A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 6
Capítulo Seis - Despedida...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Desculpem a demora, mas eu tava com uma pequena trava e não conseguia escrever, mas espero que se divirtam.



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          Belinda havia perdido a noção de tempo, estava jogada no chão do porão, o corpo completamente machucado e grudento de sangue, que escorria livremente em suas pernas e braços, devidos aos cortes que Bellatrix provocara. A mente estava cansada e mal raciocinando, a garganta praticamente fechada por causa de seus gritos, que quanto mais surgiam, mais Bellatrix ria e provocava cortes na pele pálida da menina.
           Lestrange olhava o teto escuro, que girava lentamente. Não estava mais gritando a minutos e provavelmente, se houvesse alguém na casa, devia pensar que ela não estava mais viva aquela hora. Belinda sentiu algo rasgar sua carne da coxa esquerda e travou a mandíbula, deixando somente um grunhido sair.
–Como estão as coisas por aí? —Belinda escutou uma voz masculina soar com tranquilidade, porém sua mente confusa não lhe deixou registrar de quem era aquela voz.
–Estamos nos divertindo. —Bellatrix respondeu.
–Realmente, ela parece que está dando gargalhadas.
            Belinda queria virar e matar sua curiosidade, descobrindo quem estava ali, entretanto o corpo exausto não permitia um único movimento, a não ser o subir e descer do peito, por conta de sua respiração.
–O importante é eu me divertir. —Bella falou rindo.
–Pelo menos isso você parece estar fazendo. —Retrucou o homem.
–Por que? Está com pena da garota? —Gargalhou e Bell ouviu algo como uma bufadela.
–Morrendo de pena. —Ironizou. —Tenho até lágrimas nos olhos por causa dela. Não está vendo?
            Belinda soube naquele instante quem estava ali. Rabastan.
–O que você tá fazendo aqui? —Bellatrix exigiu.
–Rodolphus mandou eu vir buscar a Ferinha. —Disse ele.
           Bell estava tão cansada, mesmo a dor não parecia o suficiente para mante-la acordada, ou talvez por isso a inconsciência estivesse puxando-a para um lugar escuro, silencioso e frio. Inicialmente ainda escutava zumbidos ao fundo, porém em poucos segundos tudo mergulhou em silêncio completo.

            Draco encarou a figura pálida que era Belinda, na cama, Rabastan a curava com precisão e um aparentemente desinteresse. Rabastan curou os ferimentos mais graves e se retirou, sem dizer uma única palavra, Narcisa encarou a menina e a cobriu com um cobertor quente, acariciando levemente o cabelo da menina. Draco sempre soubera que sua mãe nutria um carinho materno por Belinda, sempre fora assim, principalmente quando a garota adoecia.
–Bella não devia...
–Sua irmã vai matá-la. —Draco disse, se arrependendo em seguida, ao ver o olhar machucado da mãe.
–Ela não era assim, Draco. —Narcisa falou, passando a mão pelo cabelo bem arrumado. —Ela era divertida, uma garota...
–Ela era, mãe. —Draco cortou, falando o mais gentilmente que podia. —Ela mudou. Agora ela tá doida, agressiva e se continuar assim, vai matar a Bell.
           Narcisa baixou o olhar e encarou Belinda, que dormia profundamente, já chegara no quarto daquela forma, nos braços de um Mark enfurecido por ter de carrega-la.
–Você devia descansar um pouco, Draco. —Ela anunciou, começando a se dirigir para a porta de saída.
–A senhora bem que poderia falar com tia Bellatrix. —Ele tentou e viu um sorriso triste nos lábios da mãe.
–Não é tão simples assim.
          Draco não disse mais nada e permitiu que sua mãe fosse sem mais discussão.

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           Os dias passaram de forma lenta e torturantes, da pior forma possível. Fora uma semana de dores terríveis e marcas profundas. Mas era a última noite, finalmente no dia seguinte estaria voltando a Hogwarts. Conseguira sobreviver a pior semana da sua vida, então iria conseguir aguentar mais algumas horas.
           Belinda estava jogada no chão do porão, o corpo todo dolorido, sujo de sangue e com diversos machucado diferentes, as roupas encharcadas causavam frio e parecia que seus ossos estavam congelando, estava tão frio que ela mal se mexia devido as dores musculares.
