A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 32
Capítulo 32




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Angeline PDV

— Angeline, meu amor – uma mulher aparece diante de mim.

Sua aparência me é familiar, como se eu já a conhecesse. Ela é muito parecida com a vovó, só que, claro, muito mais jovem. Até mesmo um pouco parecida comigo. Ela só pode ser...

— Mamãe! – Achei que nem fosse reconhecer quando visse Esme, eu era muito pequena a última vez que a vi. O homem que me segurava me liberta sentindo que eu quero sair, e abraço a minha mãe.

— Oh querida! – ela abre os braços e me acolhe.

— Você está viva mamãe! Viva! Eu sabia que não deveria acreditar no que Charles dizia.

— Charles? Por que você estava na casa dele Angeline? – ela ergue uma sobrancelha me olhando inquisitivamente.

Ela é tão linda, meu Deus! Como eu sou tão feia? Devo ter puxado ao meu pai. Não herdei a beleza de minha mãe. Sei que não sou horrível, mas também não sou estonteante como ela. Ela parece um anjo. Mais do que eu. Eu posso ter sido parecida com um anjo quando era bebê e por isso recebi esse nome, mas agora não sou mais.

— É uma longa história, mamãe – me sinto tão bem falando mamãe. Acho que vou explodir de alegria. Estou tão feliz! Como nunca estive antes na vida. Aguenta coração! Aguenta Angeline!

— Pode me contar tudo, filha. Quero saber tudo que aconteceu enquanto estive longe.

— Charles foi à casa da vovó me buscar alguns anos depois que você foi embora, para morar com ele. Mas não foi só isso. A vovó não iria deixar ele simplesmente me levar e por isso Charles a matou.

— Charles matou a minha mãe? – a linda, doce e melodiosa voz de Esme fica distorcida num rosnado e ela arreganha os lábios mostrando os dentes. Eu dou um passo para trás assustada e caio no colo do homem.

Ainda não sei o nome dele, mas ele parece ser um homem bom, ao menos seu rosto não é carrancudo. Pelo contrário, ele parece sempre olhar com compaixão para mim. Por quê? Está acontecendo algo comigo que eu não sei? Mas, de qualquer forma, eu gosto de como ele me olha. Fico meio tímida ao olhar para ele, envergonhada. É como olhar para Deus. Não consigo olhar em seus olhos, não consigo encará-lo. Ele é muito lindo. Como um modelo. Mais do que isso, como um deus grego. Apolo.

— Quem... quem é ele mamãe? – balbucio como uma criancinha assustada.

Esme se recompõe e olha para ver a quem eu me refiro. O homem ajuda a me colocar sobre meus próprios pés e vai ao lado dela e abraça-lhe a cintura. Esme diz:

— Este é meu marido, Carlisle.

— Você se casou de novo mamãe? – não que eu seria contra, ela tem todo o direito de ser feliz e não seria eu que me oporia. Eles dois realmente parecem ser mesmo muito felizes juntos. Como de fato são. E além do mais Charles também se casou novamente, comigo.

— Sim – ela me responde mesmo a minha pergunta sendo totalmente desnecessária.

Qualquer um já compreenderia a resposta e nem precisaria fazer a pergunta. Mas eu quis confirmar, ouvir da boca dela. Ela tem orgulho em responder então está muito bem casada. Ela está feliz e eu fico feliz em vê-la feliz e bem.

— Eu vou ser seu padrasto, se você aceitar é claro, criança – Carlisle fala comigo diretamente pela primeira vez.

Ai meu Deus! Como não se encantar com a voz dele? Ele parece ser uma pessoa maravilhosa, completamente boa, totalmente o oposto de Charles. Mamãe realmente merece depois de tudo que passou nas mãos de meu pai. Eu posso imaginar o quanto ela sofreu. Ela merece tudo de bom. Viver uma vida repleta de paz e felicidade. E tenho certeza que Carlisle a faz feliz. Dá para ver no rosto dela. Como ela olha para ele. E ele também olha para ela cheio de carinho e devoção.

