Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 44
Lambda Rho




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Kayla Grint

— Som na caixa DJ – grito e Work da Rihanna começa a tocar nos autos falantes – podem tirar a roupa deles meninas.

As LR foram até os quatro amarrados no palco improvisado que montamos e despiu os garotos, todas as fraternidades estavam ali, menos a KKT, é claro. Pelo menos, temos o apoio do campus e pensem nisso como um showzinho particular.

Caminho até um dos meninos e o beijo. A venda o impedia de me ver, mas eu podia sentir a reprovação que passava pelo seu lindo corpo, e provavelmente, pelos seus belos olhos castanhos.

— Relaxe bebê, vamos apenas nos divertir – falo em seu ouvido e quando me afasto, o vejo rir irônico, me fazendo franzir o cenho.

— Você vai adorar se divertir, e a sua diversão começa quando minha namorada chegar e acabar com sua festinha – ele fala firme – Kayla.

— Baby Camy, sua namoradinha não estragaria a minha festa – sorrio beijando o pescoço dele, que rosna para mim, tão lindo, tão meu – porque ela não vem.

Deixo um selinho em seus lábios e me afasto admirando todo seu corpo.

— É uma pena que esteja tão vestido – murmuro em reprovação – seria muito mais interessante te ver sem, quem sabe um dia desse.

Rio e saio andando, dando a minha irmã Lamba Rho uma oportunidade de beijar o ilustre Cameron Albuquerque.

 

Skyler Rinaldi

Acordo com uma gritaria no andar de baixo, olho para o lado e Lydia dormia embrulhada no lençol, ao meu lado estava a Mad, na cama da Ly com ela, estava a Loli e nos colchões de ar, estavam Lila e Stacy. Me levanto irritada e desço, apesar da casa silenciosa, o barulho não parava, o que me diz que a agonia é do lado de fora. Abro a porta e todos me encararam, parecendo que estavam vendo um fantasma, qual é, eu nem estou tão bagunçada.

— Aí está ela, essa pichadora invejosa – ouço uma voz me acusar e preciso forçar as vistas para reconhece-la, afinal, ainda estou meio sonolenta.

Respiro fundo e encaro a reitora, com uma interrogação no rosto, típico de quem não está entendendo nada.

— O que houve agora? – verbalizo, já que ninguém tinha dito nada depois da Barbie falsa.

— Podemos conversar? – a reitora pergunta parecendo irritada.

— Que tal depois das... onze? – falo depois de olhar o relógio, bem, podem ser onze da manhã, mas meu corpo sente como se fosse madrugada.

— Skyler, precisa ser agora, é um problema sério.

Suspiro e abro mais a porta, permitindo que os presentes ali adentrem a casa, bem, e aqui temos Katherine Gordon a reitora, o diretor Clovis, a madrinha da Lambda, duas pessoas do conselho de reitores e sete LR, além da Kayla, acho que algo está muito errado por aqui.

— Fiquem à vontade – falo e indico o sofá depois de fechar a porta, ficando de pé – o que é tão importante assim, para todos vocês estarem na minha porta no sábado de manhã, depois que eu passei mais de 48 horas acordada? Estou quase no meio de uma alucinação visual.

Ou pelo menos eu espero que isso realmente seja meu cérebro pregando uma pecinha por ter ficado tanto tempo acordada. Resumindo, estou puta da vida.

— Ao que parece, você e suas irmãs passaram dos limites – a madrinha Carmem fala e eu assinto entendendo o que ela disse, mas não entendendo os motivos.

Ela me entrega um envelope e eu o pego, logo abrindo e vendo o que tem ali.

— Okay, pichação de propriedade com o nome da KKT – rio sem humor, isso só pode ser uma piada – vamos ver, violação de regras, possível expulsão, violação de propriedade privada, uma multa, possivelmente seis meses de cadeia – falo pensativa, listando possivelmente tudo que nos aconteceria – suponho que isso tenha sido na Lambda Rho, certo? – as LR me encaram com raiva e eu sorrio, elas acham mesmo que podem me pegar – desculpe, mas não é muito a minha praia – jogo o envelope na mesa de centro e a madrinha Carmem o pega de volta – estou aqui há quase cinco anos, um risco desse eu não correria.

Uma nova discussão se instalou ali e eu revirei os olhos impaciente. Sai da sala rapidamente e fui até o escritório, pegando uma lista e voltando a sala, onde todos me olhavam com atenção.