           Belinda estava quase cochilando, por conta da exaustão, quando sentiu uma dor aguda em seu abdômen, um talho imenso fora aberto ali e sangue jorrava despreocupadamente, o que a fez morder a língua para não gritar, não daria aquele prazer a Bellatrix, contudo sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto, mas logo as secava.
–Garotinha estúpida e chorona! —Bella se divertia, sentada tranquilamente em um degrau da escada.
–Estou chorando de emoção, Bella. —Resmungou Belinda e respirou fundo antes de voltar a falar. —Um dia inteiro pra ficar deitada, é emoção que não cabe dentro de mim.
–SUA INSOLENTE MALDITA, VOU FAZER VOCÊ PAGAR POR TUDO ISSO...
–Bellatrix. —Era a voz divertida de Rabastan. —A não ser que você a queira morta, sugiro que esteja na hora de deixa-la ir pro quarto. Ela está passando por seu tratamento VIP a uma semana e está sem comida a mais de 24 horas, sem falar que não recebeu um gole de água...
            Rabastan vinha todos os dias, quando o corpo de Belinda já estava exausto, para leva-la das mãos de Bellatrix e quando não conseguia fazer por bem, era a vez de Rodolphus se meter.
–Recebi tanta água que tem até um lago ao meu redor, Rabastan. —Implicou a menina, jogada sobre a poça d'água, devido aos dois Aguamenti que Bella lançara mais cedo, para evitar que Belinda dormisse.
           Era normal os constantes jatos de água que Bellatrix usava para obriga-la a se manter acordada e a machucando de diversas formas, Belinda havia sentido na pele os diversos Feitiços de tortura que conhecia e mesmo os que não fazia ideia da existência, não até Bellatrix apresenta-los intimamente. E naquela noite anterior, sua penúltima noite na Mansão Malfoy, dormira no porão, sob a constante vigília de Bella. Sua Varinha estava confiscada e ela não podia se curar, Bellatrix somente permitia que Rabastan curasse os piores machucados, mas sempre deixava um ou outro ferimento para recordação. E por Merlin, como a menina gostaria de matar aquela mulher.
–Sua...! —Bellatrix fervia de ódio.
–Insolente estúpida, eu já sei. —Bufou Bell, ainda jogada no chão, com a cabeça virada para o lado, encarando Bellatrix e Rabastan na porta.
–EU VOU ACABAR COM VOCÊ!
–Já chega, Bellatrix. —A voz surgiu antes do homem, Rodolphus descia as escadas calmamente. —Você vai matá-la e não será algo inteligente da sua parte. —Bellatrix se ergueu e fuzilou o homem. —Belinda voltará a Hogwarts ao amanhecer e precisa estar conseguindo andar pra isso. —A voz era decidida.
–Você não tem direito de se meter!
–Então vá em frente. —Desafiou e Belinda viu os olhos gélidos do homem brilharem de maldade. —Mate a garota, Bella.
          Bellatrix travou a mandíbula e saiu pisando duramente escada a cima.
–Não sei você, irmão, mas eu me manterei longe dela pelo menos por 24horas. —Rabastan provocou rindo e Rodolphus deu um sorriso de canto.
–Sem dúvida alguma. —Encarou Belinda, que ainda estava deitada. —Vai ficar jogada aí?
–Não, vou sair saltitando pela casa. —Respondeu no mesmo tom irônico do homem. —Mal sinto minhas pernas, Rodolphus, a vaca da sua mulher fez o favor de acabar com toda minhas forças.
–Belinda Lestrange admitindo uma fraqueza? —Rabastan parecia em deleite. —Eu esperei por esse momento desde que a conheci.
            Belinda gruniu de frustração e se sentou com calma, sentindo tudo girar, a respiração ficou falha por um momento e depois que tudo parou de rodar tão violentamente, ela encarou Rabastan novamente, mas ainda haviam pontinhos pretos dançando em sua visão.
–Vai ter que continuar esperando, então. —Informou. —Porque eu não conseguir levantar não é uma fraqueza, é um fato graças a vadia da Bellatrix.
