Kaze - Kazoku escrita por Milla Senpai


Capítulo 1
Uchiha Sarada


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOOO!

SURPRESAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *papeis picados coloridos*

PELOS OLHOS DE MADARA, QUE EMOÇÃO!

Eu disse que ia ter surpresinha quando finalizei a fic não disse?Senpai não esquece... E depois de algumas ameças de morte (bem eficazes) aqui ta a oneshot especial ♥
E obviamente vai ter textão.
Na verdade é apenas um agradecimento e a oneshot é um presente por eu ter as leitoras mais queridas desse fandom lindo de Rikudou.

A fic bateu 500 favoritos e cara... Obrigada mesmo.

Serio, VOCÊS SÃO MUITO LINDOOOOOS!

Queria em especial dedicar em especial pras coisas lindinhas da Mirys, Pan Alban, Mr.Fox, Hell-chan e a DuchessG.

E pra todo mundo que me apoiou e apoia essas loucuras que eu escrevo!

Um beijo com sabor de ramen proceis!

~boa leitura.



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Segurava no pescoço do seu otou-san enquanto ele corria rápido pelas ruas do vilarejo fazendo algumas pessoas pararem para encara-los curiosos.

Arfou quando ele em um pulo entrou na floresta que circulava o lugar e murmurava algo sobre cortar caminho.

— Segure-se Sarada – ele avisou e pôde sentir os braços dele a segurarem firme.

Suspirou e segurou-se mais forte, mas seus pequenos olhos negros como o do seu progenitor não escondiam a mistura de sentimentos. Estava chateada, esperava há semanas poder ir até o comércio junto com seu Otou-san e ganhar doces, dos quais ela guardaria alguns para sua Okaa-san que permanecia em casa a tempo demais para uma criança da idade dela contabilizar, mas a ansiedade também estava no peito da pequena Uchiha, finalmente havia chegado a hora!

Havia demorado tanto! Passava horas e horas conversando com a mãe sobre os seus deveres a partir daquele dia, seus avós estavam animados, seus tios chegavam sempre com presentes, seu otou-san então... Até cozinhar estava!

E ela em seus plenos cinco anos de idade sabia o quão inusitado era a imagem de Uchiha Sasuke, capitão da ANBU, cozinhar o Okonomiyaki para o jantar.

— Papa!- arregalou os olhos ao sentir seu corpo ser separado do dele, esticou os braços para o homem enquanto era tomada por outros braços – Otou-san, não!- choramingou o vendo voltar alguns passos de volta para si.

Sasuke encarou sua menina, o pânico estava estampado nos olhos dela, vergonhoso afirmar que ele também estava em pânico e ao ver um dos seus anbus vindo da direção onde ficava sua casa fez apenas aumentar seu nervosismo.

Aproximou-se da pequena que era segurada pela avó que tentava em vão acalmar a menina.

—Ei, ei! Não faça essa cara – Falou com uma calma que apenas ela tirava dele  - Preciso ajudar sua mãe mas também preciso que me ajude se comportando esta bem? –

— Papa – Sarada suspirou olhando para baixo.

— Sarada – chamou por ela que o encarou - Pode me ajudar nessa missão? – perguntou tocando no ponto fraco da filha.

Não fora preciso muito tempo para que todos perceberem o fascínio da menina pelo combate, Sarada podia passar horas e horas entretida vendo os treinamentos pelo distrito, principalmente se algum deles envolviam os pais, podia-se ouvir os gritos de empolgação dela que ecoavam pelo lugar.

— Hai – Ela acenou em um suspiro.

— Obrigado – Sasuke sorriu de canto e com dois dedos tocou a testa da criança – Te vejo daqui a pouco- ele piscou para ela –Mãe... –

—Vá querido, Sarada-chan ficará bem!- Mikoto sorriu para o filho que com um aceno voltou-se apressado para a casa que ficava na parte mais alta do distrito – Fique calma, meu bem -  Mikoto limpou uma lágrima solitária na pele clara da menina.

— Onde nós vamos obaa-san? – Sarada perguntou percebendo que seguiam o caminho onde o pai passará momentos atrás.

— Oras, seu irmãozinho está chegando e eu acho que ele vai estar muito ansioso para conhecer você!- Mikoto sorriu para a neta que abriu a boca rosada surpresa.

