Cosmos escrita por Sapphire


Capítulo 13
Capítulo 12 - Sra. Listing


Notas iniciais do capítulo

Olha quem resolveu aparecer nesse feriado maravilhoso? Eu!!

Nossa, empolguei para fazer logo esse capítulo, porque as coisas vão ficar tensas começando no próximo capítulo... Ontem fui dar uma relaxada no filme da Mulher Maravilha... ;) Pq alguem fã de DC tem que marcar presença em todos os filmes de herois no cinema e terminei uns detalhes quando cheguei em casa a noite.

Tô pensando em fazer um capítulo bonus para entender alguns detalhes... na vdd eu já comecei a escrever e nao sei se fica pro proximo capitulo ou outro... to pensando gente. Vamos ver conforme as coisas darem andamento.

Eu acabei pulando bastante as cenas pq não tem muito o que enrolar nesse capítulo, era só para entenderem como as coisas aconteceram.

Espero comentarios da parte de voces :)

bjs



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Quando acordaram juntos, o relógio marcava 18:00 horas. As coisas que trouxera para comerem ainda estava sobre a mesa do quarto.

Richard inclinou para acordar Paola com beijos, seus lábios passearam por suas costas, e elas retesaram, fazendo a loira sexy despertar.

— Humm – Gemeu em protesto quando ele parou de beija-la. O calor dos seus lábios eram massagem para seus músculos e carinhos por sua pele.

Ele despertava um tipo de queimação por seu corpo.

— Oi, meu amor... – Richard cumprimentou ao perceber que ela havia despertado.

Paola se ajeitou virando-se para fita-lo. Richard estava completamente nu e apoiava o cotovelo na cama e a cabeça na mão deitado de lado e a olhava de uma maneira tão sexy.  Automaticamente as imagens deles fazendo amor com ela algumas horas antes vieram a mente.

Aquele sorriso que congelara em seu rosto, fizera ela sentir todo aquele desejo mais cedo.

— Holá, cariño. – Sorriu passando a mão no rosto masculino, que parecia um sol de tão quente e iluminado.

Ela sentou-se dando um selinho nos lábios do moreno.

— Eu trouxe uma pequena refeição para nós dois, mas você havia dormido. Estava tão serena que não quis atrapalhar.

Ele se remexeu um pouco e levantou da cama colocando uma boxer branca, Paola mordeu o lábio inferior olhando o bumbum dele. Ele todo era viril.  Richard pegou a bandeja de cima da mesa levando na cama para ela e mostrando uma flor que havia escolhido para presenteá-la

— Eu peguei para você.

— É linda, Richard. – Disse segurando a flor cheirando fechando os olhos.

— Posso pôr? – Perguntou já tomando das mãos delicadas feminina e colocando atrás da orelha dela. – Linda!

— Você me surpreende cada vez mais, sabia? – Ela pegou em suas mãos puxando-o para perto dela.

— Espero que esteja com fome – Sentou se ao seu lado a abraçando. – Porque quando trouxe, você já estava dormindo.

— Eu estou faminta. – Pegou o suco bebendo.

— Trate de comer bem para recuperar as energias. – Ele espetou o garfo no queijo dando na boca dela.

Paola aceitou abrindo os lábios olhando fundo nos olhos azuis.

— Você é tão fofo. Tao doce.

— Eu te acho tão linda, carinhosa e gostosa. – Ele mordeu os lábios passando os olhos pelo corpo dela, não querendo esconder nenhum pouco a cobiça. – Em todos os sentidos

Paola riu colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Aquilo aumentava sua autoestima.

— Quero que me abrace. – Pediu com sinceridade. Adorava os braços fortes em volta do seu corpo.

Ele passou o braço por cima dos ombros delicados e magros trazendo para perto de si segurando firme.

— Ainda está com sono... – Aquilo era mais uma afirmação do que pergunta.

— Muito! – Concordou. – Gastamos nossas energias.

— Paola, se quiser, pode dormir. – Beijou a testa dela de um jeito afetivo.

— Depois que comer um pouquinho. – Ela beijou sua bochecha.

Após comerem, não falaram muito, na verdade mal conversaram. Os dois estavam desesperados para começar tudo outra vez o que já haviam feito mais cedo.

Richard acordou no dia seguinte sentindo o corpo quente da Paola próximo ao seu. Ele levantou com o máximo de cuidado que podia com medo que acordasse do seu profundo sono. Ela estava tão deslumbrante naquela camisola branca, e tinha o rosto tão sereno, que parecia um crime acorda-la antes que ela se sentisse revigorada para isso.

Ela estava exausta, mas seu semblante era sereno. Richard lhe deu um beijo nos lábios antes de levantar, vestiu uma camiseta branca e saiu do quarto para preparar um café. No dia anterior mal comeram direito após fazerem amor, tomaram um suco comendo algumas torradas para voltarem a se amar novamente. Esgotaram as energias um no outro.

Richard estava em uma felicidade sem fim, queria extravasar aquela alegria gritando, telefonando para os tios, amando Paola mais e mais. Teve que se contentar em não assobiar pela casa, mas podia cantarolar sem ser muito alto. E era isso que iria fazer.

Paola se aconchegou mais aos lençóis de seda, abriu os olhos devagar com medo da claridade, mas o quarto estava aconchegante, sem nenhuma clareza entrando pelo quarto, as cortinas estavam fechadas e Richard não estava na cama.

Uma leve dor no corpo a atingiu e uma ardência no meio da intimidade da noite passada ela pôde sentir. Se lembrou o que fizeram juntos, e um sorriso leve brotou nos lábios, a sensação do prazer fora tão forte que quase podia sentir novamente o membro viril ali em sua intimidade mesmo que estivesse deitada imóvel.

Com uma enorme dificuldade de sair no aconchego quente da cama, ela sentou-se e espreguiçou-se olhando para a rosa e vendo que foi muito paparicada.

Richard arrumava a mesa para o café da manhã, colocando os copos de suco no exato momento que ela aparecia na cozinha com um roupão de cetim, descalça e totalmente sexy sem as maquiagens e os cabelos desalinhados, mas de um jeito sensual. Foi impossível não ter pensamentos eróticos.

— Hei. Bom dia. – Ele aproximou-se dando um selinho nela – Dormiu bem, anjo?

