São Francisco – Califórnia.

Quando Prue chegou ao casarão, quase foi atacada por um vaso. Se ela não tivesse estourado ele com o susto, agora estaria com um baita corte em sua cabeça. Piper e Phoebe olharam surpresas ao vê-la de volta ao casarão.

— Alguém poderia me falar que diabos, está acontecendo aqui? – outro vaso veio em sua direção.

— A casa se revoltou. – Phoebe sorriu fraco.

— Como? – Prue não entendeu nada.

— Maus espíritos. Sabe como é, anos matando seres do mau. A casa ficou sobrecarregada. – Piper deu de ombros.

— Que legal. Então a nossa casa quer nós matar. 24 horas perfeitas essas. – soltou irônica. – Então como matamos nossa casa?

— Tenho uma ideia. – Piper disse, subindo para o sótão.

Quem diria que circulo de sal e palavras winkas resolveriam o caso da casa assassina?! E claro um bom e velho feitiço dos livros das sombras. E pronto a casa estava livre dos maus espíritos. Depois de ter limpado a casa das más vibrações, as irmãs foram para o jardim de inverno...

— Então foi por isso que voltou para casa? – Piper olhou para irmã mais nova.

— O que eu podia fazer? Ficar lá e só esperar o Dean me matar?

— Ele não faria isso. É filho do John. – Phoebe suspirou. – Acho que só foi muita novidade de uma vez só.

— E eu disse que isso podia acontecer. – Piper tomou sua limonada.

— Obrigada. – Prue revirou os olhos.

Uma semana depois...

Phoebe estava batendo na porta do banheiro, quando Piper se aproximou, também batendo na porta.

— Olha, eu estou na fila e...

— Phoebe não é isso, preciso falar com vocês e agora!

— Pronto! – Prue abriu a porta. – O que vocês... Hey! Eu estou quase nua aqui! – olhou para um homem atrás da irmã mais velha.

— Desculpe!

— O que o bêbado do hotel está fazendo aqui? – Phoebe perguntou.

— Meu nome é Brian. E eu não sou um bêbado.

— Ele é um fantasma. – Piper disse.

— Como é? Um fantasma não se parece com isso. Sem ofensas. – Prue segurou sua toalha.

— Que seja, mas ele é um fantasma. Ele foi assassinado, e obviamente precisa da nossa ajuda. Porque você acha que conseguimos vê-lo, tão rápido depois de sua morte?

— Tem certeza que esse cara é um fantasma? – Phoebe perguntou.

Piper pegou um jarro que tinha no aparador do corredor e, jogou no Brian. Obviamente o jarro atravessou seu corpo e, se quebrou em mil pedaços.

 ***

— Então, como podemos saber se ele não deve mesmo ir pro inferno? – Phoebe andava de um lado para o outro na cozinha.

— Ele morreu hoje pela manhã e já podemos vê-lo? Acho que a nossa irmã tem razão. Ele é veio buscar ajuda. – Prue se ajeitou na cadeira.

— Ajuda pra que? Ele já está morto. – Phoebe deu de ombros.

— Temos que fazer com que a família do Brian o enterre e, então ele pode prosseguir pro lugar para onde ele deve ir. – Piper cruzou os braços.

— Ok! Então vou chamar a policia e dizer onde está o corpo. – Phoebe sentou-se na bancada da cozinha.

— Eu já fiz isso. Eu só quero dar um tempo para que eles avisem a mãe do Brian antes de eu ir fala com ela.

— Falar com ela? – Prue soltou surpresa. – E dizer o que? Que você é uma bruxa? Você sabe que as pessoas não reagem bem a isso! – bufou. – Viu o que aconteceu com o... – se interrompeu. – Só acho que não deveria dizer nada sobre isso a ela.

— Eu não vou falar que sou uma bruxa. – Piper a olhou. – Eu só vou tentar fazê-la organizar um funeral o mais rápido possível, antes que Yama capture o espírito de Brian.

— Certo! – Phoebe revirou os olhos, quando o telefone tocou. – Alô! Claro, ela está sim.— entregou o telefone para sua irmã mais nova. – É o Winchester mais novo!

— Hey Sam! Não sei nada sobre isso, mas se quiser posso dar uma olhada no Livro das Sombras.  — sorriu fraco. –Ok! Se eu achar algo, eu entro em contato.

— Não perguntou sobre o Dean? – Piper a olhou.

— Não sei por que eu deveria!

***

Prue estava limpando o fogão da cozinha, quando Phoebe entrou.

— Ok! Você nunca limpa a cozinha, há não ser quando está com problemas.

— Não é nada. ´

— Problemas com o Dean ainda?

A ruiva parou o que estava fazendo e, olhou séria para sua irmã.

— Sabe?! Eu realmente não queria falar sobre isso.

— Ele vai entender que somos bruxas boas.

— Claro! – Prue esfregou com mais força o fogão.

— Então cadê nossa irmã?

— Foi falar com a mãe do Brian.

