This Is The Hunt escrita por Glimmer Rambin


Capítulo 5
Convite Desviado




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No dia seguinte, Clary chegou ao hospital um pouco lerda, fato este que não passou despercebido por Izzy e Lydia.

— Nossa...viu passarinho verde à noite é?- pergunta Izzy

— Não, verde não- ela disse rindo e pegando um pouco de café  na máquina.

—Então a noite foi boa né?- pergunta Lydia

E Clary só deu um sorrisinho. Ela e Jace sempre acabavam na cama depois de uma briga. Na verdade, não era sempre depois de uma briga, era quase todas as noites, mas nos últimos dias, a questão com a sua família a deixou louca de raiva e tão cansada, que esqueceu de si mesma.

— Bom, meninas eu tenho uma cesárea pra fazer agora. Clary não ouse dar detalhes sem minha pessoa. Vejo vocês no almoço- disse Izzy se retirando da sala.

— Então, aquele garoto o Morgestern...- começou Lydia...

— Oh não por favor...não comece...

— Por que? O que houve? Ele deu em cima de você?-

Clary cospe fora o gole de café que havia colocado na boca e fez um gesto de nojo com a boca, como se tivesse engasgando.

— Por que você acha isso?- perguntou Clary

— Bom, ele não parou de me fazer perguntas a seu respeito.Na verdade, nem ele e nem o pai dele.

— Lydia...por favor, me diga que não contou nada meu para eles- diz Clary

— Bom, não...só disse que eu e você fomos colegas de turma e de quarto depois que os seus pais te puseram pra fora e que você era casada.

— Casada? Você disse que eu era casada?- ela pergunta ficando brava

— Oras, mas você é. Clary...o Jace é um cara tão bom e te ama tanto, não acredito que você deu esperanças para outro cara. Ainda mais na sua situação

— NÃO...NÃO...NÃO...Lydia...você não percebeu nada? Qual é o meu sobrenome?

— Herondale- ela responde automaticamente. Clary suspira

— Meu sobrenome de solteira

— Morge...- ela começou e parou e levou um baita susto- CLARY...NÃO ACREDITO...Aqueles são seus pais e seu irmão?

— São...

— OOOHH...- Lydia disse e se sentou na cadeira- Ai...como eu sou burra...gente...como não percebi isso antes...

— Não faz mal, não tinha como saber

— Clary, você é minha melhor amiga, eu deveria saber de uma coisa dessas

— Não importa...não mais pelo menos. Eu nunca imaginei que iria voltar a vê-los...isso tudo está me deixando completamente louca. Você acredita, que tinha três dias que eu e Jace não transávamos por causa disso?

— Três dias não é um tempo muito longo, vai...

— Eu e ele nunca ficamos mais de dois...

— Clary você é uma tarada. Bem que dizem que as ruivas tem um apetite sexual maior do que os demais

— Só não tem um maior que o dos gays- diz Magnus entrando na sala e rebolando

— Há quanto tempo  você está aí?- pergunta Lydia

— Desde a parte que a Clary disse que tava há três dias sem transar- ele comenta

— Eu não estou. Eu estava...ontem eu e Jace...ah quer saber, está passando da hora de começarmos a trabalhar, vamos nessa que o dia vai ser longo.- diz Clary saindo da sala e Lydia a acompanha

— Tudo bem, eu te vejo no almoço?- Pergunta Lydia

— Claro, no almoço.

O dia, como sempre não começou tranquilo, já naquela manhã, Clary teve três cirurgias e quatro queimaduras para tratar. Mas um dos casos foi bastante engraçado de se tratar. Dois adolescentes que estavam apaixonados, haviam grudado os pulsos com super bonder, para não terem que se separar.

— Muito bem, como isso aconteceu?- ela pergunta para eles. Os pais dos dois estavam desesperados ao lado deles.

— Meu pais estão me obrigando a me mudar com eles, mas eu não quero ir sem ele- disse a garota

— Eu não quero que ela vá, eu amo ela- comenta o garoto

Clary deu uma troca de olhares, um para cada um e deu um sorrisinho.

— Por que os seus pais vão se mudar

— Por que eu fui transferido. Sou executivo de Serafim's aquela empresa que produz armas, conhece?- responde um homem

— Conheço sim. Eu tenho uma- disse Clary

— Pois então...me ofereceram a presidência da filial que vão abrir em Miami, eu não posso recusar.-disse o homem desesperado

— Doutora, você não pode nos separar. A gente se ama- disse a garota

— Queremos ficar juntos. Nem que signifique ficarmos aprisionados um no outro.