Mas alguma coisa me faz sentir medo e recuar mais alguns passos até bater com as costas na parede de uma casa.

— Não tema filha, ele não é como Charles – diz mamãe.

Ela nem precisava dizer, eu sei disso. Mas eu não sei por que meu corpo está se afastando, eu não controlo isso. Não sei o que está havendo. O que está acontecendo comigo?

— Charles... - eu sussurro.

— O que mais aconteceu enquanto eu estive fora, querida? – ela pergunta como se tivesse ficado fora alguns dias não quase 15 anos.

Eu reviro os olhos, mas respondo. Não tenho mágoa dela. Seja qual for o motivo que a levou a fugir tenho certeza que foi o que ela devia fazer, não queria que ela ficasse por minha causa e Charles talvez acabasse por matar nós duas.

— Charles me levou para morar com ele. Eu tinha de fazer todo o serviço de casa. Ele não queria que eu o chamasse de pai e nem eu fazia questão. Ele não é como um pai deveria ser, me espancava, por qualquer coisinha à toa ele me batia. Me chamava apenas como ele queria que fosse meu nome, Charlotte, jamais me chamou de Angeline. Ele dizia que esse era o nome que você – olho para Esme – havia me dado, mas sem o consultar...

— Ele nem queria uma filha, não sabia que ele teria algum nome em mente – diz Esme apenas pensando alto.

— Mas não parou por aí, o pior ainda estava por vir. Mais tarde Charles se casou comigo.

— O quê? – Esme se exalta novamente. Desta vez Carlisle a envolve e a detém.

— Sim. Ele e eu nos casamos há quase 3 anos. Ele abusava de mim e eu engravidei duas vezes de meu pai, mas perdi os dois bebês.

— Como é? Eu vou matar esse desgraçado – Carlisle a segura apertando ainda mais os braços ao seu redor. Tão forte que deve estar machucando, mas ela não parece estar sentido nenhuma dor.

[Infelizmente ou felizmente para Esme, Charles já estava morto a essa hora, fazia quase dois dias ele havia morrido. Mais tarde eu soube que meu irmão Edward o matou. Edward soube da história da mãe, e resolveu ir atrás de Charles para se vingar. Não o julgo. Charles fez tanto que iria acabar assim um dia. Aqui se faz, aqui se paga. Ele teve o fim que mereceu.]

Esme solta um rugido como uma tigresa o que me faz tremer de medo e cair no chão:

— Mamãe, é você mesma?

— Claro que sou eu Angeline – a expressão em seu rosto se modificou, para me passar segurança ao perceber como eu estava receosa. – Não tenha medo. Ainda sou eu mesma... só um pouco diferente.

 Me pergunto: o que será que ela quis dizer com isso?

— Você está mesmo um pouco diferente mãe – não sabia como ela era, mas definitivamente eu sinto que há algo estranho nela. Ela não deveria ser assim. Não parece um ser humano, mas tem aparência de um ser humano. Estou confusa e por isso fico com medo. Sei que não deveria ficar, ela é minha mãe, mas eu estou com medo. – O que aconteceu com você? – pergunto com a voz trêmula, tão baixinho, mas ela conseguiu escutar de alguma maneira.

— Angeline... Preciso ter uma conversa séria com você. Preciso que me ouça sem gritar. Pode fazer isso?

Pisquei para ela mostrando a minha concordância. Quando abri os olhos, Carlisle já estava do meu lado novamente. Me pergunto mais uma vez como ele pode se movimentar tão rápido? Ele com certeza não é um ser humano, mas parece tão... humano! Ele deve ser um anjo. Um semideus nórdico ou grego. Ele é deslumbrantemente estonteantemente e magnficentemente lindo. Mamãe realmente está muito bem casada. Faço gosto. Eu não teria nada que aprovar, independente da minha opinião só me restava aceitar. Mas que marido que ela tem! Ele quer ser meu padrasto? Ai quanta honra! Eu seria digna?...

...continuaXXX...


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