–Se eu fosse você, reservaria esses pensamentos sobre a Bella pra mim mesmo. —Rodolphus estava com aquele olhar entretido que tanto deixava Belinda irritada quanto curiosa.
–Vai me torturar por acaso? —Havia uma leve risada ao tom de voz. —Entra na fila, talvez sua mulher permita que mais alguém tente. —Riu fracamente.
           Os dois homens a olhavam com interesse, não era qualquer garota de 15 anos que ria após passar pelo que Belinda havia passado, na verdade, não era qualquer pessoa que o fazia, provavelmente já estaria beirando a loucura uma hora daquelas, se é que a menina a frente não estava, entretanto sua ironia era muito lúcida para que ela não estivesse.
–Você provavelmente é maluca. —Rabastan decidiu, rindo, enquanto Rodolphus se aproximou dela. —Complemente maluca.
           Belinda viu Rodolphus se abaixar e puxa-la do chão, quando ela firmou os pés, as pernas fraquejaram e ele a apoiou.
–Provavelmente eu sou muita coisa, Rabastan, porém agora eu não sei nem meu nome direito.
–Rabastan, Belinda está febril, vou levá-la para o quarto dela, prepare alguma poção. —Rodolphus informou.
–Preocupado? —Zombou a menina.
–Com vontade de morrer? —Questionou o homem, enquanto a rebocava escada a cima e Rabastan se apressava na frente.
–Não, apesar de tudo a vida é interessante. —Debochou ela.
–Então a não ser que queira morrer, é melhor calar a boca, Belinda. —Ela suspirou.
–Que seja, estou cansada demais para qualquer debate.
           Era verdade, Belinda sentia suas forças se esvaindo rapidamente, o corpo parecia feito de chumbo de tão pesado, assim como as pálpebras, que insistiam em querer fechar, Bell mal conseguia dar um passo após o outro e só continuava se mexendo porque Rodolphus a estava arrastando junto dele.
–Por que estão me treinando? —Sussurrou para o homem.
–Você saberá em breve.
           Belinda sentiu a consciência escorregar para longe e tudo escurecer.

           Draco não falava direito com a menina a dias, mal a via para ser honesto. Fora isso que o levou a aguardar no quarto naquela noite.
          Malfoy puxou um livro qualquer da estante, intitulado A Bela e a Fera, o que o fez bufar, mas ao abrir o livro, na contra capa, viu as letras conhecidas de Granger.

Um dos contos de fadas mais conhecidos do mundo trouxa.
Divirta-se!
Hermione G.

          Draco bufou e devolveu o livro para o lugar, no exato momento que a porta se abriu e ele viu Belinda, sendo carregada por Rodolphus, que o mandou sair imediatamente. Draco estava pensando na probabilidade de questionar, mas fora tirado dali por Narcisa, que o mandou ir para o quarto e aguardar por mais informações.
          Draco sentou na escada que dava acesso a uma das Torres da casa, estava escuro e ninguém o veria ali. Daquele ponto Draco viu quando Rabastan entrou no quarto e Rodolphus saiu. O tempo passava lentamente e Narcisa ainda não saíra pra lhe dizer o que estava acontecendo, Draco resolveu andar um pouco, mas quando chegou na sala, escutou a discussão que vinha da direção da biblioteca, ele poderia ser tolo e tentar ouvir ou poderia ignorar, fora o que ele decidiu fazer.
          Malfoy andava de um lado para o outro dentro do quarto, estava furioso. Narcisa aparecera, depois do que ele imaginava sendo horas mais tarde, dizendo que Belinda estava febril e que ele deveria deixa-la ser cuidada, mas que na manhã seguinte ela estaria pronta para voltar a Hogwarts. Draco sabia que Belinda odiaria perder o dia da volta para a Escola, estava ansiando por aquilo desde que as férias deram início e ele mesmo assumia que nunca desejara tanto estar de volta ao Castelo.
