Dramione - A Sugestão escrita por Zoey


Capítulo 14
Capítulo 14 - O Jogo


Notas iniciais do capítulo

Então, pessoinhas. Esse capítulo está totalmente diferente de todos aqueles "corações e flores" dos capítulos anteriores. Ele ficou mais sombrio, por favor, comentem, agora, mais do que nunca, preciso saber se vocês gostaram desse novo rumo que a história tomou.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702160/chapter/14

POV DRACO MALFOY 

Metade da semana havia passado, cada dia eu apaixonava-me mais pela castanha.

A quarta-feira havia chegado depressa. Era dia de Quadribol. Um grande dia para os sonserinos e grifinórios, da mesma forma para as outras Casas, o jogo definiria quem tomaria o primeiro lugar na Taça das Casas. Grifinória e Sonserina estavam empatadas. 

"Não por muito tempo". 

—Agora escutem aqui, seu bando de babacas. - Chamou o capitão do time. - Nós treinamos o suficiente para ganharmos, aqueles imbecis da Grifinória não sairão daqui hoje tomando a dianteira do campeonato. A Taça esse ano é nossa!  

Todos urramos em concordância. Xingávamos uns aos outros enquanto esperávamos o chamado para entrarmos em campo. 

O capitão arrastou-me para um canto e puxou a gola das minhas vestes em sinal de ameaça. 

—Escute bem aqui, Malfoy. Não é porque virou amiguinho daqueles projetos de gatinhos que você vai deixá-los vencer. E acho bom todos aqueles treinos solo terem produzido algum efeito. - Ele me soltou e foi para frente da porta. 

—... CONTRA SONSERINA! - Algum aluno anunciava. 

Montamos nas vassouras e subimos. Fizemos uma bela entrada tentando desestabilizar os grifinórios de suas vassouras e dando risinhos. A torcida de nossa Casa explodia em "acabem com eles!". 

Tomei minha posição, assim como todos os outros. Ouvimos as recomendações de sempre e os olhares feios que dirigiam a Sonserina quando chegavam na parte do "jogo limpo".  

O apito soou e o jogo teve seu início. Desviei pelo menos vinte vezes de balaços, os gêmeos Weasley estavam a todo vapor naquele dia. Mas não importava, enquanto procurava o pomo de ouro nada mais importava.  

Depois de quase uma hora, avistei aquelas asinhas preciosas. Voei com a vassoura, notei os gritos das torcidas nas arquibancadas. Acelerei a vassoura, não havia sinal do Potter. Quando olhei para trás, vi porque Potter não voava em minha direção e, sim, na oposta. Comensais da Morte haviam invadido o campo e ateavam fogo em todos os lugares. 

Os gritos desesperados tornavam tudo pior. Centenas de estudantes corriam. Os professores tomavam postos para impedir os Comensais de continuar seu trabalho. Mas não era o suficiente, Dumbledore não estava ali, havia saído da escola aquele dia para resolver algumas questões com o Ministério. Harry ajudava àqueles que conseguia tirando-os do meio das chamas e com uma varinha emprestada rebatia alguns feitiços que tentavam impedi-lo de socorrer às pessoas. 

Abri a boca e não tinha reações, sabia que meu pai estaria entre eles. 

Olhei em direção arquibancada, a última a ser incendiada era a Grifinória. 

"Hermione". 

Terror cobriu-me, mas ignorei o fato das chamas estarem altas. Voei o mais depressa possível. Vi Hermione ajudando os últimos alunos do primeiro ano a sair dali, ela havia ficado por último. Voei ainda mais depressa, um Comensal estava pronta para incinerar aquela parte restante. Ela ajudou o estudante que faltava e tentou correr, mas chamas ergueram a sua frente. Em questão de segundos o fogo chegaria nela. Puxei Hermione pelas cintura e consegui salvá-la no último instante. 

Coloquei-a em solo firme e depois de uma rápida inspeção para garantir que ela estava bem, voltei para as arquibancadas. Sobrevoando o local para ver se alguém havia ficado para trás. Os monitores contavam rapidamente o número de alunos mais novos e corriam para dentro do Castelo, os alunos mais velhos ajudavam a proteger os mais novos e corriam para auxiliar os professores que estavam em menor quantidade que os Comensais. Alguns professores estavam apavorados e não se mexiam.  

Minerva liderava os contra-ataques, mas ela parecia uma das poucas. Alguns alunos mais novos ajudaram-na a formar uma frente de resistência. Todos os alunos da Grifinória que estavam jogando sobrevoavam o local ajudando como podiam fazendo feitiços para jogar água sobre as arquibancadas e garantir uma saída segura até o castelo. 

Retirei alguns professores que estavam atônitos do meio da luta e coloquei-os junto com outros alunos. Então, segui para ajudar os outros a apagar as chamas, quando a cor voltou para o rosto da maioria dos alunos e eles desencadearam uma reação os Comensais ficaram em menor números e fugiram.  

Desci até onde Hermione estava e corri para ela, ela teimosamente havia retornado para o campo e ajudado Minerva. 

