A Nova Influência escrita por British


Capítulo 18
Um pedido especial


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Esse capítulo traz Inojin pra quem tava sentindo falta dele! Depois me digam o que acharam viu? Boa leitura!



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O sol já tinha sumido e tons escuros cobriam o céu, quando Kankuro voltou ao apartamento e encontrou Shinki pensativo. O menino estava sentado próximo à janela, assistindo ao ir e vir dos carros e mal percebeu quando o segurança o encarou.

— O que eles queriam? – Questionou Kankuro.

— Me fizeram lembrar que não sou dono da minha vida. – Resmungou.

— Como?

— Meu pai me lembrou que um dia vou ter que terminar com a Sarada e isso nem foi o mais grave. Você sabe a verdade sobre o Jin?

— Depende do que eles te contaram.

— Eles contaram tudo. É estranho admitir que o meu pai virou cúmplice daquela mulher.

— Cúmplice?

— Ah, Kankuro... você também não sabe né? Melhor não saber mesmo. É muita sujeira.

— Seja lá o que for o que eles te contaram, haja com seu coração que é sábio Shinki! Sei que tomará a decisão certa. – Kankuro tentou animá-lo.

— Será que eu saberei?

— Tenho certeza que sim!

 

[...]

 

Ino estava ansiosa. Queria resolver logo aquele tormento. Segundo Gaara, após a conversa que teria com Inojin, eles conseguiriam resolver a situação sem armar um grande escândalo. No entanto, Ino sabia que não seria tão fácil. Inojin pensaria em escapar e, por isso, ela precisava ameaçar o filho mais uma vez. Se lhe lembrasse sobre o mal que ela poderia fazer a Sai ou a Sarada, o garoto permaneceria quieto. Essa era a única arma que tinha e não teria medo de usá-la. Chegando a Londres com Gaara, Ino pediu para conversar a sós com o filho primeiro. Então, quando chegaram ao apartamento do garoto, eles dispensaram Kiba. Gaara foi dar uma volta com o segurança e deixou Ino com Inojin.

— Por que está aqui? – Questionou Inojin ao ver a mãe inquieta.

— Preciso que coopere comigo.

— Em que?

— Gaara já sabe que eu te sequestrei e ele quer dar um jeito para que essa história não o prejudique. Não seria nada bom que a duquesa estivesse envolvida em um escândalo.

— Se você está dizendo isso é porque estavam perto de me descobrir certo?

— Errado. Ninguém sabe do seu paradeiro. Tudo continua igual, mas, para que continue assim, vou precisar que você me ajude.

— Mãe, eu não vou ajudar.

— Não vai? Então, eu vou ter que cumprir minha promessa de acabar com a raça do Sai e, é claro, da doce Sarada também. Sabia que a vi esses dias? Estava tão bonita e cheia de vida... Fiquei pensando no caminho até aqui de que formas posso torturá-la... – Disse Ino.

— Você a viu? Como?

— Querido, o que importa aqui é que ela seguiu em frente. Você deveria fazer o mesmo, por isso, deveria me ajudar. Além disso, manter seu pai e essa garota a salvo é tudo que você quer não é mesmo?

— O que quer dessa vez?

— Dessa vez não é algo simples. Quando Gaara voltar, ele explicará melhor. Mas, por hora, o que deve saber é que falará com seu pai por Skype. Uma chamada de vídeo.

— Você vai deixar que eu fale com ele?

— Sim, é necessário. Não gostaria de fazer isso, mas Gaara acredita ser o mais prudente. Nessa chamada de vídeo, você falará para o seu pai que fugiu por conta própria, entendeu? Eu e Kiba estaremos presentes na hora para que você não se emocione demais e estrague tudo entendido?

— Você quer que eu minta?

— Eu quero que você coopere comigo. Sai precisa entender que você está comigo por vontade própria, mas você dirá isso aos poucos nessa primeira ligação.

— O que eu direi?

