Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 23
Dead panties




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Clover Messi

Eu e as meninas caminhamos pelo corredor tranquilamente e saímos da Alpha, bem, você deve estar se perguntando, o que você e suas amigas estavam fazendo na fraternidade do Jack? Bem, isso não vem ao caso agora.

— O que fazemos agora? – pergunto rindo, enquanto íamos até o jardim atras da casa.

— Enterramos tudo – Lila dá de ombros e entrega uma pá a Sky, enquanto fica com a outra e começa a cavar.

Não, não estamos escondendo um corpo, não se preocupe, ninguém perdeu o réu primário ainda. As duas cavaram um buraco não muito fundo, só o suficiente para a gente enterrar algo.

— Acho que é o suficiente – Lydia fala e derruba tudo que tinha no saco, dentro do buraco.

— Fechamos ou damos uma de egípcia? – Katy pergunta e nós rimos, bem, apenas damos de ombros, todo mundo sabia a resposta, com certeza deixaríamos aberto, vai que algum cachorro aparece e mija em cima, imaginem que trágico.

— Vamos só dar uma incrementada – Madison chuta um pouco de terra para cima do conteúdo, apenas o sujando, mas não o cobrindo.

— Não – Sky nega, sendo bastante irônica – melhor a gente fechar – então ela apenas soterra todo o conteúdo, dando duas batidinhas com a pá no final.

Eu realmente não sei como ainda não fomos pegas.

— Você trouxe? – Lila pergunta e Lydia entrega uma placa a ela, mais parecia com uma lapide, repetindo, não matamos ninguém, e não, não seremos acusadas de assassinato.

 — Eles vão querer revanche – Katy fala colocando a placa na terra e limpa as mãos a admirando.

— Da última vez eles se arrependeram dessa palavra – falo e a Mad, Sky e Ly riem cumplices, fazendo as outras duas negar com a cabeça.

— Vamos dormir – Skyler fala e sorri se espreguiçando – isso me deixou cansada.

— Vemos vocês mais tarde – Katy fala e sai saltitando com Lila ao seu lado.

Eu e as meninas seguimos nossos caminhos, eu para a Zeta, Madison para a ZSB e as outras duas para a KKT, de qualquer maneira, teremos uma noite muito tranquila.

 

Hayes Albuquerque

Acordo sentindo o vento bater no meu rosto, cubro o rosto e viro para o outro lado, com preguiça de levantar e fechar a janela, mas a voz do Jack soando irritado, me faz rosnar, meus olhos continuaram fechados com preguiça de abri-los.

— Jack que droga, porque você não vai e faz? – resmungo e logo recebo uma tapa nas costas.

— Acorda filho na mãe – ouço o Cameron falar e franzo o cenho.

— O que faz na Alpha? – pergunto para o meu irmão, mas não tive coragem de abrir os olhos, nossa, que sono.

— Abre os olhos porra – ele resmunga indelicado e eu rosno novamente, acho que fui um cachorro em outra vida.

Abro os olhos e me deparo com uma claridade absurda, nossa, que desnecessário, além da janela aberta, abriram as cortinas. Mas quando eu olhei ao redor eu franzi o cenho, esse não se parece com meu quarto. Olho um pouco mais e abri a boca incrédulo, estamos os quatro no lago.

— Isso é arte das rebeldes – Christian fala, nem se importando de levantar, estava com os braços cruzados atrás da cabeça e um sorriso presunçoso.

— Pense pelo lado positivo, elas nos deixaram com colchões de ar e dessa vez, vestidos – Jack fala debochado e eu nego.

— Isso é o lado positivo? Como voltaremos para a margem gênio?

— Bem pensado – Cameron fala dando de ombros – vamos voltar para casa, tenho aula as nove.

Christian foi o primeiro a se deitar e começar a remar com os braços, e nós apenas o acompanhamos. Voltamos a margem, pegamos nossos cobertores, tiramos o colchão da agua e levamos tudo até a Alpha. Os meninos se dispersaram, eu e Jack fomos para nosso quarto, apenas fui tomar banho e quando voltei, Jack parecia um louco revirando tudo.

