Sexta Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 15
Demônios do Passado


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!



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— Já podem sair de perto dela? Cansei de esperar esse chororô acabar
Damon levantou o rosto irritado mas chorando
— Você nao vai tira-la daqui
Eu revirei os olhos e o joguei para parede com magia
— Não é você quem decide
Eu pensei em apenas puxar a Elena pelo braço, mas nao consegui fazer isso. Peguei ela no colo e entreguei a Rebekah. A Caroline se aproximou
— O que você vai fazer com ela?
Eu virei de novo para ela
— Queimar, guardar, talvez fazer um enterro decente para ela. Eu envio o convite
Eu sorri e saí da casa. Ouvi que alguém me seguia, mas nao parei.
— Alice, espera
Eu ouvi aquela voz, e aí sim eu queria fugir e voltar para casa. Eu apenas parei e fiquei esperando.
— Eu só quero conversar
Eu respirei fundo e me virei para ele
— Pode falar
Ele deu um passo para se aproximar e eu dois para me afastar
— Não precisamos ficar perto
Ele suspirou
— Eu sinto sua falta...
Eu acabei soltando uma risada alta
— Se for pra falar besteira eu vou embora
Eu virei o meu corpo pela metade, mas ele segurou o meu antebraço e como um choque eu puxei de volta
— Desculpa
Ele levantou os braços em rendição
— Eu só quero pedir para você parar, quem errou com você fui eu. E não eles
— É ai que você se engana, todos erraram comigo no momento que escolheram te esconder, mesmo você estando errado.
— Eles são a minha família
Eu ri e encarei seus olhos
— Caroline disse uma vez que eu tambem era
Ele engoliu seco
— Não tem nada que eu possa fazer para com que você pare?
— Não.
Eu virei as costas e aí pensei
— Mas tem algo que pode me deixar mais saciada da vingança
— O que?
Ele se animou e eu voltei a olha-lo
— Você desligado
Ele se assustou
— Mas quando eu estiver desligado, eu nao vou me importar com nada
— Eu sei, mas a vingança é um prato que se come frio. Assim que você ligar, tudo de ruim que você fizer nesse tempo virá para te destruir depois. Nós dois quase ficamos acabados todas as vezes que ligávamos a humanidade, e eu quero que você passe por tudo de novo...
Ele nao me respondeu, ficou me encarando. Eu ameacei ir embora e ele pensou em me segurar, eu fechei a cara e ele se afastou
— Tudo bem, eu desligo...
Eu sorri maldosamente
— Mas você promete parar de fazer mal a eles?
Por dentro eu ri, mas fiquei seria
— Prometo
Stefan assentiu e eu estava desesperada de tanta emoção, aquele rapazinho desligado era a melhor coisa que eu poderia ter agora. Fiquei o encarando, era até encantador essa certeza que os novatos tem de que podem controlar suas emoções. Ele fechou os olhos e respirou fundo, ao abrir era outro Stefan. Sem brilho no olhar, apenas maldade e sede de sangue. Era esse que eu queria
— Bem vindo Stefan
Ele me encarou e depois sorriu
— Obrigado, agora se nao se importa eu vou indo
Ele passou por mim como se debochasse
— Nós vamos para a minha casa, AGORA
Ele se virou e realmente seu sorriso era de deboche
— E se eu nao quiser?
— Você nao vai querer saber
Ele riu
— Vai fazer o que Alice? Matar a Elena? Ou o Damon? Vai lá, fique a vontade.
Ele virou as costas e eu virei os olhos, até parece que eu já nao esperava isso. Levantei a mao e no mesmo instante ele parou, dei alguns passo até chegar na sua frente. Seu rosto estava vermelho e ele estava estático, todo o seu corpo estava se comprimindo como se fosse explodir, e eu até poderia
— Eu nao preciso encostar neles, você VAI me obedecer ou eu mesma te mato.
