Drive My Soul escrita por annademonangel


Capítulo 8
Capítulo 8




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Capítulo Oito

 

 

Billy atendeu a porta, parecendo cansado e magro. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Aquilo acabou comigo.

— E-ei Billy, eu posso ver o Jacob? — Eu perguntei, minha voz embargada. Minhas mãos tremiam incrivelmente rápido.

— Claro, Bella — ele suspirou, triste. — Entre.

Eu me forcei a não ir correndo como uma louca para o quarto dele. Dei passos lentos pelo corredor, e quando parei em frente à porta, respirei lenta e profundamente. Empurrei a porta. O quarto estava iluminado apenas pelo abajur na mesa de cabeceira do Jake. Os olhos dele estavam fechados, o rosto sereno, e ele provavelmente dormia. Tinha certeza de que ele estava cansado; uma batalha contra uma vampira vingativa era demais para qualquer um.

— Bells? — ele perguntou, a voz clara como o dia. Isso me fez pular. Não sabia por que, mas pensara que sua voz estaria grossa e rouca, como a minha após o ataque de James.

— Ei — eu respondi nervosa. — Como você se sente? — Caminhei até a cama e me sentei na beirada, colocando sua mão ardente na minha.

— Eu estou bem. Me curo rápido, mas não posso sair daqui, se não os ossos vão se ligar de forma errada. Então eu teria que quebrá-los novamente — estremeci com o último pensamento. Lembrava de quando tinha quebrado minha perna no ano passado, e isso não era algo que eu queria fazer de novo.

— Eu estou tão feliz que você está bem, Jake. Me preocupei tanto com você.

Ele deu uma gargalhada. Era estranho; ele devia com o corpo todo dolorido agora.

— Bella, quantas vezes eu vou ter que dizer isso a você? Eu fui feito para isso. Meu corpo inteiro foi feito para matar vampiros. É exatamente o que eu te disse ontem à noite. — Ele sorriu, e me fez sorrir. Eu percebi que tinha franzido as sobrancelhas por algum tempo.

— Quando você vai ficar bom? — Eu perguntei.

— Dois dias, eu acho. O médico vai vir aqui em dois dias para ver como estão os meus ossos. Depois disso, eu vou poder me levantar.

Eu sorri. Dois dias — eu podia agüentar isso.

— A contagem regressiva começa — eu disse, rastejando para o lado dele, na cama, tomado cuidado para não pressionar muito a cama.

 

Duas semanas depois.

 

Eu estava faminta. Na minha pressa de ir para a escola, para o primeiro dia de aula depois das férias de primavera, eu me esqueci completamente do desejum. Embora, eu pensei, furiosa comigo mesma, se eu não tivesse ficado conversando até tão tarde com Jake, no telefone, eu não precisaria apertar o botão soneca do meu despertador cinco vezes. Então, eu não estaria com fome.

Olhei para o relógio, mela milésima vez. Faltavam dez minutos. Eu podia agüentar, não podia? Eu me encontrei desejando ter a super velocidade que dez por cento das pessoas que eu conhecia nessa cidade maluca tinham. Eu poderia correr e chegar na fila um segundo após o sinal bater. Não — meio segundo. É, eu definitivamente seria a primeira da fila no almoço. Talvez uma lobisomem, talvez uma vampira. Diabos, se existiam lobisomens e vampiros, existiriam também outras criaturas sobrenaturais? Como bruxas ou duendes. É, talvez eu fosse uma bruxa. Há-há. Eu tive que sufocar uma risada.

RRRIIIIIIIINGGG!

Eu pulei para fora da cadeira e corri para a porta. Fiquei orgulhosa de mim mesma quando consegui chegar ao refeitório sem cair ou tropeçar. Já havia algumas pessoas na fila. Ah, quem precisa de primeiro lugar? Eu já estava perto o suficiente. Quando eu estava prestes a abrir a porta de vidro e ir pegar meu almoço, quando um rosto familiar apareceu na minha frente, pegando meu braço e me levando para longe do refeitório. Eu podia jurar que vapor saía dos meus ouvidos, de tão nervosa que eu estava.

— Edward! — eu sibilava. — O que diabos você está fazendo?

