Bruxas e Caçadores escrita por ackleholicbr


Capítulo 15
Vampiros




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Logo depois do caso do trem fantasma, John Winchester se encontrou com os filhos e a Prue, depois que eles ligaram pedindo ajuda. Eles encontram Meg, uma garota que Sam tinha conhecido na rodoviária, meses atrás, quando Dean foi resolver sozinho o caso do Espantalho. Mas Meg estava longe de ser uma inocente, na verdade ela era um demônio que estava atrás de John. Ao final do caso, depois de jogarem Meg do alto de um armazém, Dean disse que John não poderia ficar com eles. Eles eram o ponto fraco de John, e isso seria como entregá-lo de bandeja para o demônio que tinha destruído as duas famílias.

Uns dias depois, enquanto Dean e Sam estavam em uma cidade do Texas, resolvendo um caso de uma casa mal assombrada, que nada verdade de assombrada não tinha nada. Era apenas um Tulpa, uma concentração de pensamentos que um símbolo juntava, transformando em algo sobrenatural.  Prue estava em São Francisco, resolvendo um pequeno problema que surgiu na sua casa. Uma garota que apareceu do nada, falava que era uma das Halliwell. Mas logo as irmãs Halliwell descobriram que se tratava de mais uma tentativa para roubarem seus poderes.

Três dias depois...

Em um restaurante, Sam pesquisava por algo no notebook. Dean parou de ler o jornal, para olhar seu irmão.

— Achou alguma coisa

— Tiburon em São Francisco, alguém chamado Daniel Elkins foi morto e despedaçado em casa.

Elkins? Conheço esse nome. – Dean disse pensativo.

Eu não lembro. Enfim... – A polícia não sabe o que pensar. Acharam que tinha sido um roubo, mas agora pensam em crime pré-meditado.

Dean pegou o diário de seu pai, enquanto Sam continuava contando os detalhes do caso...

Aqui. Dê uma olhada nisso aqui. – virou o diário pra o irmão.

Sam deu uma olhada, em uma das páginas o nome D. Elkins estava escrito com um número de celular também.

Acha que é o mesmo Elkins?

O código de área é de São Francisco.

Vamos investigar.

Espera! Está querendo ir tão rápido pra lá, por conta do caso? Ou pela Prue? – Sam riu.

— Cala a boca. – Dean disse se levantando da mesa.

Tiburon - São Francisco

Estou vendo sal perto da porta. – Sam disse do lado de fora da casa.

Sal para se proteger contra demônios ou sal que caiu da pipoca? – Dean perguntou enquanto mexia em alguns livros.

Forma um círculo. – Sam disse entrando na casa.

Acha que Elkins era do nosso time?

Com certeza. Parece bastante com o diário do papai. – Dean mostrou um diário. – Só que esse começa nos anos sessenta.

Depois lemos isso. Parece que Daniel não teve um só atacante, seja o que for não estava sozinho. – Sam disse apontando a lanterna para o teto de vidro quebrado.

Eles continuaram a andar pelo o que parecia ser um escritório, ate que Dean notou algo no chão e se agachou.

Tem alguns arranhões no chão.

Acha que ele entrou em convulsão? – Sam perguntou se aproximando.

Sim, talvez. Ou... – Dean pegou um papel e um lápis. – Talvez seja uma mensagem. – começou a passar o lápis por cima da folha. – Reconhece?

Três letras e seis números. É a combinação e a locação de uma caixa de correio

Ele enviou uma mensagem. Exatamente como papai faz.

São Francisco

Prue estava no prédio onde sua irmã Phoebe trabalhava. Ela estava esperando o elevador, quando um homem alto, de cabelos pretos e olhos claros, se aproximou dela. Prue não podia negar que o cara era bonito.

Depois de você – ele disse, quando a porta do elevador se abriu. – Sou o Rowan.

Prue. – ela o cumprimentou.

Prazer em te conhecer. – Rowan sorriu abertamente. – Então, você trabalha aqui? Porque nunca te vi antes, com certeza, eu me lembraria de você.

Ah não! Eu vim trazer o celular que minha irmã esqueceu em casa. – sorriu fraco. – Meu andar chegou.

Espere. – Rowan segurou a porta do elevador. – A gente poderia se encontrar depois?

Não sei...

Prue ponderou um pouco, sim ela tinha beijado Dean e tinha gostado muito, mas depois disso ele nem se quer tocou no assunto. Então porque não sair com um cara que parecia ser legal? Não estaria traindo ninguém.

Vai ser legal. – Rowan sorriu.

Está bem. Onde te encontro?

Eu tenho um bar, me encontre neste endereço as nove. – ele entregou um cartão a ela.

Ok!

Tudo bem, ela só voltaria à caça com os Winchesters na próxima semana. Então iria sair com Rowan. Pelo menos pra uma coisa aquele encontro serviria, pra entender um pouco mais seus sentimentos em relação ao Dean.

