A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

hoje faz 7 anos que assisti Twilight pela primeira vez!
Esse dia não vou esquecer nunca é meu segundo aniversário!
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Today is seven years I watched Twilight for the first time!
This day i'll never forget, is my second birthday



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10 de março de 2005 – Angeline PDV

Esses últimos dois dias foram muito difíceis porque todos nós – exceto Rosalie, eu acho, que permanecia impassível, mas no fundo eu acredito que ela estivesse tão preocupada com o irmão quanto todos nós – estávamos aflitos por causa da partida de Edward. Sobretudo Esme porque ele não veio se despedir de nossa mãe e isso a entristeceu mais do que ele ter partido.

Eu não retiro a razão dele. Edward estava certo em não voltar para casa pois nossa mãe certamente iria tentar dissuadi-lo de partir e convencê-lo a ficar. Mas, estou certa também de que se a resolução dele fosse convicta ele não seria demovido da decisão, poderia ter saído de casa após ter se despedido de nós. Porém ele não agiu assim e isso não foi correto. Ele sabia que iria fazer mal para nossa mãe, não devia ter feito isso, mas fez e isso a fez sofrer muito.

Se ele quisesse mesmo ficar sozinho, não iríamos com ele, mas nossa mãe talvez quisesse acompanhá-lo onde quer que ele fosse, não iria querer ficar longe dele, nunca mais, a experiência de quando ele saiu de casa quando jovem nessa nova vida a deixou sensibilizada. Ela é mesmo muito sensível, eu sei. Ela tem uma fachada, uma barreira de força, ela é admirável por ser forte, me admiro ao pensar que ela foi forte o suficiente para fugir do ex-marido violento, imagino que era muito mais difícil naquela época no começo do século XIX, ela precisou de muita coragem, mas tinha um bom motivo para tanto, proteger a vida de meu irmão que ela carregava no ventre.

Mas Esme é sensível apesar dessa barreira, no fundo ela tem essa personalidade delicada. Edward não deveria ter machucado nossa mãe mais uma vez. Não fisicamente, mas psicologicamente. Ele prometeu que não iria mais fugir, mas desapareceu novamente. Quebrou sua promessa. Não dá para acreditar nele. Bom, às vezes ele é confiável, mas não se sabe quando ele vai trair você. É imprevisível.

E se fosse preciso nos mudar de Forks poderíamos ter ido todos juntos.

Esme realmente desenvolveu uma afeição especial por Edward (ele é mau por ter se aproveitado disso). Não a culpo. Não poderia ser diferente conhecendo mamãe como agora eu a conheço é natural que seu instinto maternal tenha encontrado vazão em meu irmão, pois apesar de ele ser o mais novo dos meninos ele foi o primeiro filho dela nessa nova vida; e logo depois da perda de meu irmãozinho. Por muito tempo, quase uma década praticamente, Edward foi o único, os dois desenvolveram um laço mãe-filho muito forte.

Foi difícil para ela ter me esquecido nas mãos de Charles, às vezes ela se sente parcialmente culpada por ter me abandonado. Mas eu não a culpo e nunca a culparei. Não havia como saber que eu estava sofrendo nas mãos dele, ela pensava que eu estava segura com sua mãe, e eu também pude entender por mim mesma, por experiência própria, como os primeiros anos nessa nova vida podem ser muito confusos. É normal que ela tenha me ‘esquecido’, não que seja comum, mas com o que aconteceu é normal que ela tenha se ‘esquecido’ de mim.

Esquecido entre aspas, pois assim que ouviu um nome parecido ela se lembrou imediatamente de mim. Ela não fez por mal, tenho certeza que não foi intencionalmente. Assim que lembrou, tomou consciência ela veio correndo me buscar. Sua vida estava ajeitada para me ter ao seu lado.

Mamãe às vezes me pede desculpas por isso. Ela se sente culpada pelo que fez e deveria ter ido me buscar antes. Eu digo que ela fez o certo. Ela não iria querer correr o risco de me machucar sendo uma vampira recém-criada. Digo que ela não poderia saber o que havia acontecido comigo – talvez Alice, não ela; não tem de se culpar por isso. Eu asseguro que eu estou bem e feliz. Graças a ela.

