Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 62
Empatia




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Em um mês, muita coisa aconteceu. Inclusive um fato bizarro envolvendo os Winchesters. Eles foram pegos pelo brincalhão, que fez questão de deixar Prue e o Castiel de fora.  Mas segundo Sam e Dean, eles passaram por coisas estranhas em alguns programas de TV. Que passava de um drama hospitalar até um jogo japonês maluco. No qual Dean saiu campeão, sem ao menos saber dar uma palavra em japonês. Mas o final foi mais que surpreendente para Prue.

— O brincalhão é um Acanjo? O Arcanjo Gabriel?

— Sim. Mas isso não é o pior. – Dean sorriu irônico. – Ele insiste em dizer que eu e o Sam somos os receptáculos de Miguel e Lúcifer.  Disse que sempre foi predestinada essa merda. – a olhou. – E você descobriu mais sobre suas novas habilidades?— Não. Parece que a coisa ainda só funciona quando estou furiosa. – ela bufou. – Tenho que aprender a lidar com essa nova “habilidade”.

Duas semanas depois...

Prue e os Winchesters estavam em Phoenix no Arizona, pesquisando sobre um possível caso, quando a mais nova das Halliwell pensou ter visto o namorado de Phoebe do lado de fora da lanchonete na qual estava.

— O que foi? – Sam perguntou.

— Nada é que podia jurar que vi o Cole lá fora.

— O namorado da Phoebe? – Dean perguntou. – E o que ele estaria fazendo aqui? – a olhou.

— Acho que só vi alguém muito parecido com ele só isso. – Prue deu de ombros. 

— Minutos depois, eles estavam dentro do Impala procurando por um motel, quando foram impedidos de avançar pela avenida principal.

— O que aconteceu? – Dean perguntou ao sair do carro. 

— O cara não quer sair dali. – o homem falou. – E temos que demolir ainda hoje.

Prue olhou para o lugar abandonado e então se afastou dos Winchesters.

— Ótimo, a assistente social chegou. – o homem apontou para uma mulher ruiva entrando no prédio abandonado.

— Mas... – Dean revirou os olhos, e olhou para o irmão.

Prue subiu a escada do prédio e bateu na primeira porta que viu...

— Olá?!

— Vá embora! – um homem gritou de dentro do apartamento.

— Eu só quero conversar.

— Por favor, vá embora!

Prue não aceitou não como resposta, então concentrou e abriu a tranca que a impedia de entrar.

— Não... Não se aproxime mais. – o homem saiu correndo pelo apartamento.

— O que veio fazer aqui? – Dean perguntou ao se aproximar.

— Está machucado? – Prue se aproximou mais do homem, sem responder a pergunta do Winchester mais velho.

— Minha cabeça está explodindo. A dor, você deixou a dor entrar. – o homem a encarou.

— Que dor? – Sam perguntou.

— A dor de todos. Da cidade, das ruas... Eu sinto. Eu sinto tudo.

Dean olhou estanhando aquela situação; tentou impedir que Prue se aproximasse mais daquele homem. Mas ela simplesmente deu de ombros e sentou-se próximo ao cara.

— Eu não vou te machucar, nenhum de nós vai. – ela disse calmamente. – Queremos ajudar.

— Já está me machucando. – o homem a olhou furioso. – Sua piedade é como uma lamina que corta por dentro. Porque não saiu quando eu pedi. – gritou. – Vocês têm medo e pânico! Porque tem alguma coisa vindo atrás de vocês, e vocês temem não consegui impedir.

— Sinto muito. – Prue se levantou.

— Sim, você sente. Principalmente você! – o homem a encarou. – Está confusa e com medo. E isso está me afogando vivo. 

Dean a olhou sem entender de onde o homem estava tirando aquelas coisas. Prue estava sentindo a dor daquele pobre homem, e seus olhos estavam cheios de lágrimas.

— É uma maldição. – o homem gritou. – Sou amaldiçoado por sentir tudo, de todos, o tempo todo. Não posso sair por aquela porta, nem agora, nem nunca.

— O tempo acabou. – um homem gritou abrindo a porta.

Ao ver o desespero do rapaz, Prue usou seus poderes para que ninguém conseguisse abrir a porta.

— Como está fazendo isso?

