Ângelo se separou dos outros guerreiros assim que saíram do refeitório, ver aquele lugar lhe trouxe memorias que o mesmo queria esquecer, memorias de como sua própria família e seus amigos o deixou. Ângelo nunca deixou de agradecer a mulher que o salvou, que os libertou das portas da morte.

“Ele correu, correu mais do que sua perna de semideus permitia, ele pedia para que não estivesse atrasado, para que não chegasse tarde demais e deixa-se um grande amigo na mão.

Nico empurrou as enormes portas douradas do Olimpo, sua respiração então se agitou ao ver o raio mestra de Zeus atingir seu primo, condenando Percy Jackson ao Tártaro.

— Não — gritou, mas já era tarde demais — Vocês têm ideia da idiotice que acabaram de fazer?

Todos os deuses olharam espantados pela áurea que emanava do filho de Hades, era maior que qualquer outra vista desde o começo da nova era.

— O que você quer dizer com isso filho de Hades? — Hestia perguntou fazendo o garoto a olhar, agora suavemente.

— Lady Hestia, assim como eu, a senhorita sabe que Percy é inocente — o mesmo começou — Eu tenho provas da inocência do meu primo, mas agora de nada elas valem.

Atena se levantou de seu trono e seguiu até o semideus ainda respirando pesadamente, a deusa da sabedoria analisou rapidamente o garoto e então o abraçou, um ato que assustou todos os deuses e semideuses ali presentes.

— Controle sua áurea e me escute — falou — As portas da morte sempre poderão ser abertas.

Assim a deusa se afastou retornando ao seu lugar e o semideus correu para longe sem pensar duas vezes, ali condenando-se.

— Para onde o mandou, Atena? — Hades perguntou preocupado.

— Para onde ele possa cumprir seu destino — a mesma respondeu — Para as portas da morte.

— O que quer dizer com isso? — Zeus perguntou.

— Ele irar libertar o Jackson — Hera respondeu.

— Ele nunca irar retirar aquele traidor do tártaro — Zeus declarou irritado — Ele morrerá antes.

— Você não tocara no meu filho irmão, ou haverá guerra.

Ângelo correu, ele precisava ajudar seu primo e se para isso teria que abrir novamente as portas da morte, ele faria. Ele soube desde o momento em que saiu correndo do Olimpo que estava condenado assim como seu primo a morte, assim que Zeus o encontrasse, o que ele não entendia era porque Atena havia o ajudado, ela odiava o filho de Poseidon, o que havia mudado?

— É Percy, é bom minha futura morte valer a pena ou eu mato você.”

— Ângelo? — Ruby chamou.

— Você me assustou, Ruby — Ângelo falou a olhando ainda assustado.

— O que está acontecendo com vocês? — a garota perguntou se sentando ao lado do irmão.

— Vocês?

— Você, James, Ceres, Cyd e Emma — respondeu — Vocês andam mais dispersos, não notam quando lhe chamamos. Estou começando a ficar preocupada, meu irmão.

Ângelo pegou as mãos da irmã e suspirou, um suspiro pesado cheio de sofrimento.

— É apenas o passado vindo à tona, minha irmã — ele então sorriu fracamente — Cada um de nós tem uma história marcada por conta dos deuses, tanto boas, quanto ruins.

— Vocês nunca falam nada sobre o que aconteceu a anos atrás — Ruby falou.

— Não é algo bonito, nem feliz — contou — Continue com as memorias felizes.

Então o filho de Hades se levantou e saiu, deixando sua irmã ali, confusa com tudo o que estava acontecendo.