-lo ir ao último andar do prédio. 

Eles já saíram dentro do escritório dos gêmeos, que era um andar inteiro com um laboratório inteiramente para eles. Logan parecia estar a ponto de babar ao ver tantos equipamentos, porém se conteve ao ver Amanda o observando cuidadosamente. 

Conforme se aproximavam, viram que Alex, Janessa e Jeffrey já estavam em um dos cantos da sala, ao lado de alguns computadores bem grandes. Wolf, Melody, Zeus e Fleur ficaram parados na frente deles, enquanto Logan tomava a rota mais longa para passar por toda a sala.

— Onde estão os outros? — Alex perguntou, percebendo que os dois criminosos que libertaram de Belle Reve, Rick e Ariel estavam ausentes. 

— Chamei só os que podemos confiar, apesar de achar que Melody poderia estar em um congelador de peixe em algum lugar na Tailândia e não faria falta — Amanda deu um sorriso falso na direção da sereia, que respondeu mostrando o dedo do meio. 

— Vamos começar — Jeffrey disse, e Amanda notou que ele parecia extremamente irritado com algo, o que era estranho considerando que ele era o que mais fingia estar calmo a todo momento. — O que houve ontem à noite?

— Não esperávamos que o filho do Morcego estivesse lá — Fleur respondeu, sabendo que a pergunta fora direcionada a ela. — Ele a matou enquanto enfrentava a prima. 

— Estou confuso. Qual era mesmo o seu trabalho lá? — a forma passiva agressiva com que ele falava estava começando a deixar todos na sala tensos, inclusive sua irmã. 

— Eu estava dando cobertura, mas ele foi treinado pela Liga dos Assassinos, não é um oponente fácil de lidar — Fleur pareceu cuspir as palavras, como se falhar fosse a pior coisa que ela poderia ter feito. 

— Você é uma assassina, ou estou enganado? — Jeffrey a viu assentir de forma petulante. — Que bom. Então por que não atirou uma flecha na garganta dele? Por que não fez algo útil uma vez na sua vida miserável como capacho do Merlyn? 

— Ei, vai com calma, Crane, ninguém nem sabia sobre essa missão. Que merda você queria com ela? — Alex interviu. 

— Eu queria a filha da Katana morta, mas nem isso essas merdinhas conseguiram fazer. Matar uma garotinha durante um ataque surpresa, é claro que seria difícil demais pra vocês — Jeffrey respondeu olhando para Alex, mas todos podiam sentir a raiva de Fleur ao ouvir essas palavras. — E como resultado, Shinigami está morta, estamos com um a menos na nossa equipe. Por isso, chamei uma pessoa para ajudá-los a se orientar. 

O Crane olhou na direção da janela e todos viram uma figura voando do lado de fora. Um homem armadurado e forte com uma espada na cintura. Ele tocou a grande janela de vidro, que ia do teto ao chão, com uma das mãos e a mesma se quebrou em milhares de pedaços. 

Amanda precisou desativar os alarmes de segurança rapidamente, enquanto Alex só estava pasmo ao ver um homem desconhecido destruir seu vidro à prova de balas com uma mão, sem esforço algum. 

— Finalmente nos conhecemos. Seus pais são um tanto populares por aqui — Gladiador disse, pousando na frente do grupo. 

— Crane, que porra é essa? — Alex vociferou. 

— Esse é o Gladiador, líder da equipe Millennial que, recentemente, entrou em um certo conflito com o Deep Six quando a Batgirl mandou sequestrar um membro deles. Eu sei disso, porque eu dei essa ideia pra ela — Jeffrey se aproximou do alienígena. — E com isso, temos dois grupos de criminosos que querem foder eles. 

— Você me surpreende cada vez mais, Jeffrey Crane — Gladiador deu uma risada, olhando em volta. — Mas fui informado de que tinha um plano para ferrar a Liga. Não estou interessado em bater em terráqueos que ainda cheiram a leite. 

— Não temos condições de enfrentar a Liga ainda, muito menos com esses incompetentes do nosso lado — Amanda apontou para Logan, que parecia ignorar o que estavam discutindo e apenas mexia em um dos computadores sem permissão. 

— O segredo não é atacá-los como brutamontes sem cérebro — Jeffrey fez questão de olhar para Gladiador quando falou. Ao invés de se enfurecer, o outro pareceu achar cômico que um humano tivesse a coragem de falar aquilo. — Vamos atacar onde sabemos que vamos machucá-los mais; Suas famílias. O Deep Six está separado atualmente, algo envolvendo o pequeno problema em Belle Reve, o que os deixa vulneráveis. Parte da Liga foi mandada em uma missão no espaço, ou, pelo menos, foi o que falaram na TV. O que significa que não haverá ninguém importante para nos impedir. 