***

— Ainda esperando pelo cara? – uma das bartender se aproximou de Prue.

— Acho que ele está ocupado, os donos de bares costumam se atrasar não é mesmo?

— Dono do bar?

— Sim, ele me disse que esse bar era dele.

— Não. Aquele é o dono do bar. – a garota apontou para um cara de meia idade, lidando com universitários. – Acho que o cara além de mentir pra você, te deu o bolo.

— É. Mas não tem problema, foi um grande erro ter vindo aqui.

Prue estava indo em direção ao seu carro, por um estacionamento escuro, quando Sam ligou perguntando se ela poderia encontrá-los em Tiburon. Uma cidade pequena que ficava do lado de São Francisco. E quando ela ia responder, Prue foi golpeada e caiu desacordada.

Prue?— Sam a chamou. – Dean, acho que acont...

***

Prue acordou em um quarto de hospital, sentindo uma forte dor de cabeça e em seu pescoço.

— O que aconteceu?

— Você foi atacada de um jeito muito estranho. – o médico disse.

— Então, sou o caso mais estranho que já viu?

— Você só me dá dor de cabeça.

— Dean, mas...

— Você estava falando com Sam no celular. – ele disse entrando no quarto.

— Você está bem? – Sam perguntou.

— Acho que sim. – Prue olhou para o médico.

— Ela vai ficar bem? – Dean perguntou ao médico.

— Sinceramente, se não tivesse sido encontrada por alguém a tempo, teria se esvaído em sangue.

O médico ainda estava examinando Prue, quando Piper e Phoebe entram correndo no quarto. Elas fizeram um monte de perguntas, que estavam deixando o médico zonzo.

— Mas ela vai ficar bem?

— Sim. Depois de algum descanso e de uma vacina para a raiva.

— Eu posso voltar pra casa? – Prue perguntou.

— Não tenho motivos pra te reter aqui, seus exames estão ótimos e não tem trauma algum. Vou passar uns medicamentos para dor e está liberada.

***

De volta ao casarão, Prue estava sentada no sofá, enquanto suas irmãs e os Winchesters tentavam descobrir o que foi que tinha com ela, e o que a tinha atacado.

— Manticore? – Piper sugeriu.

— Morde, mas não voa. – Phoebe respondeu.

— Fénix?

— Voa, mas não morde. – Sam respondeu.

— Chupacabra? – Phoebe perguntou lendo um dos livros, espalhados pela sala.

— Santinho. Voa e morde, mas só ataca gado. – Dean bufou.

— Então os metamorfoseadores? – Sam sugeriu.

— Gente, isso é perda de tempo. Estou bem, talvez não tenha sido nada sobrenatural.

— Prue, se está cansada, vai para a cama. – Piper a olhou.

— Nós te acordamos se acharmos alguma coisa. – Dean a olhou.

— Está bem, vou dormir.

— Temos que diminuir a lista de suspeitos. – Sam disse. – Com tantas coisas sobrenaturais, fica difícil.

Eles estavam justamente, tentando diminuir a lista de coisas suspeitas, quando escutaram vidros serem quebrados no andar de cima.

— Cadê a Prue? – Piper perguntou ao chegar ao quarto da irmã.

— Essa é uma boa pergunta. – Dean disse olhando pela janela quebrada.

— Que ótimo! – Piper bufou.

Quando voltaram para sala, deram de cara com John conversando com Phoebe.

— Pai? – Sam o chamou.

— Como nos achou aqui? – Dean perguntou se aproximando dele.

— Eu li a notícia sobre Daniel, vim o mais rápido que pude. Vi vocês na casa dele, e então soube o que aconteceu com a Prue. Como ela está?

— Sumiu. – Dean bufou.

— Ah pai, acho que isso é pra você. – Sam entregou-lhe um envelope.

— Então me coloquem a par do que aconteceu.

Depois de ficar a par de tudo que aconteceu, e das possíveis criaturas que atacaram Prue, John leu a carta que Sam entregou, e nela Daniel dizia que e estava com uma arma muito valiosa, a mesma arma que John estava procurando há anos.

Filho da puta! Estava com ele o tempo todo.

O quê? – Sam perguntou.

A Colt? E acho que já sei quem atacou a Prue. Foram os mesmos que mataram Daniel.

E quem seria? – Dean perguntou.

Foram as criaturas que o Daniel caçava. Vampiros

Vampiros? Achei que eles não existiam. – Sam soltou.

Mas a Prue foi apunhalada. – Piper estava confusa.

Ela tinha marcas no pescoço? – John perguntou.

Sim, mas... Você nunca os mencionou, pai. – Sam disse como se perguntasse por que.

Porque achei que estivessem extintos. Achei que Elkins e os outros tivessem acabado com eles.

Por que atacar uma Encantada agora? – Dean perguntou andando de um lado para o outro. – O que eles querem?

Vai ver, eles não sabem que ela é uma bruxa. – Phoebe sentou-se ao lado da irmã mais velha.