 — Nós viemos ajudar, eu disse. – ela sorriu. – “Liberte o empático, tire seu dom... – o pobre rapaz segurou sua mão. – Deixe que sua dor vá embora”...

O policial conseguiu entrar no apartamento, e Dean continuava a olhar para Prue sem entender o que ela tinha acabado de fazer ali.

— Ele está pronto agora. – Prue sorriu para o rapaz.

— Obrigada. Você não sabe o que fez por mim.

— É, ela costuma fazer essas coisas. – Dean sorriu para a garota.

***

Assim que Dean parou o Impala no estacionamento do motel, Prue começou a sentir sensações estranhas quando um casal se aproximou da recepção.

— Você está bem? – Sam se aproximou da amiga ao ver que ela tinha praticamente se jogando no sofá.

— Acho que sim. – ela o olhou, confusa.

Dean a olhou preocupado, e Prue sentiu seu coração se apartar dentro do peito.

— O que aconteceu? – ele perguntou ao se aproximar.

— Eu não sei. – ela olhou depois de recuperar o fôlego.  – Acho que só preciso dormir. – se levantou.

***

Em uma casa aparentemente abandonada o mesmo cara que foi ajudado pela Prue, recebeu uma visita inesperada.

— Belthazor!

— Recebi sua mensagem.

— Obrigado por me mandar uma bruxa, aconteceu como você disse. – o homem riu.

— Vocês fizeram contato físico no feitiço? – Belthazor perguntou.

— Eu senti a empatia doentia passar de mim para ela. Como sabia que isso aconteceria?

— Foi assim que você pegou isso, não foi? Quanto tempo ela têm?

— Ela é mortal. – o homem disse. – Não vai conseguir lutar contra isso como um demônio consegue. Eu diria que dentro de um dia o peso da emoção vai destruí-la. Vai gostar de ver.

— Vou estar longe. – Belthazor disse. – Não preciso ver as outras duas sofrerem com a perda da irmã. E muito menos os Winchesters.

— Compaixão? Vindo de você? Acho que talvez você esteja disfarçado há muito tempo; se esqueceu do que está por vir?

— Não é da sua conta. E não. Não me esqueci do Lúcifer.

— É verdade. – o homem disse indo até a porta.

— Espere. – Belthazor impediu que ele saísse. – Não posso deixar que os Winchesters e as bruxas o encontrem e reverta o feitiço.

— Está se esquecendo de quem eu era antes de ser empático? Sou imune aos poderes delas.

— Sim, mas não o meu. – Belthazor desapareceu.

***

De volta ao motel, Prue estava observando os Winchesters procurando por algum caso, quando Dean a olhou. Ela sentiu seu coração acelerar de uma forma mais intensa, e um frio maior em sua barriga. Ela sentia o medo, a preocupação e o amor. Não só da parte dela, do Dean também.

— O que foi? – ele perguntou ao vê-la se levantar.

— Nada, vou tomar uma ducha.

Prue deixou a água cair em seu corpo tentando aliviar todas aquelas sensações. Ela sabia dos sentimentos do Dean, mas senti-los como se fosse ele, era diferente. Intenso demais. Horas se passaram e Dean resolveu sair para buscar o jantar. Sam resolveu ir junto porque queria algo diferente. Prue ainda estava sozinha no quarto, quando um começou a se sentir nervosa e ansiosa. Um casal no quarto ao lado começou a discutir, e todas as emoções deles estavam se direcionando completamente pra ela. Prue tentou lidar com isso, mais estava ficando impossível. O casal do outro lado estava em um momento de intensa paixão. O que deixou ela mais sensível. Quando Dean e Sam voltaram para o quarto, encontram Prue sentada no canto do quarto, com as mãos em sua cabeça e chorando. Todos os sentimentos que ela estava sentindo ficaram mais intensos a culpa do Sam por ter libertado Lúcifer, e os sentimentos complicados do Dean.

— O que aconteceu? – eles se aproximaram dela.

— Eu... eu preciso sair daqui. – ela disse visivelmente alterada. – As emoções estão por toda parte, não consigo fugir.

— Como assim? – Sam perguntou.