— Dirá que fugiu porque percebeu que Sarada estava apaixonada por Boruto. Dirá que foi até a festa de aniversário dela e que quando chegou a observou dançando com Boruto de longe e aí decidiu ir embora. Vai dizer que pegou uma carona com um estranho e parou numa cidade vizinha onde ficou por alguns dias.

— Não vai colar. Meu pai sabe que eu não fugiria. – Interrompeu Inojin.

— Um garoto com um coração partido é capaz de fugir. Você dirá que ficou decepcionado e decidiu recomeçar. Enfim, você contará que está bem, que está estudando e dirá que voltará a falar com ele e que ele não precisa se preocupar.

— Ele vai perguntar por que eu demorei tanto tempo para entrar em contato. – Disse Inojin.

— Eu sei. Teremos uma explicação para isso. Você dirá que não queria ter contato com nada que te fizesse lembrar de Konoha, que precisava de um tempo sozinho.

— Meu pai vai perguntar se você está envolvida nisso.

— Eu sei que vai. Por isso, você irá dizer que agora está comigo. Que fugiu de casa para ir atrás de mim após entender que Sarada não era a mulher certa pra você. Dirá ao Sai que você sempre falou comigo durante todos os anos que eu estive ausente e que mentia para que ninguém soubesse de mim. Então, dirá que gastou o dinheiro que lhe restava para me pedir ajuda e eu, como boa mãe que sou, fui te socorrer.

— Você acha que o meu pai vai acreditar nisso?

— É melhor que você seja bastante convincente querido.  Ou...

— Ou você manda matar o meu pai e Sarada.

— Adoro ter um filho inteligente que sabe bem do que eu estou falando. – Sorriu.

— Farei o que você pede, mas quero que me responda com sinceridade uma pergunta.

— Ok.

— Por que está fazendo isso?

— Bem, só vou contar porque acho que a verdade te abrirá os olhos sobre quem a Sarada é de verdade. Precisamos fazer isso porque sua ex-namorada agora está saindo com Shinki. Enfim, ela foi apresentada a Gaara nos últimos dias e o namoro é sério. Como ela está tão próxima de minha família, eu precisava ficar mais atenta. Alguma hora ela será apresentada a mim e ela me fará perguntas sobre você. Se já souberem que você está comigo, será mais fácil do que se ela contar isso ao Sai e ele imaginar que eu te sequestrei ou coisa parecida. Eu não queria fazer isso, mas Gaara acredita que é melhor manter tudo às claras. Se falarmos a eles que você fugiu porque quis, eu me torno inocente.

— Eu vou poder falar com a Sarada?

— Não, querido. Quando for falar com Sai, acredito que ele vá tocar no nome da garota, então quero que você diga a ele que não quer saber dessa menina nunca mais, pois ela o magoou. Fale que sabe sobre o namoro dela com Boruto e que é melhor para todos que essa história permaneça esquecida. – Concluiu Ino.

— Sarada vai descobrir que eu estou vivo, então ela vai querer falar comigo.

— Já ouviu aquela expressão que querer não é poder? Então, querido, ela não poderá. Mesmo que queira muito, Sarada permanecerá longe de você. Com sorte, o namoro dela com Shinki também acabará logo e me livrarei dessa garota.

— Já entendi que não terei contato com Sarada, mas e com meu pai? Após falar com ele por videoconferência, vou poder vê-lo?

— Sinceramente, não gostaria que fosse possível, mas Gaara conversou muito comigo e ele acha que seria melhor que você voltasse a ver o seu pai. Mas já aviso que será algo esporádico.

— Em que ocasiões?

— Férias, aniversários e natais. Mesmo assim, existirá a condição de nunca ser em Konoha. Vocês terão que se encontrar em Paris.

— Por que não aqui?

— Porque você mora em Londres e não quero que Sai saiba onde pode te encontrar.

— É ridículo que você mantenha essa sua vingança, porque quem mais sofre sou eu.

