Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis
Jack Colucci
— Skyler – chamo e ela me olha com a expressão séria – você precisa ir – digo pela decima vez naquele dia, a quinquagésima naquela semana, estávamos brigando muito pelo mesmo motivo.
Ela nega com a cabeça e vira o rosto para a janela, me ignorando completamente. Esfrego as têmporas e suspiro cansado, essa mulher é teimosa feito uma mula.
— Ficar não vai dar em nada Skyler – prendo os lábios um no outro e me sento ao seu lado.
— Ela está viva Jack, eu sei que ela está – ela sussurra e eu assinto.
Dois meses se passaram desde que Rubi e Nathan foram sequestrados. Terminamos a faculdade, e bem, alguns de nós já estão trabalhando. Clover e Madison continuam na faculdade, vão começar seu segundo ano no próximo semestre, depois das férias, e já está chegando o prazo para Skyler ir para Boston, mas ela se recusa, porque Marianella entrou em depressão.
Antes de terminarmos o curso, Angel voltou para Stanford e Skyler voltou para a universidade, passando quase o fim do curso todo entre o estágio, as aulas e o quarto. Lydia voltou para casa e só aparecia para as aulas, Jade e Beck estavam passando por um momento difícil, em que o tio Beck saiu de casa.
Hoje é minha última oportunidade de convencer a Skyler de ir para Boston, nosso bebê está bem, nosso relacionamento está bem, sua mãe apesar de estar em um estado de depressão, já está fazendo terapia e o Thiago dá apoio a ela em todos os momentos, mas a Skyler não arreda o pé.
— Skyler – chamo e a viro para mim.
— Eu sei o que vai dizer Jack, já ouvi esse discurso mil vezes – ela ri irônica.
— Então porque você não me ouve?
— E se ela voltar?
— Skyler, Boston não fica na China, ou sei lá que país você acha que vai – suspiro impaciente – não vai ser tão longe assim, você pode vir rápido, em qualquer momento – engulo toda a minha ansiedade de falar mais coisas para convence-la e respiro fundo com calma – eu estarei aqui amor, eu lhe darei notícias todos os dias, mas você precisa ir.
Ela pisca lentamente e assente séria.
— Tudo bem, eu vou.
— Mesmo?
— Sim – ela sorri breve – Rubi teria adorado a ideia, ela sempre disse que gostaria de estudar em Boston.
— Certo – assinto e me levanto – vamos arrumar suas coisas.
Madison Pardo
— Tem certeza? – pergunto para a morena e ela assente, com um sorriso.
— Eu preciso fazer isso – me abraça e eu a abraço de volta.
— Promete que vai ligar? – Lydia pergunta e ela confirma com um biquinho nos lábios.
— Claro que prometo – ela abraça Lydia e sorri – posso te pedir uma coisa?
Lydia assente e Sky olha para mim e para a Loli, com nós duas afirmando.
— Aceita aquela oferta no Canadá – Sky fala e Lydia suspira negando.
— Desculpa irmã, eu não posso... a minha mãe, ela...
— O mundo vai continuar ruindo Ly, mas precisamos fazer o nosso melhor para seguir em frente – digo em apoio a morena, que concorda comigo.
— Okay, eu vou tentar, vou conversar com meus pais e com o Cam sobre isso – ela concorda e nós sorrimos animadas.
— Até mais então – Sky fala e lhe damos um último abraço.
— Se você nos esquecer, eu arranco suas orelhas de elfo – Clover ameaça e todas rimos – dê notícias sobre nossa sobrinha.
Skyler pega as malas e sai andando, encontrando o Jack logo a frente, ele a levaria até o portão de embarque.
— E então, o que fazemos agora? – viro para as outras duas.
— Eu vou ajeitar minha vida e vocês, se prepararem para voltar a universidade – Lydia dá de ombros e nós rimos.
— Como está a tia Jade? – Clover pergunta, enquanto íamos andando para o carro.
— Está bem, meu pai voltou para casa e eles estão tentando recomeçar.
— Sua vez de recomeçar – falo, abrindo a porta do carro.
— Do que está falando? – pergunta confusa, sentando ao meu lado no banco do carona.
— Do Cameron, não se faça de idiota – resmungo e Loli lhe dá uma tapa na cabeça.
— Vocês namoram, mas ele parece mais um passageiro no expresso de afastamento da Lydia – Clover resmunga mais irritada do que eu.
— Vocês estão exagerando – ela revira os olhos e bufa, mas ela sabia que estávamos certas, por isso eu olhei para a Loli e ela sorrio, fazendo um legal para mim.
[...]
— Ei moça – Hayes vira-me para ele sorri – o que acha de acampar?
Franzo o cenho estranhando e ele ri.
— A ideia foi do Cameron, na verdade da Lydia.
— Quando ela teve tempo de fazer isso? – faço uma careta, fazendo o Hayes gargalhar – pilantra, quando vai ser?
— No sábado.
— Certo.
