Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 3
Mais um dia de trabalho...




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Dois meses depois...

São Francisco

Há dois meses as irmãs Halliwell tinham descoberto que eram bruxas, não qualquer tipo de bruxa e, sim as mais poderosas de todas. Como estava em um dia tranquilo sem demônios ou coisas malignas tentando atacá-las, Piper e Phoebe foram trabalhar, deixando Prue sozinha no casarão. E pra passar o tempo ocioso, ela resolveu arrumar as coisas de sua avó, que até então estavam no mesmo lugar.

Prue passou algumas horas, juntando as roupas de sua avó para doação, quando percebeu que o fundo do armário era falso. Quando conseguiu abrir a pequena porta falsa, viu dois diários. No começo não pretendia lê-los, mas quando um dos diários caiu no chão, viu um desenho estranho, a foto de sua mãe, o telefone de seu tio e o nome do amigo da família: John.

— Eu não acredito nisso?! Porque eles mentiram sobre isso?! – fechou o diário e foi para seu quarto.

Enquanto jogava algumas peças de roupa em uma mala, Prue pensava se devia ou não contar para suas irmãs, o que tinha lido no diário de sua avó. Não sabia se elas lidariam bem com a verdadeira causa da morte de Penny e Patty Halliwell. E antes de sair de casa e, pegar a estrada que a levaria até a casa de seu tio, deixou um bilhete na porta da geladeira.

 “Tive que ir à casa do nosso Tio, logo estarei de volta. Não se preocupem! Amo vocês!”

***

Dias depois

Pittsburgh – Pensilvânia

Por conta de um misterioso acidente, envolvendo um avião com cem passageiros e apenas sete sobreviventes, Dean e Sam vão até a Pensilvânia ajudar um velho conhecido de seu pai. Jerry os chamou, porque a gravação da queda do ultimo vôo, possuía ruídos estranhos.

— Saiu daqui e, caiu a 322 Km ao sul. Dizem que foi falha mecânica, a cabine despressurizou. Ninguém sabe o porquê. Um dos sobreviventes, um piloto. Chama-se Chuck Lambert é meu amigo e, está se sentindo culpado.

— Jerry, vamos precisar de uma lista de sobreviventes...

— É. – Dean interrompeu o irmão. – E será que podíamos dar uma olhada nos destroços?

— Eu consigo a lista, mas os destroços... O conselho de segurança do transporte guardou tudo em um deposito. Não tenho acesso ao deposito.

— Sem problemas. – Dean sorriu.

Depois de conseguirem acessos falsos para entrarem no deposito, Sam mostra a Dean à gravação do avião, em outra frequência.

“Sem sobreviventes!”

— Como assim? Houve sete sobreviventes.

— Não faço idéia. – Sam fechou seu notebook.

— Você acha que o vôo estava mal-assombrado?

— O histórico de espíritos em aviões e navios é grande. Como fantasmas viajantes.

— Então?! Com qual sobrevivente quer falar primeiro? – Dean perguntou ligando o carro.

— Com o terceiro, Max Jaffe.

— Porque ele?

— Porque ele é daqui. E se alguém viu alguma coisa estranha, foi ele.

***

São Francisco

Prue voltou para o casarão, depois de praticamente três dias na casa de seu tio. E não tinha gostado nada da conversa que teve com ele. Não gostou de saber que seu próprio tio, tinha escondido que as três eram bruxas.  Mas se ela estava pensando que encontraria um pouco de paz, ao chegar em casa, estava errada. Suas irmãs estavam discutindo.

— Espera vocês estão brigando porque um cachorro entrou em casa?

— Ele era enorme e estava nos encarando. – Phoebe disse se jogando no sofá.

— Ele apenas queria comer. – Piper deu de ombros.

— O nosso gato! – Phoebe disse.

— Ok! Nosso gato não ia deixar um cachorro o atacar. – Prue riu. – Se me derem licença, eu preciso dormir umas doze horas seguidas.

Na manhã seguinte, quando ela foi tomar café da manhã, quase tropeçou no Livro das Sombras.

— Hey! O que o livro estava fazendo no chão do corredor? – Prue perguntou, entrando na cozinha com o livro.

— Como ele foi para lá? – Phoebe perguntou.

— Isso que eu gostaria de saber.

— Que cara é essa? – Phoebe perguntou, ao ver sua irmã mais velha entrando na cozinha.

— O papai quer conversar com a gente.

— O que?! – Prue soltou surpresa. – Eu não me lembro dele, porque agora, ele quer conversar com a gente?

— Não faço idéia. – Piper deu de ombros.

— Eu vou levar o livro de volta pro sótão.

Quando Prue abriu a porta do sótão, deu de cara com a pequena porta do armário jogada entre os dois sofás. E muitos livros jogados ao chão. Suas irmãs assim como ela, ficaram surpresas com o que tinha acontecido.

— Primeiro o Livro das sombras no chão do corredor, agora o sótão destruído? – Phoebe tirou um dos livros do chão.

— Está na cara que alguém queria o livro.

— Prue, porque alguém iria querer o livro? – Piper perguntou, guardando os livros no lugar.

— Seja quem for, deve ter descoberto o que o Livro pode fazer.

— Acha que eles querem o poder do livro? O nosso poder? – Phoebe perguntou surpresa.

— Pode ser. – Prue deu de ombros.

— Demônios?

— Não. – Piper soltou. – Acho que pode ser o Victor.

— Nosso pai?

— Pensa é muita coincidência ele estar na cidade e, alguém tentar roubar o livro.

— Ok! Não conheço o cara, mas se ele não nos vê há anos, como ele pode saber que somos bruxas?

— O que eu digo é, enquanto não soubermos quem invadiu a casa e, se o Victor tem alguma coisa nisso tudo, vamos esconder o livro. – Piper pegou o Livro das Sombras. – E ninguém sai de casa.

***

Pittsburgh – Pensilvânia

Sam e Dean foram até uma clinica psiquiátrica, onde Max está internado desde o acidente com avião. Ele conta aos Winchesters que viu um homem se aproximar da porta do avião e, um pouco antes de abri-la, os olhos dele ficaram completamente pretos.  

— Ok! Você pode estar até drogado, mas não conseguiria abrir a porta de emergência em um vôo.  – Dean disse ao abrir a porta do impala.

— Não se for humano.  Talvez George fosse outra coisa, uma criatura em forma humana.

Eles conseguem passar pela segurança do deposito e, começam a procurar por algo que possa ajudar a solucionar o caso. Mas ao passar pela porta do avião, o EMF de Dean começa a sinalizar de que tem algo estranho. Sam encontra uma substância incrustada, retira uma amostra e leva para análise. Jerry diz aos Winchesters que a substância se trata de enxofre.

— Poucas coisas deixam enxofre. – Dean diz.

— Possessão demoníaca?

— Explicaria como um mortal pode abrir a porta de emergência.

De volta ao motel...

— Certo. Temos um demônio que evoluiu com o tempo e, achou uma forma de matar muitos de uma vez? – Dean perguntou incrédulo.

Eles continuaram pesquisando, quando Jerry ligou, dizendo que Chuck havia morrido em um acidente aéreo e que tinha enxofre no avião em que ele estava. Sam e Dean chegam à conclusão de que o demônio está matando um a um dos sobreviventes do vôo 2485. Eles acabam descobrindo ao ligar para cada um dos sobreviventes, que um deles vai embarcar em um avião.

***

São Francisco

Mesmo a contra gosto, Piper foi jantar com suas irmãs e seu pai. Ela e Prue eram as únicas que não confiavam muito em Victor, mas resolveram fazer isso pro Phoebe que queria conversar com seu pai. Para a surpresa de Piper, elas tiveram um bom jantar ao lado do pai. Tanto que resolveram o convidar para ir para o casarão, junto delas.

— Mas o que... – Phoebe soltou surpresa, ao abrir a porta e dá de cara com a sala cheia de corvos.

— Amigos de vocês? – Victor perguntou.

— Eu vou ver o que aconteceu. – Piper saiu da sala.

Phoebe estava se divertindo com o pai. E quando Piper voltou para sala, perguntou o porquê estavam rindo.

— Histórias da minha infância, que eu não me lembro. – Prue deu de ombros. – Acho que foram antes da mamãe morrer. E o papai. – fez aspas com os dedos. – Quer saber do Livro.

— Sabia!

— Do que está me acusando, Piper?

— Adivinha?!

— Piper, por favor... ele é nosso pai. – Phoebe se aproximou da irmã.

— Está brincando? Eu sou a única que vê o que está acontecendo aqui? Phoebe pensa bem, ele nos paga um jantar e o vinho. Nos faz baixar à guarda e, convidá-lo pra nossa casa! E agora ele conta coisas a Prue, que ela nem se lembra?! Porque ele não esteve com ela na hora que ela mais precisou? E agora do nada quer saber do Livro das Sombras?

— Você só está procurando por algo para culpá-lo. – Phoebe se aproximou do pai.

— Admita. Diga a elas porque você está aqui! Pela primeira vez, diga a verdade Victor.

— Você está certa, eu estou atrás do livro. Foi exatamente por isso que eu voltei, mas não pelos motivos que vocês gostariam de acreditar. Seria mais fácil pra você, Piper acreditar que eu sou mau. Mas eu não sou. Estou aqui para proteger vocês.

— Acho que é um pouco tarde. – Piper cruzou os braços. – Porque o nosso tio fazia o papel que você nunca fez.

— Nos proteger de que? – Phoebe perguntou.

— De vocês mesmos. Daquele maldito livro... foi onde começou o poder das três. E é onde deve acabar.

— Mas ele é parte da gente. Parte do que nos somos. – Phoebe se afastou do pai.

— Era o que a mãe de vocês acreditava também... até a matarem. Até...

Prue se irritou com o pai, ela tinha descoberto tudo. Tinha descoberto do pedido que o pai fez a sua avó, logo quando a sua mãe morreu. E num acesso de fúria, o jogou no chão.

— Você é inacreditável! – ela gritou. – Depois de todos esses anos como um pai ausente, você aparece em nossas vidas e, quer nos dizer o que aconteceu com a nossa mãe e, de como devemos viver a nossa vida?! O seu tempo passou, porque o meu tio é o meu verdadeiro pai, foi ele que sempre esteve com a gente.

— Eu tentei lutar com a sua avó. – Victor disse se levantando. – Mas ela era mais forte e...

— Está culpando a minha avó? – Prue gritou. – Ela nos amava, foi ela que nos criou. E se ela fez algum feitiço para prender nossos poderes, foi porque você pediu.

— Isso é verdade? – Phoebe perguntou.

— Sim. Mas só estava tentando proteger vocês disso tudo.

***

Pittsburgh – Pensilvânia

Dean e Sam ligam para a Amanda, uma comissária de bordo que está prestes a embarcar. Mas ela não dá à mínima e decide viajar assim mesmo. A única saída que os Winchesters tiveram foi embarcar no vôo. O que não agradou muito ao Dean.

— Tenho um probleminha com...

— Voar? – Sam perguntou surpreso. – Está brincando, certo?

— Parece que estou brincando?! Porque você acha que eu sempre uso um carro?

— Está bem. Eu vou.

— Ficou maluco? Você mesmo disse que avião vai cair.

— Dean, ou faremos isso juntos, ou eu farei sozinho. Não temos outra opção.

Dean estava completamente nervoso, quando o avião começou a subir. Ele tentava manter o foco de que teria que impedir um demônio de matar mais pessoas, então começou a cantarolar. Sam tentou se controlar, mas não conseguiu evitar um riso, ao ver a cara do irmão mais velho.

— Está cantarolando Metallica?

 — Para acalmar.

— Eu sei que está nervoso, mas tente ficar atento. Temos trinta e dois minutos, para achar está coisa ou alguém possuído por ela. E fazer um exorcismo.

— Em um avião lotado, vai ser fácil. – Dean revirou os olhos.

— Vá com calma, está bem? Quem deve estar possuído?

— Normalmente, deve possuir alguém fraco, com alguma abertura por onde o demônio entre. Alguém viciado ou emocionalmente perturbado.

Sam achou que o demônio podia estar em Amanda, já que é o primeiro vôo dela desde o acidente. Dean então vai conversar com ela e, descobre que o demônio não está nela e que pode estar em qualquer pessoa dentro do avião. Dean tentando captar ondas eletromagnéticas passou o EMF por todo o avião. Sem resultados, eles decidem optar pelo plano B. Mas justamente nesse momento eles vêem o co-piloto sair da cabine, com os olhos pretos. Sam conta tudo a Amanda e pede para que ela os ajude levando o co-piloto para os fundos do avião. Ela consegue fazer o que os Winchesters pediram e, Dean começa a socá-lo enquanto Sam joga água benta e começa o exorcismo. No momento em que a fumava sai do co-piloto, o avião voltou a se estabilizar.

***

São Francisco

— O papai não está atrás do Livro. – Phoebe entra correndo no casarão. – Marshall que está

— O que? – Prue se aproximou da escada.

— A premunição! Não era o papai, temos que encontrar um feitiço para acabar com eles! – Phoebe atropelou as palavras.

— Com quem?

— Os vizinhos. Eles mudaram de forma. Marshall, Fritz e...

— Biscoitos. Acabamos de fazer! – a vizinha entrou sorrindo na sala, sendo seguida por Piper.

— Oi! A porta estava aberta. – Marshall entrou sorrindo.

— Aonde vai Phoebe? – Piper perguntou ao ver a irmã subindo a escada.

— Fazer uma coisa. Você me guarda um biscoito?!

Prue e Piper se olharam sem entender o que estava acontecendo com a irmã.  No sótão Phoebe pegou o livro das sombras e, estava procurando algo que pudesse ajudá-la, mas não tinha idéia do que.

— Eu não faço idéia do que estou procurando. – o Livro então começou a passar as paginas sozinho, até chegar a uma em especial. – Ok! Peguei a dica. “Quando o circulo que é a casa, a segurança se foi e o mal ronda, tire todos os seres destas paredes e salve as três irmãs.”

Quando ela voltou pra escada, suas irmãs estavam paradas, olhando surpresas para dois "Victor.

— Um minuto! – Piper desceu a escada. – Semana passada nós não tinham pais, agora temos dois?

Os dois começaram a falar coisas, para convencê-las de quem era o Victor de verdade. E isso só estava deixando as três mais confusas.

— Faça Phoebe. – Prue disse olhando para os dois.

— Se eu fizer isso, todos vão morrer. Incluindo o papai.

— É o único jeito. – os dois disseram.

Prue viu que o anel de proteção que seu pai usava, estava no chão, desde a briga deles na noite anterior. Então levou o anel até perto dele, fez sinal para que ele o pegasse e, então pediu para que Phoebe recitasse o feitiço.

— “Quando o circulo que é a casa, a segurança se foi e o mal ronda, tire todos os seres destas paredes e salve as três irmãs.”

Quando o feitiço começou a revelar a verdadeira imagem das pessoas que estavam na casa, Victor caiu no chão. Phoebe parou um momento de recitar o feitiço, mas seu pai pediu que continuasse. Então as três deram as mãos, recitando o feitiço.

—“Quando o circulo que é a casa, a segurança se foi e o mal ronda, tire todos os seres destas paredes e salve as três irmãs.”

Elas conseguiram matar as criaturas e, Piper foi correndo ajudar o pai a se levantar.

— Pensei que não quisesse que nós usássemos magia. – Prue disse se aproximando do pai.

— Eu não queira. Não enquanto eu ainda pensava em vocês como as minhas menininhas.

— Ainda somos as suas menininhas. – Phoebe abraçou o pai. – Só que um poucochinho diferente.

— Somos bruxas. – Piper sorriu para o pai.

— Sim, bruxas. E obviamente vão não precisam do velho de vocês para protegê-las de nada.

***

Pittsburgh – Pensilvânia

— Ninguém sabe o que vocês fizeram, mas eu sei. – Jerry disse ao encontrar com os Winchesters. – Muita gente poderia ter morrido.

— Até mais, Jerry. – Sam se despediu.

— Hey. – Dean o chamou.

— Sim?

— Queria te perguntar como tinha meu celular? Faz seis meses que comprei.

— Seu pai me deu o número.

— Quando falou com ele? – Sam perguntou.

— Não falei com ele, mas liguei pra ele e a mensagem dizia para ligar para Dean Winchester. – Jerry deu de ombros. – Obrigada mais uma vez, garotos.

Dean e Sam entraram no impala e, foram tentar ligar para o pai. Mas John não os atendia e, caia direto na caixa postal com a seguinte mensagem:

“Aqui é John Winchester, não posso atender agora. Em caso de emergências, ligue para o meu filho, Dean. (785)555... Ele pode ajudar!”

— Você acha que vamos achar o pai?

— Com toda a certeza. – Dean disse ligando o carro.

Lá estavam eles, dormindo tranquilamente depois de salvarem um vôo lotado de passageiros. Eles estavam com tudo preparado para pegar a estrada na manhã seguinte. Mas uma pequena ligação poderia mudar o destino da próxima parada dos irmãos.

— Alô? 

— Sammy é você? – John Winchester falou do outro lado da linha.

Sam se levantou assustado ao escutar a voz de seu pai...

— Pai?


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