— Oh...isso é tão fofo- disse Magnus- Meu nome é Magnus Bane, sou dermatologista. Alguém pediu um aqui na Emergência?

— Fui eu...essa é a sua especialidade...não a minha...

— Deixa comigo, eu resolvo- ele diz e Clary se retira

Ela dá uma risadinha, apesar de tudo, ela achou a atitude dos jovem casal até fofa e bonitinha. E ficou pensando em quando começou a namorar Jace, que eles também não conseguiam ficar muito tempo separados um do outro, mas é claro, a situação era outra. Eles não tinham que prestar contas para ninguém de seus encontros. O Elevador se abre e Jace aparece dentro dele.

— O que está fazendo aqui?- ela pergunta

— Nossa...é assim que me recebe?

— Você não teria vindo se a situação não fosse séria, me diz, o que houve? é algo com Stephen?

— Não...Stephen está bem. Bom, eu acho que ele está. Você está sabendo de algo?- ele pergunta

— Oh...não, acho que se algo acontecesse, eles nos informariam. Mas me responde, o que está fazendo aqui?

— Preciso falar com o seu irmão. É coisa séria

— Jace...eu não...

— Não Clary, não se trata de você...é assunto médico.

— Como assim?

— Venha comigo. Eu te explico quando chegarmos lá

Ele a puxou pela mão e foram em silêncio até o quarto onde seu irmão se encontrava.

— Jace, sei que tinhamos concordado que eu te apresentaria formalmente para eles, mas não acho que aqui seja o momento. Ainda não é o momento de você conhecê-los...

—Clary...acredite, não tem nada haver com isso- Ele fez mensão de entrar no quarto, mas Clary o puxou

— Mas...

— Qual é o problema, você não quer que eu os conheça?

— Não...mas...

— Você tem vergonha de mim?

Clary arregala os olhos mediante a pergunta que o marido fez a ela.

— Não...é claro que não, mas...Jace...eu os conheço...eles vão dar um jeito de nos separar.

— Nada me faria separar de você

Eles entraram no recinto. Sebastian estava dormindo e Jocelyn estava lendo um livro. Ela desviou os olhos do livro e sorriu quando viu a filha.

— Estou lendo "Como Eu Era Antes de Você" é maravilhoso- ela comenta

— "Simplesmente Acontece" é melhor- ela disse

— Aquele filme é horrível- disse Jace a encarando

— Não é não...é fofo

— Não sei o que vocês mulheres acham de interessante em ler essas porcarias de romances escrito por mulheres, elas nunca sabem realmente o que sentimos.- diz Jace. Clary olha feio pro marido- Mas...não é pra isso que estamos aqui. Eu estou aqui para...- ele interrompeu o que estava falando porque o celular de Clary começou a tocar.

— Licença- ela disse e foi atender do outro lado do quarto.- ALÔ?

— Clary?- pergunta a voz desesperada de Alec no telefone

— Alec?

— CLARY, CADÊ VOCÊ?- ele pergunta com a voz mais desesperada ainda

— Eu estou aqui no quarto andar...por que o que aconteceu?

— Estou tentando falar no celular de Jace, mas não estou conseguindo- ele fala

— ALEC, RESPONDE DE VAGAR...O QUE FOI?

— É o Stephen- ele explica e ela arregala os olhos

— STEPHEN? O QUE HOUVE COM O STEPHEN?- ela grita e nesse momento Jace toma o celular da mão dela e põe no viva voz

— Ele engoliu uma tampinha de um brinquedo. Está na emergência- ele disse

Clary não pensou em mais nada, e saiu correndo em desparada para a enfermaria. Jace a seguiu no mesmo rítimo de desespero. O filho deles estava com problemas. Mas o mais surpreendente, foi que Jocelyn seguiu eles.

— Quem é Stephen?- ela pergunta também correndo e por sorte, o elevador chegou- É o seu filho?

— Nosso filho- corrige Jace e o Jocelyn o encara

— Então você é o marido dela?- pergunta enquanto entram no elevador. Os dois se encaram

— Sou sim

— Uau, Clary...parabéns...ele é um gato- disse a mãe

Em outros momentos, Jace teria ficado todo bobo com o elogio da mãe de Clary, ele adorava quando diziam que ele era bonitão, mas dessa vez, ele nem deu confiança.

— Não..agora não...- Clary para a mãe

O elevador abriu e todos saíram dele correndo até onde Alec encontrava com Stephen

— Ele vai precisar de cirurgia...