Ele me abraça e apoia o queixo no meu ombro.
— No que está pensando? – pergunta curioso.
— O que houve com a Kayla? – pergunto e vejo sua cara de confuso.
O Hayes terminou com a Kayla no dia em que voltamos do feriado e depois disso, ela simplesmente desapareceu, sumiu do mapa.
— Como eu vou saber? – Hayes responde, me soltando e se jogando na minha cama.
Alguém bate na porta e eu anuncio um entre, vendo a Lydia e a Clover entrarem no quarto.
— Não sabíamos que estava aqui – Lydia fala, se jogando por cima do cunhado.
— Posso sair se quiser – Hayes fala, derrubando a loira no chão, que se levanta irritada e bate nele com a almofada.
— Pode ficar ser do além – Clover se senta na poltrona e Lydia volta a se jogar na cama, dessa vez ao lado do Hayes, que dava sua atenção a tela do celular.
— Vamos mesmo acampar? – Lydia pergunta.
— Com certeza vamos – pego um vestido no guarda-roupa e jogo em cima da Lydia – isso é seu, não sei o que faz no meu guarda-roupa.
Depois de voltar para casa, eu precisava mexer aqui, parece que um furacão passou por ele.
— O Nathan adorava esse vestido, dizia que eu parecia um doce de tão fofa – ela diz e nós gargalhamos, com certeza o Nathan era louco..., é, ele é...
— Como está a investigação? – Hayes pergunta, enxerido.
— Parada, não há nada – Lydia dá de ombros – nenhum sinal.
Não ouve pedido de resgate, apenas uma mensagem dizendo que eles haviam sido sequestrados.
— Eles vão aparecer – digo firme e ela me lança um sorriso assentindo, era o que todos nós desejávamos e esperamos que seja verdade.
Lydia West
— Não acredito que saímos da trilha – resmungo pela milésima vez, em menos de dois minutos e recebi um beliscão da Clover, afirmando que eu estava a irritando com isso.
— Calem a boca, vamos achar o pessoal e as barracas – Madison sai andando na frente, me fazendo lhe mostrar a língua, enquanto o Cameron gargalhava ao meu lado, olho para ele com os olhos semicerrados e ele nega, andando na frente.
Continuamos andando, até que ouvi algo estralar e eu ser puxada para cima, com a Clover ao meu lado.
— Me salvem, eu estou morrendo – grito exasperada.
— Eu juro que vou mesmo te matar se você não parar de gritar – Clover resmunga.
— Cadê aquela vaca da Kiara? Vou matar aquela vaca dos infernos.
— Não grita demais, pode ficar rouca Ly – aquela vaca fala lá de baixo e eu grunho.
— Tira a gente daqui – Clover fala.
— Vocês começaram, quem mandou colocar lagartixa na minha barraca? – ela ri divertida.
— Kiara, isso não tem graça, eu tenho medo de altura – resmungo irritada.
A rede desceu rápido e nós caímos no chão.
— Acho que quebrei os ossos do meu corpinho – me largo no chão e o Cameron aparece rindo, sempre rindo da minha desgraça.
— Vem cá – ele estende a mão e me ajuda.
— Ed trouxe a namorada nova – Clara anuncia.
— E ela é uma vaca – Stacy fala rindo – trouxe cinco amigas que estão dando em cima dos meninos.
— Espero que com os meninos, isso não inclua Cameron Albuquerque – semicerro os olhos na direção dele – ou vou arrancar o cabelo de alguém na raça.
— Seu boy está a salvo, o Jack, Hayes e Chris, no entanto – Kiara sai saltitando.
Chegamos no acampamento e havia várias pessoas que eu não conhecia, mas todos estavam bêbados demais para notarem que nós havíamos voltado.
— Achei que deixaria elas presas – Bruna fala, chegando até nós.
— Até você? – resmungo.
— Falando em estar preso, vamos soltar os três patetas – Kiara fala estendendo uma chave para a Clover, que pega com o cenho franzido.
— Você trancou a cabana deles com um cadeado? – Madison pergunta, tendo um ataque de risos.
— Desculpe, era isso, ou amarra-los ou jogar no lago nu – Kiara dá de ombros e sai.
Rimos e caminhamos até a cabana, Clover destrancou o cadeado e abriu o zíper.
— Divertido aí dentro? – pergunta se abaixando para olhar os meninos.
— Ainda bem que chegaram – Jack fala saindo e se esticando, só então reparei em sua mão, tinha uma aliança de prata – Hayes não para de resmungar.
— Fala sério – Hayes se estica e começa a pular – estou com fome e querendo mijar.
Ele sai apressado por ali.
— Kiara é malvada – Cameron ri, passando o braço pelo meu ombro – acho que um pouco mais que você até.
Belisco seu braço e ele o tira do meu ombro, com uma careta.
— Isso doeu – resmunga, esfregando o braço.
— Que bom – sorrio e saio andando com a Mad ao meu lado.
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