Vivendo com o Crime escrita por Tuany Nascimento
Notas iniciais do capítulo
Segundo capítulo! Aproveitem
Obrigada pelo apoio!
(BPOV)
Depois de ficar dez minutos deitada em minha cama pensando na morte da bezerra, decidi descer e fazer o jantar para Charlie. Meu pai estava deitado no sofá com um relatório imenso no colo e um marca-texto na mão. Fui para a cozinha e comecei a ver o que tinha para fazer. Vamos ver: Peixe, Frango, Peixe, Carne Assada e Peixe. Preciso falar para Chalie não ir mais pescar, definitivamente, não suporto mais peixe. Peguei o Frango e decidi o fazer ao molho com batatas.
- Não quer uma folga da cozinha? – Charlie me perguntou encostado no batente da porta.
- Pizza? – perguntei sorrindo.
- De calabreza? – ele rebateu.
- Com bastante catchup?
- E maionese?
- Um enorme copo de Coca Cola?
- Já estou indo ligar! – Charlie disse sorrindo enquanto pegava o telefone.
Fui para a sala e sentei-me no sofá, coloquei em um canal de filmes. Estava passando Duro de Matar 4.0 O filme é um pouco fantasioso demais, porém, as sequencias de luta são boas.
- Acho esse filme tão ficcioso! Você luta melhor. – Charlie falou sentando-se ao meu lado.
- Também acho.
- Convencida! Não é a a toa que é a melhor de todos da Agência!
- Tive a quem puxar, Sr. Swan!
- Sinto falta do trabalho em campo. Esse nosso disfarce aqui em Forks é tão tedioso, nunca acontece nada aqui! Fico sempre jogando cartas com o sub-delegado, e só sou chamado quando a missão é muito importante ou para assuntos burocráticos.
- Pai! Você é o vice-diretor geral do FBI! Orgulhe-se disso, você sempre lutou para subir na vida e conseguiu! Treinou os melhores agentes, foi um agente perfeito e hoje executa seu trabalho esplendorosamente.
- Obrigado Bells! Você também é ótima.
- Eu sei. – disse jogando meus cabelos.
- E humilde também!
Rimos com o comentário e Charlie me abraçou, isso era um ato raro para ele, afinal, ele não é bom em se expressar, assim como eu. Ficamos um pouco absortos no filme e logo fomos interrompidos pelo som da campainha. Pulei do sofá e corri mancando até a porta, sob os protestos de Charlie para ir devagar. Escancarei a porta para poder ver o meu anjo mais perfeito. O meu Adônis terrestre. Só meu. Apenas meu. O rosto mais lindo, onde muitos dariam a alma para tê-lo e talvez, custasse isso. Suas orbes douradas – mais ainda hoje – me encantavam, me deixando deslumbrada. Ele afagou a minha bochecha e desceu pelo meu braço até encontrar minha mão. A segurou firmemente, e fixou o olhar em meu pé.
- Com dor? – perguntou preocupado.
- Nenhum pouco.
Ele sorriu para mim e me deu um beijo cálido e suave. Prendi meus braços em seu pescoço, até ouvir os passos pesados de Charlie em nossa direção. Afastei-me de Edward, apenas deixando nossas mãos entrelaçadas. Foi então que eu percebi que a porta do passageiro do Volvo se abriu, revelando Carlisle, desligando o telefone e saindo com sua maleta do carro. Ele se aproximou de nós e parou ao lado de seu filho.
- Boa Noite Bella. Como está?
- Olá Carlisle. A dor já passou, mas Edward ainda teima em me examinar.
- Entendo. – ele disse sorrindo paternalmente para mim.
- Entrem, por favor.
Dei passagem para os dois, que foram para a sala. Charlie foi como sempre cumprimentar Edward mal-humorado, mas se tornou amistoso com Carlisle. Meu sogro depositousua maleta na mesa de centro e pediu para me deitar no sofá.
- Acho que não precisa disso. Sei que meu pé não quebrou. – disse relutante.
- Melhor prevenir do que remediar. – Edward falou sorrindo para mim.
Revirei os olhos e deitei-me no sofá. Charlie explodiu em uma gargalhada, recebendo um olhar de repreensão por minha parte e dois olhares confusos dos Cullen. Ele então dirigiu-se para a cozinha. Com a sorte anda ao meu lado, incrivelmente, meu namorado vampiro leitor de mentes, não consegue ler nem a minha, nem a de meu pai. Graças a Deus!
Carlisle tirou a bota ortopédica de mim e começou uma lenta massagem em meu pé, onde seus dedos frios traziam uma sensação de dormência muito boa. Edwrad sentou-se no chão, perto de minha cabeça e afagou os meus cabelos. Virei meu rosto em sua direção e sorri, sendo correspondida.
- Não ouve um trauma grave. Apenas uma leve torção que provocou um luchamento. Use a bota ortopédica por 15 dias. E como percebi, está passando uma pomada, continue com o uso dela.
Carlisle disse-me tudo o que eu já sabia. Sorri inocentemente e ouvi mais uma vez a gargallhada de meu pai.
- Claro Carlisle, farei isso.
Após dez minutos de conversa, os Cullen foram embora. A pizza chegou e comemos enquanto conversávamos sobre a missão. Dei boa noite para Charlie e subi para o meu quarto. Fui direto para a cama, indo ao encontro de meu namorado. Aconcheguei-me em seu peito, adormecendo com a canção de ninar entoada por sua voz.
