Cinzas de Prata escrita por Petra del Rei


Capítulo 12
Capítulo 11 – Rivalidade


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo, finalmente mais um capítulo.

Após a luta no ginásio de Azaleia, Ashley conquista a segunda insígnia derrotando o líder Bugsy. Ela agora estava preste a iniciar o treinamento de Caninana , mas esta é raptada por Silvestre e seus Pokémon.

Uma ardilosa batalha está prestes a iniciar.



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— Devolva a Caninana! AGORA! – exigia Ashley.

— Pois tente pegá-la de volta! – desafia Silvestre.

Então Rochelle sai de sua Pokebola.

— Você não vai nos arrumar problemas! Vamos acabar logo com isso! – a Geodude toma a frente, mas um Gastly surge diante dela.

— Ora, ora! Parece que é uma Geodude! Parece que ela pode ser um empecilho pra nós! – falava o fantasma – o que acha de lidar com uma maldiçãozinha?

Buster, o Gastly, conjurou umas palavras indecifráveis e surgiram pregos de madeiras e marretas por cima de suas cabeças. As marretas começaram a bater em seus respectivos pregos. O Pokemon fantasma gemeu de dor, mas continuava sorrindo macabramente.

— Pare com esses truques de fantasma e lute como macho! – a Pokemon de pedra estava aborrecida e, a princípio, não sentiu nada com a técnica. Mas um tempo depois sentiu uma dor imensa em seu corpo.

— AARG! O QUE VOCÊ FEZ?!

— Rochelle, o que houve!

— Hi hi hi... ela tá amaldiçoada! Com o passar do tempo, vai sentir mais dor até não aguentar mais... – declarava o fantasma.

— Arf... isso não vai me parar... – Rochelle percebe que essa técnica também prejudica o usuário. Ia jogar rochas no fantasma. Mas este dispara um estranho feixe de luz que afeta a mente de Rochelle. A Pokemon de pedra fica atordoada e começa a se debater.

— Rochelle, o que está acontecendo! – questiona a garota preocupada.

Mas a Geodude já não estava mais a ouvindo. Ela estava desorientada, acabou se arranhando com suas próprias mãos e continuava a gritar de dor. Rochelle já não podia mais lutar, então Ashley usou a pokebola para confiná-la de volta antes que sua situação se agrave.

— Desista garota! Desta vez você não tem a menor chance! – o garoto fala em um tom ameaçador.

— Rogue! Tenta pegar a Caninana! – Ashley libera sua Zubat. Buster ia se por na frente dela. Mas a Pokemon voador consegue nocautear o fantasma com seu ataque Mordida, já que este já estava meio debilitado por conta da sua técnica Maldição. O fantasma foi recolhido pelo Silvestre.

A morcego então, sobrevoa e observa a Margikarp, que está cativa pelo Cinder. Ela ia dar uma rasante para resgatar sua companheira, mas um Zubat macho se pôs no caminho dela.

— Olá querida! Meu nome é Raver! Não sabia que tinha uma morceguinha tão fofa nesse time! – ele falava de um modo meio debochado e um pouco galanteador.

— Não tenho tempo para papo furado! Tenho que ajudar minha companheira! – Rouge ia desviar dele para chegar à Caninana, mas recebe uma rajada de vento que a faz perder sua orientação no vôo.

— Não seja mal-educada quando estou falando com você! – agora Raver está mais ameaçador – Não pense que serei bonzinho com você.

Nisso ele emitiu um som esquisito. Os humanos não conseguem ouvi-lo, mas isso deixou Rouge desorientada e ela começou a voar sem rumor.

— Oh não! A Rouge também... – a garota se desespera.

Aproveitado a vulnerabilidade de sua adversária, Raver desfere outro ataque de asa e acaba derrubando Rouge no chão. A fêmea estava zonza e com o corpo dolorido devido ao impacto. Ashley ia recolhê-la de volta, mas uma rajada de vento derruba a Pokebola de Rouge de sua mão.

— AAAIII! Seus miseráveis! – a garota segura sua mão, gemendo de dor.

— Não se meta nos assuntos entre mim e a morceguinha! – declara Raver, que pousa ao lado de Rouge – o que vamos fazer com você agora?

— Raver! Não temos tempo para perder, acabe com ela!

— Temos tanta pressa assim? Pois bem, queria me divertir um pouco mais com ela, mas é você quem manda chefia.

— Silvestre, mande seu Pokémon parar! – a treinadora já estava desesperada.

Quando Raver ia desferir o golpe final na Rouge, Francisca sai da pokebola e desfere uma investida no Zubat macho.

— Que sem-vergonhice é essa que você ia fazendo com a Rouge? – a Pokemon de grama estava brava.

Raver desfere o Som Supersônico em Francisca, mas ela consegue desviar e, com outra investida, nocauteia o Zubat de vez

Enquanto isso, Ashley corria para pegar a Rouge, que ainda estava atordoada pelo Som Supersônico de Rave.

— Espere só seu maldito... Assim que eu enfiar meus dentes no seu pescoço vou chupar até a última gota de seu sangue... – a morcego estava delirando.

