Innocence - Arya escrita por LittleWolf
Em meio a cobertores macios, e ao canto dos pássaros, Arya acordou. Ainda meio assustada, ela olhou em volta, a procura de seu anjo.
Ele estava ali, sentado na poltrona ao lado da cama, o olhar fixo no dela.
—Eu nunca pensei que anjos eram tão bonitos- ela disse, sorrindo alegre.
—Não se engane, Sweetheart, eu sou tudo, menos anjo- o hibrido ainda estava intrigado com a jovem de olhos verdes, mas também estava encantado.
—Você é meu anjo- ela se sentou na cama, admirando o quarto- você me salvou, eu rezei pra que você me salva-se.
O hibrido sorriu pela inocência dela, aquilo era tão raro, único e atraente, ele não queria dividir isso com ninguém. Ela seria dele, seu segredo, seu... anjo.
—Me chamo Arya, qual o seu nome, anjo?- ela disse curiosa, sorrindo tímida.
—Niklaus, mas pode me chamar de Klaus, ou Nik, você escolhe- ele sorriu, usando seu tom mais gentil.
—Prefiro te chamar de anjo- ela riu baixinho.
Ele sorriu, apreciando a ironia do apelido, anjo, tudo que ele não era.
—Você vai ficar comigo, não é?- ela pediu, sua mente vagando pras cenas assustadoras da noite passada- ontem a noite eu...nunca fiquei tão assustada, eles...
Ela fechou os olhos com força, tentando não chorar.
O senso de proteção pela garota falou mais alto, logo Klaus estava abraçando ela.
—Vou te proteger de tudo, nada nem ninguém vai te machucar, você tem a minha palavra- ele disse em tom tranquilizador.
Sem saber identificar o sentimento que preenchia seu peito, Arya apenas se aconchegou mais no abraço, sentindo o aroma de seu anjo.
Depois de um banho e roupas limpas, Klaus a levou pra sala. Assim que viu o pequeno banquete, e menina sorriu agradecida, seu estômago roncando diante dos aromas atrativos.
—Coma o que quiser- o hibrido disse, diante do olhar faminto da menina.
Ela logo atacou a mesa, provando os novos alimentos, deliciada pelos novos sabores.
Klaus apenas a observava, encantado com a garota e seu jeito tão simples.
—Isso é incrível, eu nunca tinha comido isso antes- ela disse, provando um morango.
—Você não saía muito, não é?-ele perguntou curioso, queria desvendar o mistério por de trás dela.
—Edgar nunca me deixou sair, sempre fiquei no quarto, olhando através das grades de minha janela- ela disse, pegando outro morango- não sabia que existiam tantas cores, ou pessoas, bem até ontem pelo menos...
—Você nunca pensou em fugir?- ele estava intrigado.
—Porque eu fugiria?- ela perguntou confusa- Edgar sempre me trazia livros, e dizia que era preciso que eu ficasse ali. Ele era gentil.
Apesar de todo pavor que o bruxo lhe havia causado, ela era incapaz de sentir raiva ou ficar irritada com os atos do bruxo, não era de sua natureza desejar o mal a ninguém.
—Você esta livre agora- o hibrido diz, mesmo sabendo que nunca deixaria ela ir, não agora.
—É estranho - ela riu divertida- a floresta já é grande, não quero nem pensar no resto. Acho que o mundo me assusta, mas de um jeito bom. Como é lá fora?
—Barulhento- ele diz apenas- musica pra todo lado, isso já é um costume pelas ruas de Nova Orleans.
—Musica?-ela repete confusa.
—Será uma honra lhe apresentar algo tão maravilhoso como a musica- o brilho de admiração não deixa os olhos dela nem por um momento.
—Você pode me mostrar tudo, anjo- ela diz, seus olhares conectados.
No fundo ele sabia que aquilo não terminaria tão bem, mas era impossível resistir a inocência dela.
Pelo tempo que tivesse ali, ele seria seu anjo.
—Temos que achar a garota, se os bruxos...- Rebeka não estava nem um pouco satisfeita com aquela situação.
—Tenha calma irmã, nós a encontraremos- Elijah disse, calmo e calculista como sempre.
—E então o que, você pretendem matá-la?- Marcel disparou, ele odiava a ideia de machucar uma inocente, ainda mais uma criança.
—Isso não me agrada, tanto quanto a você- o original encara o ele apreensivo- mas é necessário para nossa sobrevivência.
—Afinal, onde Nik se meteu?- a loira já estava irritada com o sumiço do irmão.
—Creio que Niklaus e sua mente paranoica já estão ocupados por algo- o mais velho diz, apesar de também estar curioso sobre a ocupação do irmão- vamos nos concentrar em encontrar a criança.
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