— Muitíssimo bem! – Esticou os braços para o alto evolvendo-lhe o pescoço e o puxou para baixo dando um beijo merecido.

— Hum. Fiz nosso café – Ele a abraçou – Não sabia o que iria querer comer, então tem umas variedades. Tem pães alemão.

— Eu vou provar de tudo um pouco, mas vou escutar o chefe e comer o que ele me indicar. – Ela se sentou assim que ele puxou a cadeira.

— Eu indico esse pão aqui. – Mostrou um cestinho de pães sortidos e diferentes. – É da região onde moro.

A mesa estava farta e Paola tinha que concordar que ele havia feito um belo serviço. A comida parecia apetitosa.

— Humm, parece uma delícia.

— Sabia que no meu país temos uma variedade de mais de 300 pães? – Ele foi até o fogão retirar os ovos mexidos da frigideira e colocar no prato.

— Um dia adoraria conhecer lá.

— E vamos. – Ele puxou a cadeira para se sentar ao seu lado.

— Se eu ficar gorda, é culpa sua e terá que ficar comigo mesmo assim. – Apontou o dedo como um aviso.

— Eu não trocaria por mais ninguém

— Hum, é bom mesmo – Disse ameaçadora pegando um pão com geleia.

Aquilo tirou uma gargalhada do moreno. Europeus em geral sentiam vergonha de sentir ciúmes e demonstrações de possessões eram mal vistos. Mas ele adorava quando ela fazia aquilo, e faze-lo se sentir dela. Era novo sentir tudo muito intenso, mas muito mais agradável do que demonstrar seus sentimentos pela metade.

Ele se acalmou para tomar o café da manhã com ela, ficaram em silêncio por alguns minutos até terminarem o desjejum.

— Eu quero conversar com você meu amor. Ou melhor, te dar uma coisa. – Ele levantou da cadeira indo até a ilha da cozinha pegando um objeto pequeno em cima.

— Me dar algo? – Ela olhou desconfiada, olhando de soslaio enquanto os lábios pararam na xícara.

Richard abriu a caixa de veludo vermelho abrindo e mostrando uma aliança. Era de prata, embora tivesse alguns diamantes e um pequeno coração de ouro entrelaçado a seu aro, sua frente se dividia como se fossem duas peças emaranhadas.

— Um anel, Richard? – Ela olhava com surpresa. – O que quer conversar comigo?

— É só um anel de compromisso, não é de um noivado, ainda. – Ele enfatizou a palavra, fazendo o coração dela disparar. – Eu quero que seja algo firme e também não quero que outros rapazes olhem para você e sua mão e pense que não é comprometida.

— Você quer oficializar nosso namoro? – Colocou a mão na boca.

— Porque a surpresa? Achei que ontem com meus tios e na cama fosse o suficiente para ver que eu não estou com você por brincadeira.

— Mas é que eu não esperava que você ia fazer isso hoje. – Levantou da cadeira e o abraçou – Você não sabe como é importante para mim isso. Saber que leva nosso relacionamento a sério.

Ele a puxou para o seu colo a abraçando, enquanto tirava o anel da caixinha mostrando diante dela.

— Você faz parte da minha vida agora. – Ele pegou na pequena mão deslizando o anel em seu dedo que coube perfeitamente.

— É tudo o que mais quero. – Beijou no rosto dele – É lindo, cariño. – Disse olhando para as pequenas pedrinhas de diamantes cravejadas em torno do anel.

— Essa é a minha – mostrou uma mais simples e mais grossa.

— Eu gosto de você sendo meu. – Colou as testas dos dois, olhando dentro dos seus olhos.

— E todos aqueles olhares de admiradores seus podem tirar o cavalinho da chuva.

— Quais? – Fingiu não entender.

— Vai me dizer que não percebe quando os homens te olham e te devoram com os olhos? E são muitos.

— É claro que não, eu olho só para você.

De certa maneira não era uma mentira. Primeiro porque precisava se dedicar em fisgar cada dia mais Richard Listing, e segundo porque só ele era homem suficiente para ter sua atenção, não precisava olhar mais para outros, somente Richard tinha seu olhar. Ele era lindo como um deus grego.

— Acho que alguém agora está me cantando.

— Então eu vou te falar uma coisa. – Aproximou os lábios da orelha dele – Não ache, você está certo – Deu uma mordida no lóbulo e voltou para posição de antes.

Aquilo fizera Richard arrepiar voltando todo o desejo de antes.

No começo de noite, ambos já haviam retornado a Londres. Richard fizera questão de deixar Paola no hotel em segurança, como sua boa educação havia lhe ensinado, acompanhar uma mulher até em casa, e saber que estava bem.

— Não quer subir, amor? – Paola virou de frente para Richard, deixando a porta aberta.

O convite era sedutor, mas ele sabia que uma vez que ultrapassasse a linha que dividia a responsabilidade para a linha de noite de paixão, ele esqueceria que dia seguinte deveria trabalhar e era a última coisa que gostaria de fazer.

Seria algo muito imaturo. E as pessoas que trabalhavam lá, contavam com seu apoio.

— A intenção era só subir e te acompanhar, eu tenho que levantar cedo amanhã. – Respondeu com a voz de culpa.

— Tudo bem, eu espero que passe aqui amanhã à noite. – Estavam de mãos dadas.

— Passo sim, nem que for para dar boa noite.

— Vou ficar ansiosa, queria que dormisse aqui uns dias para dormimos abraçadinhos, não aguento esperar os finais de semana. – Paola fez um muxoxo.

— Claro que sim. E você poderia ir para meu apartamento ficar comigo no meio da semana.

— Eu adoraria. Só espero que não se enjoe de mim, mas não aguento ficar tão longe. - Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, se fazendo de apaixonada – Eu estou sendo melosa, não estou?

— Não está não, está sendo meiga como sempre e eu adoro isso em você. – Disse agarrando a sua cintura fina – E eu nunca enjoaria de estar na sua companhia.

— Eu amo quando me encobre de elogios e diz que sou linda mesmo eu sendo chata e irritante. – Deu um beijo demorado de língua nele. – Eu te amo. Foi o melhor fim de semana da minha vida.

