A Filha das Trevas - Marcados (LIVRO 2 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 42
Capítulo Quarenta e Dois - Traição e Decepção


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, contudo não direi para se divertirem nesse, já que a confusão não permite o sentimento (Pelo menos pra mim).



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                Era quase manhã quando Belinda entrou no quarto, percebendo que não havia ninguém ali, a deixando intrigada, mas estava cansada ao ponto de simplesmente se jogar na cama, a corrida realmente havia sido revigorante, era curioso como ela e Dorian podiam ser bons parceiros se tivessem o incentivo e inimigo certo.

                 Belinda acordou com as vozes baixas e sussurrantes de Hermione e Gina. A menina se ergueu rapidamente, olhando ao redor de forma confusa, estava tendo um sonho estranho, algo com Águias e Cobras.

                  Lestrange encarou as amigas, vendo a expressão de dor das duas.

—O que foi? –Ela quis saber, coçando o olho.

—Por que você não foi pra reunião da Armada, ontem? –Kátia questionou furiosamente, enquanto entrava no dormitório como um furacão. –Foi você, não foi?

—Que? –Belinda ficou mais confusa do que antes.

—Foi você quem nos denunciou para o Malfoy, por isso ele foi atrás!

—O que você tá dizendo?

—Kátia! –Hermione chamou.

—Não, ela realmente deve tá trabalhando com os pais Comensais da Morte, por isso quer nos...

—CALA A BOCA! –Gina berrou.

                  Belinda sentiu o ódio esquentar seu ser e as lágrimas arderem nos olhos. Ela foi mais rápida do que imaginou ser capaz, foi em um piscar de olhos e ela segurava Kátia contra a parede, fazendo a menina piscar surpresa.

—Não sou filha de nenhum Comensal. –Ela sussurrou de forma perigosa. –Eu não sei que merda aconteceu, mas sabe o quanto eu comecei a me enjoar de olhar pra sua cara sonsa diariamente? Enquanto você finge ser uma garota amável e vive falando mal de todos? Quer falar mal de mim, ótimo. –Ela soltou a menina. –Mas não se atreva a gritar comigo e me fazer acusações, não sem provas e não quando nem sei o que você tá falando. Até porque se eu quisesse fazer algo contra você, não precisaria me esforçar tanto.

                  Belinda simplesmente saiu do quarto, não estava disposta a ouvir nenhuma palavra a mais, mesmo sob os protestos de Gina e Hermione.

                  O Salão Comunal estava com algumas pessoas e todos os olhares se voltaram pra ela, havia medo, raiva e desconfiança, fazendo muitos cochichos iniciarem. Belinda correu para a saída, ansiando ganhar os corredores e se jogar dentro de qualquer sala isolada, mas sentiu mãos lhe agarrarem antes de conseguir abandonar por completo sua Casa Comunal.

—Hey, calma ai. –Era Freddie.

                  Bell não respondeu, mas sentiu as lágrimas escorrerem.

—Veio me culpar também? –Ela questionou em um sussurro.

—Claro que não, Belinda. –Ele a abraçou e ela se virou, agarrando-o pela cintura e enfiando a cabeça no peito dele.

—Eu não sei o que aconteceu, mas...

—Você não tem que se preocupar com isso agora. –Ele beijou o topo de sua cabeça.

—Claro que tenho, Freddie. –Ela respondeu. –Se as pessoas da minha Casa Comunal me culpam, seja lá qual o motivo, imagina de outras Casas.

                 Belinda ergueu os olhos para o amigo e o viu suspirar, erguendo a mão para secar as lágrimas da garota, que viu nesse momento letras avermelhadas na costa de sua mão direita. Bell agarrou a mão do ruivo, mesmo que ele tenha tentado puxar de volta.

Não devo contar mentiras.

               A frase trazia a caligrafia de Freddie, mas ele jamais se machucaria daquela forma, principalmente com uma frase tão estúpida, quando ele vivia para pegadinhas e segredos.

—Pena de sangue! –Ela falou alarmada e o encarou novamente, fazia tempo que Freddie não via aquele medo e lágrimas nos olhos dela. –O que aconteceu?

—Acho melhor você ficar sabendo pela gente. –George comentou, se juntando a eles. –Vamos sair daqui.

               Freddie puxou a amiga para o peito, a deixando secar as lágrimas, enquanto seguiam para as escadas que levavam aos dormitórios masculinos. Naquele momento Belinda não conseguia manter a postura que viera mantendo durante todo o tempo desde a descoberta da fuga dos Lestrange.

               George fechou a porta do dormitório, enquanto Freddie a deixava sentar na cama.

—O quarto de vocês é uma bagunça. –Ela falou, encarando os dois. –Agora comecem a falar.