— Querido, eu sei que é difícil para você, mas tenha certeza que Sai e Sarada sofreram mais. Além disso, ao atingir Sarada, eu também atingi o Sasuke e isso foi maravilhoso pra mim.

— Mas você disse que Sarada seguiu em frente.

— Sim, ela seguiu, mas ela vai se sentir tão culpada ao pensar que você fugiu por causa dela e do Boruto. Isso vai trazer mais sofrimento a eles e isso é tudo que eu quero. Sugiro que você siga em frente aqui em Londres. Assim, ao se desapegar do seu passado, poderá viver em paz.

— A única coisa boa é que agora vou poder ver meu pai de novo.

— Eu não sou tão carrasca quanto você pensa Inojin.

— Você é sim. Tudo o que você faz é pensando apenas em você. Tenho pena do seu marido.

— Gaara me ama e adora você. Ele se esforçou ao máximo para ser um bom padrasto para você nos últimos anos.

— Gaara é um bom homem. O único erro dele é amar alguém como você e sempre ceder aos seus caprichos.

— Daqui  pouco Gaara chega. Seja obediente, ok?

— Ok. Eu não tenho outra escolha mesmo.

 

[...]

 

— Acredito que sua mãe tenha lhe contado o nosso plano, certo? – Perguntou Gaara assim que voltou ao apartamento de Inojin.

— Sim, ela deu todas as coordenadas do que eu devo fazer.

— Jin, sei que deve ter sido complicado quando sua mãe lhe tirou de Konoha, mas tudo que ela fez foi em nome do grande amor que tem por você. Ela errou e agora vamos tentar corrigir isso. Quando for falar com seu pai, não diga que sua mãe te sequestrou. Isso só traria problemas para todos nós.

— Eu já entendi, Gaara. Minha mãe explicou como devo agir. Não se preocupe. – Disse Inojin.

— Querido, Jin é um menino maravilhoso. Ele sabe que estamos fazendo nosso melhor.  – Disse Ino.

— Quando eu falarei com o meu pai? – Perguntou Inojin.

— Amanhã. – Respondeu Ino.

— Jin, você sente falta do seu pai? – Perguntou Gaara e Ino olhou feio para o filho.

— Sinto, duque. – Confessou Inojin timidamente.

— Sua mãe sente muito por tê-lo afastado de você. – Disse Gaara.

— Foi um mal necessário. – Defendeu-se Ino.

— Agora vamos reparar isso, Jin. Saiba que, apesar de não ser seu pai biológico, eu o tenho como um filho. – Avisou Gaara.

— Agradeço a consideração, duque. – Disse Inojin acanhado com a mãe os observando.

— Não precisa agradecer. Bem, Ino ficará com você pelos próximos dias, mas eu preciso ir embora. Tenho uma reunião com Sasori. – Informou Gaara.

— Querido, nos encontramos em casa. – Despediu-se Ino, beijando Gaara rapidamente.

— Pode me ligar a qualquer hora viu Ino? – Respondeu Gaara abraçando a esposa.

— Eu sei, amor. – Respondeu a loira e acompanhou Gaara até a porta.

— Até mais, Jin. – Despediu-se Gaara.

— Até. – Respondeu Inojin.

— Agora somos só nós dois. – Disse Ino.

— Errado. Somos nós dois, Kiba e o Akamaru.

— Vocês têm se dado bem?

— Kiba não é tão ruim quanto eu pensava, mas ainda detesto o cachorro.

— Ah, logo vocês serão amigos. Tenho certeza. Jin, quando for falar com Sai não comente nada sobre meu marido e Shinki. Sei que em breve isso não será mais segredo, mas prefiro que fique assim por enquanto.

— Tudo bem. Mãe, posso te pedir uma coisa?

— O que?

— Um dia eu serei livre?

— Jin, você é livre. Eu não te mantenho preso aqui.

— Mas me mantém vigiado.