Stefan ainda sorriu e eu fechei o punho, na hora ele caiu de joelhos na minha frente, eu já nao ouvia sua respiração
— E tire esse sorriso debochado da cara, antes que eu arranque ele
Virei as costas, soltei a mao e ouvi ele respirar ofegante. Dei alguns passos e depois parei, olhei por cima do ombro e foi o suficiente para ele entender que já devia estar ao meu lado. Ele voou para perto de mim e fomos em direção a casa. Quando chegamos lá Rebekah nos recebeu na porta
— O que essa coisa esta fazendo aqui?
Ela encarou ele de cima a baixo e eu tirei a minha jaqueta
— Não aja como se nao gostasse dele Rebekah, Niklaus me contou das suas noites de travessura com o Stefan
Ela se assustou, provavelmente nao imaginava que eu sabia dessa informação, ele por sua vez estava se divertindo. Sentou no sofá e ficou nos olhando
— Parece que brigas entre irmãs são bem mais divertidas
Rebekah fechou a cara para ele e eu suspirei, Stefan desligado poderia ser até divertido, mas era um idiota. Virei as costas e subi as escadas
— Onde esta a Elena?
— Coloquei ela no quarto, você realmente vai fazer um funeral para ela?
Eu sorri e parei na escadaria
— Não será necessário
Voltei a subir e fui até o quarto da Elena, ela ainda nao havia acordado. Mas nada que uma mãozinha nao ajude, coloquei a mao em sua testa e fiz com que sangue fluísse mais rápido, controlando o seu corpo. E então ela acordou, assustada, com medo e tentando entender.
— Essa sede?! De novo?!
Ela me viu
— Você?! Me matou!!
Ela se encolheu na cama e eu revirei os olhos, mas como esse dia estava entediante. Segurei nas suas mãos e encarei os seus olhos
— Você é uma vampira agora, e isso é o que você mais queria no mundo. Se tornar imortal e forte de novo, e ter o poder de desligar a humanidade mais uma vez, e é isso que vai fazer. Seus sentimentos nao existem mais, você nao se importa com mais ninguém. Apenas me obedece, em tudo que eu disser você dirá sim e fará.
Eu sorri e ela assentiu, repetiu algumas palavrinhas e ficou em silencio. Eu a deixei sozinha para digerir todas as informações e fui até a cozinha.
—Pearl, preciso que traga uma pessoa para Elena. Ela esta passando pela transformação e acabou de acordar, seja rápido
Ele assentiu e logo saiu pela porta da cozinha, atrás de mim apareceram Stefan e Rebekah
— Você a transformou?
Eu cocei a cabeça e fui até a mesa onde estava os meus papéis
— Parece que sim Rebekah
Stefan se intrometia na conversa como se fosse normal
— Meio obvia a resposta né Rebekah?!
Ela o ignorava, assim como eu
— Você poderia me avisar dos seus planos
— Planos tem menor chance de falhar, quando poucas pessoas sabem
Stefan estava sentado na bancada comendo uma maça
— Ela tem razão nisso
— Dá para você calar a boca?
Eu me virei para completar
— E tambem descer da bancada, esse lugar não é para se sentar
Ele ficou de pé e levantou as mãos em rendição
— Credo, vocês estão piores que o Damon
Ele saiu da cozinha e eu respirei fundo
— Desculpa Rebekah, eu apenas prefiro manter tudo no silencio. Eu sei trabalhar melhor sozinha, sempre fui assim
Ela sentou na cadeira a minha frente
— E por que me chamou para vir junto?
Eu segurei a sua mão
— Porque nao importa o quão bem eu me vire sozinha, eu nao quero ESTAR sozinha
Ela sorriu
— Você nunca vai estar sozinha
Eu assenti
— Sempre e para sempre, é o que dizem não é?
Ela riu e eu voltei a atenção aos papéis
— O que você pretende fazer agora?
Eu respirei e respondi, ainda olhando para as minhas ideias escritas nos papeis
— O foco agora é a Caroline, eu vou derrubar um de cada vez. O Stefan será o ultimo, por isso comecei com ele hoje.
— Qual sua ideia para a Loirinha? Você sabe que o Nik vai ficar bem irritado quando souber que fez mal para ela não é?
