Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 67
Apenas Eu


Notas iniciais do capítulo

VOOOOOOOOOOLTEEEEEEEEEEEEEEEEEI

Espero que gostem

Boa leitura!



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POV Susan

Nico e eu fomos para o quarto, arrumamos as nossas malas e descemos, nos despedimos do pessoal e entramos no elevador, fomos diretamente para o estacionamento, entramos no nosso carro e seguimos rumo a colina meio sangue. Subimos a colina e entramos no acampamento, quando avistaram o carro nossos amigos souberam que tínhamos chegado, afinal mais nenhum semi-deus entra de carro no acampamento. Estacionamos ao lado do chalé de Hades e saimos do carro, pegamos nossas malas e nossos amigos se aproximaram de nós.

— Quanto tempo? - Percy falou cumprimentando o Nico e me ajudando com a mala

— Estavamos com saudades - Annabeth falou me abraçando

— Finalmente veio nos fazer uma visita - Piper falou

— Receio que o motivo da nossa vinda não seja tão agradável - falei assim que nos afastamos do abraço

— O que aconteceu? - Jason perguntou ficando preocupado

— A Profecia, está mais próxima do que esperávamos - Nico falou e notei que todos ficaram um pouco tensos

— Chamem o Quiron e o Sr. D, nos encontramos na casa grande e explicamos o que sabemos - falei e eles assentiram

Guardamos nossas malas no chalé e fomos para a casa grande. Quando chegamos tinha o lider da cada chalé na sala, nos aguardando, na ponta oposta a sala estava o Sr D com sua bermuda e a camisa havaiana, chinelo de dedo, como se não ligasse para aquilo, mas sabíamos que ele se importava.

— Soubemos que tem novidades sobre a profecia - Quiron falou nos olhando

— Sim, mas infelizmente não são boas noticias - falei olhando-os

— Conte-nos o que sabe - Quiron pediu e eu expliquei o que havia acontecido dos últimos meses pra cá 

— Não devemos interferir em nada - foi tudo que o Sr. D, falou depois das coisa que falei

— Como é? - perguntei em um misto de surpresa e incredulidade, todos na sala ficaram assim

—  Rachel, minha querida portadora do espirito de Delfos, repita mais uma vez a profecia

Vi a Rachel fechar os olhos, uma névoa verde começou a redemoinhar ao redor dos pés de Rachel. Quando ela abriu os olhos, eles estavam brilhando. Fumaça esmeralda surgiu de sua boca. A voz que saiu era raspante e antiga - o som que uma cobra faria se pudesse fala

Uma pessoa de sua confiança te decepcionará.
Para na vingança de um trapaceiro ajudar.
Aos 18 anos a filha de ferro será instrumento de uma guerra.
A morte de alguém eminente espera.
E em suas mãos ficará a decisão.
Aqueles que ama salvar ou sacrificar.

Rachel fechou os olhos novamente e quando os abriu estavam normais, então ela olhou para mim.

— Como puderam escutar, não há nada que nos afeta na profecia - Sr D falou se levantando - Isso tudo aqui é uma perda de tempo.

— Mas Sr D, temos que... - Percy tentou falar

— Não podemos interferir na vida dos mortais, sendo assim... - ele me olhou - Não temos nada a ver com isso.

— Eu não teria tanta certeza Dionísio - falei quando Sr D passou por mim e ouvi o arfar de algumas pessoas na sala

— Como é? - ele perguntou e eu o olhei

— Qual a última frase da profecia? - perguntei encarando-o, mas ele se manteve em silêncio.

— Aqueles que ama salvar ou sacrificar - Leo repetiu, já que o Sr D não falava nada

— Essa profecia é sobre mim e afeta as pessoas que eu amo, a minha família - falei ficando frente a frente - Os semideuses fazem parta da minha família. Além dos Vingadores eles são tudo que eu tenho.

— Está tentando me comover, Srta Agos... - ele começou a falar

— Di Ângelo - eu o interrompi - É senhora Di Ângelo

— Tanto faz - Sr D deu de ombros - Está tentando me comover?

— Eu? Jamais - falei e me virei pra ver Quiron - Porque os deuses tem tantos filhos?

— Porque eles precisam de nós, sem a gente pra acreditar neles, seus poderes somem - Annabeth respondeu - E consequentemente eles.

— Se aqueles que eu amo morrerem, vocês também morrem - falei olhando o Sr D

— Quanta audácia pra uma mortal - Sr D falou me olhando

— Eu escolhi salvar aqueles que eu amo, mas não posso fazer isso sozinha - falei olhando-o

— Sr D, não estamos pedindo que os deuses interfiram - Nico falou - Só queremos autorização pra que possamos ajudar a Susan.