— Acha que uma treinadora como você pode me vencer? – debochou o ruivo, enquanto colocava Raver de volta em sua Pokebola – uma garota fraca como você não vai durar muito em um mundo como esse! Você esteve cativa com os Rockets não é? Aposto que iam se divertir com você, não é?

— Isso não é da sua conta seu maldito - o rosto da garota ficou vermelho.

— Pois mulheres só servem para isso mesmo! Eu te aconselho a ir pra casa, se não quer que nada de ruim aconteça com você! E ainda por cima, só tem fêmeas combatendo? Não sabia que o desempenho delas é inferior no combate? Elas só servem para procriação e olhe lá!

— Não acredito que ainda não sabe que esse fato já foi há muito tempo desmentindo pelos cientistas – respondeu a treinadora – pode me ofender, mas não permito que ofenda minhas companheiras!

— Não escute o que ele diz Ashely, ele só que nos abalar. Vou mostrar para ele como meninas e fêmeas podem ser fortes! – Francisca se coloca aposta para continuar a luta.

— Vou lhe mostrar o quão são fracas! Cinder! Eu seguro o peixe! Acabe com a Bayleef!

— Está encrencada plantinha! – ameaça o Pokemon ígneo.

O Pokemon de fogo desferiu o Fogo Giratório em Francisca. Mas ela ainda tem um truque. Girando a folha de sua cabeça, ela criou um forte feixe de luz que acabou prejudicando a visão de Cinder.

— AARG MEUS OLHOS! QUE MERDA VOCÊ FEZ EM MIM?

— Realmente devo admitir que o movimento Iluminar não é tão ruim como pensei... – afirmou Francisca – nunca mais teimo com a Ashley na hora de aprender os movimentos.

O Quilava ia desferindo outro Fogo Giratório, mas a Bayleef desvia com facilidade e aproveita para desferir investidas em seu adversário. Cinder vai tentando várias vezes consecutivas. Mas Francisca continuava usando o Iluminar para prejudicar ainda mais a visão de Cinder. O Pokemon de fogo sentia suas retinas arderem e mal conseguia abrir os olhos.

— O que está fazendo desgraçado! – Silvestre já estava bem irritando.

— Maldita! Pare com esses truques irritantes! – os dentes de Cinder rangiam de fúria.

Francisca se desviava de Cinder e aproveitava as brechas para se recuperar com Sinestesia. Mas o Pokemon de fogo conseguia acertar de vez enquanto. Mas a Pokemon vegetal devolvia com investidas, tentando derrubar as resistências do adversário.

Caninana, que estava sendo segurada por Silvestre, de repente começa a se debater forte. O garoto tentava agarrá-la mais forte, mas a aquática desfere um forte golpe no rosto dele com a cauda e ele a derruba no chão.

— AARGGG! CRIATURA MALDITA! – Silvestre grita de dor. Leva a mão ao rosto e percebe que saia sangue pelo nariz.

 No chão, a Magikarp percebe que alguém a pega pela cauda.

— Peço desculpa pela minha indelicadeza! – era Alfred, que a agarrou e a jogou com toda a força que tinha para longe de Silvestre. Caninana continuou saltitando o caminho restante até chegar a Ashley.

— Francisca, acabe com a raça deles – incentivava a Pokemon aquática.

Francisca e Cinder já estavam ofegantes devido a ambos estarem exaustos. A luta tinha que terminar logo. Então a Bayleef já ia dando sua última investida e o Quilava desferia o Fogo Giratório. Ele consegue atingi-la e deixa a Pokemon vegetal com severas queimaduras. Mas por pouco, Francisca ainda não se debilitou com o ataque, e com suas últimas forças, atingi Cinder em cheio, enfim o debilitando.

— Pufff... pufff... Tome essa Cinder... – logo Francisca também caia desmaiada.

— Não... não é possível... COMO POSSO PERDER ASSIM! – Silvestre ainda não acreditava na derrota – SUA MALDITA, AGORA VOCÊ VAI VER.

Ele corria em direção a Ashley para agredi-la, mas é esbofeteado pela mesma.

— Fique longe de mim e de meus Pokémon! – dizia a garota com olhar de fúria.

— Isso não vai ficar assim! – ameaça o garoto que colocava a mão no rosto onde estava a marca do tapa. Ele ia se aproximando novamente, mas um senhor de idade se aproximou da confusão.

— O que está acontecendo aqui? – era Kurt, que ouvira os barulhos da batalha instantes antes e agora veio para intervir.

— Você não tem nada ver com isso velhote, o negócio é entre eu e ela! – afirma Silvestre.

— Tenha modos moleque! E dê logo o fora daqui antes que eu chame a polícia! – ameaça Kurt.

Mais pessoas se aproximavam do local. Com tanta gente, Silvestre decidiu que deveria sair daí – na próxima você e paga, garota! – e ele saiu correndo.

Com Silvestre fora de vista, Ashley caiu de joelhos e lágrimas saiam de seus olhos.

— Calma minha querida, ele já foi embora! – Kurt tentava confortá-la – vamos ir para o centro Pokémon para tratar suas companheiras.

A garota balançou positivamente a cabeça e logo se dirigiram ao centro.