— Você nunca será chata e irritante. Nunca fale isso, ok? E para mim foi uma experiencia incrível. Eu te amo muito. – Deixou ela de costa apoiada na parede colocando a mão na mesma bloqueado a saída dela e aproveitando para dar um beijo mais quente.

Paola segurou na gola da camisa do Richard retribuindo o beijo.

Richard estava saindo do elevador passando pelo lobby do hotel quando viu Connor fazer um sinal para que ele aproximasse.

O jovem estava tão feliz da vida, com o humor lá em cima, quase dançando ali no centro do salão do hotel que mal notara a expressão preocupada do Gerente.

— Diga, Connor. – Sorriu alegremente apoiando as mãos no balcão da recepção.

— É sobre a Senhorita Ortega....

— Pode dizer. – Disse ele preocupado, mudando em frações de segundo sua expressão. – Qual é o problema?

— Bem. – O gerente passou um lenço na testa suando. – Não sei como dizer isso.... Acredito que não podemos mais deixar a senhorita Ortega na suíte.

— Porque não? – De preocupado, a expressão do Richard foi para nervoso, ficando levemente vermelho.

— Ela gastou a cota que estávamos devendo ao senhor – Disse mostrando as faturas.

Richard tomou com cuidado nas mãos para olhar e viu todas as despesas. Realmente, Paola conseguira uma proeza, em dois meses gastou mais do que o hotel lhe devia. E não era qualquer orçamento.

Por uns segundos ele suspirou, a despesa se resumia mais em roupas de grifes e joias do que serviço de quarto, embora esse último não tenha sido nada barato também.

Sabia que sua namorada e hospede podia exagerar na vaidade, em pouco tempo conseguiu perceber bem de sua personalidade. Era uma mulher do tipo que não poupava para ficar linda.

— Connor, ela vai continuar aqui. – Ele disse autoritário dando a última palavra.

— Mas senhor.... – O gerente ficara preocupado, mas não podia contradize-lo.

Richard era um hospede assíduo do hotel e de uma das melhores famílias da Europa.

— Deixa ela ficar, daqui para frente eu arco com as despesas. Vai ficar por minha conta.

— O senhor está realmente apaixonado, não é mesmo? – O homem ajeitou o uniforme, guardando o lenço um pouco mais aliviado.

— Tive o melhor final de semana da minha vida ao lado daquela mulher. Apaixonado é pouco.

Richard agarrou o amigo gerente pela roupa, desalinhando o homem novamente, quase o chacoalhando.

Aquilo assustara o homem, arregalando os olhos.

— Tem sorte, senhor. Amar são para poucos. – Ele pigarreou, o que fez Richard solta-lo um pouco sem graça.

— E serem correspondidos ao nível também.

— Então, posso apostar que tudo o que ela gastou foi para lhe agradar e sair com o senhor. Estar ao nível.

— Ela é linda de qualquer jeito. – Um sorriso bobo brotou dos lábios do moreno.

Paola era de fato linda, principalmente nua, com os cabelos desalinhados e sem maquiagem, gemendo o seu nome entre as pernas....

Richard mórdia os lábios e teve que sacudir a cabeça para não ter uma ereção ali na frente de Connor.

— Meus parabéns.

— Obrigado. – Ele apertou a mão do amigo gerente. – Mas ficamos entendidos, agora?

— Sim senhor.

— Ótimo. Obrigado por avisar, Connor. Qualquer coisa me avisa. Cuidarei dos assuntos dela de agora em diante.

Com uma breve despedida, Richard deixou o hotel.

[...]

Nápoles, Dezembro de 1989.

A limusine preta elegante estacionou na pista do aeroporto internacional de Londres. Paola esticou o pescoço para poder enxergar através do vidro do lado de dentro do jatinho particular onde se encontravam. Eles vinham conversando animadamente que só quando o avião pousou, que ela se deu conta de que não sabia onde estava.

Conhecendo bem seu pretendente, ela não a decepcionaria, mas esquecera totalmente de perguntar.

— Onde estamos? – Perguntou dando a mão para descer do jatinho.

Sei mai stata in Italia prima d'ora? – Perguntou em italiano beijando sua mão de um jeito muito sedutor.

— Sei. – Tentara responder inutilmente sem nenhuma sorte – Repete meu amor.

Ele riu ajudando-a a descer do avião particular mostrando a limusine. Os olhos dela brilharam ao ver quanto poder e quanto dinheiro ele possuía, já o vira usando limusine diversas vezes com ela em ocasião especial, mas parecia que nunca se acostumava aquilo.

— Quer que eu repita ou traduza? – Ele a protegeu contra a corrente fria que o acertaram.

— Traduzir. – Ela se aconchegou ao seu peito.

— Eu perguntei se você já veio a Itália alguma vez.

Eles caminhavam juntos a passos largos para se protegerem do vento.

— Não, nunca. Só os Estados unidos e a Inglaterra. Nuestra dulce Inglaterra. – Ela olhou para cima sorrindo.

— Então quando voltarmos para Inglaterra pode dizer que já foi a Itália se alguém te perguntar. – Ele piscou sorrindo também.

Ela ficou abobalhada. Estavam mesmo na Itália? Richard e suas surpresas.

— Eu falarei mais, eu direi: Eu já fui a Itália com meu namorado lindo, romântico e delicioso.

Richard mordeu o lábio inferior e sorriu de forma muito sexy para Paola, aquilo fizera molhar entre as suas pernas.

Aquele furo no queixo, os olhos azuis, e os lábios. Deus. Impossível era não se apaixonar por ele. Claro que ela não.... Assim pensava que não estivesse se apaixonando.

Tudo bem que o dinheiro era uma vantagem num relacionamento, estabilidade e todo o luxo. Mas mesmo que se Richard não possuísse tantos bens, aquela conduta fazia qualquer mulher se atirar aos seus pés, fora a beleza.

— Por aqui Senhor. – Os seguranças indicaram a passagem.

— Você adora falar isso. – Richard disse guiando ela até pista que se encontrava a limusine

— Porque é a verdade. – Disse sincera.

— Você sabe que não é.

Ele se achava tão pouco perto dela. Costumava ser muito modesto em relação a ele, não sabia se era a criação ou porque era comum alemães bonitos do mesmo porte que ele, altos, olhos claros, o rosto com uma beleza estonteante. Richard era só mais um em milhares.