—Hermione. - Gritei desesperado. 

Ela correu para mim e abracei-a. 

—Você está bem? - Eu não conseguia ver-me, mas sabia que meus olhos cinza estariam tempestuosos, repletos de medo e alívio por ela estar bem. 

—Estou. Você está? 

No meio da adrenalina não senti nada, mas descobri naquele momento que as chamas haviam lambido uma parte do meu braço esquerdo e que estava com inúmeros arranhões e roxos. Aquilo era o de menos. 

Terminamos de apagar o fogo e ajudamos a encaminhar as pessoas para enfermaria. Madame Pomfrey estava descabelando-se com tantas pessoas com queimaduras leves, arranhões e concussões. Cada um fazia o que podia e somente aqueles com ferimentos graves tinham macas. Poucos realmente precisavam delas. A maioria de nós teve sorte. 

Dumbledore foi comunicado e aparatou o mais rápido que pode na escola. Ele ajudou a acomodar os alunos no grande Salão. Todos dormiríamos juntos aquele dia. Eu estava com um braço sobre as costas de Hermione enquanto esperávamos em um canto para entrar na enfermaria, Harry apareceu. 

—Vocês estão bem? 

Ele também estava com alguns ferimentos, mas nada que fosse sério. 

—Estamos. 

—Vocês viram o Rony? Ajudei ele a sair da arquibancada e coloquei-o junto com Gina, mas não consigo encontrar nenhum. 

Acenamos negativamente com a cabeça. 

Ronald Weasley e Ginerva Weasley entraram em nosso campo de visão. Harry quase caiu no chão quando viu Gina sendo carregada por Rony. Ela estava desacordada. Um arrepio passou pelo meu corpo. 

—O que aconteceu? - Perguntamos apreensivos. 

—Ela se jogou na minha frente... Bloqueou um feitiço... Eu fiquei lá... Só parado... - Ronald parecia desolado. 

Harry ajudou-o a colocá-la em uma maca. Madame Pomfrey correu até eles vendo que a situação da menina requeria seus cuidados imediatos. Depois do que pareceram horas, Gina estava bem, apenas descansando. Madame Pomfrey fez o que podia por mim, Hermione e Harry. Apesar dos inúmeros pedidos de Harry, Madame Pomfrey enxotou-o para fora da sala, somente a família poderia ficar com a garota. 

Chegando no Salão, havia colchões em todos os lados, as pessoas estavam conversando baixo. Ninguém ousava rir.  

Eu estava com o braço enfaixado, Madame Pomfrey estava esgotada e todas as suas poções de cura já haviam sido utilizadas em casos mais graves. Hermione estava com os cortes quase cicatrizados. Nada de muito grave havia acontecido a ela. 

Acomodamo-nos em um canto sobre dois colchões e ficamos sentados e abraçados.  

Observávamos as pessoas que choravam por medo, os olhares que corriam as portas e janelas com medo de uma nova invasão. Nada estava bem, mas estava muito melhor do que poderia ser.  

Havia uma mesa com comidas e bebidas, mas ninguém tocou nela. 

Estávamos quase dormindo. Mas, uma garota que eu nunca havia visto na vida, entrou gritando no Salão e veio até mim apontando. 

—É TUDO CULPA SUA. FOI VOCÊ QUE PROVOCOU ISSO. MINHA IRMÃ... - Ela chorava enquanto berrava. - ELA ESTÁ COM UMA PERNA TODA QUEIMADA POR SUA CAUSA. COMO VOCÊ OUSA AINDA PISAR EM HOGWARTS?! 

—O quê? - Perguntei anestesiado, não fazia ideia do que aquela menina estava falando. 

—NÃO SE FAÇA DE INOCENTE. SEU PAI FOI PRESO E DISSE QUE TUDO HAVIA SIDO COMBINADO COM VOCÊ! QUE VOCÊ ERA O INFORMANTE DELES! ELE ESTÁ EM AZAKABAN AGORA. E VOCÊ É O PRÓXIMO.  

Ela voou para cima de mim tentando acertar-me, mas cada palavra dela já havia sido um soco. Hermione não deixou ela avançar. E alguns amigos dela foram até nós nos cercando. 

—Isso é verdade, Malfoy? - Um perguntava. 

—Eu teria vergonha se fosse você! 

E muitos outros começaram a juntar-se para xingar ou tomar outras atitudes. 

Hermione empurrou muitos alunos para longe e levou-me para fora daquela confusão. Eu estava tão paralisado que não entendia nada. Hermione dava pequenos tapinhas em minhas bochechas para eu despertar, mas eu não conseguia processar aquilo. Hermione chamava-me ao longe, mas eu não a escutava. 

"Eu fiz a coisa certa pela primeira vez. Salvei e ajudei pessoas. Meu pai está preso. Ele está acusando-me de ter ajudado os Comensais da Morte". 

—Hermione, eu não fiz isso. - Olhei com os olhos cheios de lágrimas para ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Aguardo ansiosamente os comentários!!!