— É segurança. Só isso. Shinki também anda assim sabia? Não é exclusividade sua. A única coisa que eu te peço é que não vá a Konoha nem fale com as pessoas do passado. Mas você pode conhecer novas pessoas. Minha intenção sempre foi que você construísse uma nova vida, querido.

— Não é o que parece.

— Seu problema é que insiste em ter vínculos com seu passado.

— Shinki sabe sobre mim e Sarada?

— Ele soube esses dias. Eu e Gaara tivemos uma conversa com ele também.

— Eles estão apaixonados?

— Estão, querido. Eu já te disse que essa garota nunca amou você de verdade. Sarada só brincou com seus sentimentos. Ela sofreu, mas, assim que você desapareceu, ela não demorou a cair nos braços de Boruto  agora está com Shinki. Siga em frente também.

— Eu vou seguir.

Inojin não pregou o olho aquela noite. Estava ansioso para falar com seu pai. Sentia muita falta dele. Não gostaria de mentir para Sai, no entanto sabia que precisava para protegê-lo. Ino era louca e levaria aquela vingança até o final por mais egoísta que fosse.

Durante a madrugada, ele pensou sobre Sarada também. Ficou se perguntando se a garota era feliz ao lado de Shinki ou se ainda havia algum espaço para si dentro daquele coração. Há tantos anos esperava por ela que achava injusto não ter forças para lutar por esse amor. Quando os primeiros raios de sol atravessaram a janela, Inojin ainda mantinha seus olhos na janela do quarto. Então, Kiba bateu na porta e em seguida entrou.

— Bom dia, Jin. Não dormiu? – Questionou Kiba.

— Não consegui. Hoje o dia será cheio. – Respondeu Inojin.

— Sua mãe já está na cozinha tomando café. Não sei porque, mas ela também caiu da cama. Acordei com os gritos dela pedindo para Akamaru ficar longe. – Disse Kiba.

— Ela não gosta de cachorros também. Na verdade, de nenhum animal. – Informou Inojin.

— Agora eu sei a quem você puxou.

— Kiba, eu só sou parecido com a minha mãe na aparência. Por dentro, sou como meu pai.

— A Duquesa comentou algo sobre você ligar para o seu pai hoje. Sinceramente, eu pensava que você nem tinha um. – Comentou Kiba.

— Meu pai é um bom homem. Não mereceu nada do que a minha mãe fez a ele.

— Sem querer ser intrometido, mas já sendo... O que a Duquesa fez ao seu pai?

— Primeiro, o traiu por anos. Depois, me sequestrou. Acha pouco?

— É. Não é pouco. Mas que história é essa de sequestro?

— Ela me tirou à força do lugar onde eu morava com meu pai e hoje em dia me ameaça. Agora, como a minha ex-namorada está namorando Shinki, ela ficou com medo que descobrissem a verdade e contou tudo ao Duque, que agora a obrigou a me reaproximar do meu pai.

— Isso foi bom, não?

— Um pouco. Pelo menos, vou poder ver o meu pai. Mas, ainda assim, terei que mentir pra ele.

— Se você não a obedecer e contar a verdade, o que acontece?

— Meu pai e minha ex-namorada morrem.

— Será que a Duquesa seria capaz de matar?

— Quem disse que ela é que vai matar? Ela seria só a mandante.

— Bem, vamos logo que a Duquesa está esperando.

— Ok.

Na parte da tarde, Ino ensaiou com o filho uma nova conversa. Ela gostaria que Inojin falasse com propriedade sobre toda a fuga para que Sai não duvidasse de suas palavras. Ele precisava ser convincente. Sabia que seria algo difícil, mas esperava que conseguissem.

— Acho que agora você está pronto. Vamos ligar para o seu pai? – Perguntou Ino.

— Vamos. – Respondeu Inojin.

 

[...]

