A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 71
Capítulo Setenta e Um - Cansaço, Suor e Sangue.


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei muito a postar, contudo eu simplesmente não sabia como terminar essa temporada. Esse último capítulo diz muito a respeito da próxima temporada, de relacionamentos, de culpas, raivas, vidas... É um capítulo necessário e é o final, então eu precisava fazer o melhor possível por ele.

Espero que vocês gostem do capítulo, que foi escrito tendo um pouco da visão de três personagens muitos importantes. Bell, Draco e Dorian.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698185/chapter/71

                Lestrange suspirou, faltava menos de 48 horas para a volta a Hogwarts e reencontrar seus amigos, contudo a data que normalmente a fazia tão feliz, parecia estar sugando suas energias e ela desejava que o momento do retorno não chegasse, pela primeira vez desde que iniciou seus estudos na Escola de Magia e Bruxaria desejava não ter que sair de casa. A menina suspirou e foi até a porta, onde alguém batia insistentemente. Ela soube quem era mesmo antes de abrir a porta e encarar Rabastan, ele era o único que batia daquele modo, a mérito de irritá-la na maior parte do tempo.

                Rabastan usava um sobretudo marrom e trazia na mão a já tão conhecida bolinha de gude verde.

 -Essa coisa deve ser muito valiosa. –Ela indicou a bolinha, o fazendo girá-la na mão.

 -Não é da sua conta, Ferinha. –Sorriu.

 -Mais da metade das coisas da minha vida não são da sua conta e nem por isso você me deixa em paz.

 -Eu sou o mais velho aqui, então é meu dever me preocupar para saber como te defender. –Fingiu indignação, fazendo a menina bufar levemente e se encostar no batente.

 -Sua falsidade é comovente.

 -Estou sendo honesto aqui! –O comentário ultrajado a fez sorrir de canto.

 -E eu sou um docinho, Bast.

                Rabastan sorriu, já se adaptara a ser chamado novamente pelo apelido, obviamente havia um diferença gritante, Vickie o chamava de forma carinhosa, Belinda o fazia simplesmente por deboche.

 -Você fala da minha falsidade, mas a sua não é menos comovente e merecedora de prêmio.

                Belinda rolou os olhos e cruzou os braços em frente ao peito.

 -O que você quer a essa hora? Tenho certeza que não veio até aqui somente para apreciar minha companhia.

 -Não é tão tarde assim. –Ele sorriu abertamente.

 -O que você quer? –Insistiu.

 -Vamos dar uma voltinha. –Chamou.

 -Sou obrigada? –Ela quis saber.

 -Estou dando a você a alternativa de sair comigo ou esperar mais alguns minutos e receber a visita da Bella.

                Belinda descruzou os braços e se desencostou da parede.

 -Deixa só eu me trocar.

 -Seja rápida, antes que minha cunhadinha apareça.

 -Você está me sequestrando, por acaso? –Ela o encarou de sobrancelha arqueada.

                Rabastan ponderou e depois sorriu abertamente, dando de ombros animadamente.

 -Algo do tipo.

                Belinda balançou levemente a cabeça em descrença.

 -Não vou nem perguntar a razão. –Decidiu. –Já volto.

                Belinda não reconheceu o beco escuro onde desaparataram, mas reconheceu a sombra alta parando a seu lado. Ela fez careta.

 -Que merda é essa? –Questionou, fazendo Rabastan rir.

 -Eu tenho um compromisso agora e você será meu álibi.

 -O que você tá aprontando, Rabastan?

 -Não é da tua conta. –Sorriu e desaparatou.

 -Vamos comer antes do treino. –Decretou e Dorian deu de ombros.

 -Pelo menos concordamos nisso.

                Acabaram indo para Cambridge, em uma lanchonete bem movimentada e cheia de adolescentes. De algum modo o barulho a irritava, mas a relaxava também.

 -O que você vai querer?

 -Batata-frita, hambúrguer e milk-shake.

 -Você deveria escolher outra bebida, pra variar. –Ele provocou e ela deu de ombros.

 -Coca, então.

