Assim que despertou, com a luz do sol entrando pela janelas, Arya percebeu que algo estava errado. Seu anjo não estava ali. Confusa, ela seguiu pelos corredores da grande casa.

Depois de perceber que seu anjo não estava ali, ela resolveu ir até a cozinha comer algo.

Tudo estava incrivelmente silencioso. A jovem se perguntava onde seu anjo estaria.

Será que ele voltaria? Será que ele estava bem? Onde ele estava?

Balançando a cabeça, pra se livrar de tais pensamentos, ela decidiu ficar na biblioteca, ler sempre a distraia.

Ela resolver um livro de poemas. Todos ali falavam de amor, algo que pra ela ainda era um pouco desconhecido.

Amor, será que um dia seu anjo a amaria?

O som da campainha a despertou. A passos lentos ela seguiu até a porta, ainda em dúvida se deveria abrir, mas afinal, o que de ruim poderia acontecer, não é mesmo?

Pele escura, olhar surpreso, o homem a encarava.

—Olá- ela se arriscou a dizer, meio intimidada pelo olhar sobre si.

—Ola- ele sorriu, algo no rosto dele era familiar- não vai me convidar pra entrar?

—Desculpa, eu não sei se devo?-ela estava maravilhada por interagir com outra pessoa, mas algo seu peito dizia que algo estava errado.

—Claro, eu nem me apresentei, sou Marcel Gerard, amigo de Klaus- algo nas palavras dele não faziam sentido.

Quem era Klaus? Se sentindo um boba, ela logo entendeu que Klaus era seu anjo. Se sentiu muito mais confortável com isso.

—Ah, que bom, entre, por favor- ela deu passagem, ele entrou.

Logo os dois estavam sentados nos sofás da sala, o vampiro encarava a mais nova.

—Klaus mandou você? Onde ele está?- a menina disparou.

—Eu resolvi fazer uma visita ao meu velho amigo- Arya não percebeu o tom irônico de Marcel- estava me perguntando onde ele estava, e bem, agora eu entendo. Você é uma bela distração.

—Ãn...ele não esta aqui agora- ela fez careta, era adoravel- alias, me chamo Arya.

Marcel sorriu abertamente. Interessante, todos os seus vampiros revirando a cidade, enquanto Klaus estava com Arya esse tempo todo.

—Então, você e Klaus são amigos?- a menina ficou confusa com o tom de Marcel, ele parecia se divertir com algo.

—Sim, na verdade ele me salvou – a admiração na voz dela era clara- se tornou meu anjo.

Marcel se controlou pra não sorrir ainda mais. Aquilo era muito mais que interessante. A menina estava claramente apaixonada pelo original. Tão inocente.

—Sim um anjo- Marcel sorriu irônico- então, o que você acha de darmos uma volta? Tenho certeza que seu anjo não te mostrou a cidade ainda.

—É, ainda não- a ideia de sair era maravilhosa, mas ela ainda estava em duvida- mas não sei se devo.

—Vamos, você vai adorar a cidade, e depois podemos encontrar Klaus, o que você acha?

—Parece bom- ela concordou.

Arya se vestiu, um vestido azul claro, que combinava com seus olhos, e sapatilhas.

No carro, Marcel não disse muito sobre Klaus, foi ela que acabou contando tudo a ele. O vampiro ouvia tudo atentamente, se divertindo com a situação.

Cores, pessoas, musica, barulho. Tudo era tão novo e intenso. Marcel tinha as mão sobre as costas da menina, a guiando entre as pessoas.

—Venha, quero que você conheça alguém- Marcel disse.

A garota parecia desconfiada, e um tanto cansada, mas sorriu assim que viu Marcel.

—Arya, essa é Davina- assim que as mãos das duas se tocaram, Arya sentiu um sensação estranha-Davina vai te mostrar a cidade.

—E quanto a Klaus?- Ayra perguntou em duvida.

—Não se preocupe, você vai encontrá-lo logo- Marcel disse- divirtam-se.

Arya não desconfiava de nada, pelo contrario, ela estava adorando conhecer pessoas novas, ainda mais amigos de seu anjo.

Davina encarava a menina, com ali estava sua chance de destruir Klaus, ainda mais agora que estava descobrindo um modo de quebra a ligação das linhagens.

—Vamos, temos muito que ver- Davina disse, sorrindo empolgada, entrelaçando seu braço ao de Arya.

As duas garotas passearam pelas ruas de Nova Orleans, é claro, sendo vigiada por vampiros de Marcel.

—Você esta gostando?-Davina disse, ao percebeu o sorriso da mais nova.

—Adorando- Arya sorriu- quando meu anjo descreve isso, eu não imaginei que era assim, é ainda melhor.

—Seu anjo?- Davina disse confusa.

—Ah, Klaus- Arya riu divertida- é estranho chamá-lo assim.

—Você gosta dele, não é?- Davina já estava com um novo plano em mente.

—Sim, muito- a pequena bruxa disse, com as bochechas coradas.

—Sabe, nós podemos ser amigas, você que se minha amiga? -Davina propos.

—Sim, eu quero- Arya estava empolgada demais com a ideia de um nova amiga, nem percebeu o olhar calculista da bruxa mais velha.

