Back to New Orleans escrita por America Jackson Potter


Capítulo 19
XIX


Notas iniciais do capítulo

Bem, este seria o último capítulo, mas como o Natal está chegando, vou fazer o primeiro Natal depois de anos com toda a família Mikaelson reunida (e mais alguns convidados).
BOA LEITURA ♥



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As notícias se espalhavam rápido mesmo em New Orleans. Mas acho que a intuição de pai também ajudou. Klaus chegou um pouco depois com Rebekah junto. Minha tia, assim que viu o corpo de Marcel, deixou escapar várias lágrimas. Meu pai pediu para ela ter um momento apenas dela com Marcel, todos respeitaram isso. Depois ele pediu esse momento.

Fiquei do lado de fora da casa, bem no portão olhando através das grades meu pai. Era tão bom ter ele por perto, e agora que Marcel foi derrotado, muitas coisas iriam acontecer. Teria que me manter viva e com o poder do French Quarter. Não seria alguma coisa fácil, mas eu teria de lutar para isso.

Meu pai saiu e olhou para Davina e depois para mim.

— Você tem certeza que ele está morto?

— Ele usou o próprio sangue e ainda estava com uma estaca... — Davina comentou, ela estava abraçada com Kol.

— Não estava falando com você, seus pecados contra a minha família ainda não foram totalmente pagos. — Klaus rosnou. Poucos segundos depois percebi que ele falava comigo.

— Acho que sim, mamãe disse que o sangue de Marcel não tem cura então é provável que ele esteja morto. — dei de ombros. — O que isso importa?

— Vai aprender com o tempo, que existe coisas que duram para todo o sempre. — meu pai disse.

— Está querendo dizer que Marcel não está morto, irmão? — Elijah ergueu uma sobrancelha.

— Ele não merece a morte, assim como eu, e ele sabe disso. — Klaus falou duro. — A estaca que ele usou não era qualquer estaca.

— Carvalho Branco? — Rebekah perguntou assustada, o irmão apenas balançou a cabeça concordando.

— Temos que proteger o corpo de Marcel, fazer de tudo para ele não acordar e nem que ninguém pegue aquela estaca. — Klaus disse entrando para a casa. Todos ficaram parados. Foi aí que eu percebi que Lizzie, Josie e Pietro não estavam mais lá. Mordi o lábio e segui meu pai.

— Mas não tinham acabado com o Carvalho Branco?

— “Para todo o sempre” existirá essa madeira. Mas não é muito, apenas a ponta da estaca é de Carvalho Branco.

— Como sabe?

— Porque eu confiei em Marcel para guardar uma lasca dessa madeira. — ele sussurrou.

— Podia ter queimado, não...

— Se Tristan triunfasse, eu teria morrido, e Elijah e Rebekah teriam ficado. A lasca daria para matar os dois e...

— E a família estaria reunida. — completei. Klaus veio e segurou meu rosto.

— A minha família desafia os limites da minha sanidade, levam-me a fazer coisas indescritíveis, enquanto procuram jeitos novos e criativos de me torturar. Mas ao que me parece, minha família é o que me deixa verdadeiramente feliz. — ele disse com um meio sorriso. — E sabe qual é minha pior tortura? — neguei. — Te perder, minha lobinha.

Eu o abracei forte. Não seria tão cedo que iria desgrudar dele. Fazia 16 anos que estava esperando por aquele abraço, muito tempo sem ter o abraço quente de meu pai, sem poder escutar sua voz, sem poder toca-lo. Eu havia perdido ele, mas agora, o tinha de volta. E era tão bom.

Havia uma frase que eu estava esperando a hora certa para dize-la, e uma palavra dessa frase era muito especial para mim, não podia ser dita em vão. E aquele momento era o perfeito para isso.

— Senti tanta sua falta, pai.

— Eu também senti, minha lobinha.

...

Certo, eu disse que não iria largar meu pai tão cedo, mas tive que fazer isso. Minha família estava bem, nada iria acontecer a gente tão cedo. Então fui ver a minha outra família, aquela que é composta por Pietro, Lizzie e Josie.

Demorei para encontra-los, mas acabei os achando. Caroline havia alugado um apartamento perto do French Quarter. Não imaginava que Pietro iria para lá, mas parece que ele se apegou as duas gêmeas.

— Lizzie e Josie estão no banho, mas o amigo de vocês está na sala. — Caroline disse com um sorriso.

— Obrigada. — entrei no apartamento, era simples, mas aconchegante. — Ah, meu pai perguntou se vocês poderiam ir lá para casa, sabe, o Natal está chegando e...

— Claro, Stefan deve chegar hoje ainda junto com Alaric. — a loira sorriu. Os planos de meu pai tentar reconquistar ela não iriam dar certo, mas depois eu avisava, agora eu precisava ter uma conversa que estava evitando.

Pietro estava de costas para mim, vidrado na TV.

— Bela e a Fera? Sério? Pensei que achava que isso era desenho de criança. — o garoto pulou do sofá e apenas ri.

— Oi, Pietro, como vai? — ele tentou imitar minha voz. — Oi, Hope, estou bem e você?

— Estou ótima, minha família está bem e queria saber se vocês estão também, mas parece que sim. — sorri me sentando ao seu lado. Ele deixou a TV no mudo e prestou atenção em mim.

— Parece cansada.

— Ressuscitei uma bruxa hoje, é difícil sabe. — ri fraco.

— E ainda matou alguém que não podia ser morto.

— Mais ou menos, mas isso depois eu te conto direitinho.

— Então o que veio fazer aqui?

— Vai passar o natal conosco ou vai voltar?

— Não sei, meu pai adoeceu mais, se ele morrer, vou ser o alpha, então...

— Se você for, pode dizer a Mary que eles podem voltar para cá. — dei um sorriso. — E vocês podem voltar para o seu território.

— Hope, acho que não deu tempo de sua mãe lhe contar... mas Mary faleceu.

Aquilo realmente havia me pego de surpresa. Ela era tão boa, tão gentil, um amor de pessoa. Mordi o lábio tentando processar, mas acabei deixando uma lágrima cair. Pietro me abraçou e eu segurei seu braço.

— Se não fosse por ela, não teria te conhecido. — o encarei.

— Você não teria quebrado meu nariz, isso sim. — ele riu baixo. Apoiei minha cabeça em seu tronco, senti suas mãos passeando por meu cabelo. — Mas eu aviso sua matilha de qualquer jeito.

— Obrigada. — sorri ainda com a cabeça em seu peito. — Mas você poderia passar o natal conosco, faltam apenas uma semana...

— Hope — ele segurou meu rosto. — eu não vou te abandonar tão cedo.

— E acha que eu vou? — ergui uma sobrancelha sorrindo.

Ficamos nos encarando por poucos segundos e nem sei quando minha mão foi para seu cabelo começando a acaricia-lo. Muito menos quando me aproximei mais dele, podendo sentir sua respiração em meu nariz.

— Confia em mim? — ele sussurrou. Assenti com a cabeça. Pietro me puxou para mais perto, juntando nossos lábios. Estranhei de início, mas depois me acostumei aquilo e retribui o beijo. Sua língua invadiu a minha boca, brincando com a minha.

Separei o beijo e o encarei.

— Você é estranho.

— Eu sei. Você também, mas de um jeito bom.

— O seu estranho não é de um jeito bom.

— Eu sei também. — ele riu.

— Que bom que sabe!


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Notas finais do capítulo

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