Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 28
Dolorosa Missão




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Sioux Falls - Dakota do Sul

Passado o susto de ver Hellen, eles contaram o que tinha acontecido nos últimos dias, e sobre a ligação de Ash. Foi quando Hellen se lembrou que tinha achado um cofre, quando voltou para seu bar e só achou os escombros.

— Os demônios pegaram o que tinha nele? – Bobby perguntou.

— Não. – Hellen estendeu um mapa em cima da mesa.

— O que significa isso? – Sam perguntou.

Piper e Phoebe estava olhando para o mapa, quando um desenho em especial fez com que Phoebe se lembrasse de uma antiga história que sua avó contava a elas quando pequenas.

— Que cara é essa? – Piper perguntou a irmã.

— Eu me lembrei de uma coisa. – ela disse sorrindo. – Lembra das histórias que a vovó contava pra gente antes de dormir?

— Me desculpe, Phoebe. Mas como isso vai nos ajudar? – Dean perguntou, cruzando os braços.

— Acho que a vovó nos contava algo real. – ela sorriu. – A vovó costumava contar sobre um herói chamado Samuel que queria proteger sua família e as pessoas de uma cidade das pessoas do mal. Ele era destemido e muito inteligente, ele tinha uma amiga chamada Miranda que o ajudou a proteger a cidade contra o mal. Vovó dizia que para proteger a cidade ele construiu estradas de ferro para que as pessoas daquela cidade pudessem sair seguras da cidade se precisassem.

— Eu lembro dessa história. – Piper sorriu. – Me lembro que a Prue dizia que a estrela cuidava da cidade. Ela sempre desenhava uma enorme estrela no desenho que a vovó fazia pra nos contar a história.

— Sim, e a vovó brincava que as estrelas sempre nos protegeriam, por que era um símbolo de proteção.

Bobby sorriu ao se lembrar de sua velha amiga Penny. Mesmo antes que as meninas descobrissem o seu destino como bruxas no clã Halliwel, Penny já preparava suas netas para o destino que as aguardava.

— Espera! – Sam as olhou confuso. – Está querendo dizer que...

— Sim, o que a gente pensava ser uma história, na verdade é real. – Phoebe sorriu desenhando no mapa. O Samuel da história é o Samuel colt, e a Miranda é a nossa tataravó.

Todos olhavam para Pipe e Phoebe, como se elas estivessem malucas. Mas depois que viram o desenho formado no mapa, ficaram mais surpresos ainda...

— Diga-me que não é o que estou pensando! – Dean a olhou surpreso.

— Uma armadilha para demônios. – Hellen soltou impressionada.

— Isso é brilhante! Linhas de aço intransponíveis para os demônios. – Bobby disse de braços cruzados, olhando para o mapa. – Uma armadilha para demônios de 160 km²!

— Mas depois de todos esses anos, as linhas ainda funcionam? – Sam perguntou.

— Se funciona, não sei. – Bobby pegou algumas folhas. – Mas ferro é ferro! E todos aqueles presságios.... Os demônios devem estar cercando, mas não conseguem entrar!

— Mas por quê? O que tem lá dentro? – Dean perguntou. – O que tem de tão importante nesse cemitério? Ou será que o Colt tentava proteger algo?

— Bom, a não ser que isso tudo não mantem só os demônios fora da cidade, e também algo lá dentro.

— Como? – Sam perguntou.

— Na história que a vovó contava, ela dizia que o Samuel tinha feito uma enorme porta de ferro bem no centro da ferrovia. Ela dizia que era a bilheteria, mas nunca entendi porque ninguém conseguia passar por ela. – Piper respondeu.

— Se a porta tiver protegendo a cidade de algo que possa entrar, então quem queria abri-la vai precisar de uma bomba nuclear para destruir. Nem pensar que um demônio de sangue puro conseguiria passar. – Dean andava de um lado para o outro.

— Mas a porta tinha uma chave, mas que só o Samuel e a Melinda sabiam onde estava. – Phoebe disse. – A vovó encerrava a história dizendo que a chave era muito especial, e que todos a queriam.