—Amiga tem que dizer a verdade, e sei de algo que você deveria saber.

—Tudo bem, o que é?- tão ingenua, Arya não fazia ideia no que estava se metendo.

As duas se sentaram num banco do parque, observando as pessoas a sua volta.

—Existe alguém muito mal Arya, e ele quer que você morra, ele vai tentar te matar, é o que ele sempre faz, mata pessoas- Davina quase se sentiu mal, ao notar a expressão assustada da mais nova.

—Eu sei que existe pessoas ruins, mas eu tenho meu anjo- a convicção na voz dela tornava tudo mais cruel- ele não vai deixar que nada de ruim aconteça, ele prometeu.

—Você é tão ingenua- Davina balançou a cabeça- Klaus é o mal, é ele que quer você morta.

—O que? Não, eu tenho certeza que meu anjo nunca me machucaria, talvez você esteja confundindo as pessoas- Arya sorriu gentil, achando engraçado as coisas que Davina falou de seu anjo.

—Pessoas mentem, Arya, Klaus mentiu. Ele mau, cruel e assassino- Davina disse séria.

—Porque você está falando essas coisas do meu anjo? Eu não acredito em você- Arya se irritou, não permitiria que ninguém ofendesse seu anjo.

—Você pode não acreditar, mas eu vou te mostrar- Davina disse, colando uma mão de cada lado da cabeça de Arya.

Confusa, era assim que ela estava. Quando as imagens invadiram sua mente, tudo ficou barulhento.

Imagens de seu anjo diferente, os olhos... ele estava matando, ele estava machucando pessoas, ele parecia...um monstro.

Aterrorizada, Arya se afastou de Davina, sem perceber, as lágrimas escorriam por sua face.

—Klaus é um monstro, cheio de sangue inocente nas mãos- Davina se levantou, ficando na frente da jovem assustada- você não quer ser mais uma das vitimas dele, quer?

—Para- Arya gritou, uma rajada de vento atingiu o parque- pare de falar, não é verdade, porque você fez isso, é tão cruel...

—Eu posso te ajudar, eu posso...- Davina tocou o braço dela, mas logo foi lançada longe.

Ainda em choque com o que aconteceu, Davina mostrou aquelas coisas?

Seu anjo não mal, não era. Ela tinha certeza que não.

—Onde ela esta?-Klaus gritou, entrando no complexo.

Marcel sorriu divertido, Elijah apenas observava confuso.

—Você perdeu algo?-Marcel disse ironico.

Logo Klaus o segurava pela gola da camisa, seus pés quase não tocavam o chão. Elijah interviu, afastando Klaus do vampiro.

—Quem? O que sua sua mente paranoica esta tramando agora, Niklaus?-Elijha disse.

—Onde ela esta?-Klaus repetiu.

O hibrido quase enlouqueceu quando entrou em casa e não encontrou sua pequena. Mas assim que encontrou o vampiro de Marcel vigiando a casa, entendeu tudo.

—Klaus se refere a Arya, esse tempo todo procurando pela bruxinha, e ele estava com ela- Marcel esclareceu.

—Niklaus?-Elijah o encarou confuso.

—Sim, Arya estava comigo, ela é minha -Klaus declarou, e pelo tom da sua voz, ninguém se arriscaria a dizer o contrario.

—Me diga que você não fez mal a ela?-Elijah estava sério- ela é uma inocente Niklaus, não merece ser torturada. De ela uma morte rápida e indolor.

Klaus encarou seu irmão por um longo momento. É claro que ele pensou no pior, não era de seu feitio ser bondoso com ninguém.

—Ele fez muito pior do que torturar, não é?-Marcel disse, o tom irônico.

—Você gosta de brincar com a morte, não é, Marcellus?- Klaus sorriu, calmo, o que o tornava ainda mais ameaçador.

—Só estou tomando conta do que acontece na minha cidade- Marcel disse, sem se intimidar.

—Sua cidade?-Klaus riu abertamente -tudo isso aqui é meu.

—Você quer mesmo começar isso de novo?-Marcel desafiou.

—Já chega- Elijah disse, ficando entre os dois, encarou Marcel- onde esta a garota?

—Pensei que seria interessante ela saber algumas verdades sobre seu anjo- Marcel sorriu, mas por apenas alguns segundos.

Logo ele estava no chão, com o nariz quebrado.

—Se você disse qualquer coisa eu...

—Já chega- Elijah tentou parar os dois, mas teve o pescoço quebrado.

Klaus voltou a acertar Marcel, que também revidava.

—Você acha que pode contra mim?- Klaus vociferou.

—Nik, não- Rebeka gritou, ficando em frente a ele pare.

—Agora não Rebeka- Klaus se controlava pra não atacar sua irmã também.

—Por favor?- Rebeka pediu.

Teria dado certo, se Marcel não estivesse rindo ironicamente.

Tudo aconteceu tão rápido. A cadeira de madeira foi quebra, a estaca improvisada estava prestes a acertar o coração de Marcel.

Elijah abriu acordou, Rebeka estava prestes a atacar seu irmão. Mas de repente todos se silenciaram, por um grito assustado.

A jovem tinha o olhar fixo no híbrido, a confusão estava visível no seu rosto, assim como o medo.

—Anjo?