                O albino assentiu e chamou uma garçonete que passava ali. Os dois começaram a conversar sobre Feitiços enquanto aguardavam a comida chegar, quando finalmente estavam servidos, o rapaz se ergueu dizendo que iria ao banheiro.

 -Se você tocar na minha comida, iremos ter sérios problemas. –Ele alertou, se afastando.

                Belinda comia tranquilamente quando um rapaz loiro se aproximou, ele era o típico filhinho de papai que ela aprendera a evitar, mesmo dentro de Hogwarts.

 -E ai? Tudo bem?

                A menina arqueou a sobrancelha.

 -Tudo. –Decidiu optar pela educação.

 -Então, eu te vi aqui sozinha e pensei se você não quer companhia, posso pagar alguma coisa pra você...

 -Eu já estou comendo, obrigada.

                Dorian se aproximou, ouvindo as tentativas falhas do rapaz de abordá-la. Belinda era gelada como somente o gelo poderia. Ele sorriu da expressão da menina, ela já o havia xingado mentalmente, provavelmente, de todas as formas conhecidas e algumas que ele nem mesmo sabia existir. Inicialmente Dorian tentou prender o riso, contudo a expressão chocada de Belinda após estar recebendo o flerte de um Trouxa era cômica. Belinda soltou uma lufada de ar e mexeu no cabelo, encarando seriamente o Trouxa a sua frente _ignorando Dorian atrás dele_, como se o rapaz fosse uma espécie diferente e que ela nunca vira antes.

                Belinda não sabia como se portar, não tinha problemas com Trouxas, mas as cantadas que recebia eram tão absurdas que ela simplesmente não sabia o que fazer.

 -Não. Não vai rolar. –Foi tudo o que a menina conseguiu dizer, surpreendendo o Trouxa de uma forma que o fez arregalar os olhos.

 -Eu... Eu...

 -Eu já tinha escutado muitas coisas estranhas, mas puta merda. –Ela encarou Dorian atrás do rapaz. –E você se perdeu no meio do caminho para o banheiro?

                Dorian riu audivelmente e o rapaz o encarou assustado, não havia notado sua presença até aquele momento. Dorian estava usando jaqueta de couro e algo nele passava uma imagem de garoto problema, a qual ninguém gostaria de entrar em conflitos.

 -Eu só achei interessante o que encontrei ao voltar. –Ele deu de ombros, sorrindo.

 -Você é um idiota! –Ela estava séria.

 -Desculpa, cara. Eu-eu não sabia que ela tava acompanhada. –O rapaz pareceu nervoso.

 -Devia se desculpar com ela. –Dorian comentou sentando de volta em seu lugar. –Foi a ela quem você incomodou.

 -Eu...

 -Homens sempre ficam gagos quando nervosos? –Ela questionou Dorian, que deu de ombros.

 -Eu não fico nervoso.

                Belinda bufou.

 -Mentiroso!

                Dorian viu o rapaz ficar sem graça e se retirar silenciosamente, ao perceber estar sendo ignorado.

 -Não sou.

 -Tudo bem então. –Ela rolou os olhos.

 -O que isso significa? –Ele apontou pra ela, que deu de ombros e tomou um gole da Coca-Cola.

 -Nada.

 -Mentirosa.

                Dorian viu o primeiro sorriso da noite se formar.

 -Só quando necessário.

                Ele riu baixinho, o ar estava bom e o clima entre eles tranquilo.

 -Acaba de comer que hoje iremos treinar o máximo possível. Afinal amanhã você treinará com a Bellatrix, não é?

                Belinda suspirou.

 -Infelizmente.

 -Você tem que estar pronta pra tudo.

 -Preocupado? –Debochou.

 -Bêbada? –Revidou e ela sorriu de lado.

 -Provavelmente não sóbria ao todo.

                Dorian sorriu da piada, sabia que ele não bebia.

 -Acho que ele gostou de você.

                Bell arqueou a sobrancelha e olhou por sob o ombro, vendo o garoto loiro que outrora tentou lhe chamar atenção. O rapaz ficou tão envergonhado que virou o rosto para o outro lado e os amigos que estavam com ele na mesa começaram a rir.

 -Ele é um bobinho fofo. –Deu de ombros voltando a encarar o albino.