De repente Jasper pergunta para a irmã-esposa que fitava o vazio:

— O que você está vendo Alice? – ele não se atreve a usar seu dom para tranquilizar nossa mãe, pois ela disse que não quer e respeitamos a nossa mãe.

— Ed...

Apenas nossa irmã começou a dizer o nome de nosso irmão o semblante de nossa mãe se iluminou no mesmo instante. Nem papai conseguia animá-la. Nos últimos dois dias ela estava inconsolável, andava abatida pela casa e se recusava a sair para caçar, seus olhos eram mais negros do que a noite sem luar e as olheiras quase imperceptíveis agora eram profundas, de um roxo tão intenso quanto poderia ser a cor de uma flor. Eu tinha medo que fosse tão forte que não desaparecesse nunca mais. Talvez também ficou assim pela tristeza e por ela não poder chorar como os humanos.

Eu me propus a ficar também sem me alimentar para não sair do seu lado e deixá-la sozinha, mas Esme insistiu que eu fosse caçar com meus irmãos enquanto Carlisle ficava com ela. Mamãe não queria causar qualquer sofrimento sabendo que eu estaria mal por sua causa. Ela não queria fazer isso, não poderia permitir. Ela não queria fazer mal e mais um filho.

Mas nós também não queríamos vê-la assim, definhando na nossa frente sem podermos fazer nada para ajudá-la. Quase amaldiçoei Edward por fazer isso com nossa mãe... Papai e eu alternadamente tentávamos convencê-la a ir caçar, dizendo que ela tinha que se alimentar não adiantaria nada fazer essa greve de fome. Ela só ficaria mais fraca e poderia fazer algo que não gostaria... se Edward voltasse ele não iria querer saber que a mãe ficou assim por causa dele. Se ele demorar muito ela não pode ficar sem se alimentar para sempre... não dá para morrermos de fome, Carlisle sabe muito bem disso, ele é a prova viva de que isso não funciona.

Mas ela não queria sair de casa enquanto meu irmão não voltasse... ela estava irredutível. Nem nosso sofrimento por vê-la assim a fazia voltar atrás e mudar de ideia. Edward foi muito egoísta, não só destruindo sua própria vida, mas toda nossa família. Se ele matar mamãe... não sei se poderia perdoá-lo. Ele não pensou nela, em nós. Só nele. E isso é o que me deixa mais irritada, as pessoas que não pensam nos outros.

Papai disse que foi parecido com o que havia ocorrido a primeira vez que Edward saiu de casa quando era jovem nessa nova vida. Ela também ficou alguns dias prostrada, mas por fim ele conseguiu convencê-la a se alimentar racionalizando que ela era ainda uma vampira recém-criada e precisava caçar para levar com mais facilidade nosso estilo ortodoxo de vida. Ela não queria machucar ninguém e por isso foi caçar por fim.

— ...ward decidiu por fim voltar para casa. Eu vi ele conversando com Carmen e Eleazar e eles o aconselharam a voltar, pois imaginam o quanto que nossa mãe deve estar sofrendo. Não sei se ele volta ainda hoje ou se isso nem aconteceu ainda, pois ele acabou de decidir, mas com certeza ele não vai demorar.

— Sem dúvida é melhor do que não saber se ele iria sequer voltar. Agora podemos ter certeza que ele vai chegar. Vamos caçar, mamãe? – proponho a Esme.

Ela levanta o olhar em minha direção e assim que nossos olhares se encontram ela se levanta e pega a minha mão.

— Vamos, filha. Obrigada Alice – ela diz para minha irmã.

— Fico feliz em ver você melhor, mãe – diz Alice. – Não fiz nada de mais.

— De qualquer forma, agradeço. Vamos, sweetie.

— Aonde minhas meninas vão, posso saber? – pergunta Carlisle que acabava de chegar do trabalho.

— Vamos caçar. Quer vir com agente, papai?

— Posso?

— Claro! – digo animada.

Esme dá um passo a frente e beija papai sem soltar da minha mão. Eu sorrio.

— O que aconteceu, meu amor?

— Edward vai voltar para casa.

— Como você sabe?

— Alice viu.

Carlisle olha para trás e sorri para Alice em gratidão. Ela retribui e nós três saímos de casa rumo a para a floresta caçar.

...XXX...


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