Dramione - A Sugestão escrita por Zoey


Capítulo 16
Capítulo 16 - Mamãe


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas por não ter postado nada hoje! Tive alguns imprevistos e só tive tempo para escrever e postar agora. I'm so so so sorry :x
Muuuito obrigada pelos comentários fofinhos, especialmente a Miss Nothing, que deixou um recado super amorzinho. Também agradeço as marcações.



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POV DRACO MALFOY

Quando acordei tive preguiça de abrir os olhos e saber o que me aguardava não me estimulava a deixar a cama aquele dia. Principalmente, porque eu tinha uma certa menina de cabelos e olhos castanhos dormindo ao meu lado.

Não abri os olhos completamente, apenas por frestas observei Hermione Granger adormecida. Tranquilamente, estiquei a mão e tirei alguns fios que recaiam sobre o rosto dela. Ela se remexeu. Abriu os olhos lentamente.

— Bom dia. – Ela disse meio grogue, enquanto espreguiçava-se.

— Bom dia, bafinho de dragão. – Brinquei.

Ela arregalou os olhos completamente acordada e tapou a boca.

— Desculpa, eu... Não estou acostumada a falar com alguém até estar com minha higiene pessoal feita. – Ela parecia embaraçada.

— Eu estava brincando. – Sorri e para comprovar o que dizia, inclinei-me e depositei um beijo em seus lábios. – Mas talvez seja melhor nós escovarmos os dentes mesmo.

Eu ri quando um travesseiro atingiu meu estômago com força total, bom, com tanta força quanto uma Srta. Granger recém acordada poderia ter.

— Idiota. – Ela murmurou dirigindo-se para o banheiro.

Deitei minha cabeça novamente no travesseiro e comecei a refletir sobre o que iria fazer, não importava o quanto eu quisesse evitar, a realidade não ia mudar apenas por não ser do meu gosto. A primeira ação minha seria enviar uma coruja para minha mãe, precisava assegurar-me que ela estava bem e aguentando toda a pressão sobre os ombros dela. Em seguida, iria roubar o jornal de algum idiota e ver o que aqueles ignorantes do Profeta Diário haviam escrito sobre a situação.

Com um movimento da varinha, fiz pena e pergaminho surgirem. Escrevi rapidamente uma carta avisando que eu estava bem, Dumbledore estava ajudando-me, que eu não tinha culpa de nada daquilo e que eu era um Malfoy e como tal não deixaria abalar-me com as notícias. Terminei a carta pedindo para ela que mandasse notícias o mais rápido possível.

Nesse meio tempo, Hermione saiu do banheiro e observou enquanto eu enrolava o pergaminho, ela não se manifestou, mas pelos seus olhos, poderia dizer que estava preocupada e receosa. Abracei-a com afabilidade. A ação foi mais para acalmar meus nervos do que os dela. Apesar de que ela não deveria estar passando por aquilo, isso era minha culpa e nunca me perdoaria por deixar aquilo acontecer. Mas eu precisa de Hermione, precisava da crença e na fé que ela depositara em mim e, principalmente, da coragem dela emprestada. Hermione era forte e decidida, eu invejava aquilo nela, nunca seria metade do que ela era.

Baixei o rosto e beijei seus cabelos.

“Cheirosos, como sempre”.

Fui para o banheiro e preparei-me para enfrentar seja lá o que estivesse esperando-me lá fora.

Primeira regra de Draco Malfoy: não importa a situação você está sempre extremamente gato.

Segunda regra de Draco Malfoy: não pode atingir-lhe a menos que você deixe.

Terceira regra de Draco Malfoy: seja sarcástico, ninguém precisa saber que você está mal e você ainda defende-se com estilo.

Sorri para imagem no espelho.

“Sexy sem ser vulgar”.

Se acreditavam que iriam culpar-me por algo que não fiz e que eu ficaria mal por isso, HÁ, estavam totalmente enganados. Ninguém me olharia de cima ou colocaria crimes em minhas costas sem tê-los cometido. Eu era culpado de muitas coisas: de ser extremamente lindo, de quebrar corações, de ludibriar meninas (esses dois últimos eu havia prometido corrigir, uma vez que minha última intenção seria fazer Hermione sofrer), de irritar prazerosamente corvinhos e, principalmente, os filhotes sem sal de gatinhos que se achavam nobres.

Eu jamais atentaria contra a vida dos meus colegas e professores. Apesar de não se poder escolher família e apagar o passado deles, eu não deixaria minha imagem ser manchada pelos erros deles. Eu era Draco Malfoy, pensava e agia por mim mesmo.

Notei que muito daquela repentina coragem devia a minha filhote de gatinho, Hermione havia ensinado-me tanto...

O primeiro passo daquele dia seria dado rumo ao Corujal.

Ao sair do banheiro, Hermione olhou para mim, ela tentava mascarar sua aflição.

— Juntos. – Eu disse e estendi a mão para ela.

— Juntos. – Ela concordou e pegou minha mão.

Saímos da Sala Precisa.

Àquela hora as aulas deveriam estar acontecendo, suspeitava que, em parte, uma das razões para Dumbledore ter mandado-nos  para o cômodo secreto era que estaríamos cansados demais para comparecer às aulas daquele dia e ninguém poderia ir atrás de nós, isso, claramente, daria tempo ao diretor para tentar acalmar os ânimos da escola e para solucionar aquele problema. 

— Preciso ir ao Corujal. – Ergui o pedaço de pergaminho enrolado. – Estou preocupado com minha mãe.

— Draco, - Hermione disse calmamente. – você não precisa fazer isso.

— Como assim? – Olhei-a confuso.

— Sua mãe também está preocupada com você. – E sorrindo ela apontou para frente.