— Tem ideia do que pode ser a chave? – Hellen perguntou.

— Não faço ideia. A vovó terminava sua história aí.

Sam estava calado, pensando no que tinha acabado de descobrir. Se o que os demônios queriam estava atrás da enorme porta de ferro puro, eles não conseguiram passar. Mas ele sabia que poderia passar tranquilamente pela armadilha. Um humano, mas especificamente o Jake. Uma das pessoas que estava com ele naquela cidade perdida no meio do nada.

— Eu acho que sei quem conseguiria passar por toda essa armadilha e chegar a porta. – Sam disse. – Só não sei como ele conseguiu a chave.

***

Wyoming do Sul.

Quando eles chegaram a armadilha, Prue e Jake estavam rindo os olhando...

— Trouxeram as minhas irmãs?! – ela riu. – Elas não são nada perto de mim.

— O que está fazendo aqui? – Dean perguntou a olhando.

— Eu te disse que uma coisa muito importante ia acontecer. – a ruiva olhou para a porta. – E eu estou aqui para garantir que ninguém tente impedir.

— Infelizmente isso não vai ser possível. – Piper disse séria.

— Jura, maninha?! Quero ver quem vai ter coragem de me impedir. – Prue riu.

— O que está acontecendo? – Hellen perguntou.

— Nem queira entender isso agora. – Sam respondeu. – Como vai, Jake?

— Espera aí.... Você estava morto. Eu te matei.

— Ops! Acho que alguém se ferrou. – Prue riu.

— Não, não. Eu fiz direito. – Jake retrucou. – Um corte enorme na sua espinha dorsal. Ele não deveria estar vivo!

— Mas está. – Dean disse bufando. – Do que está rindo, filho da puta?

— Ei, senhora. – Jake olhou para Hellen. – Faça-me um favor. Aponte essa arma pra sua cabeça.

— Deixe-a em paz! – Sam gritou.

— Atire nele. – Hellen gritou.

— Você estará enxugando sangue antes mesmo da bala me acertar. – Jake riu. – Todo mundo abaixando as armas.

Piper não pensou duas vezes e usou seu poder no Jake. Ela tinha que agir rápido, então aproveitou o momento que era perfeito. Então o que veio a seguir, foi tudo muito rápido, todos estavam lutando entre sim, e por algum motivo o poder de Piper não surgia efeito em Prue. E ela estava descontrolada, e quando Dean percebeu que ela poderia matar a própria irmã, apontou uma arma para ela. Mesmo que dessa vez ele não quisesse.

— Mas olha que aponta a arma pra mim pela segunda vez. – Prue riu. – Tomou coragem e vai me matar?!

— Não me obrigue a fazer o que não quero. – Dean disse entre os dentes.

— Vá em frente, me mate. – ela riu.

— Bravo! – Azazel bateu palmas ao aparecer. – Essa cena é magnifica. – se aproximou. – Mas não mate suas irmãs, vamos precisar delas. Quero que mate o Dean.

Prue olhou do Dean para o Azazel, esperando que ele dissesse que não queria que ela fizesse isso. Ela tinha a sensação que não poderia matar o Dean, e não sabia o porquê. No entanto resolveu fazer o que Azazel pediu. Nesse tempo Jake aproveitou e saiu correndo para abrir a porta. E foi só ele colocar a colt na fechadura da porta, Sam atirou duas vezes em Jake. Bobby e Hellen correram para tentar impedir que a porta se abrisse, enquanto Sam, Phoebe e Piper tentavam impedir Prue e Azazel.

— O que está esperando, querida?

— Claro. – Prue se aproximou perigosamente de Dean e o jogou para longe.

Ele se levantou, mas não fez nada contra ela. Ele não conseguira ataca-la, e ela estava sob um feitiço poderoso.

— Não faça isso! – Phoebe gritou. – Você o ama!