Embora Paola fosse branca, olhos cor de avelã e cabelos claros. Era latina, o jeito era diferente e isso a tornava única perto das europeias.

Ele olhou o motorista que abrira a porta para eles passarem, e Richard ajudou a namorada a entrar primeiro deslizando em seguida para seu lado.

— Pelo contrário. Eu sei que é sim. – Ela se inclinou para um beijo quente, cheio de volúpia.

Richard sabia bem onde aqueles beijos quentes terminariam.... No quarto do hotel, na cama.

Ela quebrou o beijo se afastando lentamente do moreno, colocando a mão por cima do membro dele, que já estava rijo. Richard gemeu baixo, e arfou. Ela adorava torturá-lo daquela maneira, mas ele tinha que se controlar, ou dariam um show para o chofer da limusine.

— Você quer beber alguma coisa? – Ele perguntou com a voz rouca, tentando lembrar como falava.

— Tem uma coisa que eu quero beber.... – A voz dela saíra sexy demais.

Richard entendeu o recado e nada pôde dizer, ficara sem voz. Ele engoliu a saliva presa a garganta e aquilo lhe endureceu mais.

— Assim você me deixa louco, e você sabe que aqui não. – Ele apertou a coxa dela falando em seu ouvido

Paola não ligou para o que ele disse, e atacou sua boca novamente, de forma mais selvagem. Ela era sem vergonha e não estava ligando em dar um show na frente do motorista dele. Mas a única coisa que ficaram foi entre amassos e pegadas em lugares proibidos.

Richard levantou a pequena janela que dividia a privacidade deles com o homem que dirigia. Teriam ido longe demais se o pudor e bom senso não tivessem o detido.

Quando Richard abriu a porta com o cartão magnético, os olhos da Paola brilharam. A entrada majestosa do hotel continuava a lhe surpreender. O hotel de fato era mais bonito que o de Londres. As pessoas falavam de Paris, mas Nápoles era romântica, tão latina e tinha muita beleza.

O Hotel era digno de 10 estrelas, parecia um palácio.

— Enfim sós. – Ele brincou enquanto fechava a porta atrás de si.

— É lindo meu amor – Disse entrando na suíte olhando a vista, a sacada dava de frente para o mar. – Tudo isso é lindo. É diferente. Estou amando tudo.

Ele acompanhou com os olhos vislumbrando cada expressão do seu rosto. Ele caminhou até a varanda e abraçou por trás.

— A única coisa que torna Nápoles especial é você aqui comigo, meu amor – disse virando -a de frente para olhar para ela.

— Você faz esse momento e todos os outros perfeitos. – Ela declarou.

Agora ali, sozinhos num quarto de hotel, com toda a intimidade, poderiam desfrutar do prazer um do outro.

Nápoles poderia ser fria no mês de dezembro, mas aquele frio, naquele hotel na companhia um do outro, faziam se sentir aconchegantes, e os corpos nus sentindo o calor um do outro.

Paola nos braços fortes e masculinos, esquecia-se completamente do porque estava ali com ele, e do golpe que maquinava. Richard aos poucos foi adquirindo um poder sobre ela na cama.

Um pequeno sentimento nascia do tamanho de uma semente de mostarda.

Richard estava com a toalha enrolada em volta da cintura após o banho, deitado vendo tv no quarto do hotel enquanto esperava Paola sair do banheiro. Deveria estar passando uns 15 cremes de corpo e se perfumando. Ela adorava cuidar da pele e tudo o que estava envolvendo a aparência.

Ele esperava a companhia da mulher mais linda, para esquentar ao seu lado na cama, ele olhava os canais até parar em um sobre puericultura. Pediatras mostravam como cuidar de um bebe recém-nascido até os 6 meses.

Ele não sabia bem o motivo que o chamava sua atenção, mas parou para ouvir.

Paola saiu do banheiro com uma camisola de seda branca e um robe fazendo o conjunto. Ela engatinhou na cama e se aninhou nele olhando a programação que passava. Seus olhos pousaram no rosto do seu namorado, que prestava bem atenção em tudo

— Você gosta de ver isso? – Seus lábios torceram em uma caricatura, na qual o moreno não percebera de nada.

— Eu estava distraído enquanto esperava você. – Ele olhou para ela e os olhos percorreram o corpo dela. – E você, gosta?

Paola suspirou olhando ele. Não estava acreditando que falavam sobre aquilo.

— O que foi? – Ele notou a mudez dela – Você não gosta de criança?

— Eu gosto, Richard – Mentiu – Mas elas não gostam de mim, eu não levo jeito nenhum.

— Toda mulher leva.... Já estão em vocês esse dom natural. Quando tivermos nossos filhos você verá. – Ele acariciou o ventre dela distraidamente.

— Nossos Filhos?! – Sua voz subiu 1/8 em total perplexidade.

Pensava em casar com ele sim, mas jamais filhos entrariam no acordo de casamento. Faria qualquer coisa para fisga-lo, e agrada-lo, mas com total certeza filhos não faziam parte do plano.

— É, quando casarmos vamos ter filhos. – Aproximou tirando o cabelo dela da nuca, passando as madeixas para trás com os lábios no pescoço feminino e perfumado. – Não vamos?

— Quando sentirmos que chegar a hora sim. – Ela olhou para o tento olhando o vazio enquanto ele a beijava no pescoço.

Aquela conversa a anestesiara, não conseguia ao menos sentir prazer com os beijos quentes.

— Eu sonho em ter uma casa.... Eu, você e nossos pequenos correndo por todos os lados brincando, fazendo bagunça e se sujando. – Pensativo – Seria maravilhoso, não é? – Olhou para ela.

Ela sorriu forçado, mas disfarçando a insatisfação ao ouvir aquelas palavras.

— É claro que seria, quantos filhos pensa em ter? – Deu um selinho nele se fazendo de interessada.

— Não tenho limites, quero a casa cheia de crianças.

Se uma criança já seria inconveniente, Paola já imaginava que terrível seria mais de uma e se controlou muito para não torcer as feições.

— Mas não tem um número na cabeça? – Perguntou o mais natural possível.

