Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 54
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Kiara Fernandez

Nós nos jogamos na grama e relaxamos, como não fazíamos a tempos.

— Quanto tempo até nossas mães acordarem? – pergunto olhando para a morena ao meu lado, que acariciava a barriga.

— Acho que duas horas, mas tudo bem, estamos na frente e é quase hora de acabar – Sky dá de ombros – já ganhamos.

— Finalmente vamos ganhar – Clara fala animada.

— Não se precipite demais lindinha, alguém ainda pode nos ferrar – Lydia fala, mas sua postura demonstrava que estava totalmente tranquila.

— Como os meninos reagiram? – pergunto curiosa.

— Hayes fez um escândalo pela camisa – Sky ri e nega – ainda ameaçou contar ao Jack que desci pela janela, quando na verdade, desci de escadas.

— Cameron me gritou muito – Angel ri e nega, parecendo lembrar de algo.

— Louis nem ligou – Stacy dá de ombros.

Uma gritaria se iniciou dentro da casa e logo os homens começaram a correr lá dentro, nos fazendo rir quando eles passaram pela porta e um balde de tinta rosa caiu sobre alguns.

— Sugiro que corram se não quiserem fazer o jantar – Skyler grita e nós levantamos e saímos correndo.

 

Jade West

Assim que chegamos na sala o placar estava a favor do esquadrão animal, bem, pelo visto os homens estavam perdendo de lavada, em poucas horas que fomos pegas pelo gás do sono, contrabandistas.

— Pelo visto elas estão reforçadas esse ano – falo rindo.

— Acho que os homens vão fazer o jantar esse ano – Mar comenta, se jogando no sofá.

Eu e as outras fizemos o mesmo e logo levantamos correndo, olhando para o sofá e vendo minhocas passearem por alo.

— Eca, que nojo – Mia faz cara de nojo e eu rio negando, ela nunca se acostumaria a aquilo.

— Bem-vindas de volta – Bruna grita e passa correndo, subindo as escadas.

— Ainda estamos em vantagem – Pardo fala negando, pois pela porta os marmanjos surgiam um a um, alguns sujos de tinta e outros com grama na cabeça.

— Pelo visto seu tempo acabou – Cat anuncia.

Não demorou muito para o esquadrão animal entrar em casa gritando e fazendo uma festa.

— Pera aí, cadê seu pai Lydia? – pergunto para minha filha, que tinha um sorrisinho travesso nos lábios.

— Pendurado na arvore, com o tio Thiago e o tio Rama – ela dá de ombros e eu nego, semicerrando os olhos – okay, vou soltar ele.

Ela dá de ombros e sai dali com a Kiara e a Angel.

— Já que também perdemos, como fica a divisão? – Vale pergunta.

— Os super fracos com o jantar e vocês com a limpeza e arrumação de casa – Skyler dá de ombros.

— E vocês vão fazer o que? – Jaz pergunta curiosa, já que Skyler já estava caminhando para a escada.

— Dormir – Crystal que responde, dando de ombros e indo atrás da cunhada.

 Nego e a Tori sai animada, nunca vi alguém animada para limpar a casa, credo.

 

Roberta Pardo

Mais tarde...

— Meu bem – chamo e a ruiva me olha confusa – porque não vai se arrumar logo? Estão quase todos prontos – acaricio seus cabelos e a vejo dar um sorriso triste, eu sabia que era saudade do avô, Madison sempre foi apegada demais a ele – meu tesouro, não fique assim, sabe que seu avô sempre gostou muito de celebrar entre a família, e sabe que ele não gostava do pardal dele triste.

— Eu sei – ela sorri e aprecia o carinho que deixo em seus cabelos.

— Vida – Hayes aparece na porta da varanda e sorri torto, meio desconcertado por interromper – desculpe, eu volto depois.

— Não querido, tudo bem – o chamo de volta, fazendo ele se aproximar um pouco mais – eu preciso ir – deixo um beijo na bochecha dela e uma na dele, logo saindo dali.

[...]

— Eles formam um belo casal – Diego fala me abraçando por trás.

— Fico tão feliz que eles estejam juntos – sussurro, apreciando o balançar que meu marido impunha nos nossos corpos, não havia música, não precisávamos, eu adorava essa mania dele.

— Deveríamos ter outro filho – ele diz e eu gargalho, lhe deixando um tapa fraco no braço que estava embaixo dos meus – é sério amor, Mad está adulta já, a casa fica tão vazia.

— Dih – faço um biquinho e ele sorri bobo.

— Tudo bem, nada de filho – ele me deixa um beijo na bochecha, ainda parecíamos adolescentes apaixonados – eu te amo.