— Não é só com você e o Sam. Eu estou sentido coisas das outras pessoas perto de mim. Essas pessoas estão na minha cabeça e no meu coração. – Prue disse alterada. – E dói. – começou a chorar.  – Não. – se afastou, quando Dean foi ajudá-la a se levantar. – Fiquem longe de mim... Merda! É difícil me concentrar até pra falar. – segurou suas pernas contra seu peito. Só quero que isso acabe. Parece que minha cabeça vai explodir. – as lâmpadas, espelhos, janelas e a TV explodiram.

— O que foi isso? – Dean e Sam perguntam.

— O que faz aqui? – Dean perguntou. 

— A Prue me mandou uma mensagem. O que aconteceu? – Leo se aproximou da amiga.

— Eu... eu... – Prue não conseguia explicar.

— Você acha que pode ter sido por causa daquele feitiço que ela usou naquele cara? – Sam perguntou ao irmão.

— Que feitiço? – Leo perguntou.

Sam e Dean então contaram o que tinha acontecido com um cara que a Prue encontrou por um acaso em um prédio prestes a ser demolido.

— Eu só quis ajudar um inocente. – Prue disse chorando. – Porque está com medo, Leo?

— Eu... – ele a olhou visivelmente preocupado. – Você está em perigo. Você não deveria ter recebido este dom. Quando mais você sente mais poderosa fica.

— Mas de certa forma, fui colocada nesse caminho. Eu senti que tinha que ajudá-lo. – Prue apertava sua cabeça, ainda muito nervosa.

— Ok! Isto não é um dom. – Dean travou o maxilar. – Nós vamos devolvê-lo.  Não é pra você. – se aproximou dela. – Vamos encontrar aquele cara, e você vai ficar bem. – ajudou ela a se levantar.

— Eu vou buscar Piper e Phoebe. – Leo sumiu.

***

Dean parou o carro em frente a uma igreja que estava cercada de carros de policia. Sam e eles saíram do carro, quando Leo apareceu com as Halliwell atravessando a rua.

— Onde está minha irmã? – Piper perguntou.

— Esperando no carro. – Dean respondeu.

— Então o nome do cara é Vincent? – Phoebe perguntou.

— Foi o único nome que encontramos. – Sam respondeu. – E acabamos parando aqui. A assistente social disse que ele nunca ligou para ela depois que saiu do prédio.

— Isso é muito ruim. – Leo olhou um dos corpos.

— Ruim quanto? Ruim como cerveja quente, ou ruim como Lúcifer? – Dean perguntou.

— Acho que estamos lidando com um demônio. – Castiel apareceu.

— Isso explica porque o dom empático não o matou. – Leo respondeu.

— Ótimo dois anjos nerds. – Dean riu.

— Acho que não podemos chamar isso de dom. – Piper os olhou.

— Como esse demônio conseguiu se tornar empático? – Sam perguntou.

— Acho que recebeu o poder de um verdadeiro empático. – Leo respondeu. – Como uma maldição para que sentisse toda a dor que provocasse.

Então Phoebe gritou ao ter uma visão...

— O que foi? – Dean perguntou.

— Estão certos quanto ao demônio.

— O que você viu?  - Piper perguntou.

— Muitos assassinatos. Como se esse demônio fizesse uma grande matança.

— Aleatoriamente? – foi à vez de Sam perguntar.

— Não. Parecia mais uma missão.

— Ele pode estar querendo se livrar de quem o amaldiçoou. – Castiel disse.

— Temos que chegar nele, antes que isso pegue a minha irmã. – Phoebe foi em direção ao carro.

— Qual foi o ultimo assassinato que viu? – Dean perguntou.

— Um cara em um hospital, Crest Hills. Mas não sei se já aconteceu.

— Só temos um jeito de descobrir se aconteceu. – Dean disse entrando no carro.

***

Hospital psiquiátrico Crest Hills. 

— Você fica aqui no carro coma Prue. Nós vamos entrar. – Dean olhou para Castiel.

Piper usou seus poderes para que eles conseguissem passara pela recepção do hospital, e então foram atrás do homem da visão de Phoebe.

— Oi! – Phoebe se aproximou do homem perto da janela. – Sei que isso vai parecer uma loucura, mas você é empático?

— Não precisam brincar comigo, sabe? – o homem disse.  – Eu sei que não acreditam.

