Who I Am? escrita por StrangeDemigod


Capítulo 2
Number Two


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Chegaram à festa.

Helena adentrou no salão junto aos pais. Apesar de ser uma festa, vamos dizer, infantil, havia também adolescentes lá. Alguns eram irmãos mais velhos das amigas e amigos das gêmeas, outros, filhos dos amigos de seus pais, que também haviam sido convidados.

Mas uma figura solitária, mais ao fundo do local, foi quem realmente chamou a atenção da garota. Ela, apesar de estar com as bochechas coradas devido aos olhares que lhe dirigiam, rumou para perto da figura, a fim de confirmar quem realmente era. Porém, foi parada bruscamente por um aperto em sua perna esquerda. Olhou para baixo e constatou que era Kevin. O pequeno era o filho mais novo de Joseph e Ally, seus “pais”. A garota, esquecendo-se por um momento da tal figura com quem queria conversar, pegou o pequeno no colo, que apesar da idade, não era pesado. Ele ria.  Ela sorriu. Então ele começou a falar:

—Lena, Lena!- Ele falava, enquanto ria no colo da garota. -Você chegou meio tarde... ‘tá na hora do parabéns!- Ele começou a bater as mãozinhas. -Vamos! Vamos!- Começou a pular no colo dela. A garota sorriu.

—Okay, pequeno!-  ela riu com a empolgação do menino. -Pare de pular um pouco... Vamos.-  Ela falou, colocando-o no chão e começou a andar até a mesa onde o bolo estava exposto.

Começaram a cantar. As meninas estavam envergonhadas, mas riam junto e cantavam também. O pequeno Kevin pulava, segurando a mão de Helena. Ela também sorria, mas seu sorriso desapareceu logo que viu aquela mesma figura de minutos atrás, logo ali, lhe observando com um sorriso sarcástico. Ela podia enxergar seus olhos, mesmo a figura estando usando máscara assim como ela, como todos ali presentes.

Ele lhe chamou com a mão, apontando para fora do salão, onde havia um jardim. Sua mãe estava ajudando a distribuir os pedaços de bolo para os convidados. Ela deixou o pequeno Kevin com ela. A garota pegou na barra do vestido e, mesmo usando saltos, saiu correndo. Todos a olhavam espantados, tentando imaginar o motivo de a garota ter saindo correndo assim, tão de repente.  Mas a menina nem ligou. Ela finalmente havia percebido quem era a tal figura que lhe observava. E ela soube que esse assunto teria de ser resolvido de uma vez por todas.

—___//____

A garota chegou ao jardim.

Apesar de não ser tão longe, ela estava ofegando, afinal, teve que descer dois lances de escada de vinte degraus, usando saltos. Ainda ofegando, retirou os sapatos e colocou os pés sobre a grama. Depois retirou a máscara que usava, jogando-a ao lado dos sapatos.

Observou o lugar, porém, não encontrou ninguém. O jardim possuía diversas flores amarelas, rosas e vermelhas; tinha algumas árvores e alguns arbustos, também. Tudo era bem iluminado. Helena sempre teve certa conexão com as flores.

Ela escutou um barulho e virou-se. Como a área era extremamente iluminada, pode perceber quem estava em sua frente. A pessoa retirou a máscara negra e observou a garota. Ela, mesmo antes de ele retirar a máscara, o reconheceu.

—Helena...- ele sorriu de canto. -Helena “Garcia”.- fez aspas ao pronunciar o sobrenome da garota.

—Alan.- ela o olhou enraivecida -Alan Brown.

O rapaz ali a frente da garota usava um terno interamente negro, tirando a camisa branca. Ele tinha profundos olhos azuis, que mais pareciam um céu á noite, sem estrelas, e cabelos extremamente louros. Todos podiam pensar que aquele louro ali era a pessoa mais bondosa que existe nesse mundo. Mas, se pensassem isso, estariam errados. Aquele homem não era nada bondoso, Helena sabia disso.

—Está magnífica.- ele disse se aproximando dela -Uma pena que tenhamos terminado, pois eu, com certeza, estaria lhe beijando agora.- ele sorriu e pegando um dos cachos do cabelo dela.