— Para que não brigue comigo, um casal está bom?

— Seria minha oferta máxima – Ela riu para não chorar de raiva.

— Mas não me importaria também se viessem duas menininhas iguais a você.

— Nós vamos tentar ter filhos depois que nos casarmos e sentirmos a necessidade de.... – Parou o que estava dizendo para ouvir um bebe da tv chorando e riu em seguida. – Necessidade de ouvir chorinhos pela casa.

Ele sorriu.

— E sabe o que eu quero? – Olhou para ele continuando – Quero você feliz por enquanto. E algum dia poderemos falar de bebes, dos nossos bebes e esperar eles 9 meses, decorar a casa para eles e cuidar deles e ama-los e faze-los felizes. Mas enquanto eles não vêm, eu quero cuidar de você e da sua felicidade e quero te amar. Para quando chegar a hora, não só dupliquemos a nossa felicidade com um bebe, mas quadrupliquemos com um pequenino, Nuestro hijo.

Richard admirou com os olhos encantados brilhando pelas palavras, fazendo um arrepio subir pelo corpo quando escutou a palavra hijo da sua boca.

— Eu estou muito feliz nesse presente e sei que com você do meu lado no futuro, não haverá palavras para descrever o que é felicidade.

— Não vamos fazer planos para o futuro, ok? Vamos pensar no presente, em nos dois, construir uma base solida.

Ele mexeu a cabeça concordando.

— Você tem razão – Deu um beijo nela – Eu te amo.

— Eu te amo mais. – Declarou.

Richard tampou os olhos dela com uma venda. Adorava surpreender sua amada sempre que podia, achava divertido e lindo a forma como ela sempre ficava com cada coisa nova que ele apresentava.

Dois dias antes haviam feito compras. Paola queria voltar a Nápoles no verão para aproveitar o sol, mas aproveitaram muito a viagem durante a estadia, aquela seria a última noite na Itália, e ele estava preparando uma surpresa que marcariam suas vidas.

— Com cuidado. – Disse guiando ela. – Já estamos chegando meu amor, só mais um pouco.

Ela segurava em seu braço pisando com certo cuidado.

— Onde estamos indo? – Ela o agarrava com receio de tropeçar na bota.

— Você já vai ver, calma, meine liebe.

— Você me deixa curiosa.

— Faz parte do charme e da surpresa – Disse brincando.

— Eu estou ansiosa para sua surpresa da vez.

Ele a levou para perto do iate.

— Agora temos que tomar cuidado aqui, um passo de cada vez – Ele a guiava até o barco luxuoso.

— Porque está balançado? – Estava nervosa pelo medo de cair – Onde estamos? – Começara a ficar aflita.

— Calma, não precisa ter medo, eu estou aqui e não te levaria para entrar em uma furada.

— Não me deixa cair meu amor.

— Não irei. – Respondeu guiando ela até a mesa posta para dois a luz de velas – Está pronta?

— Sim, eu estou. – Disse parando e esperando ele tirar a venda.

— Vou contar até 3. – Desamarrou segurando a venda. – 1... 2...3... – A fita deslizou de suas mãos caindo. – Pode abrir os olhos.

Paola abriu os olhos vendo uma mesa de jantar posta para dois a luz de velas, um garçom para servir, música com violinos e estava em um iate. Aquilo a assustou. Mesmo naquela época fria em Nápoles por ser 25 de dezembro, estava perfeito.

— Ooooh! Um jantar à luz de velas, mi amor? Que perfeito!

— E já viu onde estamos? – Se afastou dela para mostrar ao redor.

— Dentro de um barco? – Girou olhando para ele e o local.

— Precisamente em um iate e ele é seu, como presente de natal. Foi batizado com seu nome.

— Vo...voc...você me deu um IATE? – Nem em seus sonhos poderia imaginar que ele lhe daria um presente como aquele, as joias eram bem comuns, mas Richard provava cada dia mais que estava babado e de quatro por ela.

— Dei e estamos nele agora nesse momento.

Falava tão naturalmente, como se a presenteasse com caixa de bombons, flores ou suéter.

— Ele é perfeito – Olhou os detalhes.

— Não acha simples? – Ele brincou.

— Um pouco, faltou mais luxo – Disse seria e depois riu – É claro que não meu amor.

Richard sorriu.

— Que susto, então você gostou mesmo? De verdade?

— Não minto para você. Richard, você me dá um iate de presente de natal e ainda fica preocupado que eu não goste? Não é um presente comum, você sabia disso?

Ele revirou os olhos com uma cara engraçada, aquilo fizera rir. Ele gostava de agrada-la e exagerava nos presentes que dava. Não media as consequências e estava cego de amor para perceber que ela poderia estar com ele por interesse. Era jovem e lhe faltava a sabedoria do tempo. Sua tia o avisara quando se viram pela última vez, mas acabaram discutindo, e ele saiu magoado.

É claro que ela queria o seu bem, Richard sabia disso, mas era muito inocente para notar. Mesmo que Paola usasse um sombreiro escrito: Vadia interesseira. Ele não acreditaria.

Richard tomou um gole de vinho, finalizando a refeição da noite. Ainda faltava a sobremesa, mas antes disso ele queria fazer a surpresa, na qual planejara para aquela noite. Foi para isso que tinha levado a Nápoles, no natal para um jantar romântico.

Se Paola estava encantada com a noite e pelo presente, ela mal esperava para o que lhe aguardava.

— Tenho uma especialidade para você. – Colocou a taça de vinho sobre a mesa a olhando com carinho.

— Italiana? Deixa eu tentar adivinhar. – Colocou o dedo no queixo olhando para o ar, pensativa e depois o olhou novamente – Tiramisú?

Ele riu limpando a boca com o guardanapo fazendo sinal com as mãos ao garçom.

— Não, não é tiramisú. Você gostou mesmo dessa sobremesa, não? – Ele riu. Ela estava se saindo melhor do que ele, em quesito doce.

Não podia também a recriminar. Os doces italianos eram os melhores.

— Errei amor? – Paola descansou as mãos sobre o colo.

— Sim, mas não importa, é ótimo também.

— Me dá uma dica? – Pediu com biquinho.

— Você jamais imaginará o que é.