— Não, nós não somos médicos. – Sam disse.

— Nós somos bruxas. – Piper se aproximou.

— E caçadores. – Dean sorriu fraco.  – Estamos procurando o empático que amaldiçoou um demônio.

O homem suspirou e então se virou...

— Eu era padre, e ajudava as pessoas quando ele me procurou.

— Quer dizer Vince? – Dean perguntou. – Foi esse o nome que ele deu?

— Vinceres é um assassino demoníaco. Eterno, imbatível.

— Mas você o deteve. Como? – Dean tornou a perguntar.

— Quando segurou minha garganta, para me matar. Eu pus as mãos nele, como se fosse curá-lo.

— E deu a ele seu poder. – Phoebe concluiu.

— Sim. Mas não sabia se conseguiria, mas foi isso. Amaldiçoei-o e a mim.

— Como amaldiçoou a si mesmo? – Sam perguntou.

— Vou viver eternamente na terra, sem dom e sem razão de ser.

— Não posso ajudá-lo quando à eternidade, mas posso lhe dar uma razão de ser. – Phoebe o olhou.

— Eu sei. Eu li o jornal, temos que ir aquele prédio e tirar o demônio de lá. – o homem tornou a olhar para a janela.

— É estranho ter mencionado isso, porque quando Prue conheceu Vince, achou que ele fosse um recluso e...

— Ela não fez um feitiço, fez? – o homem esbravejou interrompendo Dean.

— Ela fez, mas...

— Eu abri mão de tudo para não deixar aquele monstro matar de novo. – gritou se aproximando de Piper.

No estacionamento da casa de repouso, Prue começou a chorar, e segurou suas pernas. Ela não queria sentir mais nada. Não queria sair daquele carro. Mesmo que tivesse dois anjos ao seu lado, ela não sabia quanto tempo mais resistiria a tantas emoções. De tão nervosa que ela estava os vidros do Impala se quebraram.

— Mas o que? – Dean perguntou ao se aproximar do carro. – Você está bem? – se aproximou de Prue.

— Não. Não posso ficar aqui. Me leve daqui, por favor! – ela disse chorando.

***

Quarto de motel

Dean pagou por mais um quarto no motel, e então levou Prue para o quarto em que estavam antes. Fechou todas as portas e cortinas. Prue estava sentada na cama ao lado da parede, encolhida e com medo. Dean estava sentado em uma cadeira. Ele apenas queria ser capaz de tirar toda aquela dor de sua garota. E tinha medo do que poderia acontecer, caso não conseguisse tirar aquela maldição dela.

— Eu vou te ajudar, vou te tirar dessa. – beijou os cabelos de Prue, então saiu do quarto. – E então o que acharam? – perguntou ao entrar no quarto ao lado.  – Nos temos que achar esse filho da mãe, e reverter esse feitiço.

— Vinceres é imune à magia das bruxas. – o padre falou.

— Espere. – Dean o olhou. – O feitiço de Prue deu certo.

— Porque o demônio permitiu para levar vantagem. – o padre olhou para as Halliwell. – Seus feitiços são inúteis agora.

— Talvez não precisemos reverter o feitiço. – Sam disse.

— No que está pensando? – Leo perguntou.

— Prue está recebendo emoções, todas as emoções. E seus poderes estão ligados a elas. – Sam os olhou. – Então, se ela achasse uma forma de canalizá-las seria imbatível também, não acham?

— Isso é possível? – Dean perguntou.

— Pode ser perigoso se ela não tiver forças pra isso. – Castiel se manifestou.

— Pelo que vi a Prue está muito mal. Não vai viver até a noite. – o padre disse.

— Muito bem, já chega. – Piper se levantou. – Você passou uma vida com esses poderes, dê um jeito e pare de lamentar e ajude a gente a salvar a minha irmã!

Dean abriu a porta do quarto para que o padre passasse, e quando Prue o viu o mandou embora. Mandou todos embora. Ela só queria que aquela tormenta sumisse para sempre.

— Eu sei como se sente. Seu instinto é se afastar. Não faça isso. – o padre se aproximou. – Tente achar a calma interior.

— Não consigo. – Prue gritou.  – A dor, o barulho.