 -Bobinho fofo? –Fez careta, pegando uma batata. –Isso é uma forma gentil de chamar o cara de idiota?

 -Talvez.

                Dorian sorriu, já se adaptara com as respostas vagas.

                Acabaram de comer pacientemente, nenhum com muita disposição de duelar, mesmo sabendo ser o necessário.

 -Está pronta?

 -Tenho que estar. –Ela disse empurrando o prato vazio à sua frente. –Vamos?

 

☆☆☆☆☆☆☆☆☆

                Dorian a deixou em frente à Mansão Malfoy assim que amanheceu. A diversão que estivera presente durante a noite e toda a madrugada de treinamento parecia nem mesmo ter existido, Belinda parecia carregar uma nuvem obscura sobre sua cabeça. Em seguida ele foi para o Ministério da Magia.

                Dorian lembrava de ter escutado em algum lugar, contudo não lembrava onde, a frase: “Todo início é diferente. As histórias podem ser semelhantes, mas nunca as mesmas.” Era uma frase que o fazia recordar de sua história e a de Belinda. O homem dobrou no corredor e subiu os degraus que o levariam ao Departamento de Investigação, precisava saber como estava o caso dos Comensais da Morte antes que as coisas saíssem do controle e, principalmente, precisava saber se estava na hora de apagar determinados registros no Ministério da Magia.

 -Oliver! –Arthur Weasley o cumprimentou animadamente, assim que ele chegou ao topo da escada.

 -Arthur. –Cumprimentou de volta.

                Eram cumprimentos básicos, mas que faziam Dorian realmente querer largar tudo e ir dormir em sua confortável cama em Madri.

 -Rufo quer vê-lo.

                Dorian arqueou a sobrancelha e encarou o ruivo. Não havia razão para o Ministro querer vê-lo.

 -Alguma razão pra isso?

 -Não sei ao certo, eu só sei que estava na sala dele e ele pediu que caso eu o visse, deveria falar para ir você ir vê-lo.

                O rapaz respirou fundo e assentiu.

 -Certo.

                Dorian não estava disposto a saber o que o Ministro desejava, não quando as férias estavam no fim, o que era um indicativo perigoso de ter que fazer algum trabalho em uma escola indesejada ou com qualquer coisas relacionada a adolescentes irritantes. Com um suspiro e sem a menor vontade o rapaz seguiu para a sala do Ministro da Magia.

 

☆☆☆☆☆☆☆☆☆

                Uma semana havia se passado desde que Draco recebera a Marca Negra, assim como havia passado uma semana que ele mal via Belinda, que estava treinando incansavelmente com Rabastan e Rodolphus, enquanto ele estava sob a tutela de Bellatrix.

                Agora Draco compreendia o que Belinda falava sobre o quão era irritante ter alguém tentando entrar em sua cabeça para descobrir seus pensamentos. Contudo, depois de muito esforço e alguma sorte o rapaz conseguiu fazer com que Bellatrix nem mesmo conseguisse chegar perto de sua mente, sempre foi algo natural manter as pessoas afastadas de suas verdadeiras ideias, não seria diferente naquele momento. Quando Draco chegou em casa após receber a Marca Negra, ficou sabendo que treinaria Occlumency com Bellatrix e imediatamente temeu por revelar tudo o que sabia a respeito de Belinda, o que o fez pedir ajuda de Rabastan antecipadamente, perdendo uma noite inteira de sono e conseguindo manter as garras de Bellatrix longe de Belinda. Rabastan havia parabenizando-o por conseguir controlar sua mente com tanta rapidez e facilidade, mas a verdade é que ele sabia que caso falhasse, as consequências seriam enormes e devastadoras e não somente para ele.

                Draco suspirou e encarou a marca negra em seu antebraço, ela o fazia lembrar o motivo de ter aceito aquilo, não foi somente pela glória, não seria falso e diria que não tinha o desejo de ficar do lado vencedor e todos sabiam que Voldemort seria esse lado, o único problema era saber que isso machucaria tanto e a tantos. Malfoy se deitou na cama e fechou os olhos, não conseguira dormir um minuto sequer e logo viu o sol nascer.