— Sr D, a senhora Di Ângelo está certa - Quiron falou me apoiando - Em uma batalha nessa proporção, precisará de reforço.

— Vou deixar isso pra você resolver, Quiron - Sr D falou e me olhou - A mortal está audaciosa demais

Quando ele passava por mim pude ouvir ele sussurrar a frase: agora entendo porque ela é a protegida dos deuses.

Logo ele havia saído do recinto.

— O que faremos, Quiron? - Jason perguntou

— Vou me reunir com os filhos de Hécate e vamos pesquisar todos os feitiços antigos de compartilhamento de energia vital e as formas de desfaze-lo - Quiron falou e assenti

— Podemos preparar os nossos melhores lutadores de cada chalé pra a... - Clarisse começou a falar, mas a interrompi

— Não vamos obriga-los - falei olhando-os - Participará quem quiser

— Sabe que ao fazer isso pode não terá um exercito de semideuses? - Clarisse perguntou

— Sei, mas não preciso de um exercito - falei olhando-o - Preciso de pessoas que confie em mim e lutem ao meu lado

— Então sabe que estaremos lá quando a guerra começar - Léo falou e sorri em agradecimento

Horas Depois

O jantar seguiu normalmente no refeitório, eu estava um pouco quieta e Nico percebeu.

— Amor? - ele chamou e eu o olhei - Está tudo bem?

— No momento que eu falar no anfiteatro, quem quiser nos ajudar pode comprometer o futuro por minha culpa - falei empurrando o prato de comida praticamente intocada pro lado

— Amor, os que aceitarem não estarão apenas lutando por sua causa, mas por eles mesmo, pelas coisas que eles acreditam - Nico falou e segurou minha mão - Todos tem consciência dos riscos de uma guerra, mas nem por isso deixamos de lutar. Vai ficar tudo bem.

Apenas assenti e tomei o restante do meu suco, quando todos terminaram o jantar, fomos para o anfiteatro, os filhos de Apolo estavam tocando, Quiron me olhou indicando que estava na hora de falar, respirei fundo e me levantei no momento que ele estava se direcionando para o centro do anfiteatro e fui para o lado dele, Quiron bateu os cascos com tanta força que a música e as conversas pararam.

— A senhora Di Ângelo tem uma coisa para falar a todos nós - Quiron falou e eu fui a frente

Olhei em volta e vi todos os olharem direcionado a mim, todos esperando o que eu tinha pra dizer. Todas aquelas pessoas, todas aquelas vidas, senti o peso do que iria pedir, senti minha garganta se fechando. Senti a aproximação de algumas pessoas, olhei e vi o Nico, Jhon, Jason, Clarisse, Percy, Annabeth, Chris, Thalia, Piper e Leo ficando ao meu lado, os olhar deles transmitia uma mensagem clara. Nós estamos com você, respirei fundo e olhei para os semideuses

— Eu nem sei por onde começar - todos continuaram a me olhar esperando que eu continuasse - Há pouco mais de um ano, foi revelada um profecia, na hora não sabiamos o que significava, apenas que era sobre mim, o problema que ela não afeta apenas a mim, mas todos nós. Eu queria não ter que envolver vocês nisso, mas preciso de ajuda.

— Uma guerra está pra acontecer em poucos meses, tentaremos encontrar uma forma de acabar com essa guerra antes que comece, mas se não conseguirmos termos que lutar - Nico falou ao meu lado

— Vocês não são obrigados a participar, mas essa guerra pode significar o fim de tudo e do mundo como conhecemos - Annabeth falou - Iremos lutar pra proteger tudo que prezamos e aqueles que amamos.

— Se mais alguém quiser se juntar a nós, encontre-nos amanhã antes do café na arena de treino - Clarisse falou e saímos do anfiteatro

Começamos a andar em direção aos chalés, nos despedimos. Entrei com o Nico no chalé de Hades. Fui em direção ao banheiro, fiquei de frente ao espelho do banheiro, apoie as mãos na pia e abaixo a cabeça fechando os olhos, fazendo um prece silenciosa de que fosse possível desfazer o feitiço do Loki. Senti os braços do meu marido me envolverem pela cintura. Ele beijou o meu ombro.

— Vai ficar tudo bem - ele sussurrou - Eu tô com você.

— Eu sei, meu Amor - falei me encostando no peito dele

— Vamos dormir, amanhã teremos um dia cheio - ele falou e eu assenti

Vestimos algo mais confortável para podermos dormir, deitamos na cama, Nico me abraçou pela cintura e não demorou muito para que a exaustão nos dominasse e adormecemos.