— Eu dou um osso qualquer para ele, e pronto
Rebekah riu ainda mais alto, ouvimos um barulho vindo dos quartos e ela foi ver o que era. Quando foquei em uma folha, que foi arrancada do meu diário, da época que sofri atentados e tudo o mais. Havia um jogo que tinha me conquistado, "A Escolha". No dia haviam me soltado, mas me manterão quase com coleira, existia duas placas afastadas uma da outra, distribuídas em pesos iguais em um lado estava a minha melhor amiga, Katherine Pierce e na outra o meu noivo na época. Eu tinha 15 segundos para escolher um dos dois e ir salvar, no momento em que eu pisasse na placa que um deles estava, o outro era enforcado no mesmo instante, me dando tempo apenas de salvar um. Se você analisar, pode pensar que eu poderia salvar o meu noivo e pronto, Katherine era vampira, ela nao morreria enforcada, mas eles pensaram nisso tambem. Em seus calcanhares haviam cordas tambem, além do pescoço. Dessa maneira, no momento que armadilha fosse ativada, ou o meu noivo morreria enforcado, ou a Katherine teria a cabeça arrancada. Depois de alguns anos foi ela quem me salvou do cárcere, então se sabe quem eu salvei. Aquela lembrança me deu um sentimento de ansiedade e coragem, eu já sabia o que iria fazer. Saí da cozinha e Elena estava sendo carregada pelo Stefan e pela Rebekah, nas escadas.
— O que houve com ela?
Rebekah trouxe até mim
— Esta fraca, nao consegue tomar o sangue. O corpo dela nega
Eu nao tinha tempo pra ficar curando adolescentes problemáticas, bufei e rasguei o meu pulso. Puxei seu corpo para perto de mim e a deixei tomar do meu sangue.
— Depois eu penso melhor nisso, por enquanto eu a alimento.
Eles assentiram
— Eu tenho uma tarefa pra vocês amanha, preciso que voltem a casa do Alaric
Rebekah bateu palminhas e eu sorri da reação dela
— O que vamos fazer com ele?
— Com eles
O sorriso dela desapareceu
— Você vai matar as meninas?
— Quem vai decidir isso será a Caroline...
Me virei para o Stefan
— ... E você, nao deixe ninguém saber que desligou. Pelo menos até amanha, você vai trazer o Alaric para mim, e achando que você esta bem, vai ser mais fácil de pega-lo
Stefan assentiu e eu afastei a Elena do meu pulso
— O que você vai fazer Alice?
Eu nem olhei para ela, peguei a Elena no braço e comecei a subir as escadas
— Alice?
— Apenas siga as minhas ordens Rebekah, nao é tão difícil assim
Cheguei até o quarto da Elena e a coloquei para tomar banho. Da porta do banheiro falei com ela
— Quando estiver com fome, me procure. Até eu resolver esse problema, você bebe do meu sangue
Ela colocou a cabeça pra fora do box e sorriu
— Obrigada, você é muito gentil
Eu ri
— Você tem muito o que aprender sobre as pessoas Elena
Eu virei as costas, mas ainda a ouvi falar
— Eu sou nova vampira, mas já passei por muita coisa na vida. Sei reconhecer alguém realmente bom
Eu ignorei e saí do quarto, desci as escadas correndo e fui para floresta respirar. Corri tanto que nem percebi onde cheguei, apenas fechei os olhos e respirei fundo, ouvi alguns animais se mexerem, o cheiro das arvores se misturando. O sol estava indo embora, a noite chegando. O melhor momento de se caçar, dei uma volta inteira e não senti cheiro humano. Corri mais um pouco e então um perfume doce apareceu, ele era familiar, fui em direção ao perfume e ele parecia mudar de direção a cada passo. Já estava ficando bem escuro, eu estava com fome e aquele perfume estava me rodeando. Ouvi passos, fui silenciosa para perto, e um vulto deu a volta em mim. Será que teria mais algum vampiro aqui? Dei a volta nas arvores e ouvi os passos novamente, aquilo estava ficando chato e eu irritada. No momento que parei, ouvi alguém parar atrás de mim. Eu sentia o perfume vindo de lá, e uma respiração tambem. Mas nao era comum, nao havia batimentos cardíacos. Me virei lentamente, e bem longe de mim eu vi ela. Mais um vez, sorrindo para mim, como da primeira vez que nos vimos. Dei um passo para frente e ela continuou no mesmo lugar. Ela estava morta, o que estaria fazendo aqui?