               Belinda ouviu com atenção, cada detalhe de como foram descobertos, da participação de Draco e da Brigada Inquisitorial, a traição de Cho e sobre a Pena de Sangue.

—Draco fez isso? –A raiva na voz dela era assustadora.

               Os gêmeos não gostavam de Malfoy, mas sabiam que era ele quem mantinha Bell lúcida, porém ela estava furiosa.

—Belinda...

                De tudo o que Belinda ouvira, o que mais lhe chamara atenção foi o envolvimento de Draco na história.

—Eu vou matar aquele filho da puta.

                Belinda se ergueu em um salto e correu para fora do Salão Comunal, passando pela saída rapidamente e correndo para as Masmorras, parou em frente à entrada da Sonserina, agarrando o braço de um primeiranista que passava ali, o garoto a encarou assustado.

—Vá até o monitor, diga a Malfoy pra ele vir imediatamente aqui fora.

—Eu...

                Belinda fuzilou o garoto, que silenciou e pareceu que iria chorar.

—Bell. –Blás a chamou, saindo da Casa Comunal.

                Belinda largou o garoto, que saiu correndo pra dentro de sua Casa.

—Acho bom você chamar o Draco, Zabini. –A impaciência da menina era evidente a qualquer um.

—Você não quer se acalmar um pouco e...?

—Zabini, você também tá na merda da Brigada Inquisitorial, mas agora eu quero que você traga o Malfoy aqui!

—Tudo bem, eu... –Ele suspirou. –Vou chamar o Draco.

                Mesmo Blaise a conhecia para saber que seria pior adiar aquele encontro, se ela estava irritada com ele, de quem, apesar de tudo, nem era tão próximo assim, Belinda deveria estar furiosa com Draco.

                Lestrange se encostou na parede, ao lado da entrada, respirando fundo. Gostaria de poder se acalmar, pelo menos um pouco, mas a cada vez que recordava o que lhe fora dito, seu sangue fervia mais. Belinda sentia a frieza do chão sob seus pés, nem mesmo pensara em se trocar e calçar após ouvir o que Freddie e George disseram. Draco fora um dos alunos que localizou e informou Umbridge a localização da Armada.

                Draco a viu encostada a parede, a raiva pulsava dela a cada respiração.

—Bell? –Draco chamou gentilmente.

                Malfoy viu os olhos negros o fuzilarem e sentiu o soco atingir seu rosto antes que ele tivesse reação, Draco sentiu o gosto de sangue na boca e após conseguir ajustar a postura novamente, a encarou chocado.

—Você me decepcionou de uma forma que achei que nunca fosse acontecer de novo, Draco. –A raiva e frustração da menina não deveriam pegá-lo tão de surpresa, mas ainda assim o chocou. –Todos mandaram eu ter cuidado com nossa reaproximação e amizade. –Ela secou uma lágrima teimosa que caiu, sem falar que Belinda tremia por inteiro. –Todo mundo me disse que você ia me machucar... –Ela mordeu o lábio com força. –Mas eu briguei com todos, absolutamente todos que me disseram isso ou que falavam mal de você, mas olha só como eu fui estúpida!

—Belinda...

                A mágoa dela doeu mais do que o soco, Draco tentou dar um passo para se aproximar.

—Nem vem, Malfoy! –Ela disse entredentes. –Você me traiu da pior e mais suja forma.

—Eu não te trai! –Ele se exasperou.

—Você pensou por um minuto se quer se eu estaria lá, Malfoy? –A raiva ao falar o nome dele o machucou.

                 A fúria nos olhos dela era venenosa.

—Eu sabia que você não estaria. –Ele disse um pouco mais alto que um sussurro.

—E se eu estivesse? –Ela desafiou.

—Eu vi quando você saiu, eu nunca ia fazer isso contigo! –Ele jurou.

—Você entregou todos os meus amigos, Malfoy. –Ela acusou. –Estão todos machucados!

—Belinda...

—COMO SEMPRE SÓ PENSOU EM VOCÊ! –Ela berrou de raiva.

—Bell... –Ele deu um passo pra perto.

—Fica longe de mim, Malfoy. –A raiva empregada nas palavras o fez dar um passo pra trás, tamanho choque. –Você me decepcionou de uma forma que não tem concerto.

                Draco a viu correr para longe, as lágrimas manchando o rosto pálido da menina e o ódio dirigido a ele.

—Merda. –Malfoy fechou os olhos e depois socou a parede. –Merda!

                Belinda sentia a respiração falhar enquanto corria para a Torre de Astronomia, assim como as lágrimas queimando seus olhos. Draco a havia traído de uma forma que não dava para deixar simplesmente passar, ele a havia decepcionado profundamente.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que irá acontecer com a amizade desses dois?

Deixem seus comentários.

Beijos e até o próximo capítulo.



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