Antes mesmo do sol nascer, eu e os lideres dos chalés já estávamos na arena, quando os primeiros raios de sol começaram a surgir no horizonte, semideuses começaram a aparecer, até o horário que a sirene do pavilhão tocou tinha cerca de 100 semideuses no anfiteatro.

— Eles já estão aqui - Jason falou me olhando - O que fazemos agora?

Me levantei da arquibancada e falei para os semideuses que estavam ali

— Agradeço a todos que aceitaram nos acompanhar. Marquei esse horário pra ver quem realmente quer lutar, teremos que fazer escolhas, algumas fáceis outras difíceis... - suspirei um pouco - Estamos colocando muita coisa em jogo, essa guerra é diferente de qualquer outra que tenham participado. Veremos coisas piores que os monstros com os quais lutamos, veremos pessoas que acreditávamos que eram nossos amigos desejando nosso fim, veremos pessoas sem escrúpulos, não posso prometer a você que sairemos dessa guerra vitoriosos, mas lutarei com tudo que eu tenho até o último minuto. Se alguém quiser desistir, a hora é agora, porque no momento que começarmos não haverá volta.

Esperei um pouco e uns 30 semideuses saíram da arena.

— Com a autorização do Quiron vocês estão dispensados das suas atividades após o café - falei para os que não desistiram - A partir de amanhã todos os dias, pelos próximos 4 meses iremos nos preparar para essa guerra.

Os semideuses assentaram. E fomos todos tomar café. Após o café, fui me encontrar com Quiron e os filhos de Hecate, teria perdido a noção do tempo se não fosse as sirenes do pavilhão informando o horário das refeições. Os filhos de Hecate, ficavam revesando, enquanto uns comiam outros pesquisavam, depois trocavam.

— Senhora Di Ângelo? - Quiron chamou e eu o olhei - Acho que a senhora deveria descansar um pouco

— Infelizmente, eu não consigo - falei voltando a folhear os livros

— A senhora está sem se alimentar desde o café da manhã - Quiron tenta me convencer 

— Estou sem apetite - falei sem desviar os olhos do livro em minhas mãos

— Deixa eu tentar falar com ela - ouvi a voz do Nico entrando na biblioteca do Quiron

— Eu não vou parar de pesquisar - falei sem olhar o meu marido

— Não vim pedir isso - ele falou se sentando na minha frente - Pelo menos vim pedir que coma um pouco

— Amor... - comecei a falar, mas ele me interrompeu

— Su, por favor, come - Nico falou e eu o olhei - Por favor

— Está bem - falei me levantando

Nico me acompanhou e fomos para o refeitório. Comemos e voltei as pesquisas, os dias seguintes foram corridos, treinos todos os dias de manhã, horas e horas de pesquisa diariamente. Duas semanas se passaram até que tivemos alguma noticia. Arrumei minhas malas, para em seguida Nico e eu voltarmos para Torre.

— Já lemos todos os livros que existem -  falei depois que os todos estavam reunidos na sala - Não há nenhum registro de um feitiço assim.

— Provavelmente esse feitiço é mais antigo que os próprios deuses - Nico falou, olhando-os

— Então é isso. - meu pai falou me olhando - Não dá pra quebrar o feitiço.

— Apenas que fez saberia como desfazer - Nico falou

— Só nos resta nos preparar pra a guerra - Steve falou e nós assistimos.

Deixei o Buffet sob o controle dos meu mais confiáveis funcionários, todos os dias revezava entre treinar com os semideuses e treinar com os Vingadores. Os meses se passaram, agora faltavam apenas 20 dias pro meu aniversário, estava na sacada da torre olhando o céu da cidade que nunca dorme.

— Pensando em fazer mais uma viagem? - ouvi meu pai perguntar

— Você está? - perguntei sem olha-lo

— Não. Só não consigo dormir - ele falou parando ao meu lado - Imagino que você também não.

— É. Eu até tentei, mas não obtive resultado - respondi e suspirei pesadamente - Queria tanto que essa guerra não acontecesse. Queria poder evita-la, mas a única forma séria me matar

— Nem brinca com isso - meu pai me repreendeu

— Desculpa - falei simplesmente - Só... estou ficando encurralada.

— Eu sei, mas não se preocupa - meu pai falou me puxando pra seus braços - Nós Vamos dar um jeito.

Ele tem razão, mas isso não é algo que possamos fazer juntos. Infelizmente esse problema apenas eu que posso resolver. Só não sei como.


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