Love and Hate escrita por Liv Winchester
Notas iniciais do capítulo
Olha que voltou!
Olha quem amou ler os comentários dessas leitoras incríveis!
Eu quero gradecer a todas que comentaram no capítulo anterior, amei, fofas!
Espero que gostem do capítulo.
Vejo vocês lá em baixo!
LEÓN
Acordei ofegante, o sonho que tive não era lá muito agradável. Me sentei na cama e respirei fundo algumas vezes para ver se meu coração desacelerava, olhei para o relógio digital em cima do criado mudo e vi que era 4 da manhã. Eu me levantei e fui para fora da cabana, estava um pouco escuro, mas já havia um pequeno sinal de que estava prestes a amanhecer, estava muito frio e eu resmunguei comigo mesmo por não ter colocado uma camisa. Escutei uma risadinha e vi o monitor, que eu descobri se chamar Tomás, saindo de uma cabana com uma garota, ele a beijou e a mesma foi embora.
Entrei na cabana e pus uma camisa e um casaco, retornei a sair e fui andando até o lago. Não estava mais com sono e aquele bendito pesadelo não saia da minha cabeça, ele era real de mais.
-Ei!-escutei uma voz feminina me chamar, olhei para trás e vi Francesca um tanto ofegante - Precisa vir comigo.-falou e eu franzi o cenho.
-Eu?-perguntei e ela me olhou em desespero.
-Por favor, é a Violetta, ela...-eu a interrompi.
-Olha, manda a Violetta ir se ferrar!
- Não! Ela... ela... você tem que ajudar, por favor. - implorou e eu vi que a situação era grave.
-O que houve?
[...]
Eu queria saber o que essa doida estava fazendo na floresta a noite. Francesca me arrastou e assim que chegamos no local, eu vi Camila falando com Violetta, que estava em cima de uma árvore grande, ela parecia calma, mas dava para perceber que ela estava chorando.
-O que essa doida está fazendo aí em cima?-perguntei para Fran.
-Ela disse que quer pular. - respondeu ela e eu arregalei os olhos.
-Por que?-perguntei confuso e ela fez que não com a cabeça.
-Eu não sei, ela acordou gritando, aí saiu da cabana e veio para cá. - respondeu e eu olhei para Violetta.
-Eu vou subir. - murmurei começando a subir na árvore.
-Não sobe!-exclamou Violetta e eu continuei subindo. - Me deixa em paz, León!-gritou e eu cheguei até ela.
-Violetta, nesses nossos 5 anos de convivência eu nunca te deixei em paz, acha que eu vou deixar agora?-perguntei e ela bufou. - Agora me conta, de onde veio esse seu desejo suicida?
-Não é da sua conta. - rebateu e eu bufei irritado, depois o ignorante sou eu.
-Você sabe que eu posso te empurrar daqui, certo?-perguntei e ela me encarou, sem humor.
-Sei, mas você não vai fazer isso. - replicou e eu a encarei curioso.
-Como pode saber disso?-perguntei e ela encarou o horisonte.
-Você subiu na árvore, não teria feito tanto esforço para me empurrar daqui se podia, simplesmente, ver eu me jogar daqui de cima. - respondeu e eu sorri fraco.
-Belo argumento. - murmurei e nós ficamos em silêncio por um tempo.
-Você sabe que eu canto, toco e danço...-começou e eu a encarei, ela ainda olhava para frente.-... só não sabe por quê eu escolhi a música...-ela me olhou e continuou: -Minha mãe morreu quando eu tinha 3 anos...-eu a interrompi, sabia que aquilo seria doloroso para ela.
-Não precisa contar se não...-ela me interrompeu.
-... ela amava a música...-continuou como se eu nem tivesse a interrompido.-... senti um enorme vazio no peito nos 6 anos que se seguiram, a única coisa que preenchia o vazio era a música. Aos 12 anos descobri que eu tinha uma enorme paixão pela música e comecei a levá-la a sério. - falou me olhando fixamente. - León, a música não demonstra fraqueza em uma pessoa, a música alegra, acaba com a depressão, a música é forte, bela e suave ao mesmo tempo, a música consegue arrancar o melhor de uma pessoa. Eu escolhi a música exatamente por isso, ela arranca o melhor de mim e eu amo isso.-completou encarando os próprios dedos.