— Olha só, eu não estou com a mínima paciência e a mínima vontade de saber quem está tentando sabotar a Kappa, Kappa Tau, mas essa pichação não foi feita por mim ou pelas meninas e isso eu posso provar – estendo o papel para a Katherine que o pegou e olhou atentamente – são todas as minhas meninas, nós estávamos arrumando as coisas do teatro, não pichamos a sua fraternidade Kayla.

— Concordaria com uma revista na fraternidade? – uma das Lambda pergunta e eu sorrio sarcástica.

— Mais é claro que concordo, vocês definitivamente vão achar alguma coisa, não é mesmo Kayla?

Ela me olha, se fazendo de desentendida e eu semicerro os olhos.

— Está me acusando de pichação na minha própria fraternidade e invasão a essa espelunca? – ela resmunga.

Espelunca? Ela definitivamente não é apreciadora das construções gregas, apenas das que se encaixam em um modelo bem extravagante e chamativo.

— Há quatro garotas que não são da sua fraternidade aqui, porque? – a reitora pergunta e eu assinto.

— Elas estavam comigo – suspiro – a professora de teatro insistiu para que elas estivessem na lista, por uma questão de protocolo, tinham muitas pessoas no teatro e muitos equipamentos caros.

— É um bom álibi – outra Lambda fala, uma morena – uma lista de presença que qualquer um poderia fazer para não serem acusadas de pichação.

— Se eu quisesse pichar alguma coisa, definitivamente não seria a sigla da minha fraternidade.

— Skyler, mais alguém pode provar que todas vocês estavam no teatro? – o diretor Clovis pergunta e eu assinto.

— A professora de artes cênicas, a assistente dela, meu professor de psicologia comportamental, o treinador do time de lacrosse, o vice-diretor Charlie e as câmeras – suspiro cansada e esfrego as têmporas, minha cabeça doi feito o inferno – olha só, eu cheguei só tem uma hora, passei a madrugada passada na emergência com meu namorado, e a de hoje desmontando cenário, juntando as roupas de todos os personagens, para serem lavadas a seco, dei duas viagens de carro para levar coisas até a casa da professora, ouvi 184 garotas reclamando de cansaço – respiro fundo dramaticamente – eu estou exausta, então eu agradeço se vocês deixarem para me acusar de alguma coisa,  mais tarde.

— Pichação é um problema sério, alguém deve ser punido imediatamente – Kayla fala irritada.

— Claro que precisa, eu concordo – digo a encarando – e por isso, se quiserem dinheiro para pintar sua parede no seu tom rosa entediante, a KKT pode ceder facilmente.

— Tem que haver punição para essas vândalas – ela aponta para mim.

— Sugiro que olhem as câmeras das fraternidades – dou a dica e vou até a porta a abrindo – por favor, apenas saiam daqui, eu realmente não posso lidar com isso agora.

Todos se levantam e se põem a sair, as LR ficaram resmungando e a bancada estava bem tranquila.

— Obrigada pelo seu tempo, iremos investigar adequadamente e lhe comunicamos – Katherine fala e eu apenas afirmo, não querendo ser rude nem nada – até mais.

— Isso ainda não acabou – Kayla fala, era a última a sair.

Puxo a mesma pelo braço e a encaro com um sorriso travesso nos lábios.

— Não sei porque está tentando se livrar da minha fraternidade, mas eu vou lhe dar um aviso bem amigável – digo entre dentes, eu poderia rosnar para ela, mas não farei, apenas me aproximo um pouco mais e encaro seus olhos na minha direção – é melhor tomar cuidado, porque eu não deixo barato Kayla.

A mesma se solta e sai andando irritada. Fecho a porta e me encosto na porta, completamente cansada.

— Vai ter volta, não vai? – olho para a escada e Lydia me encarava com o rosto inchado de sono.

— Nem pensar – sorrio – deixaremos elas a vontade.

Lydia sorri travessa, é claro que ela me entende.

 

Christian Colucci

Acordo desnorteado, estava fedendo a cachaça e com uma ressaca de matar. Levanto e olho ao redor, de volta ao meu quarto.

— Christian – Hayes aparece na porta.

— O que faz na Beta? – pergunto confuso.

— É a despedida do Aaron, vamos lá – ele fala e sai, como pode ele estar tão bem?

[...]