                Belinda entrava em casa quando Draco apareceu nas escadas, a encarando de cenho franzido. A primeira coisa que Belinda olhou foi para o braço do rapaz, mas a Marca não estava ali, ele usava magia para escondê-la.

 -Aonde você estava? –Ele questionou.

 -Você deveria me esperar. –Rabastan comentou a sua costa e ela bufou, sem nem mesmo virar.

                Não o havia encontrado quando chegou, contudo já esperava por algo daquele tipo.

 -Estive treinando. –Respondeu à pergunta do loiro, que franziu o cenho outra vez, sabia que a resposta era vaga e compreendia que o treino não havia sido com Rabastan, apesar de estarem juntos.

 -Vamos, Ferinha. –Rabastan chamou. –Saiba que o dia de hoje será exaustivo e esteja preparada pra tudo.

 

                Rabastan estava certo no final. Entretanto o dia iniciara com um treinamento com Rodolphus, que parecia analisar e explorar com o máximo dano possível suas falhas.

                Lestrange sentou no chão frio e estalou o pescoço, estava a no mínimo duas horas duelando com Rodolphus.

 -Você parece querer acabar com nossa Ferinha, irmão. –Rabastan zombou, se aproximando dela com uma maçã verde.

 -Achei que somente eu tivesse notado. –Ela concordou e aceitou a fruta que ele lhe estendeu.

 -Me pergunto quando vocês se tornaram tão próximos. –Rodolphus comentou, puxando a cadeira que deixara no canto.

 -Ciúmes, Rod? –Bell debochou enquanto ele sentava.

 -Oh, não imaginava você sentindo algo tão trivial assim, irmão. –Rabastan entrou no jogo, enquanto Belinda mordia a fruta.

 -Primeiro, não me chama assim. –Alertou Belinda.

 -Por que? É fofo!

                Rodolphus a ignorou.

 -E quem em são consciência teria ciúmes de qualquer um de vocês? –O homem deu um gole no cálice d’água a qual Bell não o vira pegar.

 -A questão é, você está em sã consciência desde quando? –Os olhos frios do homem fitaram seriamente a menina, que deu de ombros. –Só disse a verdade.

 -Ferinha e eu descobrimos algumas coisas em comum. –Rabastan brincou.

 -Ódios em comum, inclusive! –A menina esclareceu.

 -Vocês são cansativos. –Rodolphus respirou fundo.

 -Obrigada.

 -Obrigado.

                Responderam ao mesmo tempo, levando Rodolphus a respirar fundo outra vez e rolar os olhos.

                Belinda poderia dizer que o restante do dia ocorrera calmamente, contudo isso seria uma completa mentira. Principalmente a partir do momento que Bellatrix chegou, já cumprimentando a menina com um Sectumsempra, a fazendo cair no chão com uma dor no peito enlouquecedora e um corte grande abrir em sua costela esquerda. O ar parecia escasso e provocava dor.

                Era o último dia de treinamento, o que representava o dia mais duro e doloroso antes do retorno a Hogwarts. E como era de se esperar, ela estava certa, o treino terminou quase ao amanhecer, gerando incontáveis machucados graves, inclusive uma perna quebrada e que poderia ter ido bem mais longe se Rodolphus e Rabastan não tivessem parado Bella.

 -Você enlouqueceu de vez? –Rodolphus brigou com a mulher.

 -Essa pirralha insolente continua a me...

 -Isso não muda o fato de você não poder matá-la!

 -Vai defender essa pirralha nojenta?

 -Me tira daqui. –Belinda pediu a Rabastan, que havia acabado de remendar o osso quebrado, ignorando o resto da discussão dos dois, que seguiam para dentro de casa.

                Rabastan ergueu os olhos para encarar a menina, que segurava a Varinha fortemente e mantinha os dentes cerrados, ela fervia de ódio e ele sabia o quão esse sentimento poderia ser poderoso. Bellatrix estava irada porque a menina conseguiu lhe fazer sangrar, levara a pior, contudo fez Bella mostrar sinais de cansaço, suor e sangue, assim como a menina.

 -Tudo bem.