— Aah, por favor, mi cariño. – Paola alisou o pulso dele por baixo do terno, fazendo Richard arrepiar com aquilo e a voz sexy dela com as palavras em espanhol.

Aquilo o enlouquecia, o idioma latino era deveras sensual demais para seus ouvidos. Tudo nela o enlouquecia.

— Não sei se há dicas para isso.

— Cor? – Ela tentou mais uma vez.

— Hummm preto por fora. – Ele brincou com as mãos delas em cima da mesa. Segurando entre as dele.

Ela pensou.

— Bolo de chocolate? – Arriscou o primeiro palpite.

Ele riu novamente se divertindo com sua ansiedade.

— Já vai ver. –  Respondeu vendo o chefe de cozinha trazer a “especialidade” em uma bandeja de prata fechada. – Tudo pronto.

— As suas ordens – O chefe repetira.

Richard assentiu para ele abrir a bandeja, e quando o fez revelou uma caixinha de anel preta aveludada.

Qualquer pessoa saberia dizer o que aquelas caixinhas de joalheria significavam. Paola não era diferente, quando seus olhos foram para o objeto solo na bandeja, suas mãos se soltaram das dele para esconder a surpresa que estampava seu rosto.

Ela planejara aquilo, mas ainda não deixava de ser uma surpresa. Ainda mais porque havia conseguido. Não percebia, mas no fundo ficara emocionada de verdade.

— O que é? – Perguntou ansiosa para abrir, mesmo sabendo o que era. Ela tremia.

Richard segurou a caixinha entre as mãos dispensando o chefe e abriu.  Um lindo anel delicado com uma enorme pedra diamante cravejada no centro do aro.

Ela percebeu que deveria ter custado uma fortuna, mas aquilo já não importava mais, pelo menos não totalmente.

Quando Paola se deu conta realmente do que estava acontecendo, seus lábios abriram arregalando os olhos. Ela entendia o que estava acontecendo, mas o cérebro parecia lento e rápido ao mesmo tempo.

— Richard... – Conseguira pronunciar apenas seu nome.

Richard ajoelhou diante dela sem perder o contato visual um segundo se quer. Ele faria aquilo do jeito tradicional como mandava o figurino.

— Paola... – Ele a chamou pelo seu nome. - Você quer se casar comigo?

Os olhos de Paola marejaram, mais pela surpresa do que emoção de amor. Não que pudesse ter um pequeno fragmento de sentimento guardado, mas o coração ainda era frio. Sua boca estava aberta, porem nada conseguira dizer.

— Olha, eu sei que não vai ser nada fácil. Nós vamos ter de trabalhar todo dia para que esse casamento funcione. Mas eu quero você, mais do que qualquer coisa que já desejei nessa vida. Eu te quero toda para sempre, todos os dias. Amo a forma como você fala comigo, seus olhos, seus cabelos, sua graciosidade como anda, como me beija, até quando demora para se arrumar, porque no final sempre vale a pena. Quando sente frio para se aconchegar a mim.

Ele pausou para respirar, o vento frio de dezembro lhe tirava o ar e o nervosismo também.

— Amo que você seja a última pessoa em meus pensamentos antes de dormir. Eu estou aqui essa noite porque quando você percebe que quer passar o resto da sua vida com alguém, você sabe que não há mais tempo a perder. Portanto eu faço essa pergunta novamente... Paola, você quer casar comigo? Passar o resto da sua vida para sempre ao meu lado e me fazer o homem mais feliz desse mundo me dando o melhor presente de natal?

Ele mantinha 100% do contato visual, estava sério, e suava por dentro do terno. Havia tensão da parte dele, e suas mãos tremiam também.

Os olhos femininos ainda brilhavam das lagrimas que queriam escorrer, mas não desceu por sua face, ela sorriu estática por breves segundos e em seguida levantou da cadeira na qual estava sentada ainda.

— Sim Richard, eu quero.... Eu quero passar o resto da minha vida com você. – Ela segurou o rosto dele enchendo de beijos se jogando em cima dele. – Eu te amo, eu te amo muito. E isso é o melhor presente de natal que eu poderia receber do mundo todo. Você. – Ela o beijou necessitada.

— Eu te amo meu amor e não posso ficar mais longe de você. – Ele tirou o anel da caixinha e deixando a mesma em cima da mesa, pegou na mão dela delicadamente e colocou a aliança que encaixou perfeitamente em seu dedo anelar. – Prometo te fazer a mulher mais feliz desse mundo.

— Minha vida. – Olhou para ele. – Você é minha vida. – Ela olhou para a aliança que reluzia, voltando a beija-lo mais e mais.

Richard a beijou enquanto fogos de artifícios estouravam junto com as chuvas de prata, uma música tocava violino para uma serenata no barco ao lado.

Paola assustou com o primeiro fogo explodindo no céu e rindo em seguida.

— Você fez tudo isso?

— AAAH, sabe como é. – Ele gracejou. – Sim eu fiz tudo isso.

— Você tem certeza que não é de uma máfia que assalta bancos?

— Nunca me droguei e nunca assaltei um banco ou matei alguém, embora já tenha servido o exército. Não me embriago, sou totalmente careta, apenas cuido da empresa que um dia já pertenceu a meu pai.

— E sabe porque eu pergunto isso meu amor?

— E nunca me prostitui também, - Completou – Mas diga.

Ela olhou para baixo pensando nisso, mas logo refez a compostura.

— Porque você é perfeito para mim, ou se não estou cega demais para ver seus defeitos, e eu não consigo deixar de pensar em você sequer 1 segundo do meu dia e de parar de te amar incondicionalmente.

Ele acariciou sua bochecha.

— Você se tornou parte de mim, Paola, você é meu ar, o meu coração, a pessoa que me dá forças para que tudo o que um dia eu sonhei se torne realidade. É meu sol de todas as manhas que brilha para mim e me aquece, é o oceano que me acalma. Você me conquistou com seu jeito amável, meigo, extrovertido, sexy, com esse jeitinho misteriosa, me mostrou a quão corajosa você é. Uma mulher guerreira. Eu percebi que é com você que eu quero dividir tudo, minhas felicidades, medos e tristezas que você esteja no futuro que tenha feito parte no passado, que seja minha mulher nesse presente.