Não. Eles sabem perfeitamente quem ela é. – John disse sério. – Deve haver uma luta pelo poder. Estão a tentar ganhar respeito.

Matando minha irmã? – Piper perguntou, não gostando nada disso.

Não, transformando-a numa vampira.

Está brincando não é pai? – Dean o olhou. – Eles...

Sim, eles não iam matá-la apenas a usaria, para ter seus poderes.

— Maravilha! – Dean bufou. Se ele já estava preocupado com ela antes, agora estava muito mais.

***

Eles estavam procurando onde poderia esta o ninho de vampiros, quando Prue entrou na sala.

— John?!

— Onde esteve? – Dean perguntou.

— Andando por ai. – ela se aproximou sorrindo.

— Certo! E o seu pescoço?

— Muito melhor. – ela o abraçou. – Será que poderiam nos dar um minutinho a sós?

Prue o levou pra cozinha, e fechou a porta. Dean se afastou a olhando sem acreditar que ela fosse uma vampira.

— Sabe, andem pensando e... Bem que a gente poderia reproduzir aquela noite no trem, mas dessa vez sem a intromissão de Sam. – ela se aproximou, sorrindo. – O que acha? – abriu passou os dedos nos lábios dele.

— Acho que você nem sabe o que esta falando. – Dean se afastou.

— Claro que eu sei. – Prue riu. – Eu quero e eu sei que você também quer.

— Não assim. – ele se virou.

— Assim como?

Piper entrou na cozinha ao lado de John, e congelou todos, mas Prue ficou furiosa e fugiu.

— Não entendo, se ela é vampira deveria ter ficado paralisada. – Piper disse ao voltar para sala.

— Ela não se transformou em vampira ainda.

— Mas pai, você acabou de dizer que ela era uma vampira? – Dean perguntou confuso.

— Eles a morderam, mas ainda não se transformou. Ela precisa morder alguém pra terminar o ciclo.

— No caso, ela queria morder o Dean? – Phoebe perguntou.

— Pra chegar em vocês duas. – John disse. – Ela sabe que vocês são muito poderosas, afinal ela é uma de vocês.

— Que legal. – Dean soltou irônico. – Quase virei isca de vampiro.

— E como se mata vampiros? – Sam perguntou.

— A maior parte das lendas é bobagem. O crucifixo não os repele, o sol não os mata, nem uma estaca no coração.  O que realmente mata um vampiro é cortando sua cabeça fora do corpo.

***

Uma hora mais tarde, eles estavam observavam um celeiro. Um homem abriu a porta enquanto uma mulher chegava de carro.

— Tem certeza que estamos no lugar certo? – Phoebe perguntou.

— Estamos! – John disse. – Encontrei isso.

— O que é isso?

— Dente de vampiro.

Presas? – Dean perguntou olhando para o dente.

Não são presas, são dentes que surgem no ataque.

— Certo, e como vamos salvar a minha irmã? – Piper perguntou.

Eles dormem o dia todo. O que não quer dizer que não acordam.

Então, entrar lá não é a melhor opção. – Sam olhou para o pai.

Na verdade, esse é o plano.

— Tá doido pai? Eles podem matar a Prue! – Dean bufou.

— Podem, mas não vão. Ela está do lado deles.

Os seis pegaram seus facões dentro do carro do John, e foram em direção ao celeiro. Enquanto John foi procurar pelo Colt, seus filhos, Piper e Phoebe foram atrás de Prue. 

— Aí estão vocês. – ela riu.

— Viemos te buscar. – Dean a olhou.

— Pra que? Se eu quisesse voltar, já tinha voltado.

— Prue, me escute. Voltamos para o casarão e procuramos alguma coisa que elimine a transformação. – Piper disse séria.

Sam percebeu que tinha uma garota amarrada no corredor, e se aproximou dela. Quando Phoebe percebeu o que ele estava prestes a fazer, gritou para que ele não fizesse. Mas Sam não lhe deu ouvidos, ele soltou a garota e ela começou a gritar acordando todos os outros vampiros.

Corram. – John gritou, segurando a Colt.

— Desculpa. – Dean disse, segundos antes de golpear Prue.

***

Piper e Phoebe encontraram uma porção que impediria a transformação da irmã em uma vampira.

— Isso tem um gosto horrível.

— Mas você não vai ser mais uma vampira. – Phoebe riu.

— Muito engraçado.

— E ai como está? – Dean entrou na cozinha.

— Vamos deixar vocês sozinhos. – Piper saiu com sua irmã.

— Estou bem. – Prue sorriu. – Me diz que eu não tentei nada estranho?!

— Não. – Dean mentiu. – Não se lembra de nada?

— Não. – ela deu de ombros.

— Melhor assim, eu acho.

— Pois é. – ela se levantou da mesa. – Vou descansar, já tive muitas emoções para um dia. Boa noite! – beijou a bochecha do Dean, e saiu.


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