— Certo, fuja do assunto.

— Vocês têm que ver isso. – Piper entrou na cozinha, e ligou a TV.

— Eles acharam meu corpo. – Brian disse.

— “Apesar da polícia ter dito que o corpo estava queimado demais, impossibilitando o reconhecimento, objetos pessoais encontrados na cena do crime identificam-no como Tony Wong, líder da máfia de Chinatown” 

— Não pode ser! Esse foi o cara que me matou...

Phoebe fechou os olhos, quando teve uma premunição com o cara que estava passando na TV. E não era nada boa.

— Wong, ainda está vivo.

— É claro que ele ainda está vivo, fui eu quem eles acharam.

— Você consegue ver onde ele está agora? – Prue perguntou.

— Não, eu apenas vi um sinal. Rápido, me dê uma caneta.

Piper pegou um bloco de papel e uma caneta, e entregou a irmã...

— Não sei como eles podem acreditar nisso. Fui eu que morri.

— Mas você se parece muito com ele. Talvez ele tenha te usado para forjar a própria morte. – Vanessa o olhou.

            — O que isso significa? – Phoebe mostrou duas letras chinesas para Brian.

— Importadora Wu Han. É um armazém em Chinatown.

***

Importadora Wu Han

— Eu não sei gente, pode ser perigoso.

— E sua única chance. – Piper disse.

— Me escutem, vocês não vão querer ir lá em cima. Esses homens são perigosos.

— Nós somos bruxas, lembra?! – Piper continuou subindo.

— Espera, eu não posso entrar, tem um amuleto na porta.

Prue pegou o amuleto que estava pendurado na porta e, jogou ele no andar debaixo.

— Esqueça. – Brian a olhou surpreso. – Você não está com medo?

— Digamos que já vi coisa pior do que homens armados. – a ruiva deu de ombros.

Ela então abriu a porta, e os homens se assustaram em ver duas mulheres. Piper não pensou duas vezes e, congelou a todos.

— Ok, nós temos que correr. – Piper disse.

— Certo, fiquem preparados para correr. – Prue pegou um jornal colocou nas mãos do Wong. – Quando eu bater a foto, o feitiço da Piper acaba.

Quando o flash da maquina estourou, o feitiço se rompeu, e eles saíram correndo do escritório do mafioso chinês. 

***

— E ai? – Prue perguntou quando Piper voltou pra casa.

— Tudo pronto. Eu coloquei a foto no escaninho do Andy.  Assim que ele pegar a foto, vai desmascarar o Wong.

— Mas isso não me ajuda. – Brian disse cruzando os braços. – Não vai ter como identificar aquele corpo como sendo meu.

— Eles vão conferir o corpo de novo. O que temos que fazer é colocar a sua mãe pra ver o corpo. – Phoebe disse.

— Então vou voltar à casa do Brian. – Piper disse pegando a sua bolsa.

***

Phoebe estava conversando com sua irmã, na sala, quando teve uma visão de sua irmã mais velha. Piper estava sendo atacada por Wong e sua gangue. Quando elas chegaram ao armazém, Phoebe ficou no carro, ligando para a polícia e, Prue entrou no armazém. Quando ela viu sua irmã amarrada a uma cadeira, e sendo ameaçada por Wong que lhe apontava uma arma. Não pensou duas vezes e usou seu poder. Ele caiu com tudo no chão, mas se levantou rapidamente, morrendo de medo de que ela pudesse o atacar novamente. Wong e sua gangue saíram correndo do armazém, mas não conseguiram ir muito longe, porque a polícia os cercou em um beco sem saída.

— Nós temos que sair daqui antes que o Andy nos veja. – Prue disse soltando sua irmã.

Quando elas estavam voltando para o carro, Yama se aproximou de Brian. Piper se colocou na frente dele. Ela não permitiria que a alma de Brian fosse para o inferno.

— Não! Você não pode levá-lo. Ele é um homem bom. Ele não pertence à você!

Yama a olhou e então sumiu no ar como o vento. Piper tinha conseguido convencê-lo de que Brian tinha uma alma boa.

***

Piper estava um tanto quando arrasada durante o funeral de Brian. Ela tinha se ligado muito a ele durante o caso, mas ficou feliz em saber que sua alma estaria no lugar certo. Suas irmãs, vendo como ela estava, resolveram animá-la um pouco e a levaram para jantar no melhor restaurante da cidade.

Elas estavam se divertindo na noite entre irmãs, quando Dean ligou para Prue. Ela pegou seu celular, rejeitando a ligação.

— Porque não atendeu? – Piper perguntou.

— Não era nada importante. – deu de ombros.

— Dean?! – Phoebe disse ao pegar o celular da irmã, e vê a ultima ligação recebida.

— Acho que deveria conversar com ele. – Piper disse séria.

— Acho que ele já disse tudo o que ele tinha pra dizer. – Prue guardou seu celular. – Vamos apenas nos focar no nosso jantar, ok! – sorriu para irmãs.