           Malfoy viu o dia amanhecer e logo a hora de ir para Hogwarts se aproximava, ele já estava arrumado e esperava Belinda, porém ainda não tinha sinais da menina. Draco se encaminhou para o quarto da amiga ignorando todas as advertências que ouvira na noite anterior, bateu na porta, que fora aberta por uma Belinda cheia de olheiras e algumas marcas roxas pelo corpo a mostra por seu toper preto, as pernas estavam cobertas pela calça jeans. A barriga estava com várias marcas roxas do tamanho de galeões, assim como cortes, que naquele momento pareciam superficiais, os braços arranhados, alguns machucados que ela poderia curar com a Varinha. E apesar de tudo, ela estava animada e Draco sabia que era porque finalmente voltariam a Hogwarts e ela se livraria dos três Lestrange e de Mark, que continuava por ali, tentando melhorar seus conhecimentos com Poções e Herbologia.
–Finalmente vou me livrar dos três lunáticos e do idiota. —Comemorou o puxando para dentro do quarto e trancando a porta atrás dele.
         Draco fez careta, ela parecia ignorar o fato de ter chego inconsciente na noite anterior.
–Achava que você ainda estava...
–Não. —Ignorou o que ele dizia. —Melhorei umas cinco da manhã, mas Rodolphus me proibiu de sair daqui, disse que a Vadia estava furiosa e que era bom eu não provoca-la mais. —Deu de ombros, pegando a camisa preta de manga comprida sobre a cama.
–Você está se sentindo bem? —Quis saber, enquanto ela vestia a blusa.
–A verdade? —O encarou.
–Sim, a verdade. —Ele sentou na cama.
          Belinda torceu a boca, ajeitou a blusa e o encarando por fim.
–Estou meio fraca e minhas pernas ainda parecem de chumbo, mas assim que sair daqui ficaria maravilhosamente bem. —Deu de ombros com calma e puxou os all star pretos.
          Draco a observou acabar de se vestir, o que demorou mais que o normal, porque ela parava constantemente para tomar fôlego no meio de qualquer coisa que estivesse fazendo.
–Você parece cansada, como se tivesse corrido por horas.
         Draco sabia que ela realmente estava cansada, mas a verdade é que ela parecia terrivelmente doente.
–Treinar com a Vadiatrix por uma hora, é como correr por dias ininterruptos em um lugar cheio de obstáculos, que você não consegue passar, mesmo nos menores, sem pelo menos levar um tombo. —Respirou fundo.
–Por que você não cura esses machucados? —Ele viu a expressão da menina ficar sombria.
–Rodolphus só devolverá minha Varinha quando estivermos saindo. -Disse recentida. —Rabastan disse que Bellatrix ameaçou ou algo assim, caso eu pegasse antes.
–Falando nisso. —Ele fez careta, atraindo a atenção da menina. —Eu fiquei surpreso por Rodolphus te carregar pra cá e ajudar a cuidar de você, nem tanto com Rabastan, já que é ele quem te remenda sempre.
          Um sorriso pequeno e estranho surgiu nos lábios da menina.
–Rabastan só faz isso porque é quem se diverte mais quando alguém se machuca e ele torce intimamente por ver Vadiatrix levar uma surra. —Ela riu baixinho, mas como acontecia desde o início das férias, não chegava a seus olhos. —Ele disse ontem, enquanto me curava, que caso eu consiga dar uma surra pra valer em Bellatrix, ele cuidará pessoalmente pra que eu não seja castigada.
         Draco fez careta e a encarou, tentando decifrar se ela brincava ou não.
–Quem ouve até acha que ele gosta de você. —Zombou, quando percebeu que ela falava sério.
–Não, ele não gosta. Mas gosta menos ainda da cunhada. —Bell sorriu. —Algo, até onde consegui entender, sobre ela ter matado alguém que era próximo dele. —Deu de ombros.
          Draco ergueu uma sobrancelha, a encarando fixamente.
–Como descobriu isso? —Ele estava curioso.
–Eu estava tentando descobrir o porquê de eles me treinarem, aí no dia em que a Vadiatrix começou a me torturar de verdade, naquela primeira manhã, depois que Rabastan me remendou, me escondi na biblioteca, sabia que quando Rodolphus voltasse, eles iriam pra lá. —Informou com calma, alisando a blusa distraidamente. —Eles estavam falando sobre Bellatrix e Rabastan disse que caso eu deixasse de ser tão inútil, torcia para que eu matasse a desgraçada. —Deu de ombros e notou a expressão do amigo, já sabendo quantas perguntas ele tinha. —Não entendi também. —Esclareceu. —Foi a primeira vez que ouvi somente raiva, sem deboche e nem nada, só raiva, na voz do Rabastan, então Rodolphus falou muito baixo e eu só ouvi alguma coisa com ele não ter superado a Bellatrix ter matado alguém.