Narcisa Malfoy corria até mim, ignorando todos os anos de etiqueta e compostura que faziam dela a “mulher ideal e a altura de um Malfoy”, segundo meu pai. Eu corri para ela também, ela agarrou meu rosto e esquadrinhava cada centímetro.

— Você está bem? O que aconteceu? Está machucado? Alguém o machucou? – Ela perguntava atropelando as palavras e empilhando-as uma em cima da outra.

— Mãe, estou bem. – Falei tranquilamente com um sorriso fraco.

Ela segurava as lágrimas.

— Oh, meu bebê... – Ela me abraçou ferozmente. – Torci tanto para que estivesse seguro... Depois daquilo...

— Eu estava preocupado com você também. – Disse quase sem ar nos pulmões.

Então, depois de soltar-me, como se fosse a primeira vez que havia notado a presença de mais uma pessoa no recinto ela olhou com uma cara de nojo e desconfiança para a garota atrás de mim.

— E você é Hermione Granger? A filha de Trouxas? – Ela inquiriu empinando o nariz.

Eu estava com vontade de ralhar com mamãe por diminuir Hermione por sua origem. Eu havia feito isso com ela por anos e sabia o quanto doía para ela ouvir que nunca seria o suficiente por seus pais não possuírem sangue mágico em suas veias.

— Sim, Sra. Malfoy. – Ela respondeu constrangida e cabisbaixa.

— Ouvi relatos de um suposto relacionamento entre a Srta. E meu filho. Isso é verdade, Draco, querido? – Ciça questionou.

— Sim, mamãe. Eu e Hermione estamos namorando. – Admiti.

Rezei para que Hermione não negasse minha afirmação. Sabia que não estávamos namorando, mas era muito mais fácil usar a palavra “namorada” do que “não sei definir o nosso relacionamento”. Além disso, isso atribuía a Hermione um status mais elevado perante os olhos de minha mãe.

— E você não teve tempo de contar-me? Nem uma coruja, Draco Malfoy? – Ela falava indignada e ofendida.

— Veja bem, mãe, é um relacionamento novo, nós não queríamos fazer barulho para uma relação que talvez não desse certo.

— Mas deixar claro para toda Hogwarts que estavam juntos não é fazer barulho, Draco Lucius Malfoy? – Ela agora beirava a fúria mal contida. – Mais alguma coisa que eu deva saber? Ou só serei informada que serei avó quando tiver netos com idade suficiente para aparatar? – Ela certamente estava furiosa.

Eu a olhei assustado. Ciça Malfoy era calma, não posso dizer gentil, mas era calma. O ataque repentino fez eu me encolher a cada som que saia de sua boca. Se havia uma pessoa no mundo que me causava medo era minha mãe.

— Senhora Malfoy, eu sei que esse é um momento entre mãe e filho, mas como a conversa indiretamente me afeta, possa garantir-lhe que não há motivos para preocupar-se com netos. Eu amo Draco e estou disposta a ajuda-lo com o que for preciso. – A menina proferiu com tanta certeza em suas palavras que me espantei.

E quando repassei as palavras dela em minha mente, senti borboletas no estômago. Hermione disse que me amava. Eu estava em choque. Quase não ouvi a discussão que se travou.

— Amor? – Ciça riu, mas eu sabia que mamãe estava avaliando Hermione e sua postura. Era um teste, e como teste, Hermione passaria com nota sobrando. – E o que uma garotinha de quatorze anos sabe sobre amor?

— Sei que amor significa respeito, companheirismo e compreensão. Meus pais podem ser Trouxas, mas eles me ensinaram o significado real da palavra. Tanto no mundo mágico, como no não mágico, o sentimento existe e é demonstrado em forma de ações.

Narcisa estreitava os olhos e examinava atentamente Hermione. Eu sabia que Hermione havia dito coisas que nenhuma outra pessoa conseguiria e isso impressionava mamãe. Por fim, não querendo admitir que a garota fosse mais do que boa para mim, mas não deixando Hermione ter a última palavra, minha mãe virou-se para mim e declarou:

— Pelo menos sabe escolher bem suas companhias. – Mas a vinda de Narcisa a Hogwarts não tinha ligação nenhuma em conhecer a nora, tratava-se de uma questão mais urgente, sabia que mamãe não se deixaria divagar mais, ela era direta. – Entretanto, querido, temos assuntos mais urgentes a serem resolvidos. Assuntos de família. – Ela disse, frisando a última palavra.

— Mãe, se não fosse por Hermione eu não teria saído vivo, quando todos os alunos estavam acusando-me de ter ajudado a fazer aquelas coisas ela foi a única que intercedeu e afastou todos para longe de mim.

Narcisa levantou as sobrancelhas.

— Não, Draco, tudo bem, você precisa conversar com sua mãe e eu tenho que resolver algumas coisas também. Foi um prazer conhecer a senhora, Sra. Malfoy. – Despediu-se Hermione.

— Você também, Hermione Granger. – Disse mamãe, para surpresa minha e de Hermione.

Enquanto Hermione se afastava, ambos olhávamos a castanha ir.

— Fico feliz que tenha encontrado alguém a sua altura. Essa garota parece não ser do tipo que deixa suas gracinhas impunes.

Eu podia jurar que havia um sorriso na voz de minha mãe.

— Você não faz ideia de como pago caro. – Gemi lembrando de outros tempos, outros olhos roxos.

Minha mãe balançou a cabeça como se estivesse afastando pensamentos e endureceu ao meu lado.

— Vamos, Draco, não temos mais tempo para isso.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Não podia deixar Ciça fora dessa história. Comentem, meus amores!!
Beijinhos de luz para vocês, Oompa Loompas.