— Finalmente vamos fazer o que queríamos desde o começo? — Amanda perguntou, um leve sorriso aparecendo no canto de seu lábio. 

— Vamos matar o filho do Superman — Jeffrey confirmou. — E, em seguida, todos os outros membros dessa equipezinha para que ela nunca evolua para uma nova Liga da Justiça. 

— Esse é um plano ambicioso, mas o que impede a Liga de vir atrás de todos vocês quando voltarem do espaço? — Gladiador apontou. 

— Não sabia que era um covarde, Gladiador — Jeffrey o respondeu com certo sarcasmo na voz. 

Dessa vez, no entanto, o alienígena permaneceu sério e se aproximou do Crane, fazendo com que Amanda rapidamente transformasse sua pele em diamante para o caso de ele tentar atacá-lo. Ela se colocou entre os dois e o outro parou ao vê-la. 

— Cuidado com suas palavras, garotinho — Gladiador continuou. 

— Perdão, apenas assumi que era pela sua pergunta. Não temos medo da Liga e quando esse plano der certo, vamos ter uma arma tão forte quanto o próprio Superman. Seremos intocáveis — o Crane se virou para os outros, que pareciam estar gostando da ideia. — Irmãos Luthor, podem nos iluminar? 

Amanda se virou para o irmão, voltando a sua forma normal quando viu que não haveria uma luta ainda. Ela o seguiu até a mesa principal e eles começaram a digitar os códigos necessários para abrir uma das paredes, revelando um enorme tanque com um líquido esverdeado dentro, mas não só isso. Uma pessoa se encontrava nele. 

— Trabalhamos com o DNA do Superman que nosso pai conseguiu há alguns anos, e o mesclamos ao soro meta-humano da Talia para aumentar seus poderes, principalmente com a radiação do Sol amarelo — Amanda começou a explicar. — Ele é um protótipo, não é garantia de que não sairá defeituoso como o primeiro Superboy que nosso pai criou. Mesmo assim, ainda é mais forte do que o filho do Superman. 

— Mais forte do que muitos membros do Deep Six — Alex completou. — Ainda assim, eu disse que precisávamos de mais tempo para testá-lo de forma adequada, mas o Crane teve um surto e acha que pode apressar a ciência. 

— Você é um cientista ou um bebê chorão, Luthor? — Zeus perguntou, de forma debochada.

— Uma pergunta válida — Jeffrey completou, para a maior irritação de Alex. — Amanda, querida, pode continuar. 

Ele mudou completamente o tom impaciente ao falar com ela, se tornou mais  não deveria ter tido o efeito que teve nela. Talvez porque ele era grosseiro ou indiferente com todos e, naquele momento, havia demonstrado o mínimo de respeito e interesse pelo que ela tinha a dizer. Amanda o detestava, mas ainda queria agradá-lo. O desgraçado era bom no que fazia e ela queria que ficasse impressionado com seu trabalho. 

— Para evitar que ele se vire contra nós, tiramos o livre arbítrio dele, sua mente é como a de uma besta com vai obedecer ao dono por instinto. Ainda assim, ele entende situações de perigo e vai sair delas caso haja a possibilidade de ser morto — a loira começou a digitar mais códigos no computador, fazendo o líquido no tanque começar a escoar. — Ele vai estar pronto para sair amanhã. 

— E por que o filho do Superman é o primeiro alvo? Eu quero aquela pirralha do Flash fora do meu caminho — Zeus interrompeu. 

— Ela não é a maior ameaça do Deep Six, possivelmente é a mais fraca deles. Se você não consegue vencer uma criança idiota em uma luta, não sei o que está fazendo aqui — Jeffrey rebateu, agora visivelmente irritado. 

Amanda nunca o havia visto daquela forma, não tão abertamente. O Crane fazia questão de sempre usar uma máscara com falsas emoções, porém, depois da missão da noite anterior, ele parecia cada vez menos capaz de mantê-la no lugar. Como se qualquer coisa que o irritasse minimamente estivesse prestes a fazê-lo explodir. 

Enquanto isso, Janessa estava em um canto, calada, mal olhando na direção do irmão. Algo havia acontecido, e ela iria descobrir o que. 