 

Em Konoha, as coisas continuavam como sempre. A vida de Sai nos últimos anos se resumia em trabalhar. O homem focou toda sua força na única atividade que ainda lhe dava alguma paz, porque todo o resto era um eterno tormento. Toda vez que Sai colocava os pés em casa as lembranças do filho o perseguiam. Será que Inojin estava mesmo morto? Toda noite ele rezava para que não. Sai esperava que seu filho estivesse bem, mesmo que todos os indícios apontassem ao contrário.

Nos primeiros meses, acreditou que aquilo fosse coisa de Ino, que se a encontrasse o mistério se resolveria, mas nem isso Sai conseguiu. Ele se sentiu tão fracassado ao falhar. Todos os dias se culpava. Dizia para si mesmo que se tivesse tomado conta de Inojin de uma forma melhor nada disso teria acontecido. Sai estava com o notebook aberto e o Skype conectado quando uma chamada de vídeo mudou sua vida.

— Não pode ser...

Sai se assustou ao ver o nome de Inojin aparecer na tela. Primeiro, pensou que fosse algum hacker que tinha invadido a conta do filho, mas, meio segundo depois, passou a considerar que havia alguma chance – por mais baixa que fosse – de ser Inojin. Num impulso, atendeu à chamada e ao ver os olhos azuis do filho, começou a chorar enquanto acariciava a tela.

— Pai...

Inojin chamou, mas Sai não sabia nem o que responder. Continuou chorando como se aquilo fosse uma alucinação. Enquanto isso, Inojin controlava seu choro. Embora também estivesse emocionado, Ino havia lhe dito para ser forte e não chorar. Então, o rapaz estava engolindo seus sentimentos.

— Pai, fala comigo, por favor? – Pediu Jin.

— Você está vivo! Isso é um milagre! – Disse Sai com a voz chorosa e as lágrimas ainda rolando por seus olhos.

— Sim, pai! Eu estou vivo, estou bem! Peço perdão por não ter ligado antes, mandado notícias! Eu precisava desse tempo. – Começou Inojin.

— Como você sumiu sem deixar nenhuma pista? O que aconteceu filho?

— No dia da festa, eu descobri que Sarada ainda era apaixonada pelo Boruto e surtei. Queria ficar longe de tudo por um tempo e aí fugi. – Simplificou.

— Então, você foi a festa? Como? Ninguém te viu? Não é possível!!!

— Fui. Cheguei atrasado, mas quando cheguei lá vi Sarada dançando com Boruto. Ela o colocou no meu lugar. Não aguentei ver aquilo e quis partir.

— Mas pra onde você foi? Por que ficou três anos sem dar nenhuma notícia? Pensamos que o pior tinha acontecido, filho! - Sai ainda chorava.

— Bem, eu não sabia que ia ficar tanto tempo sem dar notícias. Inicialmente, seria só por alguns dias, então peguei uma carona até uma cidade vizinha. Mas...

— Mas o que?

— Eu não tinha muito dinheiro na carteira, então liguei para a minha mãe e pedi para que ela fosse me buscar onde eu estava.

— Sua mãe? Mas você não tinha contato com a Ino! - Surpreendeu-se.

— Errado, papai. Minha mãe nunca deixou de me ligar, ela só pedia para que eu não lhe dissesse nada sobre o assunto para mantê-la distante de você.

— Então, todos esses anos você estava com a sua mãe?

— Sim, ela cuidou de mim esse tempo todo.

— Foi ela que não permitiu que você falasse comigo, filho? Foi isso? – Questionou Sai e rapidamente o menino olhou para Ino, que lhe fez um sinal positivo.

— Mamãe achou que seria melhor não termos contato por um tempo e aí me colocou num colégio interno. Nem se eu quisesse muito, poderia falar com o senhor.

— E agora você já pode falar comigo ou ela te fez prisioneiro? Por que eu posso tirar você daí... Aliás, onde você está morando mesmo?

— Pai, eu sou livre. Estou ligando, justamente, porque acabei de me estabelecer após sair do colégio interno. Vamos poder nos falar, nos ver...

— Quando poderei te ver? Me dá um endereço e eu vou! Amanhã mesmo eu vou!

