Roots escrita por G Aqui


Capítulo 2
Capítulo 1- "I'm yours"


Notas iniciais do capítulo

Olaar!
Custou. Custou muito.
Mas aqui estou eu com esse capítulo novinho para vocês, depois de praticamente um dia inteiro escrevendo.
Quero agradecer a todos que leram e comentaram. Tanto aqui, quanto nos Wattpad e no SS.
Também quero agradecer à quem me ajudou a escrever esse capítulo, mesmo que seja com pequenos detalhes.
Recomendo que vocês leiam no computador, pois há um certo momento da história que será preciso abrir o youtube para ouvir uma música.
Acho que é isso.
Vejo vocês nas notas finais.
Boa leitura.



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— Cecília! —Alguém chamou, mas a voz estava muito distante. Tudo começou a chacoalhar, bati em algo e senti uma forte dor na cabeça, acordando finalmente.

Quando minha visão se focou vi que quem me chamava era Sebastian. O carro estava parado e em volta haviam muitas árvores.

—O que houve? Onde estamos?— Eu falo, olhando para os lados, desorientada.

—Calma. —Ele coloca as mãos nos meus ombros. —Você acabou dormindo. Nós chegamos.

—Ah...—Encosto a cabeça na janela. —Estava tão bom, por que você tinha que me acordar? —Resmungo, esfregando os olhos.

Saio do carro, indo pegar minha mala, e vejo que Wendy e Elliot estão dormindo um encostado no outro. Eu tenho uma ideia.

Abro o porta malas e pego o megafone que, sem razão nenhuma, Sebastian havia levado para a viajem e ligo-o.

—ALÔ ALÔ GRAÇAS A DEUS! VAMO ACORDAR GARERAAAA, CHEGAMO! —Bem, depois disso, vocês já devem imaginar: Wendy levou um susto tão grande que bateu a cabeça no teto e Elliot gritou um palavrão.

—Me deixa dormir porra! —Ele tirou o megafone da minha mão.

— Tá bom então bichão. Quando aparecer um monstro e você estiver sozinho dormindo no carro nem venha pedir ajuda.

—  Viado! —Wendy, que nesse meio tempo tinha saído do carro e foi pegar sua mala, grita. — Olha o que você fez!

Corri para ver. Sua bolsa estava toda manchada de roxo, e a bolsa de Elliot, visivelmente mais pesada, esmagava tudo.

— Vish...Anilina?

Ela fez que sim com a cabeça, e eu, para confortá-la, coloco a mão no seu ombro.

— A única que eu ainda tinha.

— Vou providenciar mais para você.

Nota mental: Lembrar de pedir para a Alice roubar anilina de alguém.

— Obrigada. —Ela respondeu, pegando a mochila para avaliar o estado de suas coisas. (Lê se: Jogar a "quase mala" de Elliot no chão como vingança primeiro, para depois pegar a sua).

***

— Ceci! —Kevin, meu  anjinho endiabrado com cheiro de flores, quase me estrangulou com seu abraço de urso.

Claro, eu estava morrendo de saudades dele, quem não estaria? Retribui o abraço, e o cheiro de seu perfume doce tomou conta das minhas narinas.

— Eu tanta coisa para contar! Quando tiver um tempinho livre vê se aparece no chalé 10 pra gente colocar o papo em dia. —Sorrio. — Jure de dedinho.

— Juro de dedinho. —Nós rimos e nos despedimos, então ele voltou saltitante para o chalé de Afrodite.

Bruna e Alice se aproximaram, como sempre, sem desgrudar uma da outra.

— Meninas! —Corri para abraçá-las.

— Sentimos sua falta. —Elas falam em uníssono.

— Que ótimo, teremos bastante tempo para conversar. — Eu puxo Alice para mais perto. —Preciso de um favorzinho, okay?

Ela imediatamente intende o recado e um sorriso malicioso de filha de Hermes aparece em seu rosto.

— Pode contar comigo. — E como num passe de mágica, sua expressão habitual volta e ela é novamente a fofa Alice que todos conhecem.

— Gente, eu estou morrendo de fome... Vamos comer?

— Estava esperando você dizer. —Bruna exclama, claramente verde de fome, como eu.

— Vão indo na frente, tenho que deixar minhas coisas lá no chalé de Apolo.

— Okay. —Disseram novamente em uníssono, indo para o Pavilhão do refeitório. —Até daqui a pouco.

Sai andando em direção ao meu chalé. Vez ou outra dava um “oi” e acenava um tchauzinho para quem eu conhecia, até finalmente chegar. O chalé estava relativamente vazio, haviam apenas alguns dos meus irmãos também arrumando suas coisas, porém, havia alguém ali que eu não conhecia. Estava de costas, tinha cabelo castanho enrolado e usava uma blusa preta. Talvez fosse de outro chalé, pois ninguém havia dito nada de um novo campista de Apolo.