— Katherine?
Seu sorriso pareceu ter aumentado por eu ter dito seu nome
— Sentiu minha falta querida?
Aquela voz era real, eu nao estava maluca. Ela estava ali, de algum jeito eu sei que estava. Esfreguei os olhos e quando retornei a abri-los ela havia sumido. Respirei fundo, fiquei nervosa ao vê-la. Corri para a estrada e esperei um carro passar, depois de um tempo apareceu um senhor, sozinho no carro. Infelizmente, era ele. Drenei o homem e voltei para casa. Estava tudo silencioso, passei pelo corredor em silencio e vi que a lareira estava acesa, na sombra eu vi um corpo. Tinha alguém ali, eu nao queria conversar então passei direto, mas me viu
— Não quer tomar algo comigo?
Olhei para o sofá e o Stefan estava sentado com um copo na mao, olhando para lareira. Eu queria beber, mas nao queria papo
— Nao estou com cabeça para conversar
— Quem disse que eu quero conversar?
Ele virou a cabeça e sorriu, estendendo o copo para mim. Tirei o casaco e fui em sua direção. Sentei ao seu lado e ele me serviu um copo
— Ficou sem sono?
— Apenas fui jantar
— Homem ou mulher?
Eu encarei ele
— Não estou afim de conversar, lembra?
Tomei um gole da minha bebida
— Então eu posso falar e você apenas ouvir
Eu nao respondi e ele continuou
— Você pareceu bem atenciosa com a Elena, se nao te conhecesse iria pensar que nao é irmã do Klaus
Ele riu e tomou um gole do copo, eu encarei seus olhos
— Não esqueça que sou irmã do Elijah tambem, dupla personalidade
Ele riu e eu acabei rindo tambem
— Parar de se importar é algo bom, até libertador
Eu o interrompi
— Até você ligar de novo
— Para quem nao queria conversar, até que você sabe ficar em silencio
Ele virou o copo e eu ri
— Apenas não queria ter uma conversa chata
— E desde quando se tem algo chato comigo?
Ele deu um sorriso no canto da boca e eu o fiquei encarando, retribuindo o sorriso. Até que me despertei e pigarrei
— Quantos você matou até agora?
Me virei para a lareira e virei o copo
— Saí a alguns minutos, e foi apenas três, nao estou com o mesmo pique.
— Estou vendo
Ele levantou para pegar mais bebida e eu apoiei a cabeça no braço, ele continuava com aquele sorriso malicioso para mim e mesmo que eu tentasse, aquilo estava me provocando. Talvez por eu nunca ter conhecido esse lado "mal" do Stefan, nessa posição. Ele sempre foi romântico e carinhoso quando estávamos juntos, quem sabe exista algo selvagem nele... Fechei os olhos e ri
— O que foi?
Esfreguei o rosto e me levantei
— Acho que o sono esta chegando, vou me deitar
— Mas agora que a "nao" conversa estava interessante?
Ele deu alguns passos para perto de mim, eu coloquei o copo sobre a mesinha e fui andando até a porta de costas
— Deixamos para outra noite
Quando virei as costas ele correu até a minha frente, estava muito próximo de mim. Eu sentia o ar quente de sua respiração, ele encarava a minha boca e eu foquei em seus olhos
— Fica...
Ele fez um pedido tão baixo que parecia nem ter feito, ele foi se aproximando devagar e eu me toquei do que estava prestes a fazer, beijar o meu ex namorado, aquele que me largou no momento em que nosso filho morreu. Eu coloquei uma mao sobre o seu peito e dei um passo para o lado.
— Eu vou subir
Ele segurou o meu braço e mais uma vez nossos olhos se encaixaram
— Porque?