— O que houve? – pergunto, enquanto sacodia o cabelo com as mãos.

— Foram generosas até demais, você não achou? – pergunta para mim, mas eu não entendi muito bem – procura suas cuecas.

Franzi o cenho e apenas fui fazer o que ele pediu, me arrependendo mortalmente de ter o feito, aah, mas é claro Hayes, elas te jogaram no lago, com cobertor, roupas e um colchão, não ia parar por aí né? Alguma merda tinha que vir em seguida.

Risos ecoaram do lado de fora e logo nós colocamos a cabeça na janela, para entender o que era tão engraçado assim. Cameron e Christian estavam ali de toalha, enquanto encaravam uma placa.

— Perderam alguma coisa? – Aiden pergunta e aponta para a placa no meio do jardim dos fundos.

“Da próxima vez que eu achar uma cueca de um Alpha e um Beta na nossa porta, vamos fazer pior do que enterrar suas cuecas, terão coceira na bunda por um ano – RSC”.

— Tudo bem – Jack grita e todos os encaram – nova regra da Alpha, nenhum de nós vamos pegar uma rebelde, ou suas aliadas, entendidos?

— Ah, qual é cara – Evan resmunga e Jack fecha a cara mais ainda.

— Estamos entendidos? – torna a perguntar, ele não ia desistir daquela loucura.

— Sim – respondemos, sabíamos que teria sérias punições para quem desrespeitasse isso.

— Ótimo, voltem as suas atividades.

Todos se dispersaram dali e nós dois descemos, depois de colocar um short qualquer, apenas cavamos o buraco, pegamos nossas cuecas e fomos coloca-las para lavar, o jeito vai ser ficar sem cueca hoje, e torcer para não dar merda.

— Vamos revidar? – pergunto incerto, enquanto nos arrumávamos para ir a aula.

— E fazer o que? Roubar sutiã? Só de entrar na KKT, seremos abatidos como galinhas.

— Eu sugiro jogar aranhas dentro da KKT – dou de ombros e ele nega frustrado.

— Eu tenho muita coisa para pensar hoje – ele veste a camisa, pega a mochila e coloca nas costas – tenho aula e depois treino, não tenho tempo para revanche.

— Então vamos lá – falo e saímos do quarto.

 

Christian Colucci

Jogamos aranhas dentro da KKT e ficamos escondidos, enquanto riamos, bem, só eu e o Hayes topamos isso, Jack e Cameron foram chatos e ficaram dizendo que elas iam fazer pior, mas nós não ligamos, queremos o caos. É obvio, tomamos cuidado para ninguém nos ver. Ah, as aranhas não são venenosas, não queremos mata-las, apenas assusta-las.

— Porque elas não gritam? – pergunto ansioso, observando pelo arbusto.

— Talvez elas não tenham visto ainda – Hayes fala e vemos algumas rebeldes saírem da casa rindo e brincando entre si.

— Quantas aranhas você disse mesmo? – pergunto para ele que murmura um dez, de cara emburrada.

Certo, eu não aguento mais, me levanto e vou para a frente da casa, com o Hayes na minha cola. Será que se eu entrar, serei alvejado? Não, acho que não corro esse risco. Quer saber? Que se dane. Puxo o Hayes e assim que entramos Lydia me encarava com as sobrancelhas arqueadas.

— Procurando por isso? – ela pergunta mostrando um pote com as aranhas.

— Ah merda – Hayes resmunga e ela ri debochada.

— Boa noite cinderela – ouço a voz, no mesmo momento em que eu apaguei.

[...]

Acordo com uma puta dor de cabeça, movi meus braços e percebi que estava preso, assim que abri os olhos, vi o Hayes, o Jack e o Cameron, formando uma fileira, estávamos todos de samba canção, droga.