— Estou impressionado com o talento de vocês, mas ainda quero vê-lo em ação para decidir se merecem o apoio da Millennium — Gladiador disse, examinando o clone de longe. — Se o projeto de ciências de vocês falhar amanhã, a minha equipe vai assumir a tarefa e nenhum de vocês vai intervir. Faremos tudo do nosso jeito, entendido?

— Cuidado, Gladiador, você não quer todas as equipes da Terra como suas inimigas. Principalmente, não quer me ter como seu inimigo — Jeffrey deu um sorriso frio para o outro e estendeu a mão na direção dele. — Espero que essa parceria dê certo, para o bem de todos. 

Houve um momento de silêncio onde todos pareciam certos de que Gladiador iria arrancar a cabeça de Jeffrey pela ameaça. Amanda estava pronta para mudar sua pele, quando viu o líder da Millennium soltar uma risada. 

— Terráqueos são tão frágeis e, ao mesmo tempo, tão ousados. Eu admiro isso em vocês, não tem medo mesmo sabendo que podem ser esmagados como insetos — ele apertou a mão do Crane. — Temos um acordo. 

O alienígena, então, levantou voo e saiu pela mesma janela que havia entrado. Todos pareciam mais tranquilos com isso, e começaram a se dispersar pelo laboratório enquanto Amanda e seu irmão tiravam alguns tubos presos ao clone. 

Ela, então, notou que Jeffrey havia ido até onde Janessa estava e disse algo perto do ouvido dela que a fez travar no lugar e ficar pálida. A expressão dele era uma de irritação no momento, porém logo mudou quando seu olhar encontrou o da Luthor. 

Ela imediatamente andou na direção dele, mantendo contato visual e indo até a sala ao lado, onde guardavam mais equipamentos. Esperou alguns segundos e o Crane a seguiu até lá.

— O que aconteceu ontem? — ela se virou ao som da porta fechando.

— Tive mais de um plano frustrado porque trabalho com pessoas incompetentes — ele disse, sem hesitar. — Agora, preciso consertar isso adiantando outros planos.

— Não me entenda mal, eu quero matar o Kevin desde que fingíamos trabalhar com ele no DS. Mas você está agindo diferente.

Ela se arrependeu do que disse no momento em que o viu dar um leve sorriso de canto, sentiu vontade de dar um soco na cara dele para tirar aquela expressão. 

— Está preocupada comigo? — ele se aproximou, agora ficando a apenas um passo dela. 

— Você ouviu o Gladiador, é um terráqueo frágil. Se eu não cuidar de você, vai ser esmagado. 

— Eu gosto quando fica super protetora assim — quando ela revirou os olhos, Jeffrey levou uma das mãos ao rosto dela e delicadamente o virou em sua direção. — Estou falando sério, você é a única pessoa que confio aqui. Por isso te escolhi para cuidar da minha segurança. 

Amanda sentiu um leve aperto em sua garganta ao ouvir as palavras dele, assim como uma sensação de leveza em sua barriga. Não deveria estar tão feliz com o comentário dele, Crane era um babaca na maioria das vezes. Isso, no entanto, não impedia que ela se sentisse tão atraída por ele. 

— E porque eu sei que só posso confiar em você, vou te encarregar de liderar o time caso seu clone falhe em matar o garoto Kent. Sei que não vai me decepcionar — ele moveu uma mecha do cabelo loiro dela para trás de sua orelha. 

— Posso fazer isso. Mas se acha que palavras doces vão te levar a algum lugar comigo, está enganado — Amanda se afastou dele e andou na direção da porta com um sorriso nos lábios. 

Parou abruptamente ao sentir os braços surpreendentemente fortes dele ao redor de seu torso a puxando até suas costas baterem contra o peito dele. Ela deixou um suspiro de surpresa escapar e prendeu a respiração ao ouvir a voz dele tão perto de seu ouvido. 

— Também posso ser menos delicado, se preferir — ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir a voz dele, baixa e firme. 

Amanda se virou imediatamente e já sentiu as mãos dele em sua cintura, a puxando para que seu peito ficasse contra o dele, e o beijou intensamente. Sentiu que ele a segurava com força, como se estivesse desesperado pelo contato. 

Eles derrubaram uma estante ou duas durante o tempo que passaram ali, e tiveram algumas coisas para explicar para os outros criminosos do lado de fora quando saíram, mas Amanda não estava arrependida. Pelo contrário, se sentia ainda mais motivada a acabar com o Deep Six sabendo que ele a ajudaria a fazê-lo. 

 


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai ser um pouco apavorante pra muitos, inclusive pra mim, mas prometo que tudo vai se resolver no fim.

Até a próxima, mis amores!!



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