— Não tem um porque, apenas eu quero subir
— Isso nao é o que você quer
Ele tentou aproximar sua boca, mas eu tirei o seu braço
— Boa noite Stefan
Dei uns dois passos para frente e ouvi a sua voz
— Para quem nao tem humanidade, você se importa demais
Como assim? Só porque eu estava desligada eu deveria esquecer o que ele fez e me saciar da vontade de beija-lo? Exatamente, eu ri por dentro, porque eu me importava? Ele era um canalha, mas ainda fazia algumas coisas muito bem, porque eu nao poderia me aproveitar disso? Virei de volta para ele e puxei seu braço, assim que ele virou coloquei minha boca na sua, nao era como os nossos antigos beijos, esse era quente, selvagem e até um pouco dolorido. Assim que ele sentiu o meu beijo segurou na minha nuca, seus dedos se enrolavam no meu cabelo o que fazia sua mão puxar minha cabeça para atrás em alguns momentos. Eu nunca gostei de ser guiada o que fazer, e parecia que dessa vez teríamos intrigas quanto a isso. Eu o empurrei para parede, que rachou bem acima da sua cabeça, alguns quadros caíram e eu me afastei, com as duas mãos peguei o pano da sua camisa e rasguei fora. Quando voltei a olha-lo, seu sorriso estava mais malicioso do que eu podia imaginar. Eu o beijei de novo e ele puxou minhas pernas, minhas coxas estavam em sua cintura, a cada mordida no lábio que eu dava, ele apertava a minha perna. Stefan me carregou alguns passos até a escada, até que ele me bateu na parede, com o impacto eu levantei o rosto e sua boca foi em direção ao meu pescoço, aqueles beijos e mordidas me arrepiavam inteira. Tentamos nos guiar até o meu quarto e quando entramos eu o joguei na cama e subi em suas pernas. Ele apertou a minha cintura e eu arranhei as suas costas, senti as gotas de sangue escorrerem pelas as minhas unhas, no mesmo instante ele rasgou a minha blusa. Eu o deitei e o segurei pelo cabelo grudado ao travesseiro, nossas respirações estavam ofegantes, eu sorria enquanto ele me apertava. Aproximei o meu rosto do dele, e deixei nossas bocas a um centímetro do outro, e cochichei
— Seja obediente
Um sorriso apareceu no canto da sua boca e eu voltei a beija-lo, tudo que eu lembro na manha seguinte é que ele obedeceu direitinho. Parecia estar tarde, esfreguei os olhos e ele estava deitado de barriga para baixo, com o lençol na cintura. Eu levantei da cama e fui tomar um banho. Depois do banho quando saí ele já estava acordado, esperando eu voltar. Saí enrolada na toalha e ele abriu um sorriso quando me viu.
— Bom dia!
Aquele sorriso, aquela animação de manha, ele estava feliz de mais pro meu gosto. Stefan nao tinha mais o direito de ser feliz, nao depois do que ele fez. Agora que eu já havia aproveitado tudo, poderia joga-lo fora. Dei um sorriso amarelo e sentei na penteadeira, para arrumar o meu cabelo.
— Você nao deveria estar indo tomar café?
Eu o via pelo espelho, mas nao deixei que ele percebesse isso.
— O que?
— Temos um dia corrido hoje, vamos acabar com a Caroline lembra? Você precisa estar preparado
Ele sentou e eu continuei a pentear o cabelo
— Aconteceu alguma coisa Alice?
Eu coloquei a escova em cima da penteadeira e me virei para ele bufando
— Sim Stefan, aconteceu. Estou tentando ser educada, mas você nao entende. Você é meu empregado nessa casa, vá logo de arrumar pra fazer a sua parte no plano
Eu me levantei e voltei para o banheiro, tentei ficar no canto fingindo que estava me arrumando, enquanto o via pelo espelho. Seu rosto estava fechado, ele levantou e colocou as calças, catou suas roupas e saiu do quarto, assim que ouvi a porta do quarto eu me encarei no espelho. Mesmo que eu tentasse, eu nao poderia dizer que fazer isso nao havia cortado o meu coração. Me senti mal e eu nao queria, ele merecia, eu nao o amava mais, mas porque ontem foi tão bom e agora estou triste por tê-lo tratado mal? Respirei fundo e coloquei uma roupa qualquer, eu teria coisas para montar durante o dia. Desci as escadas em silencio e ouvi uma conversa vindo da cozinha.