— Oh, meu bebe- disse Clary

— Alec, faça o que tem que ser feito- disse Jace

 - Não...eu sou cirurgiã, eu quero ir junto- disse Clary

— Não, você não pode ir

— Clary...confie no Alec

— É o nosso filho que está lá com ele Jace, o nosso bebe

— E, meu afilhado. Jamais faria algo que colocasse a vida dele em risco- Diz Alec

— Eu confio em você- disse Jace

— Eu quero ir junto- insistia Clary assim que a maca chegava

— Eu volto com o resultado em uma hora-disse Alec o levando

— Não...não...- disse Clary

Jace a pegou e a abraçou a impedindo de seguir Alec.

— Jace...se algo acontecer com ele

— Não vai. Confie no Alec...

— Eu confio mas...

— Eu sei...ele também é meu filho Clary. Mas eu confiaria minha vida em Alec, confie Stephen nele. Ele é novo, vai se recuperar rápido.

— Clary..- começa Jocelyn - Quando você tinha dois anos, engoliu uma moeda de dez centavos e eu fiquei louca...você se lembra, não tinha hospital perto da nossa casa. O mais próximo ficava há duas horas de distância. Então, o seu pai chegou e deu um tapa tão forte na suas costas que você conseguiu cospir a moeda fora. O que eu quero dizer é que..se você sobreviveu, seu filho também irá- ela explicou.

Ela e Jace se entreolharam, mas não desfizeram o abraço, nenhum deles tinha força para, isso. Eles se amavam, é claro, mas amavam mais o filho deles, mas também sabiam que se separassem, um deles iria desabar.

— Tenho que mandar uma mensagem para o Luke e dizer que vou demorar mais aqui

— Não...não me deixa aqui, sozinha- disse Clary

— Sua mãe está com você aqui.

— Não...Jace...não me deixa sozinha com ela. Eu não posso me estressa, sabe disso...

— Clary...não vou te machucar

— Não tem mais como nenhum de vocês me machucarem- ela disse um pouco ríspida.

— Vá fazer sua ligação, eu fico aqui com ela- disse Jocelyn

— Não...Jace não se atreva...Não ouse me soltar- ela disse o ameaçando.

Jace soltou Clary e Jocelyn a pegou em um abraço e Clary desabou a chorar, ela estava em prantos. Pois tudo havia juntado, a raiva, o amor pela família que ela estava lutando tanto para esconder e sua nova gravidez, que contribuiu com os hormônios para reforçar. Jocelyn a abraçou o mais forte que ela conseguiu e deu batidinhas nas costas da filha.

— Calma, filhinha, calma, meu bem, a mamãe está aqui agora- ela disse amorosamente. Mas Clary começou a chorar mais ainda, ela estava emocionada com a mãe. Ela puxou Clary para um sofá. Clary a encarou.

— Oh mãe...eu senti tanta sua falta...tanta...quando eu comecei a sair com o Jace, 9 anos atrás, eu queria poder te contar...quando nos casamos, os tios dele me obrigaram a mandar um convite de casamento e eu mandei, mas vocês não apareceram e...quando eu engravidei do Stephen...

— Espera...espera aí...nunca recebemos o convite do seu casamento.- diz Jocelyn

— Como não? Eu mandei aquela namorada do Sebastian, Helen Blacktorn entregar para vocês um dia quando ela foi se tratar lá no hospital do campus.

— Clary, quando foi isso?

— Cinco anos atrás

— Ele não estava mais com a Helen nessa época. Helen estava com uma outra garota, ela descobriu que era lésbica. Clary, tem sete anos que eles terminaram

— Mas ela me disse que ainda namorava o Sebastian e que eu não precisava ter o trabalho de ir entregar pra vocês, porque ela mesma faria isso. Ela...ela foi no meu casamento. Me deu até um jogo de chás de porcelana japonesa.

—Helen Blacktorn deve ter ido com a namorada dela, a Aline. Ela até comentou mesmo que tinha ido em uma festa, que tinha te visto e que você estava linda em um vestido pastel...

— Dourado- corrige Clary

— O que?

— Eu...me casei de dourado.

— Por que?

— Era o vestido mais bonito que tinha na loja naquele dia.

— Me conta mais sobre a sua nova vida, seu amigos, a família do seu marido...

— Mãe...

— O que gostaria de saber, Jocelyn?- pergunta Jace se sentando ao lado de Clary e a abraçando.

 


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Notas finais do capítulo

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