—Mas ele é só um bebe!- Ela olhou com duvida para sua avó.

Mikoto encarou Sarada, Madara estava pensando o que quando lhe enviará uma neta tão parecida com seu filho mais novo? A cada dia se surpreendia como sua bonequinha era a cópia genuína de Sasuke.

— Você é a irmã mais velha dele meu amor, sabe o quanto isso é importante para ele?!- perguntou animada na esperança de contagiar a criança que sorriu abertamente para ela.

— Hai! – Sarada acenou empolgada balançando a cabeça positivamente – Vamos logo, obaa-san!- cutucou o ombro da mulher.

oOo

 

Sentou-se irritada nos degraus da varanda de madeira enquanto algumas pessoas entravam e saiam da casa apressados e bufou.

Grande coisa, ela nem queria tanto assim ser irmã mais velha!

Pousou o rosto nas mãos, os pés balançavam em tédio enquanto observava a movimentação fora do comum.

Sua obaa-san havia dito que já voltava, mas assim como seu pai ela fora para o segundo andar da casa e não voltava nunca. Quando estava cansada de esperar marchou para as escadas em busca deles e de sua mãe, queria sua mãe e a vontade só aumentou quando ao se aproximar do segundo andar ouviu o grito dela, o que estavam fazendo com ela? Seu pai não a protegeria?

Correu os últimos degraus, mas tão rápido quanto chegou no corredor que levava aos quartos, dois braços a levantaram do chão mesmo que ela esperneasse contra.

— Sarada-chan! Você não pode ficar aqui!- Disse Anko uma das empregadas de sua avó – Por favor espere lá embaixo!-

— Mas... – Sarada protestou enquanto já era levada ao primeiro andar.

— Só mais alguns minutinhos, querida!- A mulher a entregou uma boneca antes de subir as escadas novamente.

— Mamãe... – Sarada choramingou abraçando suas pernas ouvindo mais um grito do quarto dos pais.

Lembrou-se de sua conversa com Boruto logo que a mãe ficara gravida, Boruto era irritante, mas havia acabado de ganhar uma irmãzinha e animada em desempenhar um bom papel de irmã perguntara ao amigo como era ser o irmão mais velho.

— Isso é idiotice! — Boruto bufou a pergunta dela — Todo mundo vai te deixar de canto! Ninguém vai lembrar de você porque estarão babando no bebe, aquele idiota do papai quando chega em casa vai direto ver a Himawari, nem brinca mais comigo!-

Sarada arregalou os olhos ao ouvir o relato dele.

— Mas a mamãe é a pior, só fala do bebe, da comida do bebe, da fralda do bebe, da roupa do bebe, do sono do bebe! Ser irmão mais velho é a pior coisa do mundo, Sarada, espere e verá!- o loirinho disse irritado.

Não podia acreditar que tudo o que aquele chato havia dito era verdade! Encarou mais uma vez a casa atrás de si, mas abriu um imenso sorriso ao encarar o imenso gramado em frente a casa, é obvio que Boruto estaria errado.

— Oji-san!- Levantou-se eufórica ao vê-lo caminhar na sua direção, levantou os braços acenando para ele – Tio Itachi!- exclamava animada.

Itachi era uma das pessoas que Sarada era mais apegada. Seu tio era uma fonte de alegria para a pequena que sempre que podia corria até sua casa para brincarem e quando o mesmo não estava ela não se preocupada de ir até a sala dele na casa principal da família Uchiha o que a fazia ouvir alguma chamada de atenção dos pais.

Mas eram sempre assim, Sakura ou Sasuke diziam não, a pequena corria até o tio e Itachi dizia sim.

— Ei oji-chan... Você gostou quando a obaa-san trouxe o papai? — Sarada perguntou mexendo nos longos cabelos negros de Itachi que a carregava no colo.

— Oh! — Itachi exclamou olhando para o céu buscando as memórias de anos atrás e depois encarou a sobrinha que esperava sua resposta ansiosa —Bem...

“Eu tentei convence-lo a fugir de casa quando ele tinha apenas três dias” Itachi pensou.

— Eu fiquei muito feliz — ele optou por responder — Sabe, no início eu tive medo, mas logo percebi como eu queria proteger o Sasuke, até mesmo agora que ele já está grande... Ser irmão mais velho é um missão pra vida toda, Sarada- ele sorriu para a menina que escutava atentamente.