Acordei cedo, tomei banho e me arrumei. Coloquei um short (era a única coisa que podia colocar com essa bota), uma sapatilha verde e um casaco fino preto com um colete com verde militar por cima. Desci as escadas lentamente, apoiando-me ao corrimão. Charlie já havia ido para a delegacia, e deixado um bilhete para mim.
“Bella,
Seu treinamento está suspenso por vinte dias. Aproveite suas férias!
Charlie.”
Não acredito! Sem treinamento por vinte dias? Isso é maravilhoso. Não vou mais ter que mentir toda vez que eu tiver que sair para Edward ou Alice. Só Deus sabe o quão difícil é enganá-los. Com um sorriso bobo no rosto, peguei minha tigela e a enchi de cereal com leite. Comi tudo pensando como Edward reagiria se soubesse que namora uma Agente do FBI. Balancei a cabeça levemente, essa possibilidade seria o fim. Ele me culparia, me chamaria de mentirosa e tudo pelo o que eu lutei seria jogado fora. Terminei de comer, lavei a louça e fui escovar os dentes. Foi só então, quando eu peguei meu material que lembrei que não tinha como eu ir dirigindo, meu pé me impossibilitava. Olhei o horário no relógio e vi que Charlie provavelmente já estaria na delegacia, até ele chegar aqui, eu chegaria atrasada na escola.
Quando eu peguei o telefone para ligar para Edward, ouvi um barulho reconhecível da buzina do Volvo. Sorri e olhei para a janela, lá estava ele, encostado no carro, olhando em minha direção. Peguei meus materiais e saí, trancando a porta. Quando me virei, ele já se aproximava, pegou meus materiais e me deu um beijo. Me ajudou a descer a pequena escada da entrada de casa e entramos no carro.
- Sabia que você se esqueceria que não poderia dirigir, assim como Charlie acharia que eu viria te pegar. Então, para te poupar de um telefonema, vim te socorrer. – ele disse divertido.
- Oh, obrigada gentil cavalheiro!
- De nada, minha linda donzela.
Ele pegou minha mão e a beijou, mantendo nossos dedos entrelaçados o caminho todo, enquanto conversávamos amenidades.
- Edward, hoje irei almoçar com Angela. Ela me pediu, quer conversar comigo.
- Claro, sem problemas.
Sorri e continuamos conversando. Ele entrou no estacionamento e como sempre todos os rostos se viraram para o carro. Balancei a cabeça negativamente. Ele estacionou ao lado do chamativo Porsche de Alice, amarelo canário, parecido com o qual ela roubou em Volterra. Edward desceu, enquanto eu pegava meus materiais. Ele abriu a porta e os pegou de minha mão, arrumando os meus e os dele em uma pequena pilha. Me deu a mão e me ajudou a levantar. Alice estava ao nosso lado.
- Se quebrando novamente, Bella?
Gargalhei com seu comentário, ela pegou os meus materiais com Edward, que pode ter mais acessibilidade para me ajudar a mancar. Todos me olhavam curiosos. Alice veio ao nosso lado, tagarelando sobre um desfile que aconteceria em NY e mirabolando planos para me levar junto, um dia de meninas, segundo ela. Esme e Rosalie também iriam.
Edward me levou para a minha primeira aula, que seria Lieratura. Acomodei-me na cadeira e peguei meu material. Meu pensamento voou subitamente para minha luta com Christian. Eu ainda estava irritada por ter deixado-o escapar. Se não fosse por Thomas... Comecei a repassar a luta em minha cabeça, imaginando os golpes que poderia ter aplicado e o imobilizado, conseguindo prendê-lo.Passei a aula toda dispersa. Quando o sinal tocou, Edward já me esperava para me ajudar a ir para a aula de Educação Cívica. Na aula também fiquei dispersa, eu sentia que algo estranho aconteceria. Os outros dois tempos foram passando rapidamente por mim, a sensação me invadia cada vez mais.
Saí da sala para ir para o refeitório acompanhada de Edward, que me apoiava. Ele me deixou na mesa, juntamente com Angela, Ben, Mike, Jessica e Erick. Edward foi comprar meu lanche, um pedaço de pizza com uma coca. Foi então que eu ouvi o barulho da sirene do carro de polícia. O que meu pai fazia aqui? Edward voltou preocupado, colocou meu lanche em minha frente e me deu um pequeno comprimido, que percebi ser um Tylenol. Nisso, meu pai entrou e olhou diretamente para mim. Todos o olhavam atentamente.
- Alunos do Forks High School, é com um grande pesar que lhes informo que o diretor Sr. Greene, acabou de ser assassinado em seu escritório.
O refeitório todo explodiu em cochichos e conversas, meu pai me olhava profundamente.
- HEY! Peço-lhes que não saem daqui. Começaremos uma pequena investigação, procurando provas na sala dele. Vocês ficaram sob supervisão de alguns policiais. E Bella, me acompanhe, por favor.
Todos viraram a atenção para mim. Meu pai se aproximou de mim e me levantou, me ajudando. Caminhamos pelo corredor e paramos.
- O que aconteceu? – perguntei curiosa.
- Esse caso virou um nova missão para você e para Thomas.
- Como assim?
- Eu não te disse antes, mas esse é o quarto assassinato que acontece em Forks, envolvendo um tiro no peito e uma pequena insignia marcada no rosto da vitíma.
- Thomas virá para cá?
- Sim, mas sem disfarce, ele virá como Agente Especial mesmo.
- E eu?
- Ficará infiltrada na escola, interrogando as pessoas sutilmente.
- Ok, pai.
Ele acenou com a cabeça e me levou de volta para o refeitório, Edward me esperava juntamente com Alice, que nos olhava curiosa.
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