— Eu também te amo – me viro para ele, encaixando perfeitamente os nossos corpos naquele abraço calmo.

 

Marianella Rinaldi

— Sogrinha – ouço e me viro, dando de cara com o moreno de olhos azuis.

— Oi meu bem – sorrio – precisa de algo? – franzo o cenho, não que o Jack não tenha o costume de me chamar assim, na verdade ele é muito próximo, mas algo em seu semblante me diz que ele precisa de alguma coisa.

— Pode me ajudar com uma coisa? – ele pergunta coçando a nuca, estava um pouco tenso, por isso pego em suas mãos e o faço sentar ao meu lado no sofá – eu tenho um presente especial para a Sky, mas é algo muito importante para deixar de baixo da arvore.

Era costume deixarmos todos os presentes de baixo da arvore, com o nome de cada pessoa que deveria recebe-lo.

— E quer saber como dar esse presente a ela sem que seja só mais um presente de Natal?

Ele sorri envergonhado e assente lentamente.

— Bem, ela está no banho ainda, então você pode deixar na cama dela, antes de descerem para a ceia – sugiro e ele parece pensativo – seja o que for, ela vai adorar, não importa o momento em que abra Jack.

Ele assente com um sorriso bobo nos lábios, logo agradece, me deixa um beijo na bochecha e sai andando, na direção ao andar de cima. Rio comigo mesma, e levanto, dando de cara com meu marido parado no arco entre a sala e a cozinha.

— Temos sorte da Sky ter ele – Thiago fala e vem me abraçar – nossa menina agora vai ser mãe, e logo a Angel também criará a própria família, é ruim querer que minhas filhas voltem a ser crianças?

— Elas cresceram e estão vivendo a vida delas – lhe deixo um beijo na pontinha no nariz e ele sorri.

— Falando nisso, eu tenho um presente para você – ele diz e eu franzo o cenho, já tinha visto que meu presente estava na arvore, eu ganharia outro?

— Mais você já colocou na arvore – falo confusa.

— Esse presente é especial, envolve nosso quarto, nossa cama...

— Thiago – me exalto rindo e lhe dou uma tapa no braço – fala baixo, a Rubi pode estar por aí.

Ele me deixa um beijo na testa e sai correndo, me fazendo negar, esse homem é doido.

 

Alice Albuquerque

Passo pela porta do quarto do Cameron e lá estava ele, largado no chão, com uma garrafa de Vodka na mão e os olhos fechados. Eu juro que ainda mato esse moleque beberão, nunca vi, que vicio de bebida. Adentro o quarto e o sacudo, fazendo-o abrir os olhos e piscar algumas vezes, confuso, definitivamente bêbado.

— O que houve mãe? – ele pergunta grogue, fechando os olhos novamente.

— Você não tem vergonha na cara – arranco a garrafa da sua mão e deixo um tapa em seu peito, o fazendo esfregar o lugar com uma careta e logo se esforçar para sentar – antes da ceia de Natal, no que estava pensando?

Ele deixa um suspiro doloroso escapar e sua cabeça abaixa, por um segundo eu achei que ele estava dormindo, mas quando ouvi seu soluço baixo, percebi que ele estava chorando. Suspiro cansada e me sento ao seu lado, trazendo-o para perto de mim.

— Desculpa mãe – ele sussurra e eu apenas assinto, deixando que ele se aconchegue no meu colo, enquanto faço carinho em seus cabelos.

— O que está havendo Cam? Não pode ficar bebendo assim, sabe que não resolve problemas, só os acumula.

— Lydia é uma muralha mãe, me machuca tanto – ele fala meio embolado, tanto pelo choro, quanto pela bebida.

— Vocês terminaram?

 — Não exatamente – ele suspira e limpa algumas lagrimas com o dorso da mão – mas eu... eu não sei o que fazer, ela é tão difícil de lidar.

— Você a ama?

Ele me olha confuso, como se eu tivesse lhe dito um absurdo, bem, poderia parecer.

— Me responda, você a ama?

— Mais é claro que sim.

— Acha que tudo que há entre vocês, vale a pena ser cultivado? Existe amor, companheirismo, cumplicidade, respeito?

— Sim mãe, mas não entendo o que quer dizer – ele fala com o cenho franzido, agora me olhava de baixo.

— Cameron, o amor é importante para o relacionamento, você não mantem alguém ao seu lado se não ama, mas também o amor não é suficiente para suportar tudo, por isso deve haver outras qualidades – respiro fundo e o vejo assentir – se ela estende esse muro entre vocês e você não consegue enxergar o outro lado, então escale, ache uma forma e trazê-la até você e se isso não for suficiente, então bem... você vai saber que é a hora de parar de se esforçar tanto.