— Sarada-chan!- Ele sorriu e Sarada esticou os braços para ele –Depois querida, preciso ver se seu pai não desmaiou ainda- ele afagou seus cabelos tão negros quanto os dele e entrou na casa.

Sarada arregalou os olhos enquanto descia os bracinhos lentamente, não acreditando no que acontecia, até mesmo seu tio estava a trocando.

— Boruto estava certo... – sussurrou sentando-se novamente no piso de madeira.

As horas passavam-se de forma arrastada para a menina que continuava acompanhando o movimento na sua casa, como queria que a qualquer momento tio Naruto aparecesse a chamando para entrar ou até mesmo a barulhenta da tia Ino gritasse atrás dela e até mesmo sentiu vontade de ir brincar com Inojin que desenhava tranquilamente na cozinha.

— Yo – Escutou ao seu lado e levantou o rosto vendo Boruto sentar-se ao lado dela.

— Yo – Respondeu desanimada.

— Eu te avisei – Boruto encarou Sarada que suspirou – Meu pai só fala sobre o bebe da tia Sakura o dia todo- o menino rolou os olhos.

— Ele está aqui? – Sarada o encarou surpresa – Ele nem deu oi... –

— Velho idiota – Boruto murmurou – Você tem que fazer algo! – Boruto socou o ar.

— Fazer algo? – Sarada levantou uma sobrancelha.

— Você vai se encrencar – uma nova voz soou.

Inojin escalou o cercado de madeira e sentou-se ali, os olhos tão verdes quanto os do pai eram um traço forte no rosto do menino.

— Minha okaa-san disse que essas coisas são demoradas, é normal que todos estão envolvidos, quando eu perguntei pro meu pai o porque ele nem soube me responder, deve ser bem difícil – Inojin deu de ombros, ele realmente queria entender de onde vinha os bebes.

— A tia Sakura disse que caímos de arvores – Boruto coçou a cabeça pensativo – Deve ser verdade, ela caiu de uma cerejeira... Você deve ter caído de um pé de jaca, Sarada – o menino gargalhou.

— Shannaro! – Sarada levantou-se irritada – E você caiu de cabeça em uma pedra, Boruto, porque é a unica explicação pra ser tão idiota! –

— Se continuar assim eu não vou te ajudar a recuperar seus pais!- Boruto levantou-se também – Podemos escalar a parede, Inojin sabe como faz isso e ai pegamos o bebê quando o tio Sasuke dormir e-

— Boruto!-

Os três olharam para trás em um movimento único, Naruto encarava o filho com uma sobrancelha levantada e os braços na cintura.

— Papai... – Boruto sorriu travesso – Estava falando como cuidar de um bebe –

— Devia estar mesmo, pare de encher a cabeça da Sarada-chan, seu ciumento!- Naruto puxou o filho para o seu colo – Parabéns Sarada-chan – o loiro mais velho sorriu abertamente para ela – Seu irmão nasceu forte como você!-

— O QUE?- Sarada arregalou os olhos, pôde escutar algumas comemorações do andar de cima da casa.

— Falei que faltava pouco – Inojin desceu de onde estava.

— Se prepare para conhece-lo – Naruto baixou-se até a menina para bagunçar lhe os cabelos – Não esqueça do que conversamos!- piscou antes de se afastar com Boruto no colo que abraçava o pai com um pequeno sorriso no rosto.

— Eu não tive irmãos, Sarada... Quer dizer, não de sangue como Boruto tem a Hima-chan- Naruto disse enquanto sentava-se ao lado dela no gramado — Mas quando vim morar aqui a convite da sua obaa-chan e conheci seu pai e a Ino eu ganhei dois irmãos!-

—Como assim?- Sarada perguntou.

Às vezes não precisamos ter o mesmo sangue para considerarmos alguém como um irmão, quando eu conheci a Sakura-chan ela estava muito triste e sozinha então eu e a Ino decidimos que íamos ajuda-la a melhorar e foi o que fizemos, nos tornamos muito especiais um para o outro. Essas pessoas que você cria esse tipo de laço são as que você poderá contar para o resto da sua vida, você vai ver, quando olhar seu irmão você irá querer proteger ele de qualquer forma- Naruto sorriu nervoso esperando que ela tivesse compreendido suas palavras É difícil explicar, mas quando você se der conta já terá entendido!-

— Certo... — Sarada murmurou pensativa.