-Vocês vão descer?-escutei uma das meninas perguntar, Violetta me encarou e eu olhei para baixo.
-Podem ir descançar, eu vou ficar um pouco com a Violetta.
-Tem certeza?
-Tenho. - respondi e elas foram, relutantes. - Sabe por que eu nunca pensei em cantar? - perguntei para Violetta e ela pareceu surpresa, eu não a culpo, eu nunca me abri com ela. Ela negou com a cabeça e eu sorri.
-Meu pai... ele espera muito de mim, sabe? Ele quer que eu assuma o lugar dele na empresa e eu não gosto de decepicioná-lo. Acho que... nunca quis cantar ou entrar em qualquer clube porque eu queria me concentrar nos estudos. Eu... eu sempre quis aprender a tocar violão, guitarra, os instrumentos de cordas em geral, só que... eu tinha medo de esquecer do resto e decepicionar o meu pai, por isso, toda vez que eu te via, feliz, fazendo o que queria, eu ficava com raiva... raiva não, inveja. Eu te via nas apresentações da escola e... eu queria a mesma coisa, a única coisa que me fazia esquecer a vontade de cantar era imaginar que era você quem me impedia. - murmurei e ela segurou minha mão.
-Você gostaria de aprender a tocar violão?-perguntou e eu assenti, ela sorriu e nós descemos da árvore, ela me puxou e me levou para uma parte do acampamento onde tinha vários instrumentos. - Se você está aqui é porque sabe cantar, mas um cantor que não sabe tocar um simples instrumento como o violão, não é cantor... eu posso te ensinar...-murmurou pegando um violão.-... se quiser.
[...]
Depois de muita luta, Violetta me "ensinou" a tocar as escalas. Toda vez que eu errava ela ria e me corrigia, ficamos nisso até dá 7 horas, aí eu pedi que ela tocasse para mim, foi quando as garotas apareceram, elas nos viram e pararam de falar.
-Oi, meninas. - falou Violetta se levantando. - Fran, Cami. Esse é o León. León, essas são a Francesca e a Camila. -falou nos apresentando e eu me levantei.
-Nós já nos conhecemos. - falei e elas sorriram.
-O que vocês estavam fazendo aqui?-perguntou Camila e eu passei a mão na nuca.
-Eu já vou, Violetta. - falei beijando sua bochecha. - Obrigado... pela aula. - murmurei me virando. - Tchau, meninas. - falei saindo dalí, fechei a porta e escutei gritos agudos.
-Ela ficou vermelha!-escutei Camila gritar e eu ri, pus as mãos nos bolsos da frente na calça e voltei para a cabana, todo tempo eu lembrava dela, não queria lembrar, mas tudo me lembrava ela. Droga! Eu não... eu não posso pensar nela, eu não vou pensar nela, ela me odeia e eu não vou com a cara dela, hoje foi só uma exceção, minha mãe não vai pôr minhocas na minha cabeça.
[...]
VIOLETTA
Saí do banheiro usando um short jeans e uma camiseta branca simples. Depois que eu coloquei um calçado, saí da cabana e encontrei um grupo de garotos na frente da cabana.
-O Acampamento On Beat lhe dá as boas-vindas. - falou um cara com um alto topete na cabeça, ele parecia ser italiano e tinha um sorriso contagiante. Eles começaram a cantar uma música bastante animada e fizeram uns passos incríveis. Prestei atenção na letra e acompanhei o ritmo na cabeça, eu já devo ter escutado essa música em algum lugar.
Assim que eles pararam de cantar, eu aplaudi.
-Eu me chamo Federico e esses são o Broduay, Braco, Maxi, Napo, Marco, Diego, Alex e o André. - falou o italiano apontando para cada um.
-Prazer, eu sou a Violetta.-falei e León apareceu correndo, ele pegou minha mão e beijou meus dedos. Preciso dizer que fiquei confusa?