— Terá que ser apenas nas minhas férias da faculdade. Pode ser? Só faltam algumas semanas. Até lá, podemos nos falar por Skype. – Informou Inojin.

— Preciso te ver, filho! Já esperei tanto tempo não é mesmo? Mas só de saber que você está bem, estou mais aliviado. Algo sempre me disse que tinha dedo da sua mãe nessa história...

— Ela não fez por mal, pai.

— Inojin, fugir não foi algo bom. Todos nós sofremos. Foi injusto comigo, com Sarada... Sei que você acha que ela estava apaixonada por Boruto por causa do que viu, mas ela sofreu muito com o seu desaparecimento. Ela e o Boruto só começaram a namorar dois anos depois do seu sumiço.

— Ela não sofreu mais do que eu. Aliás, não quero ter notícias dela.

— Filho, vou contar a todos que você está vivo.

— Tudo bem. Pode contar, mas, eu não quero ter contato com ninguém mais além de você; Comecei uma nova vida. Deixei o passado para trás.

— Você e Sarada precisam conversar também.

— Não, não precisamos, pai. Olha, eu tenho que desligar... Por favor, me perdoe por toda dor que eu causei. Nunca foi a minha intenção fazer você sofrer, pai. Amanhã nos falamos de novo está bem?

— Se cuide, meu filho. Eu to muito feliz de te ver. Sei que esse seu afastamento é culpa de sua mãe. Quero falar com ela outra hora.

— Ela não mora aqui perto, temo que terão que conversar em outra oportunidade.

— Inojin, eu te amo filho.

— Eu também te amo pai. Senti muito sua falta nos últimos três anos. – Confessou e deixou uma única lágrima rolar antes de desligar a chamada de vídeo.

— O Sai é patético. – Comentou Ino assim que a chamada foi finalizada.

— Ele sofreu com tudo isso.

— Bem, pelo menos ele não desconfiou de um sequestro, o que é ótimo. Sai está acreditando que você foi motivado a sumir por causa dos ciúmes que sentia de Sarada com Boruto.

— Mas ele sabe que tem dedo seu nessa história.

— Ele só acha que eu te influenciei. Não sabe que você está aqui à força e quero que permaneça assim.

— Amanhã ele deve insistir de novo para ter meu endereço. O que eu falo?

— Filho, dê o meu endereço em Paris. É lá que vamos marcar o encontro de vocês. E, por garantia, eu e Gaara estaremos lá.

— Claro. Nem quando eu for ver o meu pai vou deixar de ser um prisioneiro.

— Anime-se, Jin! Vai ver o seu pai! Eu jurava que nunca mais você ia pôr os olhos nele. – Ironizou Ino.

— Quero ficar sozinho. Pode ir embora? – Pediu Inojin.

— Posso, querido. Kiba, fique de olho nele. – Ordenou Ino.

— Claro, duquesa. – Assentiu o segurança, Ino abraçou o filho e se foi.

— Agora você me entende, Kiba? – Questionou Jin.

— Eu não imaginava uma história assim. Sinto muito, Jin. – Lamentou Kiba.

— Você não pode me ajudar a fugir?

— Infelizmente, não. A duquesa me puniria se eu o ajudasse. O máximo que posso fazer é deixá-lo falar com seu pai mais vezes. Mesmo assim, peço que não conte a verdade a ele. Assim você poria em risco a segurança de todos nós. – Alertou Kiba.

— Você também acha que a minha mãe é capaz de mandar matar alguém?

— Já vi o duque mandando matar um inimigo. Acredito que a duquesa tenha aprendido a lidar com situações extremas como essa da mesma forma. É melhor ter cuidado para preservar a vida de todos. – Aconselhou Kiba.


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Notas finais do capítulo

Pai e filho se viram! Ainda não foi pessoalmente, mas já é um passo rumo à verdade não é mesmo? Comentem! Bjs e até o próximo capítulo! ♥



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