— O que você vai fazer? – Inojin chamou sua atenção.

— Eu não sei – Sarada suspirou – Eu posso ir embora daqui... Meus pais estavam muito felizes enquanto esperavam o bebe, não posso sumir com ele- a menina fez uma careta.

— Eu acho que você está ficando louca, Sarada- Inojin bufou – Você não pode ir embora, com o nosso tamanho vamos ser destroçados lá fora-

— Mas... – Sarada calou-se ao ver o homem alto cruzar a porta - Papai?- exclamou surpresa.

Sasuke encostou-se na porta vendo a menina encara-lo, levantou uma sobrancelha ao não ser recebido pelo abraço da pequena como sempre acontecia, Sarada virou-se de costas para ele com os braços cruzados.

Sarada era tão Sakura.

— Sarada? – a chamou – O que houve? –

— Nada, eu estou bem pode voltar para o seu compromisso, papa- Sarada respondeu e Sasuke sorriu de canto compreendendo o que acontecia ali.

—Você ta ferrado – Inojin sussurrou para Sasuke antes de entrar na casa.

Sasuke suspirou e caminhou até o final dos degraus a fim de ficar de frente a sua cria que estampava um bico nos lábios, estava chateada.

— Porque está chateada?- Perguntou abaixando-se a altura de Sarada.

— Não estou chateada, na verdade estou muito confiante sabia? Acho que vai ser ótimo eu morar sozinha, eu já sei fazer arroz então não morrerei de fome – Sarada respondeu com toda a pose Uchiha.

— Morar sozinha? – Sasuke sentia-se um pouco perdido – Aconteceu algo que eu não sei?-

— Sim! Ai vocês não precisaram se preocupar comigo, apenas com o filho de vocês- Sarada encarou o pai, as orbes tão negras e tão acusadoras.

— Porque acha que eu deixaria você morar sozinha? – Sasuke levantou uma sobrancelha – Você é minha filha também-

— Mas eu não sou um bebe- Sarada respondeu sentindo as lágrimas nos olhos – E eu... Eu... –

Sasuke puxou Sarada contra si em um abraço no qual ele poderia expressar melhor do que com qualquer outro gesto seu amor pela filha.

— Não se lembra do que sua mãe lhe disse quando eu tive que viajar e você teve medo que eu não voltasse?- Sasuke perguntou baixo após sentir Sarada o abraçar.

—Você sempre voltaria para nós... Que somos importantes para você- Sarada respondeu, jamais esqueceria daquilo – Nossos sentimentos estão conectados, porque-

— Nós temos você, Sarada- Sasuke repetiu o que há tempos atrás dissera para ela – E agora, nós também temos seu irmão, mas não deixaríamos você esquecida por nada... Compreende?-

A paternidade te amoleceu, Sasuke.

— Acho que sim- Respondeu secando o rostinho na camisa de Sasuke.

— Sarada- Afastou um pouco a menina para encara-la – Quer ir conhecer seu irmão?- retirou alguns fios de cabelo que caiam no rosto dela.

oOo

 

Entrou na casa de mãos dadas com o seu pai andando um pouco atrás dele o fazendo sorrir de canto com o aparente medo que Sarada mostrava enquanto subia às escadas, a pequena parecia que estava indo encontrar um dos seus monstros dos pesadelos que tinha.

Sarada observava tudo como se fosse a primeira vez que entrava na própria casa, quando alcançou o último degrau das escadas encontrou seu tio e Ino conversando animados no corredor.

— Sarada-chan! – Ino foi até ela e beijou o topo de sua cabeça – Só estava faltando você!-

Sarada levantou as sobrancelhas e olhou para seu pai surpresa que apenas acenou com a cabeça para ela.

A menina sorriu e encarou o corredor novamente quando o som da porta sendo aberta a fez voltar de seus pensamentos enquanto observava seu avós, Fugaku e Mikoto, se juntarem a eles.

— Ai esta ela! – Mikoto disse alegremente.

— Sua mãe está a sua espera, magomusume- Fugaku disse. O típico sorriso de canto nos lábios do antigo líder dos Uchihas.