Naquele momento, aquelas palavras tocaram no íntimo do seu coração gelado. Uma pequena rachadura havia feito no gelo do seu coração, e por um triz Paola quase chorou. Aquele havia sido o melhor dia para ela em toda sua vida, e aqueles gestos dele e todo romantismo haviam a fisgado um pouco.

Richard era lindo, carinhoso e amava e cuidava dela. Fora que ele podia ser quente na cama.

— E você é meu tudo Richard, eu não quero e nem posso mais ficar sem você nos meus dias. Você é meu mundo. – Abraçou ele o beijando – Obrigada por hoje, está sendo mais que perfeito.

— Feliz natal meu amor. – Pegou a taça de champanhe para ela e depois pegou a dele, brindando – A nossa felicidade.

— O nosso sempre – Brindou com ele bebendo o liquido doce.

— Minha futura senhora Listing.

— Espero honrar esse titulo

— Não poderia haver mulher melhor para esse titulo

— Você é um príncipe.

— Você é minha princesa, e futura rainha.

— Meu futuro rei.

Os dois sentavam de frente para o outro no jatinho particular. Richard ligou para os tios no mesmo dia para desejar feliz natal e lhe contar as novidades, seu tio Albert desejou felicidades, e embora de contragosto sua tia tentou ficar feliz por ele e não deixar que o sobrinho notasse sua insatisfação.

— Quando chegarmos a Inglaterra, teremos uma surpresa do papai Noel – Disse fazendo carinho no joelho dela olhando na mesma direção que ela olhava, o céu da janela.

— Qual? – A cabeça dela virou rapidamente, correspondendo a caricia com a mão do anel.

— Digamos que seja um presente que fará parte de nosso futuro de agora em diante.

— Richard, amor.... Não me deixa curiosa. – Disse levemente irritada, mas quem adorava ganhar presentes.

— Está brincando? – Olhou para ela. – É a melhor parte, ver você curiosa.

Ela deu um tapinha no braço dele, mas tentou como de costume chutar o que seria a surpresa.

— Hum. É uma visita a uma igreja?

Ele fingiu pensar e depois fez não com a cabeça com um sorriso sapeca.

— Cerimonialista? – Tentou novamente.

— Não.

— Uma dica, por favor. – Pediu.

— É enorme.

— Enorme? – Pensou – Sei que terá uma limusine nos esperando lá para me levar ao hotel e você para sua casa. É a limusine?

Ele mexia a cabeça em negativa.

— Não meu amor, não é.

— Ai, amor, ajuda. – Ela inclinou para frente ficando com os lábios deles quase colados.

Ele escondeu o rosto com as mãos para resistir aos encantos dela e acabar falando antes.

— Não dá, não sei como e também quero que seja surpresa. – Sua voz saiu abafada pelas mãos.

— O que vou fazer enquanto não sei o que é então? – Ela jogou o corpo para trás um pouco frustrada porque ele não caiu no seu truque.

— Pode me namorar nesse momento – sorriu safado e tirou as mãos da frente.

— Não é uma ideia ruim... – ela cruzou os braços fingindo pensar.

— Claro que não. – Ele levantou e a puxou para si, colocando os corpos a levando na cabine particular do avião.

— Na verdade não é nenhum pouco ruim, é maravilhoso. – Ela gargalhou quando ele a jogou na cama para fazerem amor nos ares.

Ele retirou a venda dos olhos dela após estarem no jardim de uma enorme mansão, deixando ela de frente para a mesma.

A “casa” possuía uma pista para helicóptero, garagem para 6 carros, uma quadra de tênis, duas piscinas, uma ao ar livre e outra dentro de casa na qual podia controlar a temperatura. Uma enorme área para jogar futebol, correr, ou criar cachorros. Diversos quartos e uma enorme fonte em frente à casa.

Era o sonho de muitas pessoas possuir um bem como aquele.

— Abra os olhos. – Pediu a ela.

Seus olhos se surpreenderam diante da grandiosidade e majestosa mansão. Ficara sem palavras. Era um verdadeiro palácio.

— É maravilhosa, mi amor.

— É nossa. – Sorriu para ela – Nossa.— Repetiu.

— A nossa casa? Nossa?— Olhou para ele de olhos brilhando.

— É, aqui onde iremos morar após nosso casamento. Aqui que nossos filhos vão crescer. É o nosso lar meu amor.

Ele a abraçou por trás.

— Esse será nosso lar, nossa casa, e o único lugar que eu vou querer ficar. Porque é seu lugar também e será meu porto seguro, porque você estará aqui. Comigo, e nosso casalzinho. – Sorriu.

Ele a pegou no braço erguendo no colo e entrou na enorme mansão após abrir a porta.

— Vamos conhecer nossa casa.  – Ele a beijou rapidamente – Vou fazer isso em nossa luz de mel também.

Ela se segurou no pescoço dele como segurança jogando a cabeça para trás achando aquilo tudo divertido.

— Para dar muita sorte, você tem que fazer isso meu amor. É aqui que quero passar o resto da minha vida, com você e com nossos filhos lindos que nem o pai.

— Melhor parecer com a mãe, ter uma menininha igual você. Para arrasar os corações dos garotos e eu colocar eles para correr.

— E isso você faz fácil – Passou a mão no braço dele e dando um beijo nos músculos no braço. – Eu sei que é com você que quero ter meus filhos.

— A genética vai ser boa pelo lado da mãe. – Disse colocando ela no chão delicadamente.

— Eu quero que eles puxem você. Olhos azuis vivos como o seu. Oceano.

— Quero que sejam que nem o pai. Lindos e perfeitos, eu estou longe disso. Espero não prejudicar com a genética.

—Bem, pode ser 50% de cada. – Ele sugeriu – Uma ótima combinação.

— 75% seu.

Ele gargalhou.

— Não vamos discutir isso. Eles irão decidir com quem vão querer parecer – Deu um beijo na bochecha dela. – Mas me diz o que acha da nossa casa.

— Grande, maravilhosa e vazia. – Olhou para os lados preocupada.

Ele gargalhou novamente, ficando vermelho. Se sentiu sem graça por não ter mostrado uma casa já toda mobiliada e ao gosto dela.

— Já contratei a decoradora, você vai me ajudar. – Piscou brincalhão.