 -Você é nojento, Alan.- ela deu um tapa na mão dele e se afastou. -O que está fazendo aqui?- ela estava encarando-o friamente, com os olhos semicerrados. -Que eu saiba você não foi convidado.

—Exatamente.- ele agora analisava a máscara negra em suas mãos, com desinteresse. -Eu entrei de penetra.

—Típico de um cara como você.- ela deu um riso sarcástico. -Mas você ainda não respondeu à minha pergunta.- ela o olhou, cruzando os braços.

—Ah, sim, a sua pergunta...- ele parou de analisar a máscara, jogou-a no gramado e a olhou. -Quero voltar com você.

Ela começou a gargalhar, tanto que sua barriga até doía. Ele a olhou confuso.

—Por que ri?- ele perguntou. -Eu disse algo engraçado?

—Disse.- ela falou, recuperando o fôlego. -Disse que queria voltar comigo.

—Isso é sério, não engraçado.- ele falou de braços cruzados.

—Mais é claro que é engraçado Alan.- ela ficou séria novamente. -Eu terminei com você com o intuito de nunca mais voltar. Pensei que eu tivesse deixado isso bem claro. Os motivos foram bem óbvios.

—Que motivos Helena?- ele questionou.

—Você sabe muito bem, Alan.- a garota falou. -Você me traiu.

—Mas eu não te trai Hel.....- ele tentou falar mais foi cortado por ela.

—NÃO?! VOCÊ NÃO ME TRAIU?- ela gritou. -Por favor, né. Eu vi com meus próprios olhos. Você e “aquelazinha”! Estavam se agarrando, na minha frente!- ela o olhou com raiva. -Não me venha com essa conversinha. Se era isso que tinha para falar, por favor se retire.- ela apontou em direção à saída.

 -Helena...- ele a olhou em súplica.

—VAI EMBORA!- ela berrou.

—NÃO! EU NÃO VOU EMBORA!- ele gritou e ela se assustou.  -EU VOU CUMPRIR AS ORDENS QUE ME DERAM.-  ele gritou novamente e ela questionou mentalmente “Ordens? Que ordens? De quem?”. Ele a pegou pelo pulso a puxando para si. -Você vai vir comigo. São as ordens do soberano.- ele falou friamente. -Você vai nos ajudar a derrotar o Olimpo; a derrotar os Deuses para que Ele possa governar.

“Olimpo? Deuses? Do que ele está falando? Isso é mito... Não é?” Ela questionou mentalmente. Ela tentava se soltar do aperto dele, mas não conseguia. Em um ato de desespero, ela, de algum modo, deu uma joelhada bem no estômago dele. Ele a soltou e caiu no chão, gemendo de dor. Essa foi à oportunidade para ela correr... E foi isso que ela fez. Correu. Estava usando um vestido longo e isso dificultava sua fuga. Segurava a barra do vestido enquanto subia as escadas, mais um grito a fez parar na metade.

—HELENA! VOCÊ VAI VIR COMIGO, CUSTE O QUE CUSTAR! DEVE CUMPRIR O SEU DESTINO, DEVE AJUDAR A DESTRUIR O OLIMPO!- ela olhou para baixo e o viu já de pé.

Então ele começou a aumentar de tamanho, como se estivesse em metamorfose. Não... Ele realmente estava em metamorfose, depois disso, ele se transformou em um bicho que era a mistura de vários outros. Tinha asas de dragão, corpo e cabeça de leão, dentes afiados como de um tubarão e uma cauda de escorpião. Ela já havia visto um monstro igual aquele, mas não se lembrava aonde, nem o  nome que aquela coisa possuía. O monstro deu um rugido e mais dois iguais a ele saíram da escuridão e colocaram-se ao lado do primeiro. Olharam-na e rugiram novamente.  Ela estava apavorada. Começou a subir as escadas correndo, ela se lembrou aonde estava... “Aquelas pessoas lá dentro... Preciso salvá-las”.

E ela sabia que a partir desse momento, sua vida não seria mais a mesma.


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Notas finais do capítulo

Kissus, ~StrangeDemigod



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