— Vocês estavam atiçados ontem
— É
— Porque esta com essa cara? Depois do que ouvi ontem, você deveria estar bem animado hoje
— Eu nao sei o que aconteceu, hoje a Alice meio que me expulsou do quarto dela, agiu como se eu nao fosse nada
— Bem, ela nao esta se importando com muita coisa... E pelo que eu sei, você tambem não. Porque esta assim então?
— Ontem, na hora que nos beijamos, eu senti algo muito estranho. Um sentimento de felicidade e vontade de abraça-la e nunca mais largar
— Iiii toma cuidado, se ela perceber isso vai cortar sua cabeça
— Eu sei
Eu bufei, mas que desgraça. Eu queria machuca-lo, mas nao queria que eu ficasse mal tambem. Desci as escadas e fui até a cozinha, no mesmo instante o Stefan se virou para me olhar, eu fiquei os olhos na Rebekah
— Bom dia Bekah
— Bom dia irmãzinha
Fui até a fruteira e peguei uma maça
— Esta tudo certo para hoje?
— Sim, daqui a pouco eu e o Stefan vamos buscar os três e traze-los para cá
Eu dei uma mordida e assenti
— Ok, de para o Alaric a poção que esta em cima da mesa de jantar, vai derruba-lo por algumas horas. Nao deixe as meninas verem ele aqui, apenas as divirta. Elas gostam de estar aqui
Rebekah assentiu
— Você vai estar aonde?
— Vou levar o Pearl e o Coal comigo, vou precisar de ajuda para montar a estrutura. Quando eu terminar vou voltar para cá busca-los. Quando tudo estiver pronto, você vai deixar o recado na casa do Damon para que nos encontre
— Tudo bem então!
Ela sorriu e eu retribui
— E a Elena? Onde esta?
— Ela pediu para dar umas voltas, a proibi de chegar perto de qualquer um deles
— Sem problemas, apenas tenha certeza que ela vai cumprir com isso e nao deixar que a vejam.
— Pode deixar!
— Vou indo então
Virei as costas e o Stefan se levantou
— Espera...
Eu parei na porta de costas para ele, mesmo depois de hesitar ele continuou
— ... Você nao precisa de ajuda na montagem? Eu posso ir
Eu me esforcei ao máximo para olha-lo com a maior frieza que eu conseguia, e foi o que aconteceu. Assim que meus olhos encontraram o dele, seu rosto murchou.
— Faça o que lhe foi mandado, e já vai ser o suficiente
Eu joguei a maça em seu peito, na hora ele pegou com as mãos assustado. Eu me virei de novo e saí de casa. Chamei os rapazes e fomos em direção ao terreno baldio que havia encontrado, tudo que eu precisava já estava lá, graças aos dois. Começamos a montar, depois de umas duas horas recebi uma mensagem da Rebekah "Estamos com eles". Eu sorri maldosamente e guardei o celular, alguns minutos depois meu celular vibrou de novo, e era ela mais uma vez "Quando voltar, tente agradar o Stefan. Ele parece um cachorrinho perdido". Eu revirei os olhos e respondi "Homens modernos não sabem o que é um sexo casual". Guardei o celular e voltei a terminar a construção. Já estava escurecendo quando terminamos. Mandei os dois ficarem de vigia por lá e eu voltei para casa. Assim que entrei as meninas vieram correndo até mim.
— Tiaaaaaaa
Eu sorri e me abaixei para abraça-las, elas pularam no meu pescoço e eu lhe dei beijos. Logo atrás apareceram a Rebekah e o Stefan
— Acredite, não é fácil cuidar delas
Eu sorri e olhei para Jo
— Fizeram muita bagunça?
— Só um pouquinho
A Liz foi até o Stefan
— O tio Stefan gosta de bagunça
Eu levantei e tentei manter o sorriso
— Que bom meninas, agora nós vamos passear. Corram para o carro da tia, esta aberto. Eu já vou lá
Abri a porta para elas que foram correndo até o quarto e entraram.
