A Nova Influência escrita por British


Capítulo 27
A gaiola de ouro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Capítulo novinho saindo do forno! Leiam e comentem ok?



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Sai foi com uma única mala para Londres com Inojin, Kiba e Akamaru. Segundo Ino, um empregado de confiança iria até Konoha buscar o resto de seus pertences, enquanto Gaara se encarregaria de alugar o imóvel. Todas as medidas tomadas para que Sai não tivesse um novo contato com a família Uchiha e dedurasse o paradeiro de Inojin.

Antes da partida para Londres, Ino e Gaara se sentaram com Inojin e lhe explicaram como as coisas seriam dali para a frente. Gaara deu de presente para o Yamanaka um celular e lhe disse que agora teria acesso a internet sem ser vigiado. Ino chiou um pouco, mas Gaara disse que era o certo. O duque também disse ao enteado que a partir de agora Kiba não o acompanharia para todos os lugares, mas que sempre que necessário faria sua segurança. Inojin ficou feliz com a atitude do padrasto e o agradeceu.

 Em troca, Gaara pediu para Inojin não denunciar Ino. Disse que isso arruinaria a vida de todos e só geraria mais sofrimento, o que Inojin concordou. Antes de voltar para Londres, o rapaz abraçou a mãe e lhe pediu para não cometer novos erros, pois segundas chances são coisas raras. Ela assentiu e o deixou partir. Estava livre, pelo menos, teoricamente.

Após a viagem, Inojin olhou para Londres de uma nova maneira. Agora sim poderia recomeçar. Ainda escondia algumas coisas, tinha contado mentiras, mas o rapaz aprendeu que o melhor que poderia fazer agora era seguir em frente. Pelo bem de todos, inclusive, o dele.

Quando Sai pôs os pés no apartamento de Inojin, observou todos os detalhes. Era um apartamento grande, com uma decoração neutra. Inojin disse ao pai que ele ficaria no quarto no fim do corredor, ao lado do seu. Depois de guardar sua mala lá, Sai quis conhecer o quarto do filho. Inojin então abriu a porta e Sai ficou surpreso com o que viu. Na parede, havia uma série de quadros pintados de Sarada. Eram lindos. Nenhum tinha um rosto, mas o traço e as cores denunciavam que era ela quem ele retratava todas as vezes. Aquilo dizia muita coisa. Uma lágrima caiu dos olhos de Sai ao perceber que a história que Inojin havia contato a todos era mentira.

— Você mentiu. – Setenciou Sai ainda admirando os quadros.

— Era necessário, pai. – Inojin colocou a mão sobre o ombro do pai.

— Eu quero que me conte toda a verdade. – Exigiu.

— É o que vou fazer. Só estava esperando o momento certo.

— Continue...

— Bem, a verdade é que minha mãe me sequestrou. – Inojin ouviu Sai xingá-la e então continuou -  Eu não contei nada antes, pois ela me ameaçava. O senhor deve ter percebido que ela é esposa de alguém poderoso. Mamãe perdeu o controle de seus atos, pai. Querendo vigança, ela me tirou de Konoha e me jogou em um colégio interno. No começo, eu a odiei por isso. Com o tempo, passei a sentir pena dela. Mamãe era muito infeliz.

— Sua mãe não tinha esse direito, Inojin! – Disse sério.

— Eu sei. Ela sabe. Mesmo assim, ela foi capaz de me tirar de lá. Primeiro, para te magoar. Segundo, para de alguma forma atingir a família Uchiha. Terceiro, para ter a minha companhia.

— Mas ela te deixou num colégio interno!

— Era um ótimo colégio. Eu me sentia sozinho e queria muito voltar para casa, mas minha mãe sabia que se me tirasse de lá eu tentaria fugir. Então, ela decidiu que era seguro me manter lá até que eu me acostumasse com a nova vida.

— Ela disse que as suas férias eram com ela. Isso era mentira?

— Não, não era mentira. Nas férias, eu sempre ia com ela, Gaara e Shinki para a fazenda. Lá tem um sinal péssimo de telefone, então, mesmo que eu pegasse o celular de Shinki, não conseguiria falar com ninguém.

— Vocês só iam para essa fazenda?

— Não. Eu também fiquei alguns dias no palácio. E, raramente, ela me levava para algum passeio.

— Que tipo de passeio?

— Exposições de arte. Mamãe sempre gostou que eu visse o que estava sendo produzido para me inspirar.

— Ela não foi contra você fazer faculdade de Artes?

— Não, mas ela me ameaçou dizendo que, se eu não fosse obediente, seria obrigado a escolher outra coisa.

— E como veio parar em Londres?

— Quaando eu saí do internato, mamãe queria que ficasse com ela em Paris. No entanto, eu bati o pé e escolhi Londres por causa da  Royal Academy School of Arts.

— E ela deixou?

— Deixou, mas pôs Kiba para me vigiar e fazer relatórios semanais a ela.