A despedida do Aaron foi breve, ele estava indo para um intercambio por apenas alguns meses. Então desejamos a ele boa sorte, o ajudamos a colocar as malas no carro e ele partiu, com uma promessa do Edward de leva-lo ao brega quando voltasse.

— Acho que vou voltar para casa e tomar um banho quente, antes de voltar para a cama – Cameron fala e começamos a caminhar de volta para a Beta.

— Parece que as meninas aderiram decoração nova – Ed aponta rindo, era a KKT.

— Acho que elas nem viram isso ainda – Hayes fala e indica o letreiro – as luzes estão apagadas e o letreiro também.

— Já conversou com a Lydia? – pergunto para o mesmo que apenas negou.

— Nem sei como contar o que houve ontem, Lydia vai me odiar – Cameron suspira, parecendo apreensivo.

— Aquelas Lambda’s são loucas – Ed ri animado e nós negamos – fiquei com sete delas ontem.

— Clover já não fala comigo por causa do mal entendido, imagina agora – nego.

— Acho que você precisam conhecer novas garotas e largar essas rebeldes, elas são muito problemáticas – Ed toca meu ombro e o do Cam – as Lambda’s, ali sim são boas opções.

— Acho melhor eu ficar solteiro – tiro a mão dele de mim – eu não trocaria a Clover por qualquer outra.

— Isso foi meio gay cara.

— Isso são sentimentos Ed, sentimentos – lhe dou uma tapa na cabeça e saio andando com o Cameron.

[...]

Ouço uma batida na porta e autorizo a entrada, logo vendo a loira sorrir fofa, enquanto meu corpo retesa.

— Oi, tudo bem? – pergunto confuso, afinal, a Clover nem queria me ver antes.

— Ainda estou cansada – ela sorri se aproximando da cama e eu estendo a mão para ela, que segura e se deita ao meu lado. Ficamos um tempo calados, até que senti algo escorrer pelo meu braço e eu olhei para a loira apreensivo.

— Loli, o que houve?

— No dia da peça, eu queria contar que recebi uma proposta importante, eu passei no teste para aquele filme Chris.

— Meu Deus Loli – sorrio e a abraço, logo mirando seu rosto avermelhado, enxugo suas lagrimas e esfrego meu nariz no dela – isso é incrível princesa, mas, porque você não está comemorando?

— Isso é outra coisa Chris – ela suspira e se aconchega mais em mim – não estamos bem, deveríamos voltar a ser amigos.

— Que? – levanto rápido, me virando para ela que me encarava assustada – não, nós... tivemos apenas uma falha de comunicação Loli, estamos bem, eu...

— Chris, não foi falha de comunicação, você me deixou plantada porque teve medo de que eu estivesse gravida, e se fosse de verdade, você iria me abandonar?

— Loli, é claro que não meu bem – me aproximo dela que havia sentado e seguro seu rosto em minhas mãos – eu te amo princesa, e é claro que eu assumiria o nosso frutinho, eu só estava assustado pelo que os meninos me disseram, eu surtei, não me condena por isso, por favor – ela me encarava calada – eu só acho que somos novos e um filho não é para agora, temos muito o que viver e eu quero ter condições para dar uma vida estável ao nosso bebê.

— Nem tudo sai como planejamos – ela fala e abaixa a cabeça.

— Eu sei princesa – levanto seu rosto pelo queixo – mas não é como se isso fosse empecilho para nós dois.

Fecho os olhos frustrado e respiro fundo, porque parece que isso é uma situação real?

— Tudo bem – ela fala e eu a olho confuso – temos muito o que viver, mas se você falhar comigo, você está ferrado – rio e a puxo para mim, deixando um beijo em sua testa – tem algo que não me contou ainda – ela se afasta séria e desconfiada e novamente eu reteso.

— Okay, antes que alguém te conte coisas que não foram reais – suspiro – ontem à noite as garotas da Lambda Rho sequestrou a mim e aos meninos, fomos levados a festa delas, nos deram muita bebida e uma delas me beijou.

— Só isso?

— Sim, eu juro, foi só um beijo e eu juro que não passou disso, mesmo que eu estivesse amarrado em um poste de pole dance.

— Ótimo – ela assente – eu vou acabar com elas de qualquer jeito.

— Do que está falando? – deito ao seu lado.

— Elas estão nos provocando, e quando a Skyler descobrir o que fizeram com o namorado dela? As coisas não vão ficar boas.

— Tenho certeza que não.


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