— Hm... Olá? Precisa de ajuda? —Curiosa, tentei chamar sua atenção.

O estranho virou-se para mim, e eu quase levei um choque. Ele se parecia muito comigo. Seu nariz, boca e olhos praticamente idênticos. Ele também pareceu perceber isso, pois analisava meu rosto com curiosidade.

 — Então é verdade? É você? Virou mesmo mortal?

Ele me olhou com tristeza.

— Sim, Cecília.     

— Pai... —O abraço, pela primeira vez na verdade. O fato dele ser o Apolo, o deus Apolo, mesmo sendo meu próprio pai sempre o deixou inalcançável, mas agora, como mortal, era como se ele realmente entendesse como é a vida, a nossa vida, a minha vida.

Seu abraço era tão aconchegante como uma tarde de sol na primavera, o que faz sentido, já que ele é o deus do sol e tal... Mas enfim, vamos voltar para a história.

— Você está tão linda, tão crescida. Parece comigo.

— Até demais. Fiquei me perguntando por que Zeus fez isso?

— Talvez ele não seja tão mal assim.

— Talvez.

Seu olhar passa através de mim, ele mira a porta.

— Acho que tem alguém querendo falar com você. —Me viro para ver quem é. Meu coração para. Era ela.

E bem, já sabem. Foda-se o mundo. Só precisava dela.

Corri ao seu encontro. Ela estava linda, como sempre. Aquele sorriso que me derrete e aqueles olhos curiosos...

Nos beijamos, e deuses, como eu estava com saudade dela, da sua companhia, da sua boca.

—Melissa...

—Cecília...

—Senti tanto a sua falta... —Acariciava seu cabelo com delicadeza, sentindo o cheiro de seu perfume.

—Eu quase morri sem você, okay?

—Acho que não seja para tanto, mas tudo bem. —Viro-me novamente para Apolo. —Pai, nós vamos para o refeitório, até mais.

Ele acenou um “tchau” para nós duas e saímos.

—Como é? —Mel pergunta, como se tivéssemos nos visto ontem mesmo.

—Como é o que?

—Saber que seu pai está aqui, como mortal... Não é estranho?

—Estranho com certeza é, mas acho que me acostumo. —Nós rimos. —E você, o que fez durante esse tempo?

—Só estudei, na maior parte do tempo. Mas também escrevi alguns poemas.

—Tenho certeza que ficaram incríveis. Depois quero lê-los.

—Falando nisso, vi os desenhos que você publicou. Estão cada dia mais incríveis.

—Ah... Eu me esforço. —Chegamos no pavilhão. Estava cheio de gente. Vários campistas em pé ou até sentados nas mesas erradas, querendo colocar os assuntos em dia.

Dei um selinho de despedida em Mel, e a deixei na mesa do chalé de Atena, acenando para Sebastian e Bruna para ir até minha mesa.

Olhei para o pavilhão como um todo, reconhecendo alguns rostos. Wendy estava de braços dados com seu namorado Nolan, do chalé de Hefesto. Kevin flertava com um carinha do chalé de Nice. Bruna e Alice conversavam sobre algum assunto em comum. Elliot tentava roubar as fritas de Sebastian, e bem, com sucesso.

— Campistas! —A voz de Quíron ecoou pelo local, fazendo todos correrem para as mesas de seus próprios chalés. — Sejam bem-vindos novamente ao Acampamento Meio-Sangue. Antes de almoçarem, irei dar alguns avisos. O chalé de Hermes tem uma nova conselheira temporária. A senhorita Luna Campbell assumirá o chalé enquanto Connor Stoll estiver em missão. — Olhei para Luna, que eu conhecia a tempos. Ela parecia calma, mas tenho certeza que por dentro ela estava ansiosa com a possibilidade. — Segundo aviso: amanhã, para comemorar o início das atividades de verão do acampamento, haverá captura a bandeira. — Houve um burburinho animado entre os campistas. Alguns até batiam nas mesas de animação. No meio da confusão, uma filha de Dionísio entrega um papelzinho na mão de Quíron e sussurra algo no ouvido dele. Ele pigarreia, chamando a atenção de todos e o silêncio paira novamente no ar. —E amanhã, a partir das nove da noite, também haverá uma festa no chalé de Dionísio. —O próprio Sr. D. chega mais para a ponta do banco, repentinamente animado com a possibilidade. A garota que havia entregado o bilhete fala outra coisa em seu ouvido. — Apenas campistas estão convidados. —Dionísio murchou no seu lugar, emburrado. — Bem, é isso. Bom apetite campistas!