-Como vai, Vilu?-perguntou e eu franzi o cenho. Vilu? Ele me chamou de Vilu?
-O que aprontou agora?-perguntei desconfiada e ele sorriu.
-Eu preciso que você venha ver algo. - falou indicando uma direção com a cabeça e me puxou para longe dalí, estavamos correndo na direção do centro de atividades, ele parou de correr e se virou para mim. - Eu estou preparando algo especial para hoje a noite. - falou e eu franzi o cenho.
-O que tem hoje a noite?-perguntei e ele riu fraco.
-Muito engraçado, Violetta. - rebateu e continuou a me puxar, eu fiquei mais confusa ainda. - Antes de começar com as atividades do acampamento, eu queria te mostrar um lugar. - falou e nós entramos na mata, ficamos em silêncio o trajeto todo, até que ele parou perto de um rio, olhei em volta e vi flores de diversas cores e tipos, o canto dos pássaros era o único som que eu escutava, o lugar era lindo e o rio era claro, parecia um enorme espelho d'água.
-É lindo. - balbuciei admirando o local.
-Gostou?
-Se eu gostei? Eu amei, Lê. - respondi e ele sorriu com as sobrancelhas arqueadas.
-Há tempos que você não me chamava assim. - murmurou me encarando com intensidade. Ele segurou minhas mãos e aproximou nossos rostos, senti sua respiração acariciar o meu rosto e um suspiro escapou dos meus lábios.-Baixinha...-sussurrou me puxando para perto.-... te vejo hoje às 11 horas da noite.-completou e eu assenti engolindo seco.
[...]
Andei na direção do refeitório onde encontrei dois homens dando um anúncio, todos prestavam bastante atenção neles.
-Nós gostariamos de dar as boas-vindas à nossos mais novos acampantes e esperamos que se sintam em casa. Para quem não me conhece, eu sou o Pablo, diretor do acampamento e, ao meu lado, temos o Beto, um dos professores de música do acampamento. - falou o tal Pablo. - Bom, a novidade é que no fim do verão vamos fazer uma espécie de show e quem quiser participar é só falar com o Tomás, o monitor do acampamento. As atividades do acamamento são divididas por grupos e, lá no quadro, tem todas as atividades e o nome de cada pessoa, quem conseguir completar todas as atividades do quadro com êxito até o fim do verão terá a chance de passar um dia inteiro com o cantor Leonardo Vargas. - completou e todos comemoraram. Leonardo Vargas? León, com certeza, não faria nenhuma atividade, ele não gostava do irmão mais velho e se recusava a falar com ele. Eu vi Leonardo uma vez só e foi no casamento da prima dele, eu gostava dele, ele era divertido, nunca entendi por que León não gostava dele. Leonardo ficou famoso há uns 4 anos atrás, a voz dele é incrível.
-Leonardo Vargas?-perguntou Fran se aproximando com a Cami. - Desculpem meninas, mas eu tenho que ganhar isso. - balbuciou e eu sorri.
-Ele é só um cara normal que canta muito e é famoso. Ele é legal, nem liga para a fama, ele só gosta de fazer o que ama. - murmurei e elas me encararam como se eu tivesse falado algo surpreendente. - O que foi?-perguntei confusa.
-Você conheceu ele? Conheceu mesmo ele?-perguntou Cami e eu assenti hesitante, elas me puxaram para sentar em uma mesa e Fran perguntou:
-Como?
-É que... ele é o... ele é o irmão do León.-respondi e elas ficaram de queixo caido.
-Você está de brincadeira!-exclamou Cami e eu fiz sinal para que ela falasse baixo.
-É, só que o León não gosta muito dele. - falei e elas se entreolharam.
-Por que?-perguntaram em uníssono.
-Eu não sei.
[...]
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É, isso aí!
O Lê tem um irmão, eu estou pensando se faço um capítulo especial falando da vida do Leonardo. O que vocês acham? Respondam e eu vou ver se posto, e, para melhorar, eu coloco o motivo de León não gostar dele, já que ele vai demorar para dizer o motivo.
Bom, é isso.
Até o próximo capítulo, fofas!