Sarada acenou silenciosamente e com um leve aperto na mão de Sasuke que entendeu o sinal de sua pequena voltou a caminhar em direção ao seu quarto e de Sakura.

Sasuke abaixou seu olhar para Sarada quando chegaram em frente a porta, balançou a cabeça achando graça de como sua filha encarava a madeira escura da porta e respirava fundo devido ao nervosismo.

Bateu na porta para anunciar sua entrada antes de girar a maçaneta sempre atento a pequena Uchiha e abriu a porta.

Sakura estava sentada na cama com vários travesseiros as suas costas a apoiando, o cabelo que ela havia deixado crescer durante a gestação, que traziam a sensação de nostalgia a Sasuke, estava preso em uma trança lateral e o rosto apesar de não esconder o cansaço pelas últimas horas de esforço estampava o sorriso emocionado e ainda sim travesso que ela sempre tivera enquanto os aguardava adentrar no quarto.

Os olhos do Uchiha analisava sua esposa cuidadosamente até os olhos verdes encontrarem com os dele mais uma vez.

Oito anos.

Oito anos e ainda sim aquela sensação percorria os corpos dos dois.

O quarto já não estava no estado de caos que perdurou o dia todo durante o parto, os lençóis já haviam sido trocados apenas uma essência de canela e flores perfumava o amplo quarto do casal.

É claro que esses detalhes passavam despercebidos por Sarada que estava ao lado do pai com os olhos bem abertos e focados apenas no pedaço de pano azul marinho nos braços da mãe.

— Sarada?- Sakura chamou pela sua filha e prontamente a olhou – Oi querida –

— Mama... – Sarada suspirou de alivio lembrando-se do medo que sentira quando fora impedida de vê-la horas atrás.

— Venha aqui, meu amor- Sakura disse dando tapinhas no colchão.

Sarada mais uma vez encarou seu pai que piscou para ela estendendo seu braço que ela segurava para que ela desse os primeiros passos e fechou a porta do quarto dando-lhes privacidade.

A menina caminhou tímida ao lado de Sasuke até a cama, a mão livre segurava a barra de sua blusa vermelha.

— Esta tudo bem filha, não precisa ter medo – Sakura riu achando graça de sua menina que com ajuda do pai subiu na cama e sentou-se ao lado da cama.

Sarada encarou a mãe e sorriu, mas o pequeno resmungo a fez arregalar os olhos e encarar os braços de Sakura.

Sakura tirou um pouco do tecido e ai Sarada finalmente pode vê-lo.

Ela não sabia agora, mas aquela seria uma imagem que jamais se esqueceria.

Ele era tão pequeno, estava vestindo uma roupinha azul como a manta que o cobria e o símbolo Uchiha estava estampado nas costas assim como suas vestes por mais que não podia ver, a pele era branquinha, mas ainda estava um pouco vermelha e os fios de cabelo era negros e a curiosidade para ver seus olhos era gritante, seriam como os dela e de seu pai ou verdes como o de sua mãe?

Encarava sem piscar o pequeno bolinho de cabelos negros e resmungão até que sentisse o carinho no seu rosto que sua mãe fazia.

— Esse é o seu irmãozinho, querida – Sakura disse toda boba.

— Daisuke... – Sarada sussurrou e encarou os pais.

 -Aa- Sasuke respondeu sentando-se ao lado de Sakura, ali podia ver toda sua família, desde sua esposa e agora seus dois filhos.

Não preciso falar que mais uma vez as lembranças de como tudo começou passava na mente dos dois adultos que entrelaçavam as mãos.

— Nossa... – Sarada exclamou ainda chocada enquanto voltava a encarar o bebê que inconscientemente soltou um gritinho fazendo Sarada encarar os pais surpresa.

Sasuke e Sakura sorriram abertamente para a reação engraçada da filha que agora aproximava-se do irmão com cuidado.

— Olá Daisuke – Sarada disse quando ficará mais perto do recém nascido – Eu sou Uchiha Sarada e-

Sarada parou de falar quando a pequena mãozinha alcançou seu rosto, a menina não se mexia apenas encarava o irmão.

— Mama... – Sarada sussurrou ainda paralisada.

— Querida, acho que ele reconheceu sua voz- Sakura disse lembrando-se de como Sarada passava horas conversando com sua barriga.