— Posso dar as ideias enquanto você está trabalhando e depois do trabalho você aprova ou não.

— Eu quero que você esteja dentro de tudo. Vai ser sua também. Pode decorar a seu gosto. Você sempre tem ótimo palpite.

— Amor, eu vou tentar, mas quero sua aprovação. Pensei em pintarmos ela de rosa shock – Brincou. – Tudo rosa.

— Ué, eu achei que a sua cor favorita fosse vermelho. – Colocou a mão no queixo com a sobrancelha direita levantada.

— Exatamente isso meu amor, mas queria rosa, sua princesa vai amar.

— Vamos pintar de rosa então – Ele riu sabendo que era uma brincadeira. – Mas aí, vai parecer a casa da Barbie.

— Então seremos a Barbie e o Ken, e eles nossos filhinhos.

— Talvez ter um cachorro também? – Sugeriu.

— Cachorro, não! – Falou firme parecendo um pouco rude.

Aquilo o assustou por um momento. Ela havia sido agressiva.

— Não gosta de cachorros? – Perguntou preocupado.

— E nem de gatos.

— Então não gosta de mim? – Fez um biquinho tentando deixar a situação mais amena.

— Gosto de você, porque não é um gato. É um felino, lindo, fofo e pode ser selvagem como um tigre. – Ela fez uma garrinha com as mãos, mostrando os dentes e as unhas bem pintadas.

Ele se divertiu com aquilo, achando-a tão sexy, com vontade de joga-la ali no chão e ama-la, Mas se conteria para mostrar o restante da casa, levando para o andar superior.

— Mas então... – Continuou tentando não ficar excitado. – Vai me ajudar na decoração?

— Tentarei equilibrar nossos gostos – Subiu com ele de mãos dadas. – Já sabe qual será nosso quarto?

 Humhum – Beijou na mão dela – E vai gostar do Closet.

— Hummm, essa parte me interessou.

— Sabia que ia gostar.

— Vem, me mostra nosso ninho de amor.

— Já estou indo. – Ele parou em frente a porta duplas, muito bem decoradas e abrindo as duas maçanetas, as duas portas abriram-se em conjunto.

Ela se encantou ao notar o tamanho do quarto como se ele se enchesse de magia.

— Dios, mio. – Exclamou.

Aquilo fizera Richard rir.

— Aprendeu muito bem italiano.

— Só isso, porque foi o que mais exclamei lá.... Você me faz exclamar muito isso amor, de todos os jeitos

— Eu fico muito feliz em saber que você ama todos esses presentes.

— Amo um presente que é melhor do que todos os outros. E que eu sempre gosto de desfrutar também – Ela se referia a ele.

Ela o abraçou forte ficando agarrada a ele.

— Você merece isso e muito mais. É a forma que eu tenho de demonstrar que eu te amo.

— É uma pena que eu não posso pagar na mesma moeda, queria te ajudar a pagar tudo.

— Ah meu amor, só de ver seu sorriso para mim é meu pagamento, eu não quero nada material, quando tenho você. Tudo isso sem você seria apenas luxos e riquezas, mas sem valor, porque não teria com quem desfrutar. – Ele a apertou mais.

— Então provarei para você o meu amor desfrutando tudo isso com você.

— Eu não duvido meu anjo.

CASAMENTO.

A cerimônia de casamento aconteceu antes de dois meses. Fora planejada com todo cuidado e detalhes. Paola fizera questão de olhar cada detalhe para seu casamento, quisera uma festa grande que saísse em todos os jornais e revistas, para mostrar ao mundo que estava casando com um dos homens mais ricos do planeta e que agora ele havia uma dona.

Claro que quem mais conhecia Richard Listing ou morava na Europa ou se interessava na área financeira.

Paola contratou o mesmo estilista que fizera o vestido da Lady Di com o príncipe Charles, com uma vestimenta um pouco mais moderna, menos bufante do que foi feito para princesa.

Ela queria uma entrada triunfal e seu casamento foi digno de uma rainha. Frio na barriga foi o que sentiu ao entrar na enorme igreja toda ornamentada e ver Richard elegante em seu terno feito sob medida. Ele estava lindo em cima do altar ao lado do padre admirando ela deslizar com um buque de flores.

Richard se sentia o homem mais orgulhoso e feliz do mundo por desposar a mulher que pensara ser perfeita para ele. Seu coração quase saiu para fora quando ela chegou, claro atrasada, na igreja.

Estava linda, uma princesa de contos de fadas no vestido branco, caminhando lentamente em sua direção com um sorriso que o fazia ficar com as pernas bambas, pronta para se tornar a sua rainha.

Os votos foram selados com um lindo beijo aplaudido por todos. Oficialmente marido e mulher.

Na festa, Paola conhecera os convidados que segundo o Richard, eram pessoas importantes do trabalho, alguns funcionários que compareceram e tivera a impressão de conhecer parentes muito distante dele. Eram muitas pessoas para prestar atenção em todos e gravar nomes, ela estava eufórica por dentro, ao mesmo tempo transparecia calma e elegância.

Quando puderam fugir de todos após a festa, despedindo-se dos convidados, o jatinho estava o esperando no aeroporto para partirem para Lua de mel.

— Onde vamos? Não me diga que outra surpresa que não posso ficar sabendo?

Paola perguntou com um tom brincalhão levantando a sobrancelha esquerda com os pés no colo dele de frente a ela que os massageavam.

— É uma surpresa, mas dessa vez prometo não a torturar mais, Senhora Listing. – Ele apertou os pés delicados nas mãos – Estamos voando diretamente para Acapulco.

Paola petrificou e os olhos arregalaram, estava em choque. Em todos os detalhes que Richard planejava para eles era uma surpresa, mas aquilo era demais. Jamais pensou que voltaria ao México um dia.

— Você está falando sério?

— Nunca falei tão sério em toda minha vida, querida.

Paola tirou os pés rapidamente do seu colo e se jogou para ele a segurar em seus braços. Ela o beijava e abraçava. Richard era tão bom para ela. Ele ria entre os espaços de beijos que ela deixava-o respirar. A vida era mesmo muito doce.

 


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Notas finais do capítulo

Não custa um comentario ¬¬



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