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Mais uma vez, Ashley saia de uma situação arriscada. Francisca, Rochelle e Rouge ainda estavam em tratamento no centro Pokémon. As três estavam em pequenas camas e a treinadora estava ao lado da Francisca. A garota se lamentava por ser incompetente por deixar que suas Pokémon ficassem nesse estado. Será que encrencas como essa sempre vão ocorrer por mais que ela tome cuidado?

— Realmente não devo me envolver com gente ruim como ele... suspira a garota.

— Ashley... - Francisca finalmente acorda.

— Francisca, você está bem? – a garota se alivia ao ver sua companheira acordada.

— Dessa vez até que eles estão mais fortinhos... – afirma a Bayleef sem graça.

— Eles estão mais viciosos, tanto o Silvestre como seus Pokémon! Não devemos jamais nos envolver com eles! – disse energicamente a garota.

— Então o Cinder pode se tornar um Pokémon mau? – questiona a Pokémon vegetal apreensiva.

— Acho que não tem nada que possamos fazer com ele. Não com a força que temos agora – respondeu a garota com pesar – e além de tudo, esse garoto é misógino.

— Misógino? O que é isso?

— É alguém que tem aversão a seres do gênero feminino.

— Ele é um baitora? – indaga a Bayleef confusa.

— He He He, não... – ria a treinadora – pelo menos não necessariamente... são homens machistas que se acham superiores as mulheres. Eles basicamente acham mulheres e fêmeas fracas, não viu o que ele disse na luta?

— Entendi... - Francisca boceja – estou com sono...

— Durma Francisca, precisa descansar pra se recuperar logo!

Ashley ficou ao lado de Francisca até esta adormecer. Então, a treinadora lhe acariciou o rosto e, calmamente deixou o quarto.

Ela foi para o pátio central do centro Pokémon. No meio tinha uma fonte onde estava a Caninana. A Magikarp aparentava meio desanimada.

— Que houve Caninana – a garota sentou na beira da fonte e acariciou a Magikarp.

— Isso tudo é culpa minha, não é? Por conta de minha fraqueza, fui capturada e agora, todas elas estão mal por minha casa.

— Não fique assim, lógico que não tem culpa de nada! – Ashley a consolava – e não tem o porquê desse desânimo, não é você mesmo que queria se transformar em uma Gyarados.

— Mas parece que vai ser duro de conseguir isso. Parece que vai ser problemático pra mim e pra vocês! – disse a peixe com desânimo.

— Oh Caninana, ninguém fica forte da noite pro dia. Eu mesma também queria ser mais forte junto com todas vocês para que nenhuma de nós ficasse em perigo de novo. Mas sei que isso demanda tempo e trabalho duro. Então Caninana, lhe peço um pouco de paciência, viu?

— Tudo bem Ashley! – respondeu a Magikarp.

— Pois vamos melhorar seu astral, não é você mesma que ficava empolgada com os treinos? Assim que as três tiverem alta vamos todas juntas treinar e nos tornar forte. Certo?

— Certo! – Caninana ficou mais animada.

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Mais tarde, Ashley foi para a casa de Kurt para agradecê-lo pela ajuda que ele lhe deu pela manhã.

— Muito obrigada senhor Kurt, não sei o que seria de nós se o senhor não viesse para intervir.

— Que isso minha jovem. É o mínimo que posso fazer pela ajuda que me deu contra os Rockets! Aliais, terminei de fazer uma Pokebola pra você. Foi feita com a apricorn azul. Ela se chama Pokebola isca, que é boa para pegar Pokémon aquático.

Ashley recebe o objeto. É uma Pokebola azul com detalhes vermelho. Sentiu uma sensação estranha ao pegá-la.

— O que houve? Não gostou! – questionou o artesão.

— Ela me parece legal. Só senti algo estranho ao pegar nela. Mas deve ser bobagem da minha cabeça. Muito obrigada Kurt.

— Certo, ela é sua. Venha com mais apricorns e você pode obter mais Pokebolas com mais efeitos diferentes.

Ashley se despediu do artesão e voltou para o centro Pokémon para passar a noite ao lado de suas companheiras.

 

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Glossário

Maldição - Curse

Raio Supersônico - Supersonic

Mordida - Bite

Iluminar - Flash

Fogo Giratório - Flame Wheel


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez obrigada pela leitura! Demorei, mas esse capítulo teve ação com a batalha de Ashley e Silvestre.

Nos jogos da segunda geração, quando o gênero foi implementado, o que determina o sexo dos Pokémon era os IV's, e as fêmeas realmente tinham IV mais baixos, portanto possuíam atributos mais baixos. Felizmente isso foi corrigido nas gerações seguintes, onde o gênero não tinha mais relação com os IV's. Mas na realidade desta história, coloquei esse fato como sendo um mito em que Pokémon fêmeas seriam fracas e, apesar de ser cientificamente desmentido, ainda existem treinadores que acreditam nesse fato.

Agradeço a todos que leram. Especialmente ao Ronin, que acompanha e comenta bastante a minha fic! (e vive mudando de nick XD)

Até a próxima e tenham uma boa semana!



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