Sarada piscou algumas vezes e recomeçou.

— Eu sou Uchiha Sarada e eu sou sua irmã mais velha – Sarada disse carinhosamente passando a ponta do dedo no rostinho de Daisuke.

oOo

 

Já passava das primeiras horas da madrugada quando os chamados instintos maternais tiraram Sakura do sono e descanso merecido depois de horas de dor e tensão.

Sonolenta ela levantou um pouco o corpo em direção ao berço que pelo menos nas primeiras semanas ficaria no quarto do casal, assim facilitando tanto para ela quanto para Sasuke os cuidados com o recém-nascido.

Apoiou-se no colchão com uma mão já pronta para levantar-se e verificar Daisuke quando com um pouco de atenção pôde ver através da escuridão do quarto que era quebrada pela fraca luz de um abajur colocado estrategicamente perto do berço.

Um sorriso escapou pelo rosto nem tão sonolento da rosada enquanto ela balançava Sasuke na tentativa, falha, de acordar tranquilamente o marido.

— Sakura? – Sasuke passou a mão pelo rosto.

— Shhh – Sakura apontou com o queixo em direção ao berço de Daisuke.

Sasuke frisou a testa e sentou-se na cama, o Uchiha meio perdido no que Sakura tentava mostra-lo, mas logo pode compreender quando a voz conhecida soou no quarto.

— As vezes você vai achar que o papai está brabo com você, mas não é verdade, ele é só muito quieto... A mamãe chama isso de jeito Uchiha e ele a chama de irritante quando ela fala isso, mas não se preocupe é o jeito deles... Depois a mamãe faz suco de tomate e o papai até fica mais alegre... – Sarada falava enquanto o pequeno Daisuke segurava seu dedo indicador com a mãozinha – Se preocupe com a tia Ino, ela aperta as suas bochechas e parece que vai arranca-las. Tem também o tio Naruto, leve algum lanche se for ficar mais de um dia na casa dele caso não goste de rámen ta?-

Sakura colocou a mão na boca segurando a risada com as instruções da filha.

— O vovô é mais serio que o papai, mas quando a vovó não está ele compra doces pra mim, não conte pra ela! Ah também tem o tio Itachi, nós gostamos muito dele ta? Ele é engraçado e bem... Ele sempre conta historias legais do papai... Não conte isso pra ele também- Sarada continuava compartilhando segredos para Daisuke que incrivelmente estava atentemos a voz infantil da irma – De tempos em tempos vamos visitar o tio Kakashi, ele é muito legal, ele mora na cidade onde a mamãe nasceu... Acho que você vai precisar anotar tudo isso ein! E sempre que tiver pesadelos venha pro quarto do papa e da mama você vai estar protegido... O papai sempre nos protege, mas não pense que a mamãe seja fraca, acredite ela é forte demais! Acho que é isso... Ah! Nunca ache que você será trocado ta bem? Eles nos amam muito e nossos sentimentos estão sempre conectados... Porque eles têm a gente sabia?-

Sakura sentiu uma lágrima correr pelo rosto enquanto deitava a cabeça no ombro de Sasuke que a abraçou com um braço.

— Ah! Esqueci! Seu nome! Me desculpe, mas são tantas coisas... Você é Uchiha Daisuke, filho de Uchiha Sasuke e Uchiha Sakura e irmão mais novo de Uchiha Sarada... Espero que você goste de nós, porque nós gostamos muito de você!- Sarada sorriu e desceu do berço.

 - Seja bem vindo onii-chan- Sarada disse olhando Daisuke pelas grades do berço – Boa noite-


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Notas finais do capítulo

AULA DE JAPONES DA SENPAI:
Kazoku: Familia
Okaa-san: Mãe
Otou-san: Pai
Obaa-san: Avó
Oji-san: tio
Onii-chan: irmão
Magomusume: Neta

Como eu tava com sdds do distrito Uchiha ;--;
Espero que tenham gostado tanto quanto eu de matar um pokin as saudades dessa fic que foi tão especial!

Pra quem não leu Kaze e deu aquela vontade de ler:
https://fanfiction.com.br/historia/633163/Kaze/

Obrigada mais uma vez a todos vocês!

Nos vemos por ai!

Kisus!



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