–E o que aconteceu? —Ele estava extremamente curioso e isso a fez sorrir um pouco.
–Rabastan disse que a Vadiatrix nunca gostou de ninguém e que Rodolphus era o único estúpido suficiente pra aguenta-la. Então saiu da biblioteca e depois de alguns segundos Rodolphus foi atrás, provavelmente pra garantir que o próprio irmão não matasse a Vadiatrix.
–Eu achava que eles se davam bem. —Ele estava tão surpreso quanto ela ficara no dia.
–Rabastan é louco, mas esperto. —Ela comentou. —Pelo que eu entendi, ele mesmo não a mata por causa de Voldemort e Rodolphus não parece se importar tanto, de qualquer forma, me pergunto o por que.
–É uma boa pergunta. —Refletiu, ainda encarando Belinda. —E pelo brilho estranho nos teus olhos, tu vai tentar descobrir, né? —Ela sorriu e vestiu um casaco preto de moletom, grande o suficiente para duas Belindas, mas ela parecia bem confortável dentro dele.
–Vamos para Hogwarts, Serpente-Loira.
          Draco sorriu e a viu fazer careta ao colocar a mochila no ombro, o que o fez bufar e puxar a mochila das mãos dela, jogando sobre o próprio ombro.
–Você vai acabar morrendo antes de entrarmos no trem.
         Belinda rolou os olhos e eles seguiram para o primeiro andar, onde os Malfoy estavam acompanhados pelos três Lestrange e Mark.
–Bom dia, Belinda. —Mark zombou e ela rolou os olhos.
–Você não tinha que tá... Sei lá. Chutando uma velha no meio da rua? Roubando bombons de criancinhas? Ou algo assim? —Debochou e Rabastan riu entretido.
–Lembre-se de continuar praticando, Belinda, e lendo os livros de Feitiços que te dei. —Mandou Rabastan.
–Um dos seus livros só tem formas de matar alguém de modo lento e doloroso e as piores torturas possíveis, Rabastan. —Ela respondeu em um tom irônico. —Quem dá isso de presente? —Ela sabia que não era um presente, estava longe disso.
        Belinda viu um brilho estranho passar nos olhos do homem e um sorrisinho debochado se formar.
–Talvez alguém que queira treinar uma bruxa de verdade, não uma pirralha irritante. —Mark respondeu.
–Então quer dizer que treinaram você como pirralho irritante?! —Ela abriu um sorriso cúmplice e debochado, o que fez Rabastan gargalhar e Rodolphus sorrir um pouco. —Eu sempre desconfiei. —Mark riu, mas a raiva transpareceu em seus olhos.
–Temos que ir, Belinda. —Narcisa informou, se colocando de pé. —Se não chegarão atrasados na Plataforma 9¾.
         Belinda sentiu uma imensa vontade de sorrir, porém não o fez, Bellatrix, Rodolphus e Rabastan a observavam atentamente e ela não poderia dar qualquer indício para eles perceberem que havia motivos para ela desejar tanto ir a Escola. Eles jamais poderiam descobrir que as grandes fraquezas da menina estavam localizadas todas em um só lugar. Hogwarts.
–Minha Varinha? —Questionou estendendo a mão para Rodolphus, que não disse nada ao coloca-la na mão da garota.
–Até breve, Belinda. —Disse Rabastan e seu tom de voz fez um calafrio percorrer seu corpo.
–Não tão cedo, espero.
         Rabastan e Rodolphus riram, enquanto Bellatrix somente a encarou e ela se dirigiu a saída da Mansão Malfoy, finalmente voltaria a sua vida normal.
–Mais cedo do que você imagina. —Bellatrix alertou e ela estremeceu levemente, de modo imperceptível e logo se via fora de casa, absorvendo o leve sol do fim da manhã.


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Notas finais do capítulo

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