— Eu falei que vocês deveriam ter ficado quietos – ouço o Jack falar e suspirar.

— Que droga Hayes – Cameron rosna para o irmão que apenas o ignora, é, nós não temos medo mesmo da morte.

— Já estão brigando docinhos? – Skyler sorri fofa, que de fofa não tem nada.

— Qual é Skyler, vocês começaram – falo e ela dá de ombros, caminhando até o Jack, que parecia nervoso demais para alguém que a conhecia, sinto uma aproximação e de repente o rosto da Clover estava pendendo no meu ombro, com um sorriso tenebroso.

— Se eu quisesse que isso fosse uma guerra, eu avisava – Skyler fala e aproxima seu rosto do moreno, que prendeu a respiração e recuou o máximo que conseguia, mas ele não escapou dos lábios dela que se arrastaram minimamente pelos dele.

— O que está fazendo? – Jack pergunta, completamente assustado, ela já havia se afastado.

— Não se preocupe Jack, vamos fazer um jogo legal, ele se chama, aguente se puder.

— Ah – Lydia fala chamando nossa atenção, ela estava sentada no colo do Cameron, com as duas mãos apoiadas nos ombros dele e as pernas, uma de cada lado – se alguém ficar sabendo disso, nós postaremos umas fotos bem sensuais, de um tal verão, no lago Purple.

Vejo a Clover se afastar e sentar no meu colo, na mesma posição que a Lydia, engoli em seco, respirando fundo, ela se ajeitou sobre mim e sentou bem em cima do meu membro, me arrepiando por completo, agora não, agora não.

— Vocês estão de sacanagem? – Cameron pergunta enquanto se remexe, mas aposto que se arrependeu, pois ele fechou os olhos com força, sabemos que elas apenas vão nos deixar excitados e nos largar aqui.

— Até parece que você não adora uma sacanagem – Lydia morde o lábio e sorri.

— Puta que pariu – ele resmunga inspirando fundo – por favor, não.

— Implora mais um pouquinho e eu posso pensar em te levar para o quarto – ela fala e ri da reação dele, arregalando os olhos.

Me concentro na pessoa a minha frente, e por um instante lembro do Hayes, ele está muito quieto, assim que viro minha cabeça vejo que ele sucumbiu à tentação, beijava a Madison com pressa, afoito. Volto a olhar para a Clover.

— Nós pedimos desculpas, por favor, só nos deixe ir – imploro – não fizemos por mal.

— Nós também não estamos fazendo por mal – Clover retruca.

Pelo canto do olho vi o Cameron beijando a Lydia, mas ao contrário do Hayes, ele estava calmo, apenas apreciando. Jack encarava a Skyler com pavor e eu, sou apenas eu, sendo eu. Calmo e rezando para não morrer ou ficar excitado.

— Não vou passar dos limites com você Jack – Skyler fala e se levanta do colo dele, nem vi quando sentou – boa sorte – ela ri e sai andando.

Ficando apenas as outras três. Jack fechou os olhos e suspirou, não sei se de alivio ou de frustração.

— Eu lavo sua roupa por um ano, ou pelo resto da minha vida se quiser, apenas me deixe ir – imploro, não que a Clover não seja gata ou maravilhosa, o problema é que depois que transamos no dia da brincadeira da KKT, ela acabou ficando mal, ela mal olhava na minha cara. Não entendo sua cabeça e muito menos suas atitudes.

— Até que não é uma má ideia – ela passa os dedos no meu peito e eu apenas acompanho com o olhar – mas a Sky foi bem clara, sem acordos, a não ser que você não me queira.

Um arrepio sobe minha espinha e eu engulo em seco.

— Tá brincando? – suspiro frustrado – eu te quero pra caralho Clover, mas não quero mais que me ignore, não gosto dessa situação.

Ela apenas assente e se levanta.

— Tchau Christian – ela dá as costas e sai, me fazendo bufar frustrado, que droga.


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