— Eu decidi voltar a estudar, terminar o último ano. Não apareci na sala de aula esta manhã porque queria perguntar se você estava bem com isso.

 Eu revirei os olhos.

— Eu não me importo — eu gemia, infantil. — Estudar é um direito seu. Agora pode, por favor, sair da minha frente? Eu estou famiiiiiinta.

— Bella, não podemos apenas conversar? — ele pediu, os olhos de topázio líquilo brilhando.

— Edwaaard — eu choraminguei de novo. — Eu estou falando sério. Estou faminta. Conversamos depois.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, antes que eu pudesse apenas piscar, Edward tinha ido à lanchonete e voltado com uma bandeja de comida para mim. Um suco, uma pizza e um saco de batatas fritas — o meu almoço habitual.

Eu suspirei e passei os dedos pelo meu cabelo.

— Ótimo, vamos sentar.

— Excelente! — ele sorriu.

— Mas eu obviamente posso carregar a minha própria bandeja de comida — rebati, tirando a bandeja de suas mãos.

Eu fiquei surpresa por conseguir tirar a bandeja das mãos dele, e podia dizer que ele também. Principalmente porque suas sobrancelhas se arquearam e seu sorriso sumiu.

— Como é que você fez isso?

Eu dei de ombros. Edward ainda estava aturdido, mas me levou para uma das mesas de piquenique, fora da lanchonete. Claro, perfeito. Está uma neblina imensa, junto com um enorme nevoeiro, e ele quer se sentar ao ar livre? Idiota.

— Eu queria te perguntar uma coisa, e eu realmente quero que você pense sobre sua resposta e seja honesta comigo, está bem? — ele disse, num tom que era suave, apesar de ser grave, também. Uma das minhas sobrancelhas se arqueou e eu desejei poder ler sua mente.

— Uhhhm — eu murmurei, minha boca cheia de pizza. — Tudo bem.

— Você me ama?

Eu engasguei. Peguei meu suco e bebi um pouco, tentando processar o que ele dissera. Mas apenas tentando.

— Edward — eu supliquei, virando o rosto.

— Você me ama? — Teimoso, Edward repetiu a pergunta. Eu não teria alternativa se não responder-lhe.

— Amo — disse, com sinceridade, e virei o rosto, mas soube que sua expressão não mudara.

— Quão sério é a sua relação com o cachorro? — murmurou. Eu rosnei para ele, e pela segunda vez no almoço ele se assustou tanto quanto eu. Desde quando eu rosnava?

— Desde quando você rosna, Bella? — Edward me perguntou exatamente o que eu mentalmente me perguntava.

— Desde que você chama o meu namorado de cachorro — Eu resmunguei, depois me acalmei. — Eu acho que só estou um pouco irritada.

Edward me olhou desconfiado.

— Bella, você está bem?

— Me sinto perfeita — murmurei rapidamente, mas sem ter certeza. Eu estava bem, não estava?

— Então nós... — Edward começou, um traço de dor no seu rosto de gelo. — acabamos?

Eu suspirei, respondendo depois de uma longa pausa.

— Sim, Edward.

— Não há mais nenhuma chance para nós? — Edward parecia implorar agora, pedindo que eu mudasse de opinião.

Eu não mudaria.

— Edward, eu te amo. De verdade. Uma parte de mim provavelmente sempre vai te amar, mas você não pode ver? Eu segui em frente, Edward. Você foi embora, e eu te perdôo por isso, Edward, mas acho que não podemos ser mais do que amigos. Eu realmente espero que você consiga entender.

Ele balançou a cabeça. Se vampiros chorassem, podia jurar que ele estaria chorando agora.

— Edward, escute — eu comecei, mas ele me cortou.

— Não, eu estou bem. De verdade. Eu te entendo, Bella. Apenas tenho que ir agora. — Ele se levantou com graça e se afastou da mesa. Estava a alguns cinco metros de mim quando se virou para falar novamente. — Posso te levar para casa hoje?

— Claro — eu sorri, tentando fazer ele se sentir melhor. Apesar de eu ter ficado tão, tão nervosa com ele no incidente em sua casa, não pude deixar de me sentir mal por estar o magoando. —, eu adoraria isso.

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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