O almoço passou bem, de vez em quando eu olhava para a mesa do chalé 6 e mandava uma piscadela para Melissa. Ela e seus irmãos estavam discutindo estratégias para captura a bandeira.

Como ela fica linda quando está concentrada...

 

Okay, isso já está meloso demais. Melhor parar.

Depois do almoço me encontrei com Luna para treinar luta com espadas. Só para constar: prefiro muito mais arcos.

— Como é ser conselheira? —Pergunto à ela, desviando um golpe.

—Ah, nada demais. Normalmente só tenho que separar algumas brigas dos meus irmãos ou fazê-los devolver algo que roubaram de alguém.

—Sempre achei que fosse mais legal... Mas okay né. —Ela ataca, quase acertando minha perna.

—Sempre fique atenta com sua defesa, principalmente em pontos menos óbvios. O inimigo pode se aproveitar disso.

—Está bem. —Concordo com a cabeça, e voltamos a lutar.

***

Já era noite, os campistas estavam reunidos em volta da fogueira. Nós, os filhos de Apolo, cantávamos It’s Time. Até fazíamos a percussão corporal. Nosso pai nos observava com um sorriso orgulhoso no rosto.

Wendy, Elliot e Sebastian se reuniram novamente, sentados no chão, assando marshmallows na fogueira. Eu encostei meu pé no ombro de Sebastian, sinalizando que também queria um, ainda cantando.

Quando o meu estava pronto desci, sentando ao lado deles para comer.

(Coloquem Single – The Neighbourhood para tocar agora).

Nós conversávamos sobre coisas aleatórias, até que Melissa foi até mim, sussurrando no meu ouvido para eu segui-la. Pedi licença para os três e sai. Nos afastamos da fogueira, sem falar nada no caminho. Chegamos na beira do lago. Havia um cobertor estendido na grama.

—Eu sei que estava tudo muito legal, mas eu queria ficar um tempo só com você. Estou com saudades.

Dou um abraço nela.

—Você é muito fofa sabia?

—Não sou não! —Ela reclama, com a voz abafada pelo abraço. —Olho para ela, admirando seus olhos cinzas. Seus cabelos pretos (foram pintados, para vocês não saírem falando que ela é uma filha de Atena falsa.)  iluminados pela luz da lua cheia.

—Eu te amo. —Beijo sua testa.

Nos deitamos no cobertor, observando as estrelas, como sempre fazíamos.

—As batidas do seu coração me acalmam. —Fazia cafuné nela com a mão livre. A outra estava entrelaçada à sua.

Ficamos lá deitadas pelo que pareceram ser horas. Mel havia dormido, usando meu corpo como travesseiro. Consegui, por um milagre, desvencilhar-me dela, sem acordá-la. Levantei, estalei o pescoço e a peguei no colo. Voltaria depois para pegar o cobertor. A levei para o chalé de Atena, batendo na porta. Sebastian me atendeu. Estava com cara de quem ficou lendo ao invés de dormir, mas para ele isso já era normal. Ele viu sua irmã no meu colo, e fez sinal para eu entrar, em silêncio. A deitei com delicadeza na cama, tirei seus sapatos e a cobri. Por último, beijei sua testa, sussurrando um “durma bem”.

Antes de sair do chalé agradeci Sebastian silenciosamente, e ele apenas levantou o polegar para mim.

Quando sai do chalé de Atena tive que correr, pegar o cobertor e ir (lê-se fugir) para o chalé de Apolo. Aparentemente, todos dormiam, até eu perceber que o próprio Apolo ainda estava acordado. Fazia aquela cara de “Você deveria estar aqui à duas horas mocinha” que pais mandões fazem, mas era um adolescente de dezesseis anos, no caso. Engraçado? Só para vocês.

 —Pai, eu juro, não aconteceu nada. —Eu esperava uma bronca, porém ele riu.

—Só não demore para dormir, amanhã teremos um jogo para vencer.

Eu sorri aliviada. Essas são as vantagens de ser filha de Apolo: Seu pai dificilmente ficará bravo se chegar tarde de algum lugar.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.
Espero que tenham gostado.
Espero também que shippem Celissa com todas as suas forças, com cada célula dos seus corpos. Será o OTP mundial :3

Músicas:
Capa: I'm Yours - Alessia Cara.
Fogueira: It's Time - Imagine Dragons.
Melissa e Cecília: Single - The Neighbourhood

Novamente, espero que tenham gostado.
No próximo capítulo: Captura a bandeira e FESTA!
Um beijo terráqueos :*
~Uma Viking Anônima



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