— Stefan leve o Alaric no carro da Rebekah e me siga, vou leva-los para fazer os últimos ajustes. Você Rebekah, já pode levar o recado
Ela assentiu e eu fiquei esperando o Stefan ir buscar o Alaric
— Vou te esperar na esquina, seja discreto
Ele assentiu e eu fui para o carro, me arrumei devagar e coloquei musica para entretê-las. Assim que o Stefan parou atrás de mim com o carro, eu segui caminho. Quando chegamos, pedi para o Stefan ficar brincando com as meninas um pouco distante, para que nao vissem o pai delas. Assim que arrumei o Alaric, as chamei. Onde as coloquei, nao dava vista para o outro palanque, enfeiticei suas pernas para que nao andassem, assim como fiz com o Alaric que ainda estava desacordado.
— Porque nao podemos nos mexer tia?
— É uma brincadeira Liz, ganha quem ficar mais tempo parado
Elas sorriram e eu retribui, eu deveria estar feliz, o meu plano estava dando certo. Porque nao era isso que eu sentia? Meu celular vibrou "Acabei de deixar o recado", Rebekah já estava vindo então. Tudo estava pronto, Stefan ficou conversando com as meninas e eu revendo todo o plano.
— Agora nao vai demorar
Virei para atrás e era a Rebekah, ele olhou para toda a estrutura
— Até que você trabalha bem mesmo com prazo apertado
— Isso preciso confessar que aprendi com o nosso pai
Ela enganchou no meu braço
— Para alguma coisa serviu
Alguns minutos depois ouvimos carros vindo em nossa direção, como era uma área abandonada sabíamos que eram eles. Apagamos as luzes para que nao conseguissem ver a estrutura, silenciei a boca do Alaric já que ele estava acordado. Apenas havia luz para que ele encontrassem o local e depois eu. Parada no meio do terreno, os esperando. Rebekah e Stefan estavam na escuridão por enquanto. Assim que saíram do carro, Damon e Caroline correram para perto de mim, mas a alguns metros foram parados por uma parede invisível
— Ah sinto muito, fiz uma barreira para que me ouvissem antes de atacar
Logo atrás veio Bonnie e Enzo. Caroline estava furiosa
— Onde esta as minhas filhas?
— Ótima pergunta Caroline. Stefan!
Assim que eu o chamei, ele ligou toda a luz da área das meninas e então ele veio perto de mim
— Stefan?
Damon estava assustado e pasmo
— Verdade, esqueci de contar. Ele agora é do meu time, claro, o estripador. Não aquele Stefan chato
Seus rostos ficaram ainda mais apavorados e o Damon insistia em tentar chegar perto
— O Rick disse que estava com o Stefan, onde ele esta?
— Rebekah!
Eu sorri e toda a luz da área do Alaric se acendeu. Ele se debatia e tentava falar, mas nao fazia nada.
— Agora vamos explicar o que vocês estão vendo...
Eu virei de costas para olhar a estrutura
— Isso é como uma balança gigante, sobre as meninas e sobre o Alaric há um concreto de uma tonelada, que SE cair, nao vai sobrar nada...
Olhei por cima do ombro e Caroline estava chorando
— Você vai mata-los e me fazer assistir? É isso?
Eu me virei com cara de dó
— Meu Deus! É claro que nao, eu nao sou essa pessoa terrível que vocês pensam...
Eu sorri maldosamente
— Você terá chance de salvar um deles. Ou as suas filhas, ou o Alaric.
Todos seguraram a respiração
— Você terá cinco segundos para pressionar a placa que existe embaixo deles, dessa maneira o concreto nao cai em suas cabeças.
Ela respirou fundo e comecei a andar de um lado ao outro da barreira
— Agora vamos as regras: Numero 1, eles nao podem se mexer e nem sair do lugar, então nao tem como você tirar eles de cima da placa. Numero 2, apenas você saíra de trás da barreira, sem tempo de salvar os dois. Numero 3, se em cinco segundos você nao se decidir, eu mato os três.
Eu soprei em sua direção para que a barreira perdesse o efeito com ela, mas ela estava estática. Eu dei passo longos para atrás e fiquei entre as duas placas. Abri os braços e gritei
— E então Caroline, QUEM VAI SER?


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!!



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