— Você tentou fugir?

— Sempre tentava, mas nunca consegui.

— O duque não sabia do sequestro?

— Não, ele não sabia. Mamãe sempre dizia a ele que eu era problemático porque sentia sua falta. Depois ela inventou que você morreu também. Apesar da pose de durão, o duque não é mau. Ele costuma ser justo.

— Não parece justo ele fazer você mentir.

— Pai, ele ama a mamãe. Só quis protegê-la. Sabe qual a pena para quem faz o que ela fez em Suna?

— Não sei.

— Prisão perpetua. Se ela é pega, além de presa, ela perde o casamento dela com o duque.

— Seria um bom castigo para ela.

— Eu também pensei assim por um tempo...

— E não pensa mais?

— Pai, o senhor deve ter percebido que mamãe está diferente. Ela é feliz agora. Ela tem um bom marido que a ama, ela o ama na mesma intensidade e eles vivem em paz. Apesar de repudiá-la pelas coisas que fez comigo, eu não consigo odiá-la. Ela é minha mãe. Eu quero que ela seja feliz também. O senhor pode não entender...

— Não entendo mesmo! Inojin, você viu quantas pessoas ela prejudicou?

— Eu sei. Eu não to tentando amenizar as coisas que ela fez. Eu só to dizendo que eu não quero devolver na mesma moeda sabe? Eu quero seguir em frente. Agora, eu sou livre. O duque fez com que minha mãe voltasse atrás em todas as ameaças que fez e me devolveu a liberdade. Agora, eu posso ficar ao seu lado pai!

— E Sarada?

— Eu perdi Sarada há muito tempo.

— Você a culpou, Inojin!

— Eu sei, mas foi necessário. Os argumentos de minha mãe não estavam tão errados quanto a ela. Sarada não serve pra mim.

— E essas pinturas?

— Não vou mentir para o senhor, eu amo a Sarada. No entanto, eu vi nos olhos dela que esse sentimento não é mais correspondido. Passaram-se três anos. Ela conheceu Shinki. Não a recrimino por ter abandonado a ideia de amor que tinha comigo. As pinturas vão imortalizá-la para mim, mas eu até vou tirá-las da parede. Quem sabe, um dia eu faço uma exposição com elas?

— O que pretende fazer agora?

— Ficar aqui em Londres até me formar e depois irmos para outro país talvez.

 

[...]

 

Quando Inojin estava trancado no quarto pintando, Sai e Kiba ficaram sozinhos na sala. Kiba estava no chão, brincando com Akamaru e Sai no sofá assistindo à televisão. Então, quando o jornal que estava vendo acabou, o pai de Inojin decidiu fazer algumas perguntas sobre a rotina de seu filho. Ainda não tinham falado sobre tudo e, na verdade, Inojin não gostava muito de falar sobre os anos em que ficou preso no internato.

— Kiba, há quanto tempo você trabalha para a família Sabaku no Akasuna? – Perguntou Sai.

— Há quatros anos, senhor. – Respondeu Kiba ainda acariciando a barriga de Akamaru.

— Antes de fazer a segurança de Inojin, o que fazia para eles? – Perguntou curioso e Kiba se afastou de Akamaru, sentando-se ao lado de Sai no sofá.

— Ajudava na segurança da fazenda.

— Você conheceu Inojin assim que Ino o levou?

— Na verdade, não. Como eu disse ao senhor, eu ficava na fazenda. Só via Inojin nas férias.

— Você via meu filho sendo maltratado?

— Senhor, seu filho não era maltratado. É claro que ele estava emocionalmente abalado, mas a duquesa deu uma boa vida a ele. Sempre brinquei com Jin que a gaiola dele era de ouro.

— O que você acha do desejo de Inojin não denunciar Ino? Eu estou em dúvida sobre ir à polícia ou não. – Confessou Sai.

— Eu entendo o garoto. Jin ama a mãe apesar de tudo. Ele não concorda com o que fez. Ele acha errado e feio, mas, mesmo assim, ele é puro e bom. Isso faz o seu filho não querer revidar. Acho nobre. Se quer um conselho, ouça o pedido de seu filho. Denunciar a duquesa arruinaria muitas vidas. – Disse Kiba.

— Você acha que o duque seria capaz de livrar a cara dela?

— Não, se você levar o caso a polícia, ela será presa. Em Suna, a pena dela seria prisão perpétua. Acho que Jin não quer ser responsável por isso.

— Mas e todas as maldades que ela fez a ele?

— Jin perdoou. Seu filho tem um bom coração. Aprendi muito com ele.

— É. Acho que por um lado você tem razão.


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Notas finais do capítulo

Entãoooo, o que acharam do capítulo dessa vez? Acham que a Ino vai mesmo sair impune? Ou será que ela não vai aproveitar a segunda chance que foi dada? Bjs e até o próximo capítulo ♥



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