                Rabastan a colocou em sua cama, ela não estaria possibilitada de tomar banho naquele momento, mesmo que desejasse desesperadamente. Ele lhe estendeu uma Poção.

 -Você precisa descansar, amanhã você voltará para a sua vida. –Rabastan comentou, a deixando beber a Poção para dor antes de voltar a curar seus machucados.

 -Não acho que voltar a minha vida seja possível, Bast. –Ela sorriu fracamente. –E você sabe disso.

                Belinda sentiu uma fisgada na clavícula, enquanto o homem terminava de lhe remendar.

 -A gente não pode voltar, Ferinha, mas pode ir em frente.

                A frase de Rabastan a fez sorrir verdadeiramente. Havia verdade em toda a expressão e modo como ele falara.

 -Como ela está? –Rodolphus quis saber, entrando no quarto.

 -Mal. –Rabastan deu de ombros e a menina fechou os olhos. –Mas por que, vai agir como pai, irmão? –Ele debochou e Rodolphus bufou.

 -Você fala da Bella, mas está tão insano quanto ela.

                Foi a vez de Rabastan bufar e Belinda sentiu uma fisgada em seu abdome.

 -Diga a asneira que quiser, mas nunca me compare a sua mulher, irmão.

 -Ser comparado a Bellatrix é o pior dos xingamentos. –Belinda comentou baixo e Rodolphus bufou.

 -Se ela está reclamando, é que está bem.

                Belinda fechou os olhos após os dois lhe deixarem sozinha, sua mente não estava no lugar que deveria e ela tinha somente algumas poucas horas para organizar os pensamentos e se arrumar para seguir para Hogwarts. Tinha que ter em mente que o retorno seria extremamente complicado, principalmente agora que Draco se tornara um Comensal da Morte e provavelmente já recebera ordens as quais Belinda realmente preferia não saber, se Malfoy necessitasse conversar, ela estaria ali para ouvi-lo, contudo não tinha pretensão de perguntar quais suas tarefas.

 -Está na hora, Belinda Lestrange. –Ela disse pra si mesma. –Não de voltar, mas de seguir em frente.

                E foi com essa frase que Belinda se ergueu, com toda a dificuldade e dores, da cama. Não tinha tempo para perder se lamentado do quão caótica e miserável sua vida se tornara, necessitava manter aqueles que amava em segurança e se certificar de ficar boa o suficiente para matar Bellatrix na hora certa. Não seria a Belinda de sempre a voltar a Hogwarts, ela só esperava que não tivesse se perdido por completo.

 

☆☆☆☆☆☆☆☆☆

                Draco encarava a Marca Negra e recordou de como chegou ali. Lembrou de entrar na Borgin & Burkes, há alguns dias, a lojinha de antiguidades da Travessa do Tranco, era sombria, velha e cheia de artefatos carregados de Magia Negra, um lugar no qual Belinda odiaria entrar, principalmente por estar cheio de Comensais da Morte. Não muito após sua chegada os Lestrange haviam chego, saindo de uma porta perto do balcão. Foi nessa hora que Draco o viu surgir, a toga negra varrendo o chão enquanto Nagine se arrastava na frente, abrindo caminho para seu mestre.

 -Chegou a hora de você assumir seu lugar de direito, Draco. Espero que esteja pronto.

                A frase lhe causou náuseas e arrepios, ele queria correr, se sentia doente. Mas se manteve no lugar e fez uma reverência, como provavelmente seu pai faria.

 -Sim, Mestre.

                E foi aquela frase que selou seu destino, unido a uma tatuagem e a Marca mais temida e detestável do mundo. Sem falar das palavras ameaçadoras caso houvessem falhas.

                Draco Malfoy recebeu finalmente a verdadeira missão e castigo, tudo em um único pacote, um pacote que ele desejaria não ter recebido nunca, mas que deveria levar até o fim.

                O loiro abriu os olhos, estava na hora de ir para Hogwarts.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?

Esse foi o último capítulo da segunda temporada, espero que tenham gostado e obrigada por acompanharem A Filha das Trevas - Marcados. E espero que vocês apreciem a terceira temporada, Pacto de Sangue. Nos vemos lá.

Deixem seus comentários.

Beijos e até a próxima temporada.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.