Ele assente pensativo e eu apenas fico ali, lhe dando carinho, o deixando absorver minhas palavras.

— Agora já para o banho – lhe dou um beijo na testa e o ajudo a levantar, com ele grunhindo de dor de cabeça, nem bebeu direito e já está assim, que lastima esse meu filho.

Ele caminha até o banheiro e eu me encaminho para a porta, mas antes que eu saísse, Cameron me chamou, me fazendo olhar para ele com o cenho franzido, seu sorriso era lindo, enérgico, quase nostálgico.

— Obrigada – ele murmura e eu assinto, deixando seu quarto e fechando a porta.

 

Roberta Messi

Clover passa saltitando e depois volta correndo, me deixando um beijo estalado no rosto.

— Feliz natal mãe – ela diz alegre e eu franzo o cenho para ela.

— Não tenho dinheiro, o que você aprontou agora? – pergunto desconfiada.

— Eu? Eu nem apronto – ela me dá outro beijo na bochecha e sai andando.

Franzo o cenho e continuo meu caminho até o andar de baixo, as vezes eu acho que minha filha perdeu um parafuso quando caiu de bicicleta.

— O que a Clover tem? – Diego me pergunta, assim que eu termino de descer as escadas, ele parecia tão confuso quanto eu.

— Não faço ideia – dou de ombros e realmente não fazia, quem entende essa garota?

— Mãe – Gabrielle chama alegre e eu a olho curiosa.

— O que houve meu amor? – pergunto me agachando para ficar na sua altura.

Gabi tem apenas cinco anos, a adotamos e ela se deu muito bem se adaptando a nossa família enorme. Ela e Rubi se dão muito bem, apesar de ser um pouco tímida.

— Clover me deu uma boneca de presente, mas ela disse que ainda não é meu presente de Natal – ela diz fofa, mostrando a boneca, me fazendo sorrir, Clover ama essa boneca, a única que nunca me deixou doar – eu nunca ganhei presente de Natal e agora estou ganhando dois.

Sorrio triste e a abraço com cuidado.

— Você terá muitos presentes e muitos natais meu bem, mas sabe o que não vai deixar de lhe faltar nunca? – pergunto a olhando, enquanto fazia um carinho nos seus bracinhos.

— Amor?

Meus olhos se enchem de lagrima, não esperava essa resposta, na verdade eu pensei em família, mas para mim é a mesma coisa.

— Exatamente meu anjo – lhe deixo um beijo na testa.

— Gabi, vem brincar – Rubi chama e Gabrielle sai correndo, depois de me dar um beijo na bochecha.

Me levanto e o Diego volta a encostar em mim.

— É a primeira boneca que demos a Clover de Natal – Diego fala e eu assinto com um sorriso.

— Ela não desgrudava da boneca, porque será que deu a Gabi?

— Porque agora ela é minha irmã – Clover fala e nós viramos a vendo parada na escada – quero que ela se sinta amada, acolhida, que ela tenha uma boa infância, como eu tive, quero ser uma boa irmã mais velha.

— Nós te amamos – Diego fala e abre os braços, tendo a Clover se encaixando ali, como a menininha do papai, isso ela sempre seria, não importa que idade tenha – feliz natal pimpolha.

— Feliz natal – ela sorri.

 

Jade West

— Achei que já estivesse se arrumando – falo, entrando na cozinha e me deparando com uma Lydia, sentada no banco, com um copo de agua na mão, enquanto olhava para o nada.

— Já vou me arrumar, eu só vim... – ela levanta o copo e suspira – beber agua.

— Beber agua, ou admirar o copo? – pergunto sarcástica e ela me encarava confusa – o que você tem?

— Nada – ela sorri fraco e levanta – nos vemos daqui a pouco.

Me dá um beijo na bochecha e sai, passando pela Alice no caminho e lhe lançando um sorriso mínimo. Assim que vi o que tinha na mão da Alice, franzi o cenho confusa.

— Desde quando bebe destilada? – pergunto rindo.

— Eu não bebo, mas o Cameron bebe – ela fala insatisfeita e deixa a garrafa sobre o balcão – ele e a Lydia não estão bem e o Cameron sempre se afoga na bebida porque acha que assim ele pensa melhor, ou faz mais besteira – resmunga a última parte.

— O que ele disse?

— Que a Lydia é uma muralha, ele se sente excluído de alguma forma – ela dá de ombros – nisso, nós temos que admitir, ela puxou a você.

Dou de ombros, não podia negar, era uma verdade clara, Beck que o diga.

— Só espero que eles se resolvam – Alice diz e eu concordo.


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