— Está carregando uma cruz que não é sua. Sinto muito. – o padre disse.

— Seu arrependimento, não... Eu não aguento. Por favor! – Prue disse chorando.

— Você está lutando com o que sente. Isso é natural, mas é errado. Para achar a força da empatia, você deve abraçar a emoção.  – padre se aproximou mais. – Escute-me. As sensações estão acabando com você porque luta contra elas, como o demônio fez. O demônio não sabe lidar com emoções humanas, você sabe.

Enquanto isso no outro quarto, Piper e Phoebe armaram uma armadilha para Vincent. Mas não estava dando muito certo, porque os poderes da Piper não surtiam o mesmo efeito.

— Leo, Castiel. Rápido. – Phoebe gritou.

Prue se encolheu mais ainda, quando o padre lhe estendeu a mão.

— Pegue minha mão.

Por um momento, Prue se sentiu mais calma, e fez o que o padre havia pedido.

— Meu poder de aliviar o sofrimento humano está em minhas mãos. – ele sorriu. – Foi assim que eu amaldiçoei o demônio. Você precisa canalizar seu dom empático ao seu poder.

— Eu não consigo. – Prue disse chorando. – Não consigo controlar meus poderes.

— Sim, você consegue sim. – Dean se aproximou. – Sei que você consegue.

— Você tem uma chance única. – o padre disse. – Não tema.

Vincent estava ameaçando Piper e Phoebe, quando Prue passou pela porta do quarto,sendo seguida por todos.

— Venha pegá-lo. – a mais nova das Halliwell o jogou contra a parede.

— Como você fez isso? – Vincent perguntou ao se levantar.

Se quiser o empático, vai ter de passar por mim primeiro. – Prue se colocou na frente do padre. – Piper e Phoebe tentaram se aproximar, mas ela não deixou.  – Afastem-se. Esta luta é minha. – golpeou Vincent, com um dos golpes de artes marciais que tinha aprendido com Dean.

— Você não pode me machucar, bruxa. – Vincent riu ao se levantar. – Sei lidar com seus poderes. – a segurou pelo pescoço.

Dean estava pronto a intervir quando Castiel o impediu. Todos queriam ajudar, mas não podiam, não teriam nenhuma chance contra aquele demônio.  Então Prue usou seus poderes e conseguiu se livrar de Vincent dando outro golpe nele, o jogando para o outro lado do quarto.

— Sei lidar com seus poderes. – ele tornou a dizer rindo.

— E com a dor? Com a dor humana? – Prue perguntou, e então canalizou a energia de todas as dores humanas e mandou uma luz negra diretamente para Vincent.

Vincent não aguentou todas aquelas dores humanas que Prue havia canalizado. E explodiu. Os livros estavam certos em dizer que Vincent era imortal e imune aos poderes das bruxas. Mas não era imune a todas as sensações humanas, ainda mais canalizadas em forma de uma bomba.

— As vozes sumiram. – Prue respirou aliviada.

— Então você não é mais empática? – Dean perguntou.

— Não. – ela sorriu. – Desculpe, achava que poderia devolver seu dom. – olhou para o padre.

— Você devolveu. – ele sorriu. – Parece que consigo entender o que os outros sentem. Mesmo sem o auxilio da magia.

— Você foi demais. – Piper abraçou a irmã mais nova.

— Eu fui? – Prue riu.

— Muito. – Phoebe se juntou ao abraço.

***

Prue tinha acabado de se despedir de Leo e de suas irmãs, quando voltou para o quarto.

— O que estamos fazendo?

— Arrumando as malas. Não vamos ficar mais na cidade. – Dean disse pegando sua bolsa.

— Cadê o Sam?

— No carro. – Dean a olhou.

— E por falar no Impala. Desculpe-me pelos vidros. – Prue encolheu os ombros.

Dean riu de lado e se aproximou dela...

— Eu vou resolver os vidros, mas a senhorita vai me pagar.

— Adoraria saber como? – Prue entrou no flerte.

— Tenho ótimas idéias. Mas primeiro vamos dar o fora daqui, e impedir que você tente salvar pessoas em prédios abandonados.

— Lição aprendida. – ela sorriu. – E quanto ao pagamento. – o puxou para um beijo.


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