Prue olhou para sua irmã, então essa era a sensação? Sentir seu coração disparar, e sentir que era errado atacar Dean?! Mas se isso fosse verdade, porque ela estava fazendo isso? Azazel se irritou com Phoebe e a jogou contra uma arvore. Piper foi tentar ajudar, mas Azazel a atacou também.

— Você quietinho aí. Já falo com você. – prendeu Sam na arvore junto com Phoebe e Piper que seriam obrigados a ver a Prue matar Dean. – Querida, é a sua oportunidade, lembre-se da maravilha que está por vim.

— Por favor, mana... você não é assim! – Piper gritou tentando se soltar.

— Não dê ouvidos a ela. Temos o livro, e você é a mais poderosa de todas. Só tem que cumprir essa tarefa. – Azazel a olhou. – Matar o Dean e deixar o espetáculo acontecer.

Mas Prue olhava para o Dean no chão. Ele estava machucado, mas ela sabia que ele conseguira lutar se quisesse, no entanto ele estava apenas esperando.

— Eu... eu...

— Não se preocupe, vou te dar uma mãozinha. – Azazel jogou Dean contra uma das lapides.

Prue sentiu uma estranha dor no peito, ao ver Dean com a testa sangrando. Então fleches começaram a surgir na sua cabeça.

— NÃO!!! – ela gritou usando seus poderes em Azazel.

Assim que Azazel caiu no chão, ela correu para o lado do Dean e o ajudou a se levantar. Ela não tinha ideia do que estava fazendo, só sentia que aquilo era o certo. Dean se aproximou dela a puxando para um abraço e sussurrou algo em seu ouvido. Prue o olhou sorrindo, e tornou o abraçar.

— Então qual é a versão que está comigo? – ele perguntou.

— A mesma Prue de sempre. – respondeu sem entender. – E o que estamos fazendo aqui?

— Lembra da história da vovó sobre um herói que queria proteger a cidade? – Phoebe perguntou se aproximando deles.

— Lembro. E... não?! Sério?!

— Mais um jeito da vovó de nos contar algo importante na infância. – Piper sorriu.

— Não queria estragar o momento, mas.... – Sam apontou para a porta.

Centenas de fumaças pretas estavam voando para fora do portão, e passavam bem próximo a eles.

— Ai meu Deus! – Piper soltou. – Aquela porta que a vovó falava que era para proteger a cidade, na verdade é uma porta pra impedir que os demônios fujam do inverno.

— Instigante! – Hellen gritou. – Será que poderiam dar uma mãozinha aqui.

Eles estavam lutando para conseguir fechar o portal do inferno, mas aquelas fumaças eram mais fortes do que imaginavam. Dean tirou a Colt da fechadura da porta, e com isso pareceu que a porta ficou mais fácil pra ser empurrada. Então do nada Prue foi jogada com tudo contra uma arvore, caindo desacordada. Dean ficou furioso, e foi com tudo para cima do Azazel. Mas Azazel começou a soca-lo, e Dean não estava conseguindo reagir. Foi quando o espirito de John apareceu...

— Largue meu filho. – segurou Azazel com força.

Dean olhou surpreso, assim como todos os outros. Não era possível que John tivesse escapado do inferno. John sorriu para o filho, e Dean entendeu o que era pra fazer. Ele pegou a colt e atirou bem no meio da cabeça de Azazel.

— Agora Piper! – John gritou um pouco antes de sumir ar.

Piper usou seus poderes congelando tudo. E para seu alivio as fumaças de demônios foram congeladas. O que permitiu que ela com a ajuda de Phoebe empurrasse o portão. E quando ela se fechou, todos deixaram de ficar congelados. 

Dean correu para o lado de Prue, e sentiu sua pulsação. E respirou aliviado ao escutar seus batimentos cárdicos. Ele a pegou com cuidado e a deitou no banco traseiro do impala.

— Tira da lista de afazeres. – Dean disse sorrindo ao fechar a porta do carro.

— Você conseguiu! – Sam comemorou.

— Não consegui sozinho.

— Acha mesmo que o papai subiu do Inferno?

— Estava aberta. Se existe alguém teimoso o bastante para subir, esse seria ele.

— Onde acha que ele está agora? – Piper perguntou.

— Não sei.

— Quantos vocês acham que escaparam? – Phoebe perguntou ao ver seu tio se aproximar com Hellen.

— Uns cem ou talvez duzentos.

— É um exército. – Sam argumentou

— Espero pra cacete que estejam preparados! – Bobby se aproximou com as mãos nos bolsos. – Porque uma guerra acabou de começar.

— Bem, então temos muito trabalho a fazer. – Dean sorriu de lado.

Depois que Bobby e Hellen foram para a caminhonete, as Halliwell perceberam que os Winchesters queriam conversar.

— Nós vamos com o tio Bobby. – Piper sorriu. – Vejo vocês em casa.

Dean acenou para as Halliwell e quando ficaram sozinhos, a primeira coisa que Sam fez foi perguntar ao irmão o que tinha acontecido depois que ele foi esfaqueado.

— Sam, temos que levar a Prue pra casa e...

— Eu morri?

— Ah, vai começar! – Dean reclamou.

— Vendeu sua alma por mim, como o papai fez por você?

— Qual é! Não!

— Diga-me a verdade, Dean! Quanto tempo você tem?

— Um ano. – ele deu ombros.

— Você não deveria ter feito isso. Como você pôde fazer isso?

— Não fique bravo comigo. Eu tinha que fazer isso! Tive que tomar conta de você. Esse é o meu trabalho!

— E qual é o meu trabalho, Dean?

— O quê?

— Você salvou a minha vida repetida vezes. Quero dizer, você sacrifica tudo para mim. Você não acha que eu faria o mesmo por você? – Sam o olhou. – É meu irmão mais velho. Não há nada que eu não faria por você. E não importa o que for preciso, eu vou lhe tirar disso! Acho que tenho que salvar o seu traseiro para variar.

— Estou preparado. – Dean riu.

— E o que vai fazer com sua morte parte 2?

— O que?

— Porque eu posso até conseguir te livrar do inferno, mas a Pru vai te matar quando descobri o que você fez. – Sam entrou no carro.

Dean olhou por um momento, a Prue deitada no banco de trás do impala. Ele sabia qual seria a reação dela se descobrisse o que ele tinha feito. Por isso decidiu que ela não descobriria nunca.

***

São Francisco – Califórnia

Dois dias depois...

Todos estavam assistindo a um filme na TV. Eles queriam que a Prue se recuperasse da pancada que sofreu por culpa do Azazel. Mas ela não conseguia se concentrar na TV, na verdade ela só pensava no que todos falaram que ela tinha feito.

— Que cara é essa? – Dean perguntou abraçado a ela.

— Estava pensando e se eu realmente tiver o mal dentro de mim?

— Do que está falando? – Piper a olhou surpresa.

— E se aquela Sacerdotisa não plantou o mal em mim. E se eu realmente tivesse esse tipo de coisa em mim?

— Isso não a torna má, mana. – Phoebe a olhou. – Segundo o nosso livro, uma bruxa tem que escolher seu caminho antes de usar sua magia para bem ou para o mal. E você escolheu a primeira vez pelo bem.

— Pru, você foi enfeitiça por um ritual. Não se sinta culpada. – Sam sorriu.

— Ok! – a ruiva sorriu. – E o que aconteceu com a tal da Sacerdotisa e meu casamento?

— Depois que o Azazel morreu, ela morreu junto. E seu casamento desfeito.

Prue começou a rir, apesar de ela não se lembrar de absolutamente nada do que tinha acontecido quando ela estava enfeitiçada.

— Do que está rindo? – Dean perguntou.

— Que eu fui casada e nem me lembro.

— Ainda bem. – ele tomou sua cerveja, e pegou um pouco de pipoca do balde que ela segurava.

— E qual é o próximo passo agora? – Phoebe perguntou.

— Esperar que algo aconteça, até agora nenhum sinal de